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domingo, 15 de abril de 2012

Nasa busca novas ideias para missões a Marte


AFP / MarteMarte
SISTEMA SOLAR

Um grupo de planejamento começou a avaliar as possíveis opções para futuras missões, o que poderia implicar o envio ao planeta vermelho de uma nave orbital ou de um veículo robótico que pousará em 2018.

A agência espacial americana (Nasa) anunciou que está buscando novas ideias para missões não tripuladas para explorar Marte, depois que cortes orçamentários vetaram uma aliança prevista com este objetivo com a Agência Espacial Europeia (ESA).
"A Nasa está reformulando o Programa de Exploração de Marte para responder aos objetivos científicos de alta prioridade e ao desafio do presidente de enviar seres humanos a Marte na década de 2030", informou a agência nesta sexta-feira.
Um grupo de planejamento começou a avaliar as possíveis opções para futuras missões, o que poderia implicar o envio ao planeta vermelho de uma nave orbital ou de um veículo robótico que pousará em 2018, dois anos depois do previsto no âmbito da agora inexistente associação com a Europa.
A Nasa lançou um chamado aberto aos cientistas de todo o mundo para "apresentar ideias e resumos online como parte do esforço da Nasa para buscar as melhores e mais brilhantes ideias de investigadores e engenheiros em ciência planetária".
O Instituto Lunar e Planetário apresentará os projetos eleitos em junho em um workshop em Houston, Texas (centro-sul), informou a Nasa.
"O workshop será um fórum aberto para a apresentação, discussão e exame de conceitos, opções, capacidades e inovações para avançar na exploração de Marte", informou a Nasa em um comunicado.
"Estas ideias apresentarão uma estratégia para a exploração dos recursos disponíveis, podendo começar em 2018 e abarcando até a próxima década e além", acrescentou.
Os Estados Unidos tinham previsto colaborar com a Agência Espacial Europeia em um projeto chamado ExoMars, que enviou um orbitador a Marte em 2016 e dois veículos de exploração ao solo do planeta vermelho em 2018.
Segundo o acordo ExoMars feito em 2009, a Nasa teria contribuído com US$ 1,4 bilhão para o projeto e a ESA aportaria US$ 1,2 bilhão.
No entanto, estes planos foram anulados em fevereiro, quando um projeto de orçamento fiscal do presidente Barack Obama para 2013 impôs uma redução de US$ 226 milhões ou um corte de cerca de 39% no programa da agência espacial americana de exploração marciana, de US$ 587 milhões a US$ 361 milhões.
John Grunsfeld, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da Nasa, disse que ainda se pode esperar uma cooperação europeia ativa nos futuros projetos de Marte.
"Continuamos trabalhando com os europeus. Mais de três quartos das nossas missões atuais representam importantes associações internacionais", disse, citando a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) como exemplo.
No entanto, o futuro da exploração de Marte para a Nasa não envolverá os planos da ExoMars, à exceção de alguns instrumentos dos Estados Unidos previstos para serem incluídos no orbitador de 2016.
A sonda Curiosity da Nasa, conhecida formalmente como Laboratório Científico de Marte, mas apelidada de "máquina de sonhos" por cientistas da Nasa, foi lançada em novembro da Flórida e espera-se que pouse no planeta vermelho no começo de agosto.
A máquina mais avançada já construída até agora para explorar a superfície do vizinho mais próximo da Terra, com custo de US$ 2,5 bilhões, leva seu próprio laboratório de análise de rochas e tem como objetivo buscar indícios de que tenha existido vida em Marte.

2 comentários:

david disse...

Os avanços da ciência em contraste com a penúria

Os progressos da ciência em nosso tempo vem nos surpreendendo a cada dia, a tecnologia vem se desenvolvendo vertiginosamente, o homem vem explorando o espaço, o oceano e muitos locais que são quase inacessíveis, mas infortunadamente a grande quantia de dinheiro que é gasta com estas explorações, muitas vezes são desperdiçadas. Enquanto isso há milhares de pessoas que vivem em uma penúria extrema, não tem o que comer e nem levam uma vida digna de um ser humano.
Isso infelizmente é um equivoco do homem, que acham que gastando altas quantias de dinheiro para explorar outros planetas estarão contribuindo para o desenvolvimento da humanidade, mas não se preocupam em preservar o nosso planeta e nem em ajudar o seu próximo que está passando necessidades. Quem sabe um dia as pessoas abrirão os seus olhos e verão que a ciência, que mesmo sendo muito útil para nós, não é a solução para tudo, muitas vezes só amar o seu próximo e ajudá-lo pode ser a solução para o problema.



David

Prof. Anderson Ferreira disse...

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