Personalidade em formação
Saber lidar com o temperamento introvertido ou extrovertido de uma criança é importante para proporcionar um crescimento saudável.
Escolha certa
A personalidade dos filhos influencia no modo como eles se relacionam e como encaram as brincadeiras. A psicóloga Tatiane Centurion indica algumas atividades que respeitam e trabalham o tipo de personalidade:
- Para os introvertidos: é melhor evitar atividades competitivas, para que a criança não fique desmotivada ou se sinta inferior. O ideal é incentivar atividades cooperativas, em que ela dependa da outra criança para obter um resultado, como, por exemplo, uma caça ao tesouro.
- Para os extrovertidos: o ideal são atividades que gastem muita energia física, como a prática de esportes. Se forem praticados em grupo serão muito importantes para que a criança entenda que precisa dos outros, como, por exemplo, o caçador ou queimada.
“O grande desafio para os pais é ter sensibilidade para ler os sinais que o filhopassa. Não é uma tarefa fácil, mas é possível logo nos primeiros anos identificar se ele é agitado ou quieto”, explica Rosa Mariotto, doutora em Psicologia. “Se a criança demonstra agitação excessiva ou passividade exagerada, está sinalizando sofrimento psíquico e precisa de um olhar mais atento e especializado. Quando esses sinais passam despercebidos na fase inicial, os sintomas podem se ampliar”, alerta Fernanda Roche, mestre em psicologia infantil.
Segundo a psicóloga Tatiane Centurion, a superproteção é um dos fatores que contribui para que a criança fique mais introvertida. “A insegurança dos pais também contribui, assim como quando eles demonstram medo ou fazem muita comparação com os coleguinhas ou irmãos”, completa.
As crianças extrovertidas, por outro lado, podem apresentar problemas quando essa faceta da personalidade começa a atrapalhar as atividades, tornando-as muito agitadas ou desrespeitosas (um sintoma clássico é quando a criança começa a se intrometer na conversa dos outros). “Esses efeitos negativos ocorrem quando o meio familiar não coloca limites. Quando tudo pode, tudo é engraçadinho, fica difícil dizer quando perdeu a graça”, justifica Tatiane.
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