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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

terça-feira, 9 de setembro de 2025

ESQUERDA/DIREITA


Ser de esquerda, para mim, é acreditar que ninguém fica para trás.


É defender saúde, educação e oportunidades como direitos de todos, não como privilégios de alguns.

É lutar para que diferenças não sejam motivo de exclusão, mas de riqueza cultural e social.

É acreditar que o progresso verdadeiro não é só econômico, mas humano: quando crescemos como comunidade, quando a vida de todos melhora, e não apenas a de poucos.

Não se trata de dividir o mundo entre “bons” e “maus”. É uma escolha de valores: solidariedade, justiça social, inclusão e esperança em um futuro mais igualitário.



Ser de direita, para mim, é acreditar na força da liberdade individual.




É defender que cada pessoa possa trabalhar, empreender e crescer com o fruto do seu esforço.

É valorizar a família, a tradição e a responsabilidade como pilares de uma sociedade estável.

É acreditar que o Estado deve estar a serviço do cidadão, e não o contrário — enxuto, eficiente e justo.

Não se trata de dividir o mundo em certo ou errado, mas de escolher valores: liberdade, mérito, responsabilidade e ordem como caminhos para o progresso coletivo.




A tentação é responder como se fosse uma disputa esportiva: quem ganha, direita ou esquerda?

 Mas política não é campeonato — é um jogo de equilíbrios, tensões e ajustes ao longo do tempo.

Historicamente, tanto governos de direita quanto de esquerda tiveram acertos e fracassos. A direita costuma apostar na liberdade individual, no empreendedorismo e num Estado mais leve, acreditando que a prosperidade nasce da iniciativa privada. A esquerda, por sua vez, coloca o foco em justiça social, proteção dos mais vulneráveis e políticas de inclusão, defendendo um Estado mais ativo.

O que é “mais promissor” depende do contexto:

Em sociedades muito desiguais, políticas de esquerda podem gerar avanços significativos em educação, saúde e inclusão.

Em sociedades onde o excesso de burocracia e ineficiência do Estado travam o crescimento, políticas de direita podem destravar inovação e desenvolvimento econômico.

Na prática, os modelos mais sustentáveis costumam ser mistos: um Estado que garante direitos básicos e combate desigualdades (visão progressista), mas que também favorece a liberdade econômica e a inovação (visão liberal). Países nórdicos, como Suécia e Dinamarca, são exemplos: fortes redes de proteção social, mas também economias de mercado dinâmicas.

Talvez a resposta não esteja em escolher um lado absoluto, mas em dosar os princípios de cada campo conforme a realidade e os desafios do momento.