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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Análise - Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles


Publicado em 1953, Romanceiro da Inconfidência é um poema lírico-narrativo de viés histórico que evoca em versos os personagens e o contexto da Inconfidência Mineira.

A obra destoa do conjunto de Cecília Meireles, pois ela distancia-se de sua condição de poeta neo-simbolista e dos ideais da segunda fase modernista para mergulhar no arcadismo do século 18. Pode haver confusão quanto à caracterização do “boom minerador”, o que pode se evitar se observados os elementos da tradição lendária (caçador que se embrenha na mata, a donzela assassinada pelo pai, os cantos do negro nas catas, a que se podem associar os romances Do Chico-Rei e o De Vira-e-Sai) e os elementos da tradição histórica (Chica da Silva, o ouvidor Bacelar, a cobiça do conde de Valadares e as ideias de libertação relacionadas ao momento histórico).
Forma
Romanceiro da Inconfidência é, na verdade, um grande poema em prosa composto a partir de cinco eixos temáticos: ambiente e contexto; articulação e fracasso; morte de Claudio Manuel da Costa e Tiradentes; infidelidade de Gonzaga e Alvarenga; conclusão e D. Maria I. Para o professor Marlus Geronasso, este pode ser considerado um dos livros mais difíceis do Vestibular da UFPR, porque exige do aluno um conhecimento prévio dos ideais árcades. A linguagem também pode ser um dificultador para quem conhece a obra de Cecília Meireles, já que a autora distancia-se do coloquialismo e resgata expressões em desuso da língua portuguesa.
Personagens
O leitor vai encontrar menções a conhecidos personagens da Inconfidência Mineira, como Cláudio Manuel da Costa e as circunstancias misteriosas envolvendo sua morte, o poeta árcade Tomás Antonio Gonzaga e a Marília de Dirceu, o minerador José de Alvarenga Peixoto e sua esposa Bárbara, além do mártir Tiradentes.
Tempo
Embora a obra não adote uma cronologia e passagem temporal, ela está situada no século XVIII e abrange desde o período que antecede a revolta até a morte dos inconfidentes, quando Cecília Meireles homenageia os heróis da tragédia mineira.
Espaço
A autora não faz alusões diretas ao espaço geográfico evocado na narrativa, já que sua intenção é valorizar os personagens da história, mas sabe-se que o palco dos acontecimentos é a cidade de Vila Rica, centro do poder da então capitania de Minas Gerais, hoje Ouro Preto. 

Fonte: Marlus Humberto Geronasso, professor de Literatura do curso Unificado e coordenador do projeto Eureka, da TV Educativa do Paraná.
LIVROS UFPR 2011/2012 | 6:24

Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles

Publicado em 1953, Romanceiro da Inconfidência é um poema lírico-narrativo de viés histórico que evoca em versos os personagens e o contexto da Inconfidência Mineira. Assista à análise do professor Marcelo Muller.

O mercado negro das monografias


Daniel Caron / Gazeta do Povo / Sérgio Staut reforça que aluno é responsável por plágio em trabalho comprado
Sérgio Staut reforça que aluno é responsável por plágio em trabalho comprado
MONOGRAFIAS EM SÉRIE

Sem tempo ou incapazes de fazer uma pesquisa, alunos contratam terceiros para produzir o material. Embora comum, a prática é crime.

Basta uma busca rápida na internet para encontrá-los. Lá estão centenas de sites criados com o intuito de vender trabalhos acadêmicos e que oferecem artigos, monografias de graduação e pós-graduação, dissertações de mestrado e até teses de doutorado. Sempre com a garantia de serem produções “inéditas”. E a oferta não se restringe ao mundo virtual. Nos murais das faculdades, o serviço aparece disfarçado entre anúncios de digitação ou orientação sobre normas técnicas de formatação.
Jonathan Campos / Gazeta do Povo
Jonathan Campos / Gazeta do Povo / Clara Borges diz que plágios podem ser descobertos facilmente com o uso da internetAmpliar imagem
Clara Borges diz que plágios podem ser descobertos facilmente com o uso da internet
Definição
O que é plágio?
É se apropriar daquilo que foi exteriorizado por outra pessoa. Mesmo que seja usada uma frase, se não for citado o autor, é plágio. Em trabalhos acadêmicos, também se constitui plágio a cópia de imagens, como tabelas, quadros e gráficos, sem a indicação do autor. Quem comete plágio pode ser condenado a pagar uma indenização e/ou fazer uma retratação ao verdadeiro autor do texto. Embora uma ação criminal não seja usual, a detenção de três meses a quatro anos também está prevista na esfera penal.
Orientação
Professores devem ensinar normas técnicas
O hábito de universitários de copiar dizeres de outros autores geralmente nasce na escola, onde alunos costumam transcrever trechos encontrados em enciclopédias e na internet. Cabe aos professores ensinar a maneira correta de se fazer uma pesquisa acadêmica, com suas citações, referências e normas técnicas.
Mesmo em doutorados encontra-se gente que ainda não sabe como formatar a própria tese, segundo o doutor em Educação Joe Garcia, professor do mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). “Somos formadores. Quando pegamos um aluno no início do ano letivo é comum eles terem pouco conhecimento, citarem autores de forma inadequada. Mas isso se resolve, a universidade tem de oferecer sempre uma referência, um livro de normas técnicas e ter a certeza de que os alunos não estão sem a devida orientação”, diz Garcia.
Acompanhamento
Se o professor acompanha o desenvolvimento do projeto, além de esclarecer as dúvidas do estudante, será capaz de perceber se o trabalho tem realmente a autoria do aluno. “Com as orientações, o professor sabe se o aluno está fazendo o trabalho ou não. É responsabilidade da universidade também dar condições para que o professor possa fazer essa orientação. isso envolve tempo fora da sala de aula e o pagamento de horas extras”, conta Paulla Helena Silva de Carvalho, professora e coordenadora de Pedagogia da Unibrasil.
Garcia afirma que o plágio acadêmico pode ser um problema gerado pela falta de domínio da linguagem nas normas científicas. “Antes de culpar o aluno ou criminalizá-lo, os educadores têm de saber se estão dando esclarecimentos e ensinando esse aluno a utilizar esta linguagem”, diz.

  • Alunos que não querem se dedicar aos trabalhos de conclusão de curso (TCC) acabam seduzidos pelas propostas de venda. Um serviço “rápido” – pois uma monografia completa chega a ficar pronta em um mês – e “prático” – já que o contratante recebe em seu e-mail o trabalho completo, além de uma prévia do pré-projeto e os slides a serem apresentados na defesa do material.
Mas a “facilidade” não custa apenas o valor cobrado pelos fabricantes de TCCs – de R$ 20 a R$ 60 por página, conforme o nível de escolaridade do estudante. Tal prática é criminosa e vai contra o princípio de que um trabalho acadêmico é o resultado do conhecimento absorvido e do aprendizado do estudante que conclui um período de estudos.
“Se tem tanta gente vendendo, tem muita gente comprando. Mas como uma pessoa de fora vai concluir algo sobre um curso que não frequentou? E como alguém cursa quatro ou cinco anos e não é capaz de concluir nada?”, questiona a mestre em Políticas EducacionaisPaulla 
Helena Silva de Carvalho
, professora e coordenadora de Pedagogia da UniBrasil.
Prejuízos na educação
De acordo com pessoas que se propõem a fazer os trabalhos, entrevistadas pelo Vida na Universidade, estudantes de Direito e Pedagogia estão entre os que mais compram trabalhos prontos. Na visão de Paulla, o prejuízo acadêmico para o aluno é claro. “Comprar um trabalho pronto é um crime contra a própria formação. Se for um aluno de Pedagogia, então, é crime duas vezes, pois se trata da formação de um educador. Se um formando em Pedagogia faz isso, o que esperar dos alunos dele?”, afirma.
Para a professora de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPRClara Borges, coordenadora de monografias da graduação, é fora da faculdade que o aluno que forja o TCC vai pagar o maior preço pelo erro. “É uma questão ética, um aluno que faz isso está se enganando. Esse autoengano vai ter consequências na vida dele. Por ter deixado de aprender, outro aluno, que se dedicou ao trabalho, cresceu muito mais e vai ter mais facilidade no mercado de trabalho”, diz.
Estudante é quem leva a pior em compra
Embora seja uma conduta considerada moral e eticamente condenável, vender um trabalho acadêmico não é crime, já que a prática não está previsto no Código Penal. Por outro lado, o aluno que contrata esse tipo de serviço pode ser responsabilizado de várias formas.
Dentro da própria instituição de ensino, o aluno pode ser submetido a um processo administrativo. As consequências dependem das normas internas de cada universidade. De forma geral, o aluno pode ser processado e julgado. A pena é determinada por uma comissão montada para julgar o caso e pode chegar a uma advertência verbal, uma suspensão ou até a exclusão do estudante da instituição.
Crime
Caso o trabalho apresentado pelo aluno contenha trechos de outras pesquisas ou livros sem a devida citação, fica caracterizado o plágio. “Mesmo que não haja a intenção de se obter lucro, o simples plágio viola o direito autoral. Se o aluno contratou alguém e essa pessoa cometeu plágio, quem será responsabilizado é o aluno. Quem assina uma monografia como se fosse dele assume o risco”, diz Clara Borges, professora de Direito da UFPR. Pelo Código Penal, o plágio ou a violação dos direitos autorais podem ser investigados e a pena varia de três meses a quatro anos de prisão.
Se o autor do texto usado de forma indevida processar algum estudante, este não poderá alegar que o trabalho foi feito por outra pessoa. “O artigo 166 do Código Civil diz que quando o motivo comum é ilícito, não se considera o negócio entre as duas partes”, explica o doutor em Direito e advogado Sérgio Staut, professor de Teoria do Direito da UFPR.
Segundo ele, é comum empresas contratadas cometerem plágio, vendendo o mesmo trabalho para vários alunos. Assim, o estudante pode sofrer uma ação civil em que o verdadeiro autor do trabalho solicita uma indenização, uma retratação ou as duas coisas.
Staut explica que quem contrata outra pessoa para fazer um trabalho está praticando plágio, mesmo com o consentimento do autor. “A qualquer momento, o autor verdadeiro pode dizer que fez o trabalho. É direito moral o autor pleitear a paternidade da obra, mesmo que haja um contrato assinado em que abriu mão da autoria”, afirma.

Os 10 mandamentos da vida digital


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O estudioso da comunicação Douglas Rushkoff sugere um conjunto de regras para evitar que você seja dominado pelos programadores, apontados como a nova elite dominante do.
Todas as mídias e tecnologias têm viéses que promovem determinados tipos de comportamentos em detrimento de outros, diz o teórico de mídia Douglas Rushkoff, autor do livro Program or Be Programmed: Ten Commands for a Digital Age (em tradu­­ção literal, “Programe ou Seja Programado: Dez Man­­damentos para uma Era Di­­gital”) . Para explicar como a mídia digital está mudando a nossa relação com o mundo, ele relembra o impacto de re­­voluções passadas. “A linguagem permitiu o compartilhamento do conhecimento, a experiência cumulativa e a possibilidade de progresso. O alfabeto nos trouxe o pensamento abstrato, o monoteísmo e a lei contratual. O processo de impressão e a leitura privada permitiram uma nova ex­­periência de individualidade, uma relação pessoal com Deus, a Reforma Pro­­testante, os direitos humanos e o Iluminismo.” Rushkoff segue dizendo que sempre que houve o aparecimento de um no­­vo meio, o status quo é reescrito por aqueles que tem acesso às ferramentas de cria­­ção desse meio – acesso restrito, normalmente, a uma pequena elite. No caso do processo de impressão, por exemplo, poucas pessoas tinham acesso a uma impressora. A televisão e o rádio seguiram nesse mesmo modelo: uma pequena elite controlando a distribuição em massa de ideias e notícias.
A chegada da era do computador está vendo o surgimento de uma nova elite: os programadores. Quando a linguagem foi inventada, nós não aprendemos só a es­­cutar, mas também a falar. Quando fomos alfabetizados, aprendemos não só a ler, mas a escrever. Com a chegada da realidade digital, precisamos não apenas saber a como usar os progra­­mas, mas a como fazê-los – ou seja, a programar. Esse é o ponto central do livro de Rushkoff, que serve como um guia para como se comportar na era digital. Ve­­ja quais são os 10 pontos defendidos por ele para uma vida digital saudável.
1. Tempo:
Não esteja sempre conectado
Rushkoff explica que houve um salto gigantesco entre a invenção do e-mail e a popularização dos smartphones: o primeiro encontrava uma pessoa quando ela queria ser encontrada, enquanto o segundo interrompe o dono do aparelho ao tocar inesperadamente sempre que uma pessoa quer lhe contatar. Claro, isso se a pessoa deixar o telefone ligado. Esse é precisamente o ponto para o qual Rushkoff chama a atenção. À medida que a conexão de internet ficou mais rápida e mais livre, estamos adotando como norma um modo de vida “sempre ligado”. E-mail, tweet, update, notificação, alerta – o celular vibra por qualquer motivo. “Nossos aparelhos, e, por extensão, nosso sistema nervoso, está ligado a todo o universo online, o tempo todo”, escreve ele. “A extensão da memória para as máquinas expande a quantidade de informações à qual temos acesso, mas danifica a capacidade do próprio cérebro de lembrar das coisas.” A dica: reserve momentos offline.
2. Lugares:
Viva em pessoa
Você está numa festa e vê, pelo Facebook, que seu amigo parece estar numa balada um pouco mais animada. Conclusão imediata: você vai para a festa em que ele está. Chegando lá, sabe de uma outra festa. A noite pode continuar assim, pulando de galho em galho à procura do melhor lugar, da festa imperdível, participando de tudo. Esse é um comportamento incentivado pelas redes sociais, em que todo mundo está feliz e num lugar bacana. Para o autor, quando você rende a sua presença para o mundo digital, a vaidade se torna mais importante do que a felicidade.
3. Escolha:
Você sempre pode escolher nenhuma das alternativas anteriores
Os computadores são binários e foram feitos para escolhas entre duas alternativas. Todo arquivo, foto, música, filme, programa e sistema operacional é, na verdade, apenas um número. E para o computador, esse número é representado por sequencias de uns e zeros. Isso não é uma coisa ruim, é só como os computadores funcionam. Mas nos leva a fazer escolhas não como queremos, mas como os programas exigem. Você gosta da Dilma? Sim ou não. Observe que não há qualquer espaço para expressar nuances quando se lida com essas questões que são apresentadas como se duas respostas são as únicas opções possíveis. Computadores são tendenciosos e, consequentemente, criam um mundo de escolhas binárias que pode nos enganar.
4. Complexidade:
Você nunca está completamente certo
A internet é enviesada para reduzir a complexidade das coisas. O Facebook, por exemplo, reduz a complexidade dos diferentes níveis de relacionamentos que existem na realidade. Quando você quer compartilhar algo com seus amigos, o Facebook permite que você compartilhe esse conteúdo com alguns amigos e, caso opte, não com outros. No entanto, o Facebook sempre nos obriga a categorizar as pessoas em diferentes grupos. Mas não é assim que as coisas funcionam na realidade. A internet não é um mapa perfeito da realidade das nossas vidas, que é muito mais complexa.
5. Escala:
Um tamanho não serve para todos
Há uma tendência na net para a abstração. As pessoas estão mais interessadas em criar um site para resolver o problema do bairro, e fazer com que esse site se torne conhecido, do que de fato resolver o problema do bairro. É possível que esse site resulte numa mudança efetiva no mundo físico, mas muita gente confunde a representação de valor com o valor de fato de uma ação, diz o autor. Fazer parte de uma lista de discussão de um movimento ou dar um like em uma causa no Facebook não quer dizer que o usuário está realmente fazendo alguma coisa por essa causa. Muitos estão preocupados em escalar a mensagem, mostrar seu ativismo, mas essa abstração não necessariamente está associada à realidade.
6. Identidade:
Seja você mesmo
A nossa experiência digital não envolve contato pessoal, o que nos incentiva a ter um comportamento despersonalizado, afirma Rushkoff. Ao resistir à tentação de nos engajar anonimamente na web, permanecemos responsáveis por aquilo que dizemos e fazemos na web. O anonimato, muitas vezes, retira o elemento das interações e degrada as relações que construímos com os outros na internet.
7. Social:
Não venda seus amigos
Se você já deu um retweet, no Twitter, ou um share, no Facebook, de uma promoção em que pretendia ganhar um produto ou um serviço, você já vendeu os seus amigos, argumenta Rushkoff. As marcas usam a prática para espalhar sua mensagem pela web, mas o autor lembra que, com a internet, o marketing se tornou uma ferramenta ainda mais poderosa, e portanto devemos estar atentos para não explorar nossos amigos para o nosso ganho financeiro. A internet é predominantemente dominada por redes de contatos, mas vender esses contatos ameaça a força e o propósito das redes.
8. Fato:
Fale a verdade
Coloque algo falso na internet e, eventualmente, isso vai ser revelado uma mentira. E como o que você escrever on-line pode ser difícil de apagar, a melhor opção para quem se comunica na internet é falar a verdade.
9. Abertura:
Compartilhe, não roube
Na internet, estamos em contato, a todo o momento, com as ideias e o trabalho de outras pessoas. Tanto que pensar por si próprio deixou de ser uma atitude pessoal para se tornar uma coletiva, defende Rushkoff. Num sistema tão aberto como a internet, é fácil roubar o trabalho dos outros e não dar o devido crédito. Por isso é tão importante saber a diferença grande entre compartilhar e roubar.
10. Objetivo:
Programe ou seja programado
Esse é o capítulo que dá nome ao livro. Muitos diriam que ele apresenta uma falsa dicotomia – programe ou seja programado. Não saber programar não transforma ninguém em robô, mas entender como os computadores funcionam é importante para saber em que tipo de mundo estamos vivendo.

Daqui para fora


Daniel Caron/Gazeta do Povo / Fernando Ribeiro está no Estados Unidos, onde ficará por um mês para realizar uma temporada de performance art nas cidades de Chicago, Boston e Nova York

Artistas paranaenses, que estão expondo em outros países, dizem que a oportunidade reflete o interesse internacional pela arte brasileira.
Simultaneamente, sete artistas paranaenses tiveram a oportunidade, no último fim de semana, de apresentar seus trabalhos no exterior – na cidade do Porto, em Portugal, e em três cidades dos Estados Unidos. Essa movimentação das artes visuais locais lá fora, segundo os profissionais, abre não só a possibilidade comercial (com a venda de obras) como mostra que o mundo vem prestando atenção na produção de arte brasileira.
Divulgação
Divulgação / Desenhos de José Antonio de Lima estarão na Bela Bienal, na cidade do Porto, em Portugal: possibilidade de deixar uma marca no exterior e gerar continuidadeAmpliar imagem
Desenhos de José Antonio de Lima estarão na Bela Bienal, na cidade do Porto, em Portugal: possibilidade de deixar uma marca no exterior e gerar continuidade
Contemporâneos
Bela Bienal reúne obras de mais de 100 artistas
Trabalhos da Finlândia, Dinamarca, Suécia e Brasil estão reunidos na 1ª edição da Bela Bienal – Bienal de Arte Conte mporânea Europeia e Latino-americana, na cidade do Porto, em Portugal, que começou sábado. A intenção do curador Edson Cardoso é mostrar que o nível criativo dos dois continentes está em um patamar semelhante.
Eliane Moreira, Eliane Pro­­lik, José Antonio de Li­­ma, Juliane Fuganti, Laura Miranda e Lauro Borges são os representantes do estado na Bela Bienal – Bienal de Arte Contemporânea Europeia e Latino-Americana, que começou no último sábado na cidade do Porto. É a primeira edição da mostra, que tem curadoria de Edson Cardoso, um brasileiro que trabalha com arte e vive na Finlândia – para onde já levou, inclusive, uma exposição do acervo do Museu Oscar Niemeyer.
José Antonio de Lima, que desde 2002 expõe no exterior, acredita que o artista tem várias formas de ganho. “A minha primeira mos­­tra foi em Berlim, uma parceria do Museu de Arte Contemporânea. Foi algo muito animador, e isso contribuiu para continuar. A gente vai difundindo o trabalho e deixa uma marca, mesmo que pequena. É como um produto. Temos de nos tornar conhecidos para que mais coisas aconteçam.” Para esse ano, o artista tem programadas mais duas exposições: uma na Finlândia (na galeria do curador da bienal) e outra em setembro, em Frankfurt (Alemanha).
A curitibana Eliane Pro­­lik ressalta que a possibilidade de levar sua obra para outros países (ela já participou de mais de 20 mostras na França, Japão, Argentina, Chile, Estados Unidos, entre outros) sempre gera uma troca entre várias vertentes artísticas. Eliane também acredita que esses convites e contatos dos paranaenses no exterior é algo que se estende para a arte brasileira, mas que os artistas locais encontram mais dificuldade. “Para quem vive em São Paulo e no Rio de Janeiro há uma facilidade maior. Aqui no Paraná ficamos mais isolados de certas informações.”
Performance
No mesmo dia da abertura da Bela Bienal, o artista Fernando Ribeiro, que vive e trabalha em Curitiba, desembarcou em Chicago, nos Estados Unidos, para iniciar uma temporada de performance art no país. Até 28 de abril, Ribeiro faz apresentações também em Boston e Nova York, que serão realizadas, respectivamente, nas galerias Defibrillator, Mobius e Grace Exhibition Space. A viagem foi viabilizada por conta da aprovação de um projeto no Edital de Circulação Nacional e Internacional da Fundação Cultural de Curitiba – o incentivo cobre as passagens aéreas, e as galerias que convidaram o artista pagam os custos com hospedagem e alimentação.