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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Procon-PR corrige pesquisa sobre preços de ovos de Páscoa


O preço correto do Ovo Lacta 100 Anos (500g) é de R$ 57,25, e não de R$ 27,25, como foi divulgado.
A pesquisa divulgada pelo Procon-PR na última quarta-feira (28) sobre os preços dos ovos de Páscoa apresentou erro ao informar o valor do Ovo Lacta 100 Anos, número 20, da Lacta (500g). De acordo com os dados divulgados pelo órgão, o ovo custava R$ 27,25 no Supermercado Angeloni.
O preço correto do Ovo Lacta 100 Anos (500g) é R$ 57,25, de acordo com a assessoria de imprensa do Angeloni. O produto nunca foi comercializado por R$ 27,25, segundo o supermercado.
Com a correção, o preço praticado pelo supermercado Kusma deixa de ser o mais caro praticado na capital. Na data da pesquisa do Procon – feita entre 20 e 23 de março - o ovo era comercializado por R$ 57,13 no Kusma.
A coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, confirma o erro, mas não soube informar se foi uma falha na coleta feita pelo órgão ou se houve uma mudança de preços no supermercado. “Os preços variam todo dia. No dia da coleta tinha uma moça mudando os preços e foi ela quem forneceu a tabela”, afirmou.
A pesquisa completa – com o preço do ovo atualizado – pode ser consultada no site do Procon.
Dicas
A orientação do Procon é para que os consumidores pesquisem bastante antes da compra. Além de supermercados, lojas e similares, a coordenadoria salienta que há fabricantes que possuem lojas próprias.
Outra recomendação é para que a população, antes da compra, verifique a veracidade de ofertas e promoções anunciadas pelos estabelecimentos. Informações falsas ou incorretas são consideradas propaganda enganosa, segundo o Código de Defesa do Consumidor.

STJ barra reajustes a idosos


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PLANOS DE SAÚDE

STJ barra reajustes a idosos

Caso envolvendo Unimed-Rio confirma tendência do Judiciário em proibir aumentos por mudança de idade a quem tem 60 anos ou mais.
Os aumentos das mensalidades dos planos de saúde em função da idade do beneficiário, a título de mudança de faixa etária a partir dos 60 anos, estão sendo contestados na Justiça, com decisões favoráveis aos consumidores. As decisões têm como base o Estatuto do Idoso, mas também valem para contratos assinados antes de 2004, data de vigência da lei que impede a discriminação do idoso pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
Na última semana, o Su­­perior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a Unimed-Rio está proibida de r­­eajustar as mensalidades dos idosos. A sentença atendeu a um recurso especial da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) na ação coletiva contra a cooperativa.
Aumento legal
Confira as situações previstas na legislação para aumento nas mensalidades dos planos de saúde:
Planos “antigos”
Contratados antes de 2 de janeiro de 1999 e não adaptado à Lei nº 9.656/98 devem seguir o que estiver escrito no contrato, ou seja, as regras previstas pela lei não podem ser aplicadas.
Planos coletivos
Contratado por pessoa jurídica, como empregador, sindicato ou associação não têm reajustes controlados e definidos pela ANS. Nesses casos, a agência apenas acompanha os aumentos de preços.
Mudança de faixa etária
As faixas etárias variam conforme a data de contratação do plano e os percentuais de variação precisam estar expressos no contrato. Para aqueles planos firmados entre 2 de janeiro de 1999 e 1.º de janeiro de 2004, as faixas onde podem ocorrer reajustes são: de 0 a 17 anos; de 18 a 29 anos; de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; de 50 a 59 anos; de 60 a 69 anos; e 70 anos ou mais. Sendo que o preço da última faixa (70 anos ou mais) poderá ser, no máximo, seis vezes maior que o preço da faixa inicial (0 a 17 anos). Consumidores com 60 anos ou mais e dez anos ou mais de plano não podem sofrer a variação por mudança de faixa etária.
Já para aqueles contratos feitos depois do dia 1.º de janeiro de 2004, que estão sob a vigência do Estatuto do Idoso, as faixas etárias onde podem ocorrer reajustes de planos mudam para: de 0 a 18 anos; de 19 a 23 anos; de 24 a 28 anos; de 29 a 33 anos; de 34 a 38 anos; de 39 a 43 anos; de 44 a 48 anos; de 49 a 53 anos; de 54 a 58 anos; e 59 anos ou mais. Sendo que a Resolução Normativa nº 63 da ANS, de dezembro de 2003, determina que o valor fixado para a última faixa etária (59 anos ou mais) não pode ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa (0 a 18).
A Resolução determina, também, que a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à variação acumulada entre a primeira e a sétima faixas.
Fonte: ANS.
A decisão do colegiado da 3ª Turma do STJ reconhece a ilegalidade dos reajustes da mensalidade e beneficia centenas de segurados que usam o plano de saúde da operadora.
Na avaliação da presidente da comissão, deputada Cidinha Campos (PDT), a decisão do STJ acaba com uma prática abusiva.
A decisão tem efeito apenas para os beneficiários daquele estado, mas segue jurisprudência do Tribunal, que em janeiro concedeu liminar a uma assegurada da Unimed, em Campo Grande, suspendendo um reajuste de 100% na mensalidade por mudança de faixa etária.
No caso da consumidora sul-matogrossense, uma liminar foi concedida pelo presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, ao considerar que a Justiça local não se manifestou sobre o índice abusivo de reajuste. O mérito do recurso ainda será julgado pela 3.ª Turma do Tribunal, com a relatoria do ministro Sidnei Beneti.
No Paraná, uma ação civil pública impetrada pela Promotoria de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), conseguiu suspender os reajustes por faixa etária das operadoras Unimed e Hospitalar (Londrina). O pedido foi acatado pela 7ª Vara Cível e tem validade em todo o estado.
“Instauramos o procedimento com base em mais de cem denúncias de consumidores. Tentamos um entendimento com as operadoras, através de um Termo de Ajustamento de Conduta, mas sem sucesso. Ingressamos então com o pedido de liminar para suspender esses reajustes em todo o estado”, explica o promotor de Justiça Miguel Jorge Sogaiar, do MP de Londrina. Ele explica que as operadoras entraram com um recurso (agravo) contra a decisão, mas o mérito ainda não foi julgado.
À época da decisão, a Uni­­med Londrina afirma, por meio de nota, que sempre atendeu as regras do setor. “A partir da vigência do Estatuto do Idoso [janeiro de 2004] todos os contratos celebrados desde então atendem às recomendações de tudo quanto no referido Estatuto se contém e determina”.
Sobre o caso no Rio de Ja­­neiro, a Unimed-Rio informou que cumprirá a decisão, embora siga as determinações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em relação aos reajustes. “Es­­te é um tema controverso, motivo de decisões envolvendo diversas operadoras”. Disse ainda que não discute decisões da Justica, apenas as cumpre. “Se for o caso, quando for oportuno, o tema será discutido em âmbito judicial”, encerra o comunicado.

Helicópteros brasileiros resgatarão reféns na Colômbia


Reféns serão libertados a partir desta segunda-feira. Os aparelhos Cougar, emprestados pelo Brasil, chegaram no domingo ao país vizinho com membros de uma comissão humanitária.

Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) chegaram à Colômbia para resgatar reféns que estão prestes a ser libertados por guerrilheiros esquerdistas depois de mais de 12 anos de cativeiro na selva.
Os aparelhos Cougar, emprestados pelo Brasil, chegaram no domingo ao país vizinho com membros de uma comissão humanitária que participará da libertação dos reféns.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), concordaram em libertar dez reféns nesta segunda e na quarta-feira.
A comissão inclui membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, da organização Colombianos para a Paz e a senadora Piedad Córdoba, mediadora de negociações com as FARC para a soltura de reféns.
As aeronaves brasileiras deverão voar agora para um local não identificado para recolher os cativos. "Os helicópteros partirão por volta das 8h (10h de Brasília)", afirmou Córdoba. "Eu não sei quem será libertado primeiro. Mas a libertação será em duas etapas: segunda e quarta-feira."
Os militares da Colômbia interromperam todas as atividades na área onde ocorrerá a libertação.
As FARC, maior movimento guerrilheiro da América Latina, anunciaram em fevereiro que libertaria os seis policiais e quatro soldados ainda em seu poder e que abandonariam a prática de sequestros por resgates. O plano, no entanto, foi adiado para abril, e o grupo continua em conflito com o exército colombiano.
Na semana passada, militares colombianos mataram 36 supostos rebeldes da FARC e capturaram outros quatro em uma ofensiva no departamento (Estado) de Meta, segundo officiais. A operação foi anunciada pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, menos de uma semana depois de o exército ter matado mais de 30 guerrilheiros numa ofensiva semelhante.
O governo estima que as FARC, fundadas em 1964, tenham cerca de 9 mil combatentes em regiões montanhosas e de selva da Colômbia. As informações são da Dow Jones.

Sabor turbinado com os minerais


Foto: sxc.hu / Os peixes são ricos em ferro

Cálcio. Zinco. Ferro. Saiba mais sobre os minerais que se “infiltram” nos alimentos e melhoram a saúde.
Nas gôndolas dos supermercados, embalagens coloridas disputam a atenção dos consumidores. Nessa batalha de sedução, rótulos com os dizeres “enriquecidos com sais minerais” saltam aos olhos de muitos, que acreditam estar diante de produtos tão saudáveis quanto saborosos. É fato, porém, que a maioria das pessoas sabe pouco sobre os reais efeitos de minerais como cálcio, zinco e ferro, adicionados mais frequentemente em alimentos industrializados como bolachas recheadas, cereais matinais, achocolatados e derivados do leite.
O médico homeopata e ortomolecular Renato Pache explica que esses nutrientes possuem a função essencial de equilibrar o corpo. “Nosso organismo é regulado por enzimas que dependem dos minerais para o seu funcionamento. Eles também ajudam o organismo a absorver diversas vitaminas”, diz Pache. O cálcio, por exemplo, é fundamental para a saúde óssea e dos dentes, assim como o zinco é importante para o funcionamento do sistema imunológico. O ferro, por sua vez, é um componente das hemoglobinas e de enzimas do sistema respiratório, e sua falta provoca a anemia.
Foto: sxc.hu
Foto: sxc.hu / O brócolis é fonte de cálcioO brócolis é fonte de cálcio

  • Danusa Yanes, nutricionista do Centro MedicoSugisawa, lembra, no entanto, que todos os minerais necessários ao corpo podem ser adquiridos com uma dieta balance­­­­a­­­­­­da, sem o auxílio de produtos industrializados enriquecidos. O ferro, por exemplo, está presente em leguminosas como feijão, lentilha e soja, e em carnes vermelhas magras, frango e peixe. O zinco, em carnes vermelhas magras, frutos do mar e castanha. O cálcio, por outro lado, pode ser consumido no leite e seus derivados, na sardinha, e em vegetais como couve, brócolis, repolho e espinafre.
O médico Renato Pache também defende a ingestão de nutrientes através do consumo de alimentos in natura, porém reconhece que, com a dificuldade de as pessoas prepararem alimentos, o enriquecimento traz benefícios. “O segredo é sempre beber muita água diariamente, para evitar que um eventual excesso de sais minerais desses produtos provoque cálculo renal”, aconselha.
Professora da Pontifícia Univer­­sidade Católica do Paraná (PUCPR), a engenheira de Alimentos Laura Karam garante que, em geral, os nutrientes anunciados nos rótulos não são meros chamarizes fictícios. Afinal, caso não forneçam os minerais anunciados, as empresas podem ser punidas pela Agência Nacional de Vigi­­lância Sanitária (An­­visa). Karam lembra que a própria agência, desde 2004, obriga que farinhas de trigo e milho sejam enriquecidas com ferro e ácido fólico – que atua na formação dos glóbulos vermelhos e na manutenção de células. Danusa Yanes, do Centro Medico Sugisawa, lembra, porém, que o consumo de alimentos industrializados enriquecidos pode criar uma ilusão maléfica: “Não importa se uma mãe dá a seu filho uma bolacha recheada enriquecida. A bolacha continua com açúcar e farinha em excesso e gordura trans”.

Dá para viver sem mentir?


Reprodução /
DIA DA MENTIRA

Todo mundo se vê diante desta questão crucial. Veja alguns pontos que o ajudarão a respondê-la.

Hoje é o dia da mentira, essa personagem tão onipresente nas relações sociais. E resolvemos nos perguntar: é possível viver sem mentir? Quase em coro, a maioria dos entrevistados para esta matéria tascou um redondo “não”. “Seria insuportável viver em um mundo onde as pessoas dissessem 100% a verdade o tempo todo”, disparou o coordenador do curso de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Jelson Oliveira.
É mesmo difícil imaginar, de uma hora para outra, todos se transformando em Fletcher Reede, per­­­­­so­­­­­nagem de Jim Carrey no filme O Mentiroso, cujo filho tem o desejo atendido de que seu pai não minta por um dia. As confusões em que ele se mete, ainda que exageradas para dar tom à comédia, poderiam ser a tônica das “novas” relações. “Seu cabelo ficou horrível”, diria alguém, prontamente recebendo uma resposta igualmente mal-educada da outra parte. “Não fui à sua festa porque achei que seria uma chatice”, seria o início de outra conversa.

Não, o professor da PUCPR não está fazendo apologia à balela – embora classifique as ditas mentiras “brancas” como “charmosas”. “A cortesia está muito baseada em uma certa utilidade da mentira.” Há uma terceira categoria de embuste, que Oliveira chama de moral, condenável. “É quando se busca o próprio interesse. Inventamos sobre nós para nos favorecer e sobre o outro para prejudicá-lo. Deixa de ser uma atividade criativa e afeta o bem comum. A verdade, até onde se é capaz disso, é sempre preferível”, afirma o filósofo.Mas o coordenador do curso de Filosofia da PUCPR sustenta sua posição de várias maneiras. Para começar, ele diz que a mentira pode ser entendida como manifestação artística. “A imaginação é a possibilidade de criar mundos ilusórios para que a vida fique mais divertida”, diz Oliveira. Sim, a arte é necessária e não deixa de ser uma ilusão. Até aí, poucos hão de discordar. Mas o que o filósofo diz a seguir é perturbador. “Nós pouco sabemos a verdade sobre a existência. Nas relações humanas, pouco sabemos quem somos, quem é o outro.” E, mesmo que tentemos perseguir a verdade, qual seria? “Ela mesma é uma pequena mentira, uma criação do ser humano.”
Por mais que se defendam as vantagens das pequenas lorotas, quase nunca quem diz uma tem boas intenções. Isso fica óbvio quando o mentiroso procura tirar algum tipo de proveito. Mas será que quando dizemos aquelas meias verdades, omitimos ou amenizamos para não desagradar o outro não estamos mentindo para nós mesmos? “Muitas vezes é porque não queremos que a pessoa fique aborrecida conosco. Nos protegemos porque não queremos ser repreendidos, criticados”, afirma o psicólogo Carlos Esteves, especialista em Análise do Comportamento. De uma maneira ou de outra, todo mundo quer ser aceito.
Dizer uma mentira para não desagradar alguém, no entanto, é uma das formas de autoengano que cometemos muito, o tempo todo. O mesmo vale para alguém que acha que está ludibriando o outro quando, na verdade, o embromado é a própria pessoa. Isso ocorre, por exemplo, com o “espertalhão” que gosta de iludir e enganar achando que leva vantagem. O psicólogo e psicoterapeuta Dionísio Banaszewski dá um exemplo: “Quem tem dois relacionamentos, não tem nenhum. A pessoa não vai conseguir se aprofundar em nenhum deles e acoberta sua incompetência para estabelecer uma relação mais efetiva”.
Conforme o especialista, quem tem esse tipo de comportamento sempre “cai do cavalo”. Banaszewski cita Freud e o conceito de ato falho. “O consciente vai fazer mentir, mas o inconsciente sempre é verdadeiro. De alguma forma, vai trazer a verdade à tona.” Para o psicoterapeuta, as pessoas mentem “por não ter equilíbrio ou a maturidade para enfrentar suas verdades. Isso sempre em cima de algum tipo de complexo, como de inferioridade ou impotência”.
Sinceridade
E como lidar com as pequenas saias justas diárias sem lançar mão da falsidade? “Tudo pode ser dito. Há maneiras de ser gentil mesmo com diferentes opiniõ­­es”, garante Silmara Leite Ribeiro Santos, coordenadora do curso de Etiqueta Corpo­­rativa e Social do Cen­­­­tro Europeu. Declinar de um convite não exige uma desculpa esfarrapada. “É melhor dizer ‘eu gostaria muito de ir, agradeço sua lembrança, mas não estou em um bom dia e gostaria de ficar em casa. Espero que você compreenda’. Isso mostra o quanto o convite é importante e denota sinceridade.” Muito melhor do que inventar uma reunião de trabalho de última hora e ser desmascarado.
Aos pais, optar pela verdade é ainda mais importante. “A criança não faz essa distinção entre a mentira ‘branca’ e qualquer outra”, afirma a psicóloga sistêmica familiar Tatiana Centurion. Por isso, quem tem filhos deve sempre prestar atenção em suas atitudes diante deles.
Toda postura, porém, tem dois lados, lembra Silmara Santos. “Ou a pessoa vai ser admirada porque fala o que pensa, ou os outros vão se afastar porque não querem ouvir a verdade.” É um risco. Que não está descartado no caso de quem vive “amenizando” as coisas. “Quem mente de maneira indiscriminada causa um afastamento social. As pessoas se distanciam porque o relacionamento não é consistente”, adverte o psicólogo Carlos Esteves.
Dá para viver sem mentir?
Confira o que algumas pessoas responderam:
E você, acha que dá para viver sem mentir? Conte para o Viver Bem!

É de pequeno... que se aprende a falar a verdade


Shutterstock /
DIA DA MENTIRA

Saiba como lidar com o tema com as crianças e descubra por que o exemplo é o melhor conselho.

É de pequenino... não que se torce, mas se endireita e coloca no caminho do bem o menino. Ensinar os filhos a serem verdadeiros começa pelo próprio comportamento.
“A criança não faz essa distinção entre a mentira “branca” e qualquer outra”, afirma a psicóloga sistêmica familiar Tatiana Centurion.
Nem tudo é mentira
O mundo das crianças é rico em fantasia eimaginação. Por isso nem tudo o que elas inventam é mentira. “Entre os 4 e 5 anos, muito do que as crianças inventam faz parte da realização de desejos, como dizer que os pais moram juntos quando são separados ou que já foram para a Disney”, diz a psicóloga Tatiana Centurion.
Mesmo que seja normal, a situação exigeorientação: “isso faz parte da sua imaginação, você gostaria que acontecesse, mas sonhou de olhinhos abertos”. Não use a palavra “mentira”, nem repreenda.
Depois disso, entre os 6 e 7 anos, a criança já adquiriu noções de valores sociais e sabe o que quer com a mentira. Que é, normalmente, se livrar de alguma consequência ou não ter as vontades frustradas.
Por isso, optar pela sinceridade é a primeira regra para não ensinar os filhos a mentir. E o que fazer no caso daquelas mentiras “necessárias”, como dizer ao pedinte “não tenho dinheiro” quando a criança sabe que tem? “Nesse caso é preciso explicar que não tem dinheiro para doar, pois ele será usado para outra coisa”, recomenda Tatiana.
Outra atitude importante é uma espécie de “prêmio” para a verdade. Ou seja, sempre que seu filho fizer algo que mereça uma sanção, ela deve ser menor caso ele conte a verdade. A psicóloga cita o exemplo de uma nota baixa. “Se a criança contar, fica uma semana com 20 minutos a menos de televisão por dia, para repor o conteúdo. Caso minta ou omita, fica a semana inteira sem assistir tevê.”
Em algumas situações, nem é preciso sanção. “Quando ela perde alguma coisa, só o fato de ter perdido é uma aprendizagem.” Mas é preciso orientação para ter mais cuidado com os pertences.
Para descobrir a mentira, Tatiana orienta a perguntar mais de uma vez, pois as crianças se contradizem. E, caso já tenha havido outros episódios de mentira, não há problema de se certificar da história com outras pessoas.