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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Desníveis do ensino comprometem metas na Educação

Educação


Desníveis do ensino comprometem metas na Educação


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A se manter o atual ritmo de aprendizagem, desigual entre os estratos sociais, o Brasil levará mais de vinte anos para alcançar níveis de excelência de países mais avançados
  
A aferição dos níveis de excelência da Educação brasileira sinaliza que os indicadores de ensino ainda estão fora das metas. Mesmo com a dificuldade de ditar parâmetros universais num país com realidades heterogêneas, é inegável que o setor vai mal. Há positivas exceções nesse perfil — por exemplo, nos últimos anos houve avanços expressivos no 5º ano do ensino fundamental, segundo resultados das avaliações nacionais. Mas essas mesmas medições revelam que as escolas vão mal no ensino médio, e o desempenho de nossas universidades é pífio nos rankings internacionais.

Os atuais níveis de (baixa) excelência comprometem a meta, estabelecida no MEC, de até 2021 — ou seja, em parcos cinco anos — o ensino brasileiro atingir um patamar de qualidade verificado em nações desenvolvidas. Nessa escalada contra o futuro da Educação, há diversos níveis de desesperança. Um dos mais graves está registrado num estudo de dois pesquisadores, que captaram uma tendência preocupante no ensino brasileiro, mesmo levando-se em conta avanços obtidos até aqui

Se há melhoras visíveis no ensino, elas não estão ocorrendo no ritmo adequado. Pior: os avanços se desenvolvem de forma desigual, de tal maneira que estudantes de estrato social mais baixo têm maiores dificuldades de aprender que aqueles de famílias de renda mais alta. Essa relação é conhecida: a bagagem intelectual de alunos de nível socioeconômico mais elevado não se forma somente na escola, ao passo que, para os mais pobres, o espaço de aprendizado em geral se resume aos bancos escolares. Mas, ainda que seja uma realidade óbvia, ações do poder público para mudá-la são inconsistentes, quando não inexistentes.

O quadro pintado pelos pesquisadores é sombrio. A distância entre a capacidade de aprendizado de estudantes mais favorecidos socialmente e aqueles de famílias mais carentes é tão grande que, a se manter o atual ritmo, o Brasil levará mais de duas décadas para igualar o desempenho de países mais avançados.

Além da inércia do poder público diante das discrepâncias, outras forças jogam contra a busca pela universalização da excelência. O corporativismo de entidades de representação do magistério, por exemplo, é fonte permanente de blindagem contra mudanças para melhor.

Desse sindicalismo emergem ações contra a meritocracia, embargos à aferição de conhecimentos dos docentes, deflagração indiscriminada de greves e inapetência por lutas que busquem a melhoria da qualidade do ensino. Ambos — leniência do Estado e irresponsabilidade sindical — são faces da mesma moeda, e contribuem para manter a Educação em patamares indesejáveis.


Fonte: O Globo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Transtorno de Oposição Desafiante: quando a desobediência torna-se patológica

Transtorno de Oposição Desafiante: quando a desobediência torna-se patológica

Transtorno de Oposição Desafiante: quando a desobediência torna-se patológica

A desobediência pode ser uma característica comum entre crianças e pré-adolescentes, mas quando a atitude de teimosia é excessiva é preciso estar atento a um possível Transtorno de Oposição Desafiante (TOD). Assim como outras patologias, é importante que os pais busquem diagnosticar este transtorno o quanto antes para evitar que ele traga complicações e prejudique a vida social e o desenvolvimento intelectual da criança. No post de hoje, confira o que é o TOD, quais sãos os seus sintomas e como diferenciá-lo de outros transtornos infantis:
O que é o Transtorno de Oposição Desafiante?
O Transtorno de Oposição Desafiante é caracterizado por uma atitude reiterada de teimosia, postura desafiadora e comportamento hostil. Este é um quadro que pode afetar crianças e pré-adolescentes, geralmente em idade escolar. Ainda não existem causas genéticas comprovadas que possam levar ao desenvolvimento do TOD, mas sabe-se que o ambiente em que a criança convive pode estimular o comportamento difícil.
O não tratamento deste transtorno pode trazer consequências como:
  • Prejuízos na vida social da criança, pois a forte teimosia e os acessos de raiva afastam as outras crianças;
  • Baixo desempenho escolar, porque a criança tem tendência a querer solucionar os problemas sozinha e tem dificuldade para pedir ajuda ao professores,
  • Desenvolvimento de Transtorno de Conduta na adolescência.
Observar o comportamento da criança e procurar tratamento adequado para o problema são atitudes importantes para evitar a evolução do transtorno e para garantir que a criança tenha uma infância saudável.
Como identificar o transtorno?
Apresentar um comportamento desobediente, de vez em quando, não é incomum entre crianças e adolescentes. Ser teimoso, aletoriamente, ou demonstrar raiva por determinada situação também não. O problema é quando estas são atitudes constantes. Confira algumas atitudes que ajudam a identificar o TOD:
  • Ataques de raiva;
  • Discussões frequentes com pais, coleguinhas e professores;
  • Comportamento vingativo;
  • Atitude hostil;
  • Agressividade;
  • Recusa para obedecer a regras;
  • Negativismo.
Ao contrário da bipolaridade, não acontecem alterações acentuadas de humor. A agressividade é uma característica predominante no comportamento da criança com TOD. Para alguns autores, o Transtorno de Oposição Desafiante é uma fase antecedente ao Transtorno de Conduta, ou seja, é uma etapa mais leve, apresentada em uma fase mais nova da vida. O Transtorno de Conduta é caracterizado por um comportamento violento, pela ausência de preocupação com o bem estar alheio e pela agressividade excessiva.
Tratamentos 
Para evitar que o problema se agrave e ajudar a criança a manter um comportamento que garanta uma infância saudável, é necessário, depois de diagnosticado, buscar o tratamento adequado para o Transtorno de Oposição Desafiante. Para isso, são usadas técnicas de modificação de comportamento que buscam reforçar atitudes positivas e afastar padrões negativos. Este tratamento deve ser feito com apoio de psicólogos e psiquiatras. Além disso, a parceria entre médicos, pais e professores é fundamental para garantir a melhora no comportamento da criança. Quando isso acontece, há uma evidente evolução na maneira como o paciente se relaciona com colegas de escola e figuras de autoridade, fato que reflete positivamente na vida da criança.
Você já teve alguma experiência com crianças com este transtorno?
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Qual o papel da afetividade na aprendizagem infantil?

Qual o papel da afetividade na aprendizagem infantil?

Qual o papel da afetividade na aprendizagem infantil?

A afetividade é um dos componentes mais importantes na vida das pessoas. E, na área da Educação, não poderia ser diferente. A presença do afeto na relação entre aluno e professor é fundamental. Afinal, é principalmente por meio das interações sociais saudáveis e harmoniosas que se constrói a aprendizagem infantil.
Antes de qualquer coisa, vamos lembrar o que significa o termo afetividade. Na psicologia, o termo traduz a capacidade individual de experimentar os fenômenos afetivos, como as emoções, as paixões e os sentimentos. A afetividade consiste na força exercida por esses fenômenos no caráter das pessoas. Por isso, a afetividade tem um papel crucial no processo de aprendizagem porque influencia profundamente o crescimento cognitivo.

Como a afetividade influencia a aprendizagem

É neste contexto que os professores devem adotar uma postura de facilitadores que estimulam a aprendizagem. Na sua relação com os estudantes, os sentimentos de ambas as partes não podem ser negligenciados.
É devido à afetividade que as pessoas criam laços de amizade bastante positivos no âmbito escolar. E esses laços não se baseiam somente em sentimentos, mas também em atitudes. Portanto, num relacionamento saudável, certas atitudes precisam ser cultivadas para que o relacionamento se aperfeiçoe sempre.
O ideal é que a educação afetiva seja uma preocupação dos educadores porque ela é um aspecto que condiciona o comportamento, o caráter e a atividade cognitiva da criança. A escola é a continuação do lar. Por isso, não pode se limitar a promover apenas conhecimentos conceituais e teóricos, mas deve desenvolver também a personalidade dos alunos.
Voltando ao papel do professor, é ele a maior influência no processo escolar e deve ter o conhecimento de como se dá o desenvolvimento emocional e comportamental da criança em todas as suas manifestações.
O assunto é tão sério e importante que, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no Brasil, em 1997, o currículo do ensino fundamental deve visar o desenvolvimento de capacidades “de relações  interpessoais, cognitivas, afetivas, éticas e estéticas para que os estudantes possam dialogar de modo adequado com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a escutar e ser escutado, a reivindicar seus direitos e a cumprir seus deveres”.
Esta é mais uma evidência de que a dimensão afetiva deve estar inserida na aprendizagem escolar e nos seus relacionamentos.

Educadores atestam a importância do afeto na aprendizagem

Para Jean Piaget, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX, “nenhum conhecimento, mesmo que puramente através da percepção, não é simples cópia do real ou se encontra totalmente determinado pela mente do indivíduo. É o produto de uma interação entre o sujeito e o objeto. É a interação provocada pelas atitudes espontâneas do organismo e pelos estímulos externos. E esse conhecimento é, portanto, aprendizagem, fruto de uma relação que nunca tem um sentido só, é o resultado dessa interação. E a afetividade é a energia que move as ações humanas, sem ela não há interesse e não há motivação para a aprendizagem”.
Outros teóricos e especialistas em Educação lembram que há fatores que dificultam o relacionamento interpessoal e apontam que a falta de afeto pode causar mágoa, medo, desconfiança, tristeza, ressentimento, decepção, vergonha e raiva.  Eles admitem, ainda, que atitudes ríspidas e agressivas de um professor, por exemplo, podem promover no aluno o medo de ser rejeitado e outros sentimentos negativos que resultam num bloqueio emocional e estanca o processo de aprendizagem.
Em resumo, criança que não recebe afeto não aprende. As razões para o ser humano aprender qualquer coisa são profundamente interiores e as crianças aprendem melhor e mais depressa quando se sentem amadas, seguras e quando são tratadas como um ser único.
E você? Tem exemplos práticos de como a afetividade alavanca aaprendizagem? Conte pra gente nos comentários! Aproveite para conhecer ainda mais sobre o assunto! Confira livros relacionado ao tema em nosso site.

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