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terça-feira, 3 de abril de 2012

Paranaenses são indicados ao Troféu HQ MIX


O blog do troféu HQ Mix – importante premiação para profissionais e amadores da linguagem dos quadrinhos – divulgou na última sexta-feira a lista dos indicados ao troféu HQ Mix 2012. Na longa lista de categorias, dois paranaenses estão indicados: Benett, chargista da Gazeta do Povo, que concorre como Chargista por seu trabalho no jornal Folha de S. Paulo, e a publicação Vigor Mortis Comics na categoria adaptação para quadrinhos, feita a partir da peça Morgue Story, de Paulo Biscaia pelas mãos do próprio e dos cartunistas José Aguiar e DW Ribatski. O resultado sai no dia da entrega dos troféus, 30 de junho, no Sesc Pompeia, em São Paulo.

Dias e noites de movimento intenso


Fotos: Fernando Henrique de Oliveira/Divulgação / Centenas de pessoas acompanharam a apresentação de Sonho de Palhaço, de São José dos Campos, no Largo da OrdemCentenas de pessoas acompanharam a apresentação de Sonho de Palhaço, de São José dos Campos, no Largo da Ordem
FESTIVAL DE TEATRO

Pessoas de todas as cidades invadiram as ruas de Curitiba para conferir as atrações do evento durante o fim de semana.

A enorme fila que se formou para a apresentação gratuita de Los Pájaros Muertos no primeiro dia do Festival de Curitiba, na última quarta-feira, de certa forma anunciava o clima do evento. Gente de todas as idades saindo às ruas e se amontoando nos locais de apresentação espalhados pela cidade que, no último fim de semana, ganhou movimento intenso.
No Largo da Ordem, por exemplo, onde se concentra uma boa parte das apresentações de rua desta edição, era grande o número de pessoas no último sábado. Famílias inteiras, grupos de jovens e turistas passeavam pela região à tarde e muitos pararam para conferir os espetáculos que ganharam exibição por ali, como Sonho de Palhaço – Carambas e Carambolas, peça da Cia. dos Homens de Palha de Circo e Teatro, de São José dos Campos (SP), e A Pereira da Tia Miséria, premiado espetáculo do Núcleo Às de Paus de Londrina, que teve sua última apresentação do Fringe transferida de última hora da Praça da Espanha para o bebedouro do Largo da Ordem por conta do Empório Soho, evento gastronômico que ganhou a praça no fim de semana.
Fotos: Fernando Henrique de Oliveira/Divulgação
Fotos: Fernando Henrique de Oliveira/Divulgação / Igor Soares (ao centro) veio com um grupo de estudantes de Matinhos para conferir o FestivalAmpliar imagem
Igor Soares (ao centro) veio com um grupo de estudantes de Matinhos para conferir o Festival
Programe-se
Ainda há peças com ingressos disponíveis
Na segunda semana do Festival de Teatro, restam poucos ingressos para espetáculos da mostra oficial. Hoje, por exemplo, estão lotadas todas as peças (Equus, Estamira, O Libertino e Caravana), mas restavam entradas para Ato de Comunhão, da mostra adulta XXX.
Amanhã, as mesmas peças também estão lotadas, mas restam ingressos para a estreia de Licht + Licht, trabalho de Caetano Vilela com a Ópera Seca, ex-companhia de Gerald Thomas. Estreia também a infantil O Menino que Vendia Palavras, com Du Moscovis.
Para quinta-feira, há entradas para o musical Judy Garland – O Fim do Arco-Íris e Aquilo Que Meu Olhar Guardou pra Você.
Na sexta, ainda é possível garantir entradas para Judy Garland, o concorrido Caravana – Memórias de um Picadeiro, Eclipse, Essa Febre Que Não Passa, Aquilo... e O Jardim.
No sábado e no domingo, só está esgotado o espetáculo Namíbia, Não!, com direção de Lázaro Ramos.
Confira novas atualizações sobre os espetáculos no site especial do Festival.
Excursão
Vencedor do Prêmio Gralha Azul de melhor espetáculo paranaense de 2011, A Pereira da Tia Miséria reuniu uma plateia de centenas de pessoas e era uma das peças mais aguardadas por Igor Soares, 30 anos, e o grupo de 56 estudantes de Matinhos que veio com ele para conferir o primeiro fim de semana do festival. Eles foram os primeiros a se posicionar diante do cenário da peça londrinense para assistir à apresentação que teve início às 18 horas.
Com o guia na mão e uma lista de 12 espetáculos para ver entre sábado e domingo, Igor, que é curitibano, mas dá aulas de teatro em Matinhos, acompanha o festival há anos. Para ele, o evento movimenta a cidade, o que é importante porque possibilita que muitas pessoas tenham acesso ao teatro e incentiva os mais jovens a começar na profissão. “É um evento que faz bem para os grupos teatrais, que têm aqui uma grande vitrine, e para o público também, que se beneficia com este acesso”, comenta. Mas, para ele, isso não significa que o festival não tenha problemas. Furos na programação, tanto no guia oficial, quanto no site, espetáculos atrasados e mudanças repentinas, como aconteceu com A Pereira da Tia Miséria no sábado, pesam contra o evento.
Ponto de encontro
Problemas à parte, o que chama mesmo a atenção é a agitação da cidade durante os dias de festival. Ou melhor, durante as noites. Bares, cafés e restaurantes, principalmente aqueles que ficam próximos aos locais de apresentação, exibem grande movimento de clientes. É o caso do Café do Teatro, tradicional ponto de encontro da cena artística no período do evento. “Temos a nossa clientela fiel, mas nesses dias o movimento aumenta, o bar enche até além da conta e se torna o espaço de reunião de muitos artistas que vêm para a cidade. Pra gente é a melhor época do ano”, revela a proprietária Elisa Bruel que, desde 2000, toca o bar comprado pela mãe Olga e o tio Beto Bruel, um dos principais iluminadores tea­­­trais brasileiros, em 1997.

História e arte a um clique


Henry Milléo / Gazeta do Povo / Ana Cristina Cury, professora de ArteAna Cristina Cury, professora de Arte
RECURSO DIDÁTICO

Museus virtuais estimulam o interesse e levam pais e professores a “viajar” com crianças e jovens por diferentes épocas e culturas.

Diversão e aprendizado garantidos
Daniel, Vicente e Davi – de 3, 5 e 6 anos, respectivamente – já sabem que o iPad e o computador da mãe revelam interessantes informações. Mestre em Educação, a professora de Arte Ana Cristina Cury acessa com frequência sites como o do Museu Americano de História Natural, no qual os filhos saciam várias curiosidades. A primeira experiência de Ana com as crianças ocorreu quando tentava explicar o que eram tsunamis. Depois disso, vieram conhecimentos sobre borboletas (quando o mais velho visitou um borboletário), o nado dos golfinhos (após assistirem ao filme Winter, o Golfinho) e a dentição dos mamíferos (quando os primeiros dentinhos dos meninos ameaçavam cair). Ana sugere outros sites interessantes para crianças e adultos. “O Museu Virtual de Ouro Preto tem muito a melhorar, mas a navegação pelo interior das igrejas barrocas do Brasil é extasiante e ainda melhor se manipulada em um tablet! Outro para ser navegado em tablet e se maravilhar é o site da Capela Sistina. Também tem o British Museum e o Museu do Louvre, que são visitas imperdíveis!”
Avaliação
Navegando entre quadros, esculturas e outras peças que compõem um museu virtual, o visitante se depara com experiências boas e outras nem tanto:
Positivas
• Eles diminuem a distância entre o aluno e a informação. A arte fica mais próxima de quem está em outra localidade ou tem problemas de mobilidade.
• Apesar de requererem alguma familiaridade com a navegação pela internet, os museus virtuais podem ser acessados por pessoas de todas as idades.
• Vários museus provocam a interação com os visitantes, o que pode tornar o passeio mais atrativo e dinâmico.
• Como são fontes de informação confiáveis, esses sites podem ser referência para pesquisas escolares e acadêmicas.
• Os sites trazem informações que podem ilustrar aulas de diversas disciplinas, enriquecendo a aula e despertando o interesse dos alunos em relação aos museus de forma geral.
• Muitas obras são mostradas em seu próprio ambiente de exposição, com pessoas as observando. Isso pode ser convidativo para quem acessa o site, despertando o interesse de conhecer o espaço.
Negativas
• Há sites que prometem tours virtuais, mas não passam de páginas informativas, sem recursos atrativos.
• A construção de algumas páginas é mais complexa, o que pode tornar difícil a navegabilidade para quem não tem domínio da internet.
• Falta interatividade e convite para que os museus também sejam visitados pessoalmente.
• As visitas são restritas quando não há a disponibilidade de alguns idiomas.
• Há museus cujo assunto é voltado para as crianças, mas não há a preocupação em tornar a forma e o conteúdo acessíveis a elas.
• Alguns sites exigem a instalação de softwares e requerem um computador com boas configurações de memória e acesso à internet.
Fonte: Redação, com entrevistados.
O contato com obras de arte e com exposições de artefatos que marcaram a história faz parte da formação de qualquer estudante. Incluídos na programação das escolas, os passeios a museus e galerias de arte conquistaram um aliado – o tour virtual. Ricas culturalmente, as visitas on-line são uma opção para dias de chuva e para evitar longas distâncias. Além disso, os acessos complementam o conteúdo passado em sala de aula e podem ser úteis até para as lições de casa.

Museus de todo o mundo têm investido na exposição on-line de seu acervo, promovendo a interatividade com os visitantes virtuais. Esse tipo de tour mostra-se uma grande oportunidade para conhecer, sem sair de casa ou da escola, a cultura de diversos povos e a história de milhões de anos.

Segundo Neusa Cassanelli, coordenadora de Educação do Museu Paranaense, mesmo o site de um museu localizado na cidade onde o visitante virtual mora pode ser interessante. “Os sites podem ou complementar conteúdos vistos em museus ou fazer uma introdução antes da visita real. O tour ajuda a ampliar esses conhecimentos”, afirma.

Encurtando distâncias

A acessibilidade a obras ex­­postas em terras distantes é a maior vantagem dos museus virtuais, pois facilita a compreensão de outras culturas. “Essa visita virtual deve ser uma ferramenta, especialmente no que diz respeito à prática docente. As aulas sobre a Mesopotâmia, por exemplo, às vezes ficam demasiadamente abstratas. Nesse caso, o Museu Virtual do Iraque pode ser uma ferramenta bastante relevante”, diz o historiador Hilton Costa, doutorando em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Diogo Vieira da Costa, tam­­­­bém historiador, concorda que estudantes saem ganhando com o uso dos tours virtuais. “Eles [tours] podem ser referência para pesquisas, pois as fontes são 100% confiáveis”, considera. No entanto, dependendo da idade da criança – até 10 anos –, é importante a presença de um adulto acompanhando a visita.

Para Marcelo Henrique No­­vak, coordenador das Aulas de Campo da Escola Anjo da Guar­­da, é preciso garantir que os sites acessados sejam mesmo dos museus. “As visitas virtuais são válidas desde que os sites visitados sejam confiáveis, para que não haja desinteresse. [O domínio da] língua também é um problema para o acesso à informação de grande parte dos alunos”, diz.

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Que atividades você aconselha a fazer com crianças em museus virtuais?

Programa Saúde da Família avança lentamente em cidades maiores


Josué Teixeira/ Gazeta do Povo / Médico da família  em ação preventiva: cobertura de atendimento domiciliar é maior nas cidades pequenasMédico da família em ação preventiva: cobertura de atendimento domiciliar é maior nas cidades pequenas
ATENDIMENTO BÁSICO

Só 5% das equipes têm médicos especializados. Baixa capacitação é o maior obstáculo do projeto, que visa prevenir doenças e antecipar diagnósticos.

Apesar do aumento absoluto da população atendida por equipes da Estratégia Saúde da Família, nos últimos anos o avanço dessa cobertura tem revelado sinais de estagnação. O Brasil teve no ano passado um incremento de apenas 1,2% no número de atendidos pelo programa em relação a 2010, somando pouco mais de 101 milhões de pessoas.
Prevenção
Quer se prevenir? Segundo os especialistas, algumas dicas ajudam a evitar que grande parte das doenças apareçam e ainda ajudam a identificá-las ainda no início:
- Tenha uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais e carnes magras. Nada melhor que o tradicional arroz, feijão, salada e carne. Fuja dos alimentos industrializados, com gordura animal, fast food e fontes de sódio e açúcar em excesso.
- Beba água. Refrigerantes, sucos industrializados e águas aromatizadas aumentam as chances de câncer, hipertensão e diabete.
- Sempre que possível, fuja da cidade e passe uns dias em um local mais tranquilo e menos poluído.
- Não fume. O tabagismo (mesmo que esporádico) aumenta em 40% as chances de ter câncer e está bastante associado a casos de enfarte e AVC.
- Não beba em excesso e não misture álcool e direção. Os acidentes de trânsito são uma das maiores causas de mortes e invalidez no Brasil.
- Não use drogas.
- Pratique exercícios físicos três vezes por semana, por pelo menos 50 minutos.
- Se está acima do peso, emagreça. A obesidade é fator de risco para câncer, diabete e problemas cardiovasculares.
- Visite seu médico regularmente, faça uma avaliação completa anualmente e realize os exames preventivos, como a mamografia para o câncer de mama, nos prazos estipulados.
- Mantenha suas vacinas em dia. Como algumas vacinas precisam ser reaplicadas na vida adulta, na dúvida, consulte uma unidade de saúde e veja se está imunizado corretamente.
Benefícios
Prevenção ajuda a reduzir mortes por doenças crônicas
Os especialistas são unânimes: o investimento em programas de prevenção está ligado a uma diminuição progressiva nas mortes por doenças crônicas. “Se, durante a consulta, descobre-se que o paciente tem história familiar de hipertensão e a avaliação mostra que ele está acima do peso e seu colesterol está alto, podemos oferecer medidas de prevenção, como recomendar atividade física e dieta adequada, os primeiros passos para evitar uma morte por enfarte ou AVC”, diz a médica pediatra e sanitarista e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo Eliane Cesário Maluf.
A medida também reduz custos com internações e procedimentos de alta complexidade, já que os problemas são antecipados e somente em casos extremos os tratamentos chegam à internação em UTI ou exigem procedimentos de alta complexidade.
Mesmo assim, a professora explica que não adiantam altos investimentos governamentais se a própria população não intensifica seus cuidados com a saúde. “Com as doenças crônicas, não há fórmula mágica e a pessoa precisa mudar seu estilo de vida para evitar diabete, hipertensão e câncer. Não tem jeito: não adianta a farmácia estar bem abastecida e o médico ser totalmente qualificado se a pessoa não melhora sua dieta e não =passa a fazer exercícios”, alerta.
Programa
O Saúde da Família (PSF) foi lançado em 1994 para incentivar a prevenção e aproximar a população dos serviços de saúde:
Estratégia
• Em 2006, o PSF tornou-se uma estratégia de governo e um fio-condutor da atenção à saúde no país.
• A ação busca prevenir a mortalidade infantil, o câncer de colo e de mama e oferece atendimento e orientação em hipertensão, diabete, tuberculose, hanseníase, problemas bucais e mentais.
Funcionamento
• Médicos de família e agentes comunitários de saúde acompanham a população de bairros ou de toda uma cidade.
• É realizado um cadastro de todos os moradores e identificado o número de crianças, adultos e idosos, se há gestantes e se há necessidade de atendimento domiciliar.
• São marcadas consultas periódicas, realizados exames preventivos e prestadas orientações como cuidados para evitar a dengue e formas de planejamento familiar.
Essa redução do avanço relativo, que já foi de 6,7% de 2007 a 2008, torna ainda mais difícil a meta do governo federal de universalizar as estratégias de saúde baseadas na prevenção, que pretende levar uma nova cultura em saúde ao alcance de todos os 191 milhões de brasileiros.
Mesmo com 53% da população atendida, a minoria das equipes existentes é composta de médicos com especialização na área. Segundo um estudo encomendado pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, apenas 5% das equipes do Saúde da Família têm um médico especializado em Medicina da Família e Comunidade, profissional que trabalha especificamente com acompanhamento, prevenção e promoção da saúde. “Hoje, o principal problema é a falta de médicos qualificados.
A estrutura de saúde, em si, não exige tantos recursos para ser mantida, mas não adianta ter uma unidade equipada com o que há de melhor se não há profissionais com formação para atender à demanda com qualidade”, explica a coordenadora da residência de Medicina de Família e Comunidade da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Tânia Maria Santos Pires.
Ela cita o exemplo de sucesso de Belo Horizonte. Há alguns anos, os mineiros chegaram a 70% da população tendo cobertura dos programas da Saúde da Família – em Curitiba, o índice não passa de 30%. A chave para isso foi um investimento considerado ousado na qualificação dos estudantes de Medicina. “Por lá, a prefeitura decidiu incentivar a residência em medicina de família, essencial para implementação dos programas, e ela passou a organizar e manter financeiramente as residências na área.”
Para o presidente da Asso­­ciação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, as estratégias do Saúde da Família precisam passar pela profissionalização do quadro de funcionários e pela oferta de educação continuada. “O governo federal está em campanha para alocar médicos recém-formados e sem formação adequada em municípios do interior mas, em muitos casos, acaba por não oferecer condições plenas de salário e estabilidade, o que é nocivo para o sistema.”
Caminho
Para os especialistas, mesmo com alguns problemas, os incentivos do governo à prevenção no Brasil estão em um caminho positivo e conseguiram aproximar a população do sistema de saúde. E mesmo a dificuldade em ampliar a cobertura dos serviços não compromete a boa avaliação.
“É possível ampliá-la, tendo a preocupação com a qualificação dos profissionais, mas é ilusão achar que vamos cobrir 100% da população em curto prazo, já que muitos optam pelos planos de saúde e atendimento particular. A meta deve ser ter bons indicadores de saúde. Se um bairro ou cidade tem isso, o investimento pode ser direcionado a outras áreas”, diz a médica pediatra e sanitarista Eliane Cesário Maluf, professora do curso de Medicina da Universidade Positivo.
Segundo ela, a iniciativa ainda é capaz de economizar recursos. “Estudos internacionais mostram que 85% a 90% dos casos podem ser atendidos em unidades de atenção primária, sem mobilizar hospitais e sistemas complexos, como UTIS, que são muito mais onerosos.”
Diferença de estrutura marca destino de verbas
Há cinco anos, a cidade de Cas­­tro, na Região Central do es­­tado, tinha 90% da população atendida pelos programas da Saúde da Família, enquanto Curitiba não passava de 30%. A diferença provém da estrutura de saúde necessária em cada município.
“Enquanto Castro consegue atender quase toda a sua po­­pulação com cinco unidades de saúde, com quatro médicos em cada uma, Curitiba de­­manda uma estrutura muito maior. Por mais que a capital tenha mais recursos, tornar a cobertura abrangente é um desafio pelo tamanho da demanda”, explica a professora do curso de Medicina da PUCPR Tânia Maria Pires.
Alta complexidade
As necessidades de alocação de recursos variam conforme o porte da cidade. Em uma cidade pequena, as unidades de saúde podem trabalhar quase que exclusivamente com a atenção primária à saúde, enquanto as maiores precisam destinar recursos para a alta complexidade.
“Caso uma pessoa de Cas­­tro seja diagnosticada com cân­­cer, é removida para Ponta Grossa, a regional de saúde mais próxima. Se o quadro for gravíssimo e demandar atendimento mais específico, é encaminhada para Curitiba. Com isso, a capital divide seus investimentos em várias frentes, enfraquecendo a quantidade destinada à prevenção.”