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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pelo menos 14 municípios do Paraná estão em débito com o ensino público


Ivan Amorin/ Gazeta do Povo / Enquanto as condições da única creche de Ourizona são precárias, a Escola Rocha Pombo tem até ar-condicionado: cidade não investiu os 25% determinados pela Constituição FederalEnquanto as condições da única creche de Ourizona são precárias, a Escola Rocha Pombo tem até ar-condicionado: cidade não investiu os 25% determinados pela Constituição Federal
ORÇAMENTO

Dados do Fundo de Desenvolvimento da Educação revelam que 95 cidades brasileiras não investiram o mínimo determinado por lei.

Nos últimos dois anos, pelo menos 14 municípios paranaenses não investiram em educação o mínimo estabelecido pela Constituição Federal. O levantamento é do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Até o início de junho, em todo o país, 95 prefeituras – 52 em 2010 e 43 no ano passado – constavam na lista de inadimplentes.
A Constituição determina que governos municipais e estaduais devem aplicar na manutenção e no desenvolvimento do ensino 25% ou mais dos recursos levantados por meio de tributos próprios, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), e repasses obrigatórios do governo federal, como o salário-educação e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Ivan Amorin/ Gazeta do Povo
Ivan Amorin/ Gazeta do Povo / Infiltração em parede do Centro de Educação Infantil de Ourizona: prefeitura pretende construir uma nova crecheAmpliar imagem
Infiltração em parede do Centro de Educação Infantil de Ourizona: prefeitura pretende construir uma nova creche
Equívoco
Secretária diz que erro no envio de dados baixou índice do município
Marco Martins, correspondente em Santo Antônio da Platina
Em Ibiporã, na Região Metropolitana de Londrina, o índice de 23,2% investido em educação referente ao exercício de 2011, conforme o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), deve ser alterado. De acordo com a secretária municipal de Finanças, Luzia Elizabeth Damásio Bruna, um erro na declaração das informações fez o sistema desconsiderar mais de cinco pontos porcentuais na conta entre o arrecadado e os R$ 12,7 milhões investidos. Com a alteração o índice subirá para 27,5%.
A secretária afirmou ainda que o erro só foi observado após o prazo para a apresentação dos relatórios, encerrado no dia 30 de abril. O Ministério da Educação aceitou as justificativas e os documentos apresentados e permitiu a retificação. “Neste ano foram feitas alterações no sistema de transmissão, assim como no relatório que enviamos, o que acabou colaborando para que o servidor responsável enviasse um relatório incompleto. Mas tudo já foi solucionado”, esclareceu.
“O porcentual [25%] é pequeno, mas para as crianças significa muito. Elas não podem dar a sorte ou o azar de nascer em um município onde o gestor se preocupa mais ou menos com educação. A vinculação é necessária e precisa ser cumprida.”
Cleuza Repulho, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Em 2010, 52 municípios aplicaram menos do que o determinado por lei. Naquele ano, o Rio Grande do Sul, com nove cidades, foi o estado com mais municípios em situação irregular, seguido de Paraná e de Minas Gerais, ambos com sete. Já em relação ao ano passado, 1.168 prefeituras ainda não enviaram os relatórios. Por enquanto, 43 estão em débito com a educação.
Consequências
Quando o FNDE detecta valores menores, as informações são automaticamente enviadas ao Ministério Público Federal que as encaminha à Promotoria de Justiça. “O município ou o estado tem a chance de se defender e pode ser aberto um inquérito civil público”, explica o coordenador do Siope, Paulo César Malheiros. Se comprovada a inadimplência, o município fica impossibilitado de receber recursos de convênios com a União.
Segundo Malheiros, a maioria dos inadimplentes tem questionado os critérios adotados pelo Siope sobre os gastos informados. Enquanto boa parte, baseada em entendimentos de tribunais de contas estaduais, defende a inclusão dos valores referentes aos vencimentos dos funcionários inativos no cálculo, o governo federal não considera o pagamento destas aposentadorias um investimento direto em educação.
Estas e outras divergências, aponta a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, se devem principalmente a problemas na gestão do dinheiro público. A maioria dos secretários de Educação não é o gestor pleno dos recursos para a área e sim os secretários de Finanças ou Planejamento. Dessa forma, reforça, é mais difícil ter um controle rigoroso sobre o que é aplicado. “Com isso, o grau e a importância dos recursos da educação se diluem na administração pública.”
Para ela, a inadimplência não pode ser desconsiderada, mesmo quando envolve poucos municípios. “O porcentual [25%] é pequeno, mas para as crianças significa muito. Elas não podem dar a sorte ou o azar de nascer em um município onde o gestor se preocupa mais ou menos com educação. A vinculação é necessária e precisa ser cumprida”, defende, ao lembrar que um dos reflexos da gestão não especializada é o aumento da desigualdade entre as várias regiões e municípios do país e do próprio estado.
Prefeituras prometem compensar perdas passadas
William Kayser, da Gazeta Maringá
Para não deixar de receber recursos de convênios firmados com o governo federal e os repasses, uma das sanções para as prefeituras inadimplentes, as administrações locais prometem ‘compensar’ a partir deste ano o que deixaram de aplicar em anos anteiores. Dos sete municípios que reverteram para a educação menos que o índice legal de 25% do arrecadado em 2011, três ficam no Noroeste do estado: Ourizona (23,75%), Colorado (24,58%) e Paranavaí (24,16%).
Com pouco mais de 3,3 mil habitantes, Ourizona tem duas instituições de ensino municipais: o Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Buzinaro Savolde e a Escola Municipal Rocha Pombo. Enquanto alunos e funcionários da creche sofrem com instalações precárias, a Rocha Pombo tem ar-condicionado nas salas e ginásio poliesportivo. “Pedimos mudanças, reformas e ajustes, mas a prefeitura nos pede paciência”, diz a diretora da CEI, Regina Célia Zaninelo Vieira.
Segundo a prefeitura, o contraste entre as duas unidades de ensino não é resultado da falta de recursos, mas da otimização deles. A secretária municipal de Educação, Sônia Maria Trevisan Dalosse, explica que o governo federal repassou verbas para a construção de uma Super Creche Pró-Infância (nome dado pelo programa da União), que atenderá todas as crianças que hoje estão no centro de educação infantil. E por considerar desnecessário aplicar recursos na estrutural atual da CEI, a prefeitura decidiu não reformá-la e aguardar a transferência.
“Notificados, explicamos ao Ministério Público que os 25% não fecharam até dezembro porque estávamos em processo licitatório para construção de um anfiteatro e a ampliação da [escola] Rocha Pombo”, afirma Marcos Rocco, contador da prefeitura. “Para compensar, vamos ter aplicações maiores [na educação] nesse ano”, garante. Até o fim de abril, já haviam sido empregados R$ 488,1 mil.
Colorado
A prefeitura de Colorado também assegura estar compensando o que deveria ter aplicado em 2011. O contador municipal Caily Barcelos diz que a aquisição de uniformes escolares nesse ano cobriu o déficit anotado no ano passado. “Atingimos 25,97% já no primeiro trimestre”, afirma. Estima-se que os investimentos em melhorias e manutenção do ensino cheguem a R$ 7,8 milhões.
Já a secretária da Educação de Paranavaí, Maria Aparecida Gonçalves, se disse surpresa com os números disponibilizados pelo Siope, mas não contesta os dados. “Investimos mais de 26% no ano passado a exemplo de 2010, quando recebemos uma medalha em Florianópolis [capital catarinense] por também termos investido mais de 26%”, diz.

domingo, 10 de junho de 2012

Riscos da maconha são 'subestimados', dizem especialistas


Para os riscos de desenvolver câncer de pulmão, cada cigarro de maconha equivale a 20 cigarros convencionais

Getty%20Images
Maconha: cigarro aumenta o risco de desenvolver câncer de pulmão
Especialistas alertam que o público perigosamente subestima os riscos de saúde ligados a fumar maconha. A British Lung Foundation realizou um levantamento de 1.000 adultos e constatou que um terço erroneamente acredita que a cannabis não prejudica a saúde. 

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E 88% pensavam incorretamente que cigarros de tabaco seriam mais prejudiciais do que os de maconha - quando um cigarro de maconha traz os mesmos riscos de um maço de cigarros. A British Lung Foundation afirma quer a falta de consciência é "alarmante". 

Amplamente utilizado 

Os números mais recentes mostram que 30% das pessoas entre 16 e 59 anos de idade na Inglaterra e no País de Gales usaram cannabis em suas vidas. Um novo relatório do BLF diz que há ligações científicas entre fumar maconha e a ocorrência de tuberculose, bronquite aguda e câncer de pulmão. 

O uso de cannabis também tem sido associado ao aumento da possibilidade de o usuário desenvolver problemas de saúde mental, como a esquizofrenia. Parte da razão para isso, dizem os especialistas, é que as pessoas, ao fumar maconha, fazem inalações mais profundas e mantêm a fumaça por mais tempo do que quando fumam cigarros de tabaco. 

Leia também:Fumar maconha antes de dirigir dobra chance de acidentesMaconha aumenta o risco de psicose 
Uso crônico de maconha afeta a química do cérebro
Isso significa que alguém fumando um cigarro de maconha traga quatro vezes mais alcatrão do que com um cigarro de tabaco, e cinco vezes mais monóxido de carbono, diz a BLF. A pesquisa descobriu que particularmente os jovens desconhecem os riscos. 

'Campanha pública' 

Quase 40% dos entrevistados com até 35 anos de idade - a faixa etária mais propensa a ter fumado cannabis - acreditam que maconha não é prejudicial. No entanto, cada cigarro de cannabis aumenta suas chances de desenvolver câncer de pulmão para o equivalente aos riscos de quem fuma um pacote inteiro de 20 cigarros de tabaco, a BLF advertiu. 

A chefe-executiva da BLF, Helena Shovelton, disse: "É alarmante que, enquanto pesquisas continuam a revelar as múltiplas consequências para a saúde do uso de maconha, ainda há uma perigosa falta de sensibilização do público sobre o quão prejudicial esta droga pode ser." 

"Este não é um problema de nicho - a cannabis é uma das drogas recreativas mais utilizadas no Reino Unido, já que quase um terço da população afirma ter provado. Precisamos, portanto, de uma campanha de saúde pública - à semelhança das que têm ajudado a aumentar a conscientização sobre os perigos de se comer alimentos gordurosos ou fumar tabaco - para finalmente acabar com o mito de que fumar maconha é de algum modo um passatempo seguro."

O relatório do BLF recomenda a adoção de um programa de educação pública para aumentar a conscientização do impacto de fumar maconha e um maior investimento na pesquisa sobre as consequências para a saúde de seu uso.

Os 42 vestidos mais sexy usados por Angelina Jolie


Confira os melhores modelos usados pela atriz norte-americana

Getty Images
Angelina Jolie
A atriz Angelina Jolie completa 37 anos nesta segunda-feira (4) e, além do sucesso como atriz, também trabalha como diretora e roteirista e embaixadora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Ela chama a atenção por conta dos looks que usa nos tapetes vermelhos, que incluem muitos vestidos pretos, fendas e decotes. Fizemos uma seleção dos melhores vestidos usados por ela, de 1999 a 2012, em uma galeria de 42 fotos. Confira! 

Museus cariocas entram no clima da Rio+20


MAM e CCBB-Rio recebem exposições gratuitas com temática voltada ao meio ambiente

Foto: Divulgação"Quando todos calam", de Berna Reale (2009)
Cerrado e Amazônia se encontram em museus cariocas. Como parte dos eventos paralelos da Rio + 20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada de 13 a 22 de junho na cidade, duas exposições prometem agitar os corredores do CCBB e do MAM, dois dos mais importantes museus do Rio.
Desde o dia 28, o CCBB-Rio sedia a exposição “Amazônia, ciclos de modernidade”, com curadoria de Paulo Herkenhoff. A mostra apresenta a história da modernidade na região amazônica, com cerca de 300 obras, desde o século 18 até os dias atuais.A exposição apresenta a cultura visual da floresta, sua arte e particularidades antropológicas. São mil metros quadrados ocupados por fotografias, pinturas, aquarelas, desenhos, esculturas, objetos, vídeos e documentos raros. Na rotunda, uma instalação de arte popular criada por artesãos de Parintins mostra uma grande árvore onde se encontram animais da região amazônica, arbustos do açaí e do guaraná.
Foto: Divulgação"Avenida São Jerônimo", óleo sobre tela
A primeira sala da exposição trata do estranhamento que é se aventurar na floresta. O visitante é recebido numa sala escurecida uma cena em que o índio Ymá Nhandehetama discorre sobre a condição indígena no Brasil. Uma pintura de Emmanuel Nassar e uma escultura de Frans Krajcberg apontam para as aflições da natureza amazônica, uma imagem de Serra Pelada de Sebastião Salgado fixam o imaginário da cena bíblica monumental da exploração do ouro. O imaginário amazônico, com seus fantasmas construídos sobre a natureza está numa pintura de Flávio-Shiró e na escultura de Maria Martins.
Leia também: Tudo sobre a Rio + 20
A sala do Iluminismo apresenta cerca de 100 obras do acervo da Fundação Biblioteca Nacional. Mapas raros, desenhos originais de Alexandre Rodrigues Ferreira e Antonio Landi, além de maquetes do Museu Naval e obras de Adriana Varejão e Marcone Moreira. Destaque ainda para a sala reservada do Museu Paraense Emílio Goeldi (Museu Goeldi), que mostra a transição para uma Amazônia moderna, sob o impacto do evolucionismo e de outras teorias (nova ciência) e também da Antropologia na constituição do saber. O espectador fica diante de uma ciência sobre a Amazônia e feita na Amazônia.
Cerrado em debate 

O artista plástico Siron Franco promoverá um videoinstalação multissensorial gratuita no Museu de Arte Moderna (MAM), centro do Rio, de 12 a 23 de junho. A mostra “Brasil Cerrado” foi criada especialmente a Rio+20, a pedido da ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.
Foto: Divulgação“Exposição Brasil Cerrado” – Siron Franco
Serão mais de 600 metros quadrados de área montada do salão principal do museu, distribuídas em quatro salas e dois mega painéis. A exposição contará com sonorização dos espaços, aplicação de essências específicas do Cerrado brasileiro e a presença de elementos sensoriais como água e calor nos diferentes ambientes.
A destruição que assola o cerrado dá a tônica da segunda parte da instalação. A sensação de perda e de urgência fica clara e o visitante passa a entender as necessidades imperativas das ações de proteção ambiental do bioma do Cerrado, o segundo maior do país. “A intenção é provocar conforto e desconforto. Apresento o acolhimento que a natureza nos proporciona e também a destruição que o homem vem causando”, afirma Siron Franco.
SERVIÇO :
“Amazônia, ciclos de modernidade”
Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB RJ 
Rua Primeiro de Março, 66. Centro 
Tel: 21 3808-2020
Terça a domingo, 9h às 21h 
Até 22 de julho
Entrada gratuita
“Exposição Brasil Cerrado” – Siron Franco
Museu de Arte Moderna (MAM)
Av. Infante Dom Henrique 85 - Parque do Flamengo
Tel: 21 2240-4944 
12 a 23 de junho
Segunda a sexta, 11h às 18h /sábados, domingos e feriados, 11h às 19h 
Entrada gratuita
Foto: Divulgação"Estradas de seringas" (1984), no CCBB

Como o choque térmico faz mal à saúde


Mudança brusca de temperatura facilita infecções respiratórias e doenças cardíacas



Getty Images
Temperaturas baixas: frio prejudica as defesas do corpo e favorece problemas cardíacos

A mudança brusca de temperatura, uma das características do aquecimento global, preocupa especialistas da medicina por trazer uma série de complicações à saúde.
Segundo os médicos de diversas especialidades, as infecções respiratórias são facilitadas nessas condições e todo o sistema cardiovascular é comprometido, ampliando o risco de infartos eacidente vascular cerebral (AVC).
Entre hoje e amanhã (6 e 7), quem vive no sul do País estará exposto a todas estas consequências. Em São Paulo, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que a temperatura caia 10 graus. Até sexta-feira (8), é provável que os termômetros registrem outros 5 graus a menos, uma amplitude térmica de 15 graus acumulada em 48 horas.
No corpo
Quando os termômetros apresentam variação tão repentina na temperatura, uma das primeiras sequelas no organismo se dá no nariz, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Roberto Sturbulov.
“Os cílios nasais – pequenos fios responsáveis por fazer o filtro das substâncias tóxicas que entram nos corpo – ficam com dificuldade de movimentação”, explica o médico.
A imobilidade na parte corpórea que realiza a “faxina” de vírus e bactérias antes da passagem dos mesmos por garganta, faringe, laringe e pulmões, acarreta o acúmulo de germes nessas regiões, transformando-se em uma esponja de doenças respiratórias de todo tipo, como gripespneumonias,sinusitesasma e alergia.
Em grupos da população mais vulneráveis a estas contaminações – idosos e crianças menores de 5 anos têm o sistema imunológico mais deficiente – esta maior probabilidade de adoecimento respiratório traz também mais problemas cardíacos.
Para tentar vencer a contaminação, o corpo reage produzindo substâncias de defesa, que são inflamatórias e prejudicam o movimento do coração. O resultado é uma chance maior de infarto, paradas cardíacas e AVC, principalmente para quem já convive com os conhecidos vilões da saúde:diabeteshipertensão, obesidade e colesterol alto.
Na ponta do lápis
Os técnicos do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP) estudaram os efeitos da amplitude térmica e constataram que ela é o gatilho para o registro de sete mortes a mais de idosos por dia.
Em análise feita no Sistema de Informação sobre a Mortalidade do município paulistano, os pesquisadores constataram que nos dias em que a temperatura cai bruscamente e fica abaixo dos 10 graus, 92 pessoas com mais de 65 anos morrem, sendo que a média geral é de 75 óbitos.
Uma das explicações dos autores do estudo, apresentado em 2009, na época da publicação, é que o corpo humano não está adaptado para a amplitude térmica, e funciona melhor em temperaturas que não fogem da zona de conforto (entre 21ºC e 25ºC).
Além disso, a ação das bactérias e vírus afeta toda a circulação sanguínea, deixando o sangue mais espesso o que acelera complicações cardiovasculares.
Também com fórmulas matemáticas, a meteorologista especializada em saúde pública, Micheline Coelho, encontrou outro impacto direto da virada do tempo: em dias em que a amplitude térmica é de 15 graus em 24 horas, as internações hospitalares por asma aumentam 95%. Leia mais informações.
Mais danos
Apesar de serem as áreas do corpo mais afetadas, o sistema respiratório e cardíaco não são os únicos comprometidos pelas mudanças na temperatura. As pesquisas já identificaram que o acúmulo de poluição – o principal responsável pelo aquecimento global – também acarreta mais apendicite, compromete a fertilidade e afeta o sistema psíquico, aumentando os casos de depressão.
Leia mais sobre os efeitos da poluição na saúde:

Estudantes surdos e disléxicos ganharão mais tempo para fazer o Enem


Mudanças no edital que garantem atendimento especializado para atender necessidades dos candidatos também preveem correção diferenciada das redações.

O paulista Cláudio da Silva Junior, de 19 anos, se prepara para enfrentar um desafio comum para a maioria dos estudantes do 3º ano do ensino médio como ele: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele, porém, ao contrário da maioria, precisa de condições especiais para competir em pé de igualdade com os milhões de candidatos que farão a prova.
Cláudio é surdo. Utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para tudo. Para ele e seus pares, essa é sua primeira língua. O português é apenas o segundo idioma. Isso significa que a compreensão de conteúdos, provas e comandos em língua portuguesa fica prejudicada. Especialmente em provas de seleção.
Na escola onde estuda, o Colégio Rio Branco, em São Paulo, durante as aulas e nas provas, ele e os colegas surdos – que estudam em classes regulares – recebem apoio especializado. Uma intérprete de Libras os acompanha o tempo todo. No Enem, esse tipo de apoio também pode ser solicitado. Além disso, eles terão tempo a mais para fazer as provas.
Divulgação
No Colégio Rio Branco%2C onde Cláudio e Andrezza estudam%2C há intérprete de Libras com eles o tempo todo. Estudantes surdos têm o mesmo direito no Enem
As regras para atendimento diferenciado para candidatos deficientes têm se aprimorado, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Este ano, o edital deixou bem claro que, além dos alunos com deficiência física, auditiva e visual que, em geral, podem solicitar atendimento especial, outros grupos serão contemplados.
Pela primeira vez, as regras do exame orientam estudantes com dislexia, hiperativos e autistas, por exemplo, a pedir ajuda especial dos organizadores do exame. Todos têm direito a auxílio de um profissional ledor e transcritor, podem solicitar tempo a mais para fazer as provas e suas redações serão corrigidas sob critérios diferenciados de avaliação.
“Ao longo de sucessivas realizações do exame, o processo de eliminação de barreiras e de provimento de serviços profissionais especializados e de recursos de acessibilidade vem se aprimorando”, afirma o órgão em documento enviado ao iG. Para quem usufrui do atendimento, são essas peculiaridades que garantem a igualdade de condições.
Para Cláudio, o ideal seria que, além de serem distribuídas escritas na língua portuguesa, as provas fossem gravadas em Libras e ficassem disponíveis em notebooks ou tablets. “O aluno surdo poderia fazer a prova em seu tempo, retomando o vídeo quando necessário”, diz. A colega Andrezza Santos Gomes, 17 anos, acrescenta: “a seleção dos tradutores-intérpretes também precisa ser mais criteriosa”, avalia.
Direito
O atendimento diferenciado em provas de seleção é um direito de todas as pessoas com deficiência. De acordo com o Decreto nº 5.296/2004, esses jovens têm direito a instrumentos, equipamentos ou tecnologias adaptados para favorecer a autonomia deles. As ferramentas têm de ser solicitadas no momento da inscrição.
Após a solicitação, funcionários do Inep telefonam para cada candidato, confirmando os pedidos feitos pela internet. É nesse momento que os estudantes podem solicitar também tempo adicional para fazer as provas. Essa é mais uma possibilidade prevista em lei (no Decreto nº 3298/1999). No Enem, esses candidatos ganham uma hora a mais.
Nos casos de dislexia e déficit de atenção, por exemplo, quem não solicitar auxílio extra pode pedir mais tempo para resolver os itens por questões pedagógicas. Vale lembrar que é preciso comprovar, com laudos médicos, as necessidades especiais.
Andrezza e Cláudio dizem que a maior dificuldade que enfrentam é mesmo a compreensão dos comandos e dos itens em língua portuguesa. Por isso, gastam muito mais tempo que outros alunos para preencher todas as questões.
Divulgação
Cláudio e Andrezza aprovam as medidas adotadas pelo Inep%2C mas gostariam que tablets fossem usados para gravar a leitura das questões em Libras
Correção
As dificuldades com a linguagem também serão consideradas este ano na correção das redações, segundo o Inep. Os mecanismos de avaliação dos textos de participantes surdos ou com deficiência auditiva são coerentes ao aprendizado da língua portuguesa como segunda língua. Para os disléxicos, as características linguísticas de quem possui esse transtorno também são levadas em conta.
Os estudantes do Colégio Rio Branco também elogiam a medida. “Se isso não acontecer, certamente ocorrerão equívocos na correção, por desconhecimento da escrita dos surdos”, comenta Andrezza.
Confira trechos do edital:
"2.2 O PARTICIPANTE que necessite de atendimento DIFERENCIADO e/ou de atendimento ESPECÍFICO deverá, no ato da inscrição: 
2.2.1 Informar, em campo próprio do sistema de inscrição, a necessidade que motiva a solicitação de atendimento de acordo com as opções apresentadas:
2.2.1.1 Atendimento DIFERENCIADO: oferecido a pessoas com baixa visão, cegueira, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo, gestante, lactante, idoso, estudante em classe hospitalar ou outra condição incapacitante.
2.2.2 Solicitar, em campo próprio do sistema de inscrição, o auxílio ou o recurso de que necessita, em caso de atendimento DIFERENCIADO, de acordo com as opções apresentadas: prova em braile, prova com letra ampliada (fonte de tamanho 24 e com figuras ampliadas), tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), guia-intérprete, auxílio ledor, auxílio para transcrição, leitura labial, sala de fácil acesso e mobiliário acessível."

Quem pode pedir (e qual tipo) auxílio
a) Baixa visão: ledor, transcritor, prova ampliada, sala de fácil acesso;
b) Cegueira: prova em Braille, ledor, transcritor, sala de fácil acesso;
c) Deficiência física: transcritor, sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, mesa para cadeira de rodas, apoio para perna;
d) Deficiência intelectual: ledor, transcritor, sala de fácil acesso;
e) Deficiência auditiva: tradutor-intérprete Libras, leitura labial;
f) Surdez: tradutor-intérprete Libras, leitura labial;
g) Surdocegueira: guia-intérprete, prova ampliada, prova em Braille, tradutor-intérprete Libras, leitura labial, ledor, transcritor, sala de fácil acesso;
h) Autismo: ledor, transcritor;
i) Déficit de atenção: ledor, transcritor;
j) Dislexia: ledor, transcritor;
k) Gestantes e lactantes: sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, mesa para cadeira de rodas, apoio para perna;
l) Idoso: sala de fácil acesso.

"Madagascar 3" lidera bilheterias nos EUA


Animação supera a ficção científica "Prometheus" e assume a liderança na América do Norte

Divulgação
Cena da animação "Madagascar 3"
A animação "Madagascar 3 - Os Procurados"superou a ficção científica "Prometheus" nas bilheterias de cinemas dos Estados Unidos e Canadá neste final de semana, arrecadando US$ 60,4 milhões, segundo estimativas de estúdio divulgadas neste domingo (11).
"Prometheus", filme recheado de efeitos especiais do diretor Ridley Scott, de "Alien, O Oitavo Passageiro", conta a história de uma equipe de exploradores que descobrem uma pista sobre as origens da humanidade. A produção arrecadou US$ 50 milhões, ficando no segundo posto das bilheterias norte-americanas.
Em terceiro lugar ficou "Branca de Neve e o Caçador", que teve bilheteria de mais de US$ 23 milhões, elevando o total arrecadado nos EUA e no Canadá a quase US$ 98,5 milhões desde seu lançamento na semana passada.