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sábado, 5 de maio de 2012

Irregularidades atingem 67% de obras e serviços no Paraná , diz Crea


PMESP/AFP / Em São Bernardo do Campo, o Edifício Senador ficou destruído em fevereiro passadoEm São Bernardo do Campo, o Edifício Senador ficou destruído em fevereiro passado
Levantamento feito ano passado pelo Conselho de Engenharia e Arquitetura mostra que intervenções não tinham responsável técnico ou apresentavam falhas na documentação.
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / Em junho do ano passado, trecho da Avenida João Gualberto, no bairro Juvevê, em Curitiba, afundou: fundação comprometidaAmpliar imagem
Em junho do ano passado, trecho da Avenida João Gualberto, no bairro Juvevê, em Curitiba, afundou: fundação comprometida
Tragédias
Veja alguns dos recentes acidentes ocorridos em obras. Muitas delas estavam em situação regular:
Infiltrações na laje
O Edifício Senador desabou parcialmente no dia 6 de fevereiro de 2012, em São Bernardo do Campo (SP), e deixou duas pessoas mortas e seis feridas. Investiga-se se a laje que passou por obras contra infiltrações possa ter sido a causa do acidente.
Reformas
No dia 25 de janeiro de 2012, o desabamento do Edifício Liberdade, no centro do Rio de Janeiro provocou a morte de 22 pessoas. A investigação da Polícia Federal indicou que o acidente foi causado pelas obras de reforma no 9º andar do prédio. Segundo o Crea-RJ, a obra não apresentava engenheiro responsável.
Em construção
Um prédio de 34 andares em construção desabou no dia 29 de janeiro de 2011, em Belém, no Pará. A moradora de uma casa soterrada pelos escombros ao lado da construção e dois operários morreram devido ao desabamento.
Cratera na Avenida
Parte da pista da Avenida João Gualberto, no bairro Juvevê, em Curitiba, afundou no dia 16 de junho de 2011. O acidente foi causado pela fundação de um prédio em obras, que estaria comprometida. Foi formada uma cratera de 6 metros de profundidade e 25 de comprimento.
Muro destruído
Também na capital paranaense, parte do muro de uma casa e da garagem de um prédio, vizinhos a um terreno com uma obra em construção na Rua Brigadeiro Franco, no bairro Mercês, desabaram em 19 de junho do ano passado. Um pedaço do muro ficou caído no estacionamento de um edifício residencial, enquanto a estrutura da casa ficou comprometida e foi interditada.
Queda no Exército
O desabamento de parte de um prédio em obras do Exército, no Boqueirão, em Curitiba, deixou dois operários mortos e quatro feridos em 21 de abril de 2012. Uma viga cedeu provocando a queda do telhado. A documentação da empresa contratada e do engenheiro responsável estava regular, disse o Crea-PR.
Fonte: Da Redação.
Ideias
Após desastre no Rio, engenheiros sugerem medidas de prevenção
Logo depois do desabamento do Edifício Liberdade, no Rio de Janeiro, no início do ano, que vitimou 22 pessoas, um grupo de engenheiros se reuniu para propor medidas preventivas à Câmara Municipal e à prefeitura do Rio de Janeiro. A ideia principal era ampliar o controle sobre as reformas, uma das prováveis causas da queda da edificação.
O vice-presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Manoel Lapa, participou do grupo, e cita que entre as principais sugestões estão a criação de uma lei que determine que a cada cinco anos todos os prédios tenham que contratar um engenheiro para vistoriar o edifício, que seja insituída a obrigatoriedade do licenciamento nas reformas que envolvam quebras de parede e que seja necessária a apresentação de projetos de estrutura nesses casos.

Para realizar obras de construção civil é necessário seguir uma série de exigências. Contratação de um engenheiro ou arquiteto, obtenção de alvará e respeito às normas técnicas são algumas delas. Na prática, porém, o que se verifica é que muitas das regras não são cumpridas. Em 2011, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR) verificou que uma média de 67% das obras e serviços fiscalizados no estado possuíam alguma irregularidade: ou não tinham profissional contratado ou estavam sem a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que registra o contrato entre o proprietário e o responsável por aquela obra. “Há muitas ocorrências de leigos executarem obras”, diz a gerente do Departamento de Fiscalização do Crea-PR, Vanessa Moura.
No ano passado, o Crea-PR fez cerca de 50 mil fiscalizações tanto em edificações quanto em serviços (instalações mecânicas, elétricas, de elevadores, de ar condicionado e centrais de gás, entre outros). As análises focaram o combate ao exercício ilegal da profissão e a verificação de documentos. Não entrou na lista, por exemplo, a vistoria da qualidade da obra, ou seja, se ela está sendo executada dentro das normas técnicas e com material adequado.
Em Curitiba, a prefeitura não faz esse tipo de inspeção em todas as obras. Para Vanessa, a lacuna poderia ser amenizada com a participação do Crea-PR. “Há uma proposta dentro do conselho de que a atuação nessa área seja feita em parceria com as entidades de classe”, diz. Atualmente esse tipo de fiscalização não faz parte das responsabilidades do órgão.
O superintendente de projetos da Secretaria Municipal de Urbanismo, Roberto Marangon, explica que qualquer obra feita na capital deve ter um profissional responsável e um alvará para a realização. A secretaria faz vistorias compulsórias nessas obras para saber se elas estão sendo realizadas de acordo com o projeto aprovado, mas a qualidade não é fiscalizada em todas. Isso acaba sendo feito em casos pontuais mediante denúncia ou em ações de prevenção.
“Não há como ter um engenheiro [da secretaria] todo dia em todas as obras da cidade. Por isso se exige um profissional responsável, para que ele cumpra essa função”, diz Marangon. Cerca de 4 milhões de metros quadrados de área construída são licenciados na capital paranaense anualmente.
Análise
O professor do Depar­ta­­mento de Construção Civil da Universidade Federal do Paraná Eduardo Dell’Avanzi defende que a fiscalização deva ficar a cargo do profissional responsável pela execução da obra, mas assinala que o poder público deve oferecer apoio técnico aos que não têm condições. A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), por exemplo, oferece o serviço aos seus mutuários.
Manutenção é tema de projetos de lei
Depois da obra pronta, a preocupação fica por causa da manutenção, que nem sempre tem acompanhamento adequado. Para mudar o cenário, projetos de lei que tramitam tanto a nível local quanto nacional pretendem que edificações devam passar por vistorias periódicas.
Uma das propostas, que tramita na Câmara Municipal de Curitiba, prevê que a cada cinco anos os proprietários ou síndicos de edifícios devam contratar profissionais para analisar a construção. “Hoje a prefeitura não tem condições de fiscalizar todos os prédios”, diz o vereador Tico Kuzma (PSB), autor da proposta.
De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, o projeto abrange as edificações com três ou mais andares destinadas ao uso habitacional, comercial, de serviços e industrial. Também entram na lista escolas, igrejas, auditórios, teatros, cinemas, shoppings e locais para eventos e espetáculos, além de prédios e instalações que abriguem inflamáveis, explosivos ou produtos químicos agressivos.
No Senado
Já no Senado, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) propõe a realização periódica de fiscalização de edificações, destinada a verificar as condições de estabilidade, segurança construtiva e manutenção, além da criação do Laudo de Inspeção Técnica de Edificação (Lite). A cada cinco anos seriam inspecionadas as edificações com mais de 30 anos. A proposta tramita na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, sem data para ser votada em plenário.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Australiano de 97 anos é o formando mais velho do mundo


Allan Stewart será mestre em ciências clínicas e medicina complementar pela Southern Cross University. Foto: EFE
Allan Stewart será mestre em ciências clínicas e medicina complementar pela Southern Cross University
Foto: EFE
Um australiano de 97 anos de idade recebeu nesta sexta-feira seu quarto diploma universitário, superando seu próprio recorde, estabelecido em 2006, quando se tornou o formando mais velho do mundo.
Allan Stewart será mestre em ciências clínicas e medicina complementar pela Southern Cross University. Há seis anos, então com 91, Stewart se formara em direito.
Esse australiano, nascido em 1915, dedicou quase toda sua vida à academia, e seu primeiro diploma foi obtido no final da década de 1930. Na época, os estudantes "se vestiam de forma mais conservadora; agora, a maioria dos estudantes parece que está com roupa de férias", disse Stewart à emissora local ABC.
Stewart trabalhou durante muitos anos como dentista, mas depois decidiu retornar às salas de aula para estudar direito.

Mudanças climáticas tornam águas da Antártica menos densas


Steve Rintoul/CSIRO/AFP / Instrumento operado pela Entidade de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica avalia a densidade das águas na Antártica: atividades humanas têm impactado o localInstrumento operado pela Entidade de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica avalia a densidade das águas na Antártica: atividades humanas têm impactado o local
ESTUDO

A pesquisa sugere que até 60% da "Água Antártica de Fundo", água densa que se forma nas bordas da Antártica, que penetra nas profundezas e se espalha pelos oceanos do mundo, desapareceu desde 1970.

As águas mais densas da Antártica tiveram seu volume reduzido drasticamente nas últimas décadas, em parte devido aos impactos das atividades humanas sobre o clima, informaram cientistas australianos nesta sexta-feira (4).
A pesquisa sugere que até 60% da "Água Antártica de Fundo", água densa que se forma nas bordas da Antártica, que penetra nas profundezas e se espalha pelos oceanos do mundo, desapareceu desde 1970.
"É uma resposta às mudanças que acontecem no clima das regiões polares, devido tanto a causas naturais quanto humanas", afirmou à AFP o chefe das pesquisas, Steve Rintoul, da Entidade de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica, entidade de ciências do governo australiano.
O fenômeno "não está provocando mudanças no clima, está respondendo a mudanças no clima. Portanto, é um sinal de que as coisas estão mudando na Antártica", acrescentou.
Os cientistas não têm certeza sobre o que está provocando o fenômeno, mas Rintoul disse que a hipótese principal é que quanto mais gelo derrete nas bordas do continente antártico, mais água doce chega ao oceano.
Ele disse que isto pode estar provocando o "afundamento" da água densa em latitudes elevadas, um processo que tem sido vinculado a grandes mudanças climáticas no passado.
"Nós estivemos rastreando essas massas d'água para ver se mudanças similares ocorridas em condições meteorológicas no passado podem ocorrer novamente no futuro", afirmou.
"Nós não vemos isto ainda, mas isto, a contração da água densa em torno da Antártica, pode ser o primeiro indício de que estamos nesta direção", acrescentou.
O estudo foi feito por cientistas australianos e americanos a bordo do navio Autora Australis, que partiu para a Commonwealth Bay, a oeste da costa Antártica, e retornou para Fremantle, na Austrália.
Eles mediram a temperatura e coletaram amostras de salinidade em etapas da viagem rumo ao extremo sul da Terra, revelando também a água densa em torno da Antártida ficou menos salgada desde 1970.
Rintoul disse que a mudança estava "provavelmente refletindo tanto o impacto humano no planeta, quanto ciclos naturais".
"E o impacto humano inclui tanto o aumento de gases de efeito estufa, mas também o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica", disse, acrescentando que este buraco fez os ventos do Oceano Austral se intensificarem.
Rintoul disse que é importante entender por que as mudanças ocorrem para se ter uma idea do quão rápido os níveis dos mares vão subir no futuro

LAMENTANDO NA HORA DA MORTE



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Por muitos anos eu trabalhei em cuidados paliativos.Meus pacientes eram aqueles que tinham ido para casa para morrer. Algumas vezes incrivelmente especiais foram compartilhadas. Eu estava com eles durante os últimos três a doze semanas de suas vidas. As pessoas crescem muito quando eles se deparam com sua própria mortalidade. Eu aprendi a nunca subestimar a capacidade de alguém para o crescimento. Algumas mudanças foram fenomenais. Cada experimentou uma variedade de emoções, como esperado, negação, medo, raiva, remorso, mais negação e, finalmente, aceitação. Cada paciente encontrou a paz antes de eles partiram, porém, cada um deles. Quando questionado sobre algum arrependimento que tiveram ou qualquer coisa que faria diferente, temas comuns à tona novamente e novamente. Aqui estão os cinco mais comuns: 1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não os outros de vida esperado de mim. Esta foi a pesar mais comum de todos. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olhar para trás claramente sobre ele, é fácil ver quantos sonhos foram por cumprir. A maioria das pessoas não tinha honrado mesmo meio de seus sonhos e teve que morrer sabendo que era devido às escolhas que fizeram, ou não fez. É muito importante tentar e honra, pelo menos, alguns dos seus sonhos ao longo do caminho. A partir do momento que você perde a sua saúde, é tarde demais. Saúde traz uma liberdade muito poucos percebem, até que eles já não têm. 2. Eu gostaria de não trabalhar tanto. Isto veio de cada paciente do sexo masculino que eu amamentei. Eles perderam a juventude de seus filhos e companheirismo do parceiro. As mulheres também falou sobre esse arrependimento. Mas como a maioria eram de uma geração mais antiga, muitos dos pacientes do sexo feminino não tinha sido breadwinners. Todos os homens que amamentaram lamentou profundamente gastando tanto de suas vidas na esteira de uma existência de trabalho. Ao simplificar o seu estilo de vida e fazer escolhas conscientes ao longo do caminho, é possível para não precisar a renda que você acha que fazer. E através da criação de mais espaço em sua vida, você se torna mais feliz e mais aberto a novas oportunidades, os mais adequados para o seu novo estilo de vida. 3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos. Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos, a fim de manter a paz com os outros. Como resultado, eles adotaram uma existência medíocre e nunca tornou-se quem eram realmente capaz de se tornar. Muitas doenças desenvolvidas relativas à amargura e ressentimento levaram como resultado. Nós não podemos controlar as reações dos outros. No entanto, embora as pessoas possam inicialmente reagir quando você mudar a maneira como você está falando honestamente, no final ele levanta a relação para um nível totalmente novo e mais saudável. Ou isso ou ele libera a relação doentia de sua vida. De qualquer maneira, você ganha.4. Eu gostaria de ter ficado em contato com meus amigos. Muitas vezes eles não seria verdadeiramente perceber os benefícios de velhos amigos, até que as semanas morrem e não era sempre possível rastreá-los.Muitos haviam se tornado tão apanhados nas suas próprias vidas que havia deixado escorregar por amizades douradas ao longo dos anos. Havia muitos arrependimentos profundos sobre amizades não dando o tempo eo esforço que eles mereciam. Todo mundo sente falta de seus amigos quando eles estão morrendo. É comum para qualquer um em um estilo de vida agitado para deixar amizades escorregar. Mas quando você se depara com sua morte se aproximando, os detalhes físicos da vida cair. As pessoas querem obter os seus assuntos financeiros em ordem, se possível. Mas não é dinheiro ou status que detém a verdadeira importância para eles. Eles querem fazer as coisas de forma mais para o benefício daqueles que amam. Normalmente, porém, eles são muito doente e cansado de sempre gerir esta tarefa. É tudo se resume ao amor e relacionamentos no final. Isso é tudo o que resta nas últimas semanas, o amor e relacionamentos.5. Eu desejo que eu tinha me deixar mais feliz. Este é um surpreendentemente comum. Muitos não perceberam até o fim de que a felicidade é uma escolha. Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos. O chamado "conforto" de familiaridade transbordou em suas emoções, bem como suas vidas físicas. O medo da mudança eles tinham de fingir para os outros e para si mesmos, que eram de conteúdo.Quando no fundo, eles ansiavam a rir de forma adequada e ter bobagem na sua vida novamente.Quando você está no seu leito de morte, o que os outros pensam de você é um longo caminho de sua mente. Como é maravilhoso ser capaz de deixar ir e voltar a sorrir, muito antes de você estão morrendo. A vida é uma escolha. É a sua vida. Escolha conscientemente, escolher sabiamente, escolha honestamente. Escolha a felicidade

Criador do antivírus McAfee é detido por militares em Belize


John McAfee foi acusado de portar arma de fogo ilícita. O cachorro dele foi morto por militares.

John McAfee, 66, fundador da empresa de antivírus McAfee, ficou detido por cerca de 20 horas emBelize, país onde vive, sob acusação de portar arma de fogo ilícita. O empresário aposentado foi liberado com a ajuda da embaixada americana e acredita que a detenção tenha motivação política.
A retenção de McAfee foi realizada pela GSU (sigla em inglês para Unidade de Supressão de Gangues), grupo militar do país centro-americano, em uma propriedade do investidor, situada na cidade de Orange Walk.
McAfee foi algemado e levado a uma delegacia na capital homônima de Belize. Ainda detido, aguardou a negociação de sua solutura, que só ocorreu com a intervenção da embaixada americana.
Em depoimento enviado ao site da rede Channel 5, McAfee relata que os militares arrombaram as portas do imóvel onde mora e confiscaram seu passaporte. Além de McAfee, onze pessoas que também residem na propriedade ficaram algemadas por cerca de 14 horas. Seu cachorro foi morto pelos militares durante o processo.
O grupo de detidos só teve acesso a água seis horas depois da invasão. "Ao meio dia, pudemos beber água. Quando pedimos algo para comer, por volta das três da tarde, um militar respondeu: "temos caras de cozinheiro?'", relata McAfee.
Em seu texto, o empresário - que investe no país - conta que, de fato, usa armas de fogo para a proteção de sua propriedade, mas que todas são legalizadas.
"Quando apresentamos as licenças das armas a um dos militares da GSU, ele as escondeu em seu colete. Quando ele as tirou [do uniforme], disse que uma estava faltando. Felizmente, tínhamos cópias de tudo", afirma.
Política
McAfee diz que já fez doações de US$ 2 milhões para departamentos policiais da província onde vive, atos que teriam despertado a ira de um político local.
Ligado ao UDP (Partido Democrático Unido), o político não identificado não foi beneficiado pelas doações de McAfee.
"Recusei doar qualquer coisa para o cavalheiro que espero que vocês saibam quem é e, desde então, ele passou a fazer uma campanha contra mim", conta o investidor. "O dia inteiro foi um pesadelo inacreditável. Isto é claramente uma ditadura militar".
A McAfee foi fundada em 1987 e em 2009 foi adquirida pela Intel, por aproximadamente US$ 7,5 bilhões. Segundo dados de uma pesquisa divulgada em março de 2012, a McAfee detém cerca de 5% da participação de mercado de antivírus, o que a coloca na oitava posição entre as empresas do ramo (ou a quarta entre as que oferecem somente opções pagas).

Evasão em cursos técnicos de ensino médio preocupa educadores


Henry Milleo/ Gazeta do Povo / Natalie fez Produção de Áudio e Vídeo, mas quase desistiu por falta de dinheiro e problemas com os equipamentos do cursoNatalie fez Produção de Áudio e Vídeo, mas quase desistiu por falta de dinheiro e problemas com os equipamentos do curso
EDUCAÇÃO

Conflito de horários, desconhecimento sobre a área escolhida e insatisfação com a estrutura estão entre os principais responsáveis pela desistência.

Cursar o ensino médio e já sair com uma formação profissional, ou concluir o ensino regular e entrar mais cedo no mercado de trabalho por meio de um curso técnico subsequente são possibilidades que empolgam menos jovens do que se poderia imaginar. No Brasil, a evasão geral no ensino médio é de 10,3% – índice que cai para 6,7% no Paraná, de acordo com dados do Censo Escolar de 2010. O Ministério da Educação e a Secretaria Estadual de Educação (Seed) não divulgam dados específicos sobre o abandono nos cursos técnicos, mas, segundo escolas e profissionais consultados, as taxas são preocupantes. Uma amostra disso é que, em seu plano de metas, a Seed trata o combate ao abandono no ensino técnico como prioridade.
Na Universidade Tec­no­­lógica Federal do Paraná (UTFPR) a evasão nos cursos técnicos integrados ao ensino médio passou de 13,66% em 2010 para 16,18% no ano passado. No Instituto Federal do Paraná (IFPR) a evasão foi baixa em 2011: 2,09% dos estudantes abandonaram os cursos integrados e subsequentes, o que representa 640 dos quase 30 mil alunos. Mas esse quadro positivo é recente e resulta de um trabalho específico para combater a desistência. Em 2009, o número foi 79% maior – 1.146 estudantes largaram seus cursos. Em 2010, houve 1.768 desistências.
Artigo
Desafios da formação técnica no Paraná
Ronaldo Casagrande, diretor do Centro Tecnológico da Universidade Positivo (CTUP)
O apagão de mão de obra é um tema recorrente quando o assunto é o crescimento do Brasil para os próximos anos. Atualmente faltam profissionais qualificados em todas as áreas e em todos os níveis. Porém, a maior escassez, especialmente no Paraná, não é por advogados, administradores e outros bacharéis e sim por pessoas com habilidades técnicas específicas. O mercado de trabalho tem um déficit muito grande desses profissionais em diversas áreas, especialmente àquelas ligadas a infraestrutura e produção, tais como petróleo e gás, construção civil, controle e processos industriais, entre outras.
O mercado está remunerando muito bem profissionais de nível técnico ligado a essas áreas. Mas por que então há falta de pessoas com esse perfil? Pode-se discorrer aqui sobre várias causas que levaram a essa escassez, mas gostaria de destacar especialmente duas. Primeiramente não podemos ignorar que no Brasil houve historicamente um forte preconceito com a formação profissional.
Desde suas origens, a formação profissional foi destinada a classes sociais menos favorecidas e teve como objetivo principal a resolução de problemas sociais. O próprio trabalho, especialmente o manual e operacional, sempre sofreu preconceito em nosso país. Vale lembrar que a palavra trabalho tem sua origem na palavra latina Tripalium, instrumento de tortura utilizado com escravos. O preconceito em relação ao trabalho operacional pode ser evidenciado, ainda nos dias de hoje, quando vemos filhos de pessoas de classe média alta que trabalham por longos períodos nos EUA como babás e garçons, mas que se recusam a realizar esse tipo de serviço no Brasil.
Outro problema que temos no avanço da formação técnica é em relação ao financiamento para estudo. Podemos, de forma simplista, identificar dois grandes financiadores, sendo um o poder público e outro, o privado, constituído especialmente pelo segmento empresarial (representado pelo Sistema S) e também pelas próprias pessoas que buscam uma formação. Especificamente nas últimas duas décadas, o poder público identificou a necessidade de promover a formação de profissionais de nível técnico de qualidade e desde então vem desenvolvendo programas para acelerar esse tipo de formação.
O grande problema é que tanto o poder público quanto o Sistema S não têm recursos suficientes para formar toda a demanda necessária. Por outro lado, o público interessado em buscar uma formação profissional normalmente não consegue arcar, também, com os custos de uma boa formação profissional.
Hoje, a formação técnica é uma ótima opção, tanto para a pessoa, que é bem remunerada, quanto para o país, que necessita desse perfil de profissional para se desenvolver. Porém, para resolver o problema da formação profissional deve haver, pelo menos, a superação das barreiras aqui relacionadas: o problema cultural de preconceito com a formação profissional e o financiamento ao estudante.
Razões
Entre as principais razões para a desistência estão o desconhecimento e a insatisfação com a estrutura dos cursos e a opção por dar continuidade aos estudos no ensino superior. No entanto, a mais preocupante é a vulnerabilidade social, já que muitos estudantes conciliam os estudos com o trabalho.
Há casos de alunos que abandonam o curso por não conseguirem acompanhar as aulas ou por não terem gostado da escolha. Existem estudantes, por exemplo, que optam por uma formação em informática pensando em áreas de interesse, como a internet, mas esquecem que há muita matemática como base para os estudos. “Por ter um processo seletivo relativamente concorrido, os alunos que ingressam possuem uma base consistente na formação geral, encontrando dificuldade nas áreas técnicas”, afirma Sonia Ana Leszczynski, chefe do Departamento de Educação da UTFPR.
Análise
O professor Irineu Mario Colombo, reitor do IFPR, considera os índices de evasão na instituição preocupantes, já que o governo federal faz um investimento grande nesses cursos. Para reverter o quadro, o IFPR deve investir R$ 5 milhões neste ano apenas em programas de assistência estudantil, para apoiar a permanência dos alunos.
Colombo ainda faz uma ressalva em relação aos índices elevados de evasão: a economia aquecida. “Para cursos técnicos, a demanda aquecida não estimula a permanência”, afirma. Ele dá como exemplo o mercado da construção civil em alta. Um aluno que cursa o técnico em edificações pela manhã e é muito solicitado pelo mercado acaba abandonando o curso para atender a essa demanda.
No TECPUC, centro de ensino técnico ligado à PUCPR, um trabalho de avaliação da evasão ajudou os profissionais a entenderem melhor as razões dos estudantes. “Um grande porcentual da evasão ocorre pelo fato de os alunos serem os próprios pagantes do curso e não conseguirem conciliar as atividades do dia a dia e os estudos”, explica Roger Steppan, diretor do TECPUC.
Trampolim
Aulas foram meio de ingressar rapidamente no mercado de trabalho
Em 2010, Natalie Patrício, de 24 anos, decidiu estudar Produção de Áudio e Vídeo no IFPR, um dos novos cursos ofertados na instituição após sua criação, em 2008. Em meio a atrasos na formação por falta de professores, que ainda estavam sendo contratados, e deficiências com equipamentos, a jovem quase desistiu do curso por falta de dinheiro.
Morando sozinha em Curitiba, Natalie aproveitava o vale-transporte que recebia no trabalho para ir até o instituto. Quando parou de trabalhar, o orçamento ficou apertado. Com problemas de saúde, ela perdeu muitas aulas e quase largou os estudos. “Aí apareceu a bolsa de inclusão social e pude continuar”, conta. Em troca do dinheiro, R$ 200 mensais, Natalie fez monitoria acadêmica, o que ainda a auxiliou nos estudos.
Hoje a jovem trabalha na área e sonha em continuar os estudos em um curso superior de Medicina. “Escolhi o curso técnico porque dura menos tempo e você sai um profissional formado.” Natalie faz aulas no pré-vestibular gratuito Em Ação nos fins de semana e se prepara para prestar vestibular no fim do ano. “A gente tem de comer, se vestir, então, precisa trabalhar”, resume.
Informação
“Não sabia muito bem o que era o curso e caí de paraquedas”
O curso técnico em Mecânica, ofertado de forma integrada ao ensino médio, pareceu uma boa oportunidade para o jovem Igor Fabiano de Castro do Nascimento, 17 anos. Mesmo assim, ele desistiu da formação profissional e voltou ao ensino médio regular. “Aconteceu o que acontece com um monte de pessoas: não sabia muito bem o que era o curso e caí de paraquedas. Saí porque não era o que eu queria”, conta.
De volta ao segundo ano do ensino médio, o jovem estuda hoje no Colégio Estadual Rodolpho Zaninelli, na Cidade Industrial de Curitiba, onde também cursou metade do ensino técnico. “Não tinha estrutura e ficou mais viável largar o técnico e ficar no regular”, conta, lembrando que entre as razões para a troca estavam a falta de laboratórios e de professores.
Segundo Marilda Diório Menegazzo, diretora do Departamento de Educação e Trabalho da Secretaria de Estado da Educação (Seed), para diminuir a taxa de evasão, as escolas estão sendo orientadas a explicar melhor para o aluno o que ele vai encontrar e estudar no ensino técnico. Além disso, novos laboratórios estão sendo preparados. Atualmente, a rede estadual tem 89.858 alunos no ensino médio profissionalizante, que está presente em quase todas as cidades do Paraná.