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terça-feira, 3 de julho de 2012

Estímulo contra o sedentarismo


Felipe Rosa/ Gazeta do Povo / Eliane Bilibio acompanha a filha Janaína, 15 anos, em aulas de pilates para estimulá-laEliane Bilibio acompanha a filha Janaína, 15 anos, em aulas de pilates para estimulá-la
SAÚDE

Estímulo contra o sedentarismo

É na escola que a criança vai aprender a gostar de exercícios físicos ou a odiá-los. Professor de Educação Física deve diversificar atividades.
Metade das crianças e dos adolescentes brasileiros não pratica atividade física de acordo com o tempo ideal preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de meia hora por pelo menos três vezes por semana. Para reverter esse quadro e impedir que eles desenvolvam doenças relacionadas ao sedentarismo, como diabete, obesidade e problemas cardiovasculares, existe um profissional que é figura determinante para incentivar o gosto pela prática esportiva: o professor.
Geralmente, é na escola que a criança tem o primeiro contato com o exercício físico e é lá que ela vai aprender a gostar dele ou a odiá-lo. Por isso, o papel do professor de Educação Física não fica restrito às aulas. Além de tornar as atividades atrativas e estimulantes, o educador deve ficar atento aos alunos com menos interesse e habilidade.
Xô preguiça!
Atenção ao perfil do jovem ajuda a escolher o esporte certo
Nem todas as crianças têm as mesmas aptidões para os esportes. Algumas preferem atividades com mais movimento, outras se interessam por exercícios mais divertidos e ainda há as que são adeptas a algo que exija mais concentração. A professora de Educação Física do Colégio Dom Bosco Rachel Fontoura dos Santos Lima diz que, como regra geral, até os 12 ou 13 anos, elas gostam de atividades em grupo. Depois disso, ficam com mais vergonha e preferem algo com menos exposição, geralmente exercícios individuais. “Aí entram atividades como xadrez, que não exige interação com um grupo. A desvantagem é que ele não exercita o corpo. Só isso não basta”, alerta Raquel. Nesses casos, é importante que os pais escolham mais um exercício para o filho, mas sem forçá-lo a praticar algo de que não goste ou uma atividade em que não tenha habilidade. “Existe um limite para que o jovem saia do período de estranhamento e passe a gostar da atividade. O prazo costuma ser de um mês. Se depois disso ele continuar não gostando, é necessário trocar, pois a atividade será mal feita e vai gerar pouco resultado”, alerta o professor de Educação Física da Escola Atuação Thiago Ribeiro dos Santos. (AS)
Para os menores, com até 5 anos, o estímulo deve ser essencialmente lúdico, com brincadeiras que requerem movimentos. Se a criança não quiser fazer o exercício ou for excluída pelos colegas, é do professor a tarefa de integrá-la para que o desânimo e a falta de interesse por esportes não se reflitam lá na frente.
“As crianças pequenas dão muito valor ao professor. Se ele pegar na mão dela e correr junto, ela vai passar a se interessar pela atividade. Isso vale também para os excluídos. Se a professora os chama para a atividade, os colegas vão fazer o mesmo”, explica Marayna Lechinhoski, professora de Educação Física que aplica avaliação motora em crianças na rede particular de ensino.
No caso dos maiores, o gosto pelo esporte também depende do incentivo do professor, mas de outra forma. O ideal é que o educador leve para os jovens atividades e esportes diferentes dos tradicionais. “Ficar só nessas atividades não cabe mais na escola de hoje. O aluno espera muito mais do docente, principalmente aquele que não gosta de Educação Física. Ele [aluno] precisa ser provocado”, comenta o coordenador do curso de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Paulo César de Barros.
Entre os esportes não tradicionais que podem ser praticados na escola para chamar a atenção dos estudantes estão badminton, frescobol, rúgbi, tênis e beisebol. Segundo Barros, é preciso entender que cada aluno tem uma habilidade diferente. Quanto maior a gama de atividades oferecidas pela escola, maior a chance de o estudante que não gosta de atividade física se interessar por pelo menos uma.
Incentivo
Nas instituições particulares é comum que a escola ofereça uma atividade esportiva fora do horário de aula, geralmente paga. No Colégio Dom Bosco, por exemplo, os pais podem escolher quantas atividades desejarem, como basquete, vôlei, dança, balé e capoeira. Assim, além das duas aulas de Educação Física por semana, o estudante terá pelo menos duas horas a mais.
Na rede pública, essas atividades extracurriculares são oferecidas em contraturno e, eventualmente, o aluno pode fazê-las em outra escola. Os colégios municipais oferecem mais de 20 modalidades e o estudante também é livre para fazer quantas quiser.
Pais devem ser exemplo para que filhos se exercitem
Se dentro da escola o professor é essencial para incentivar a prática esportiva, fora dela esse papel fica a cargo dos pais. Educadores físicos são unânimes em dizer que, principalmente para aquele jovem que não se interessa por esporte, a família pode fazer a diferença. “Se os pais são sedentários, é natural que os filhos sigam os mesmos passos”, diz o professor de Educação Física da Escola Atuação Thiago Ribeiro dos Santos.
Reverter esse quadro não é tão difícil assim. O primeiro passo é começar por passeios que envolvam caminhada ou bicicleta, por exemplo, que possam ser feitos em família, de preferência em parques e praças da cidade. De acordo com Santos, essa é uma forma divertida de a criança se interessar pela atividade e ter vontade de trocar o computador e o videogame por ela.
Outra opção é oferecer ao filho uma variedade de atividades físicas fora da escola, como natação, vôlei, basquete ou algum tipo de dança. Mas cuidado: é importante não obrigá-lo a nada; deixar que ele conheça e se interesse naturalmente por alguma delas. “Depois de escolhido, os pais não podem cobrar deles desempenho perfeito, nem que eles tirem primeiro lugar em campeonato. Cobrança excessiva pode causar desestímulo e até fazer com que eles se tornem adultos que detestam a prática esportiva”, explica a professora de Educação Física do Colégio Dom Bosco Rachel Fontoura dos Santos Lima.
Idade ideal
Existe uma idade ideal para que a criança comece um treino esportivo. Se ela tiver menos que 8 anos, é melhor que pratique até três vezes por semana. Uma frequência maior pode contribuir para que o jovem enjoe e desista da atividade quando chegar à adolescência. Depois disso, se a intenção é que ela se aperfeiçoe na atividade, o exercício pode se tornar diário.
Desde criança, a estudante Janaína Barcella Bilibio, 15 anos, não gosta de exercícios e sempre que pode dá um jeito de fugir das aulas de Educação Física. Depois de os pais testarem todo tipo de atividade, como natação, handebol, academia e ginástica rítmica desportiva, a mãe, Eliane Barcella Bilibio, resolveu fazer uma última tentativa: acompanha a filha em aulas de pilates. “Faz dois meses que começamos e felizmente ela está gostando. Antes disso, ela só queria ficar em casa, no computador. Agora que fazemos as aulas juntas, funcionou.”
Eliane diz acreditar que a sua influência e a do seu marido foram decisivas para que a filha fosse avessa a esportes. Por não gostarem nem praticarem nenhuma atividade física, ela cresceu sem um modelo para se espelhar. A atitude só mudou há pouco tempo, segundo ela, porque todos tomaram consciência da importância do exercício para a saúde.

O desafio de educar filhos únicos


Daniel Castellano / Gazeta do Povo / Filha única, Rafaella tem quase tudo o que quer. Os pais Gustavo e Gisella procuram impor limites para que ela valorize o que ganhaFilha única, Rafaella tem quase tudo o que quer. Os pais Gustavo e Gisella procuram impor limites para que ela valorize o que ganha
FAMÍLIA

O desafio de educar filhos únicos

A permanência em escolinhas contribui para a socialização das crianças. Pais devem evitar medidas superprotetoras.
Nos últimos 50 anos, a média de filhos por família passou de seis para menos de dois, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, a cada três mães, uma tem filho único. Há duas décadas, essa era a realidade de apenas uma mulher em um grupo de dez. Isso não significa que a vontade de ter uma família maior tenha diminuído: questões financeiras e de tempo para a educa­­ção se tornaram fundamentais na hora de os pais programarem quantos filhos terão.
A designer Gisella Conci Pereira e o publicitário Gustavo Gasparin, ambos de 31 anos, avaliaram tanto essas questões que ficaram com uma única filha – Rafaella, de 12 anos. “Quando ela nasceu, éramos muito novos. O tempo passou e nos estabilizamos, mas mesmo assim decidimos não ter mais filhos. Educar está cada vez mais difícil, em todos os sentidos”, conta Gisella.
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal / Milene e Sérgio Antonievicz só tiveram Níccolas, 8 anos, e não pretendem ter outro filho: ideia é concentrar na educação deleAmpliar imagem
Milene e Sérgio Antonievicz só tiveram Níccolas, 8 anos, e não pretendem ter outro filho: ideia é concentrar na educação dele
Sozinho no ninho
Não há segredos ou manual de instruções referentes à educação do filho único. Confira algumas dicas:
Socialização
Não basta receber amiguinhos­­ da escola em casa ou fazer pas­­­­seios com primos de vez em quando. Para que a socialização aconteça e traga benefícios, é preciso que essas experiências levem a um aprendizado nobre saber respeitar, dividir, esperar a vez, aceitar a brincadeira do outro. A atenção de um adulto que atue como um mediador dos conflitos e orientador ajuda.
Concentração
Ao mesmo tempo que o filho único recebe mais atenção, também ganha uma carga extra de expectativas dos pais. Aos adultos cabe aceitar que o filho tem personalidade e vontade próprias, o que possivelmente o levarão a caminhos que não haviam sido planejados para ele, sejam medalhas em competições ou a escolha de uma carreira.
Modelo de comportamento
Em casa, filhos únicos têm como modelo o comportamento dos adultos da família. Para que não pulem etapas, perdendo vivências específicas da infância, é preciso que eles tenham a chance de serem crianças, com brincadeiras próprias, espaço para erro e aprendizagem, além de acesso a passeios, arte e cultura adequados à idade.
“Quero um irmãozinho”
É comum haver fases em que se ouve a criança dizendo que não quer um irmão de jeito nenhum e outras em que o que ele mais pede é um companheirinho para as brincadeiras. Avalie se em algum desses momentos ela não pode estar se sentindo solitária ou insegura com relação à atenção vinda dos pais.
A chegada dos meio-irmãos
Com o crescimento de famílias formadas por pessoas que já foram casadas, crianças e adolescentes passam a conviver e encontrar, dentro de casa, outras crianças que tiveram uma criação diferente. Esse é o momento de reforçar o que já deve ter sido ensinado: o respeito aos outros e a flexibilidade. Entre filhos únicos, o desafio pode ser ainda maior, por isso pais precisam ser pacientes e compreensivos.
Fonte: Redação, com especialistas.
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Sem problemas
O casal conta que a filha não tem problemas de adaptação, egoísmo ou fragilidade, o que seria consequência da educação recebida com regras e limites. “O único ponto negativo de a família ficar pequena é que, no futuro, toda a responsabilidade vai ficar para a Rafaella”, diz a mãe.
Segundo a empresária Milene Patrão Antonievicz, 33 anos, mãe de Níccolas, 8, apesar de a questão financeira ser determinante, a liberdade que os pais vão ganhando à medida que o filho cresce também interfere na decisão. “Com a liberdade que já recuperamos com o crescimento dele, desistimos totalmente de encomendar outro”, afirma.
Dificuldades
Há mais de um século, o psicólogo norte-americano Granville Stanley Hall publicou em um livro que filhos únicos seriam pessoas mimadas, pouco sociáveis e problemáticas. De lá para cá, os filhos únicos deixaram de ser raridade, mas os mitos acerca deles continuam vivos. Apesar disso, há estudos que sugerem que crianças criadas sem irmãos são mais felizes, por não terem de dividir a atenção dos pais e se isentarem das brigas que podem ser diárias e por motivos corriqueiros, como a quantidade de guloseimas, o controle da tevê ou o videogame. Em outra linha, também há especialistas que afirmam que não há diferenças significativas no desenvolvimento emocional de crianças com ou sem irmãos.
Superproteção
Segundo a psicóloga Carla Cramer, mestre em Psicologia Clínica, os pais precisam cuidar para não serem superprotetores dos filhos únicos. “Estimular a autonomia, respeitando a faixa etária da criança é importante, pois, por mais prazeroso que possa ser estar perto e fazer as coisas por ela, corre-se o risco de tirar da criança a oportunidade de se sentir competente”, diz.
A psicóloga lembra também que, mais importante que a configuração da família – seja de um filho ou mais, pais casados ou separados –, o que vale mesmo na educação dos filhos únicos é o investimento que se faz nas relações familiares. “O filho precisa ser preparado para a vida, para saber ouvir ‘nãos’, esperar e responsabilizar-se por suas ações”, conta.
Envolvimento
A convivência deve ser estimulada
A questão das relações sociais de filhos únicos deixou de ser um problema. Hoje, a maioria das mães trabalha fora e as crianças entram na escola mais cedo, em um ambiente favorável ao desenvolvimento da socialização. “Como qualquer criança pequena, eles chegam à escolinha com dificuldades de dividir brinquedos, por exemplo. Esse é o espaço ideal para socializar, aprender a pedir emprestado e se controlar”, conta a pedagoga e educadora brinquedista Andressa Machado Teixeira. Também é importante que os pais estimulem as crianças a conviver com primos e amiguinhos. Para a psicóloga Paula Pessoa Carvalho, não ter irmãos é bom para a criança inicialmente, pois ela se sente protegida e sem risco. “Isso pode acarretar insegurança quando não está na presença dos pais.” Níccolas, 8 anos, por exemplo, às vezes precisa da ajuda da mãe para enfrentar conflitos. “Como não precisa disputar a atenção dos pais ou brinquedos, às vezes ele arruma briga com amiguinhos por sentir que estão invadindo seu espaço”, diz a mãe, Milene Antonievicz.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Casos de gripe A aumentam 112% em uma semana no Paraná


Neste ano, o estado já soma 381 casos confirmados, além de 14 mortes em decorrência da doença. O último óbito foi registrado em Londrina.

Em apenas uma semana, o número de casos confirmados de Gripe A (H1N1) no Paraná aumentou 112% em comparação com o boletim divulgado na segunda-feira anterior (25 de julho), que registrava 180 casos. De acordo com o novo informe semanal, divulgado nesta segunda (2) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), surgiram 201 novas contaminações, além de mais uma morte ter sido confirmada. De acordo com o levantamento, em 2012, o estado já soma 381 contaminações e 14 óbitos.
A morte registrada na última semana ocorreu em Londrina, no Norte do Paraná. Segundo nota divulgada pela Sesa, a vítima é um homem de 49 anos que havia sido internado em uma unidade hospitalar por outras doenças. Ele foi diagnosticado com a Gripe A no hospital e, segundo o boletim, por ser portador de doenças crônicas, como asma e pneumopatia, não respondeu bem ao tratamento e morreu.
De acordo com a nota da Sesa, apesar do aumento do número de casos houve uma redução do número de mortes em relação à quantidade de confirmações. Na avaliação da Secretaria, isso indica que o diagnóstico tem sido eficaz, assim como o tratamento adequado, com o antiviral oseltamivir.
Apesar disso, o Paraná deve continuar em alerta no que diz respeito à prevenção. “Não estamos em situação de epidemia como em 2009, no entanto, percebemos maior circulação viral neste momento devido ao período de outono/inverno”, diz o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, na nota.
Medidas
Além da distribuição de material informativo e de orientação, a Sesa destaca que foi criada uma Comissão Estadual de Infectologia, composta por 16 entidades. O órgão vai se reunir semanalmente para propor normas e medidas de prevenção e controle não só da Gripe A, mas também de outras doenças infecciosas.
“Estabelecemos um monitoramento sensível e precisamos de um olhar diferenciado para as síndromes respiratórias. Esta comissão dará o embasamento técnico, pois sabemos que o sul tem características diferentes do resto do Brasil no que se refere a doenças respiratórias”, destacou Paz.

Incentivos para aderir ao Pacto Global da ONU



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Responsabilidade social corporativa é a bandeira do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) e tem como objetivo divulgar um jeito inovador e sustentável de pensar a indústria. Entre outras ações que vem realizando com este fim, o incentivo para que as empresas se tornem signatárias do Pacto Global é uma das campanhas de maior destaque do conselho.
Pacto Global foi lançado pelaOrganização das Nações Unidas (ONU) há mais de 12 anos com o objetivo de fazer um chamado às empresas para que tenham responsabilidade com o futuro do planeta. Conforme dados registrados no site oficial do Pacto Global, mais de oito mil empresas são signatárias em todo o mundo. No Brasil são cerca de 400 e no Paraná cerca de 80, entre empresas, instituições de ensino, organizações não governamentais e municípios. Apesar da boa posição do Brasil no ranking de países que possuem mais signatários, a comunidade empresarial brasileira ainda não tem total conhecimento de como fazer parte da campanha.
Como aderir ao Pacto Global
O Pacto Global é uma iniciativa desenvolvida pelo ex-secretário da ONU Kofi Annan, com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, dos valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
O processo de incorporação em grandes empresas implica o desenvolvimento dos seguintes aspectos:
• Uma declaração explícita de adesão da empresa ao Pacto Global, detalhando a política que seguirá para cada uma das quatro áreas: direitos humanos, direitos do trabalho, meio ambiente e anticorrupção.
• Incorporação de procedimentos formais de informação sobre a execução dessas políticas.
• Nomeação de um responsável por essas políticas.
• Estabelecimento de procedimentos de diálogo aberto com grupos de interesse em cada uma das políticas.
• Incorporação de um sistema de monitoramento para cada uma das políticas.
• Prática de uma política de transparência e respeito dessas políticas.
As pequenas e médias empresas também podem fazer a adesão, no entanto, devem se adaptar aos procedimentos de controle, políticas de report e transparência. O processo de incorporação implica o desenvolvimento de uma declaração explícita de adesão da empresa ao Pacto Global, detalhando a política que seguirá para cada uma das quatro áreas: direitos humanos, direitos do trabalho, meio ambiente e anticorrupção, a nomeação de um responsável, se possível transversalmente, pela implantação dessas políticas, o estabelecimento de um sistema de monitoramento dessa implantação, o estabelecimento de procedimentos próprios (ou compartilhados com outras empresas) de diálogo aberto com os grupos de interesse e a prática de uma política de transparência com suas informações, incluída no Relatório Anual de atividades da empresa.

Programa paranaense é destaque na Rio+20



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O último dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento SustentávelRio+20 contou com o lançamento do estudo de caso realizado pelo Instituto Superior de Administração e economia – ISAE - sobre o Programa Cultivando Água Boa (CAB), daItaipu Binacional. A publicação apresenta uma abordagem crítica de uma Escola de Negócios, sobre o principal programa da maior hidrelétrica do mundo na área da sustentabilidade. O levantamento foi realizado a partir de uma detalhada busca de informações, por meio de visitas à região, entrevistas com gestores e população impactada, além de pesquisa documental em mídias impressas, relatórios institucionais, internet, entre outras fontes.

O lançamento foi feito durante a manhã do dia 22 de junho, na Cúpula Dos Povos, localizada no Aterro do Flamengo. Além disso, o estudo de caso foi entregue ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Programa Cultivando Água Boa foi desenhado para ser um representante de um novo paradigma estratégico da Itaipu Binacional, tendo como inspiração diversos movimentos globais na área de sustentabilidade, como os Objetivos do Milênio e Agenda 21. O Projeto atua nos 29 municípios, que compõem a margem brasileira da represa que abastece a hidrelétrica, e é composto por 20 programas desenvolvidos com foco socioambiental, relacionados à conservação dos recursos naturais e, sobretudo, do maior insumo de Itaipu para a geração de energia, a água.

Com a criação do CAB, as Prefeituras dos 29 municípios passaram a incorporar boas práticas ambientais e sociais em seus planejamentos, transcendendo ações do programa para a área pública. Além disso, ele tem na educação um de seus fatores chave, fazendo com que as próximas gerações deem continuidade ao processo.

O Lixo e a nossa Responsabilidade Socioambiental



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Éramos 60, entre professores e educadores, sendo 40 do Japão e 20 do Brasil. Foi o convívio de um final de semana, porém de intensa troca de experiências. 
Testemunho de um professor nipônico: 
– Em nosso país, não temos zeladoras dentro da escola. Quem faz a limpeza das salas, pátios, cozinha e banheiros são os alunos, sob a nossa orientação. 
É o ganha-ganha, pois se estabelece a cultura da organização e asseio na escola, que se estendem para os lares, fábricas e ruas. Há, portanto, redução nos custos e uma natureza agradecida com a reciclagem do lixo. As escolas e as famílias nipônicas praticam fortemente os 3Rs: Reduzir (a geração de resíduos); Reutilizar (os materiais ainda úteis); Reciclar (o máximo possível).
Cada brasileiro de classe alta ou média produz de 500 a 1.000 kg de lixo por ano, sendo que metade desses dejetos poderia ser reciclado ou reutilizado. Estudo da UFRJ demonstra que se todo o lixo do Brasil fosse reaproveitado, haveria uma economia de 15% na produção de energia, o que equivale à metade da potência instalada em Itaipu.
Há muito plástico, papel, vidro e metal sendo atirado nos sacos de resíduos orgânicos, inviabilizando o reaproveitamento. Gravíssimo é o comprometimento do lençol freático provocado pela decomposição do lixo tóxico (pilhas, baterias, lâmpadas, tintas, remédios vencidos, embalagens de inseticidas, etc.).
Em 1989, instalou-se o aterro sanitário da Caximba para atender a 15 municípios de Curitiba e Região Metropolitana, e quando da sua extinção, em 2011, recebia 2.500 toneladas de lixo por dia. Uma das agressões à natureza produzida pelo aterro é o líquido gerado pela degradação dos resíduos – o chorume. O aterro da Caximba produz ainda hoje 20 milhões de litros de chorume por mês, e mesmo após um tratamento químico é lançado carregado de coliformes nas cavas. Efetivada a desativação do aterro sanitário, o chorume continuará sendo produzido em até 20 anos.
Os índices de reaproveitamento do lixo são incertos, pois há recolhimento deste por parte dos carrinheiros, uma categoria não organizada e de difícil mensuração. Verdadeiros heróis da reciclagem – um número que varia de 5.000 a 10.000 na capital paranaense – os catadores têm nessa atividade a única alternativa de sobrevivência. Causam irritação em muitos motoristas pela lentidão que provocam no trânsito. Diria que vale a pena uma experiência: descer do automóvel e empurrar por um quarteirão o carrinho com o peso médio de 150 kg. São responsáveis pelo recolhimento de 75% (estimativa) do volume de lixo reciclável.
Sempre oportunas são as palavras de uma síndica: “muitos condôminos não separam o lixo. Faço isto com os meus funcionários e doo para os catadores. É uma ação de respeito à natureza e tem um significativo valor social”. Isso mesmo: separar o lixo é um ato de cidadania e consciência ambiental. Não basta uma atitude compassiva, quando a solução é sermos proativos. É insensato e irônico: nós, humanos, que nos proclamamos inteligentes, somos os únicos – os únicos – a promover o desequilíbrio natural.

18 anos após vencer a inflação, país encara desafio de ir além do consumo


Economia

Segunda-feira, 02/07/2012
Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Joice Fontes nasceu dois dias após o lançamento do real. E reclama que, embora seja bem mais fraca hoje em dia, a inflação ainda é bem perceptívelJoice Fontes nasceu dois dias após o lançamento do real. E reclama que, embora seja bem mais fraca hoje em dia, a inflação ainda é bem perceptível
HISTÓRIA

18 anos após vencer a inflação, país encara desafio de ir além do consumo

Estabilização permitiu ao brasileiro planejar a compra de bens de valor mais alto e foi fundamental na ascensão de milhões de pessoas. Mas chegou a hora de enfrentar os gargalos estruturais.
O real completa hoje 18 anos cumprindo suas duas principais promessas: debelar a hiperinflação e dar poder de consumo ao brasileiro, que tinha seus rendimentos corroídos pelo dragão. Naquele 1.º de julho de 1994, com a estabilização da moeda, eram dados os primeiros passos da política de estímulo ao consumo que nos últimos tempos foi a marca principal de todas as tentativas do governo de fazer o país crescer mais rápido.
Quase 20 anos depois, a avaliação de economistas é de que o mero estímulo ao consumo vem mostrando sinais de desgaste, revelados, por exemplo, pelos índices recordes de inadimplência. A saída agora, dizem, seria enfrentar os gargalos estruturais do país.
Mesmo contida, alta de preços incomoda os “filhos do real”
O Plano Real pôs de lado a cultura inflacionária da década de 1980 e início dos anos 1990. A subida de preços, que chegou a 2.477% ao ano em 1993, nem se compara com a inflação de 6,50% registrada no ano passado. Mesmo assim, a recorrente alta dos preços incomoda quem nasceu junto com a moeda.
“Calças, tênis e camisetas estão cada vez mais caras. Ano passado comprei uma camisa de futebol que era lançamento por R$ 150. Este ano, um novo lançamento da mesma marca saiu por R$ 190”, conta Ayrton Toledo, que nasceu no mesmo ano do real e da morte do piloto Ayrton Senna, que rendeu uma homenagem ao seu nome. “A alta do preço é natural, mas mesmo assim pesa no bolso das pessoas”, afirma.
Joice Fontes, que nasceu dois dias depois do lançamento da moeda, pondera que o cenário anterior ao Plano Real era muito diferente do atual, mas que a inflação, mesmo controlada, é perceptível. “Todo mundo acompanha que os preços sobem no supermercado. Do vidro de maionese ao saco de arroz. A diferença é que há 20 anos a situação parecia ser de descontrole”, explica.
O professor de economia e política monetária da UnB, Newton Marques, afirma que é natural que os “filhos do real” tenham esta percepção. “É uma alta de preços incômoda para eles e até mesmo para os mais velhos, que muitas vezes nem se dão conta de como era estocar os produtos em casa.” (PB)
“Antes não era possível fazer isso por conta de um problema conjuntural. Mas hoje já temos condições de investir mais. O corte da taxa de juros é um sinal disso”, afirma Lucas Dezordi, professor de Macroeconomia e Política Monetária do FAE Centro Universitário.
Poder de compra
O ganho de poder de compra proporcionado pelo real a partir de 1994 incentivou o consumo de bens de maior valor agregado. Produtos como iogurte, frango desossado e dentadura viraram símbolos da nova moeda, mas o fato é que a estabilização permitiu ao brasileiro planejar a compra de bens mais valiosos.
O real, ao contrário das moedas anteriores, não se desvalorizava da noite para o dia. Quase duas décadas mais tarde, seu legado é a continuidade da política de consumo, principalmente em função do crédito, que permite o acesso ao carro e a casa própria.
Quantidade e qualidade
Para Renato Marcondes, professor de História da Economia Brasileira da Universidade de São Paulo (USP), o Plano Real foi o primeiro passo para um forte crescimento da quantidade e da qualidade do consumo do brasileiro, principalmente em virtude da inclusão de classes mais pobres nesse mercado.
Ele explica que, com o chamado overnight, aplicação típica da era pré-Real, as pessoas com maior renda tinham condições de escapar dos efeitos da inflação desenfreada e, com o dinheiro poupado, comprar bens de maior valor agregado. Ao restante da população sobrava a opção de comprar bens de primeira necessidade o mais rápido possível. Com a entrada da nova moeda, os salários deixaram de evaporar com a inflação que chegava a quase 4%.
“Há estimulo ao consumo toda vez que um plano de estabilização da economia entra em vigor. O desafio maior, e que foi vencido, era manter a estabilidade econômica e política”, explica o professor de Economia Newton Marques, da Universidade de Brasília (UnB).
Ascensão social
A perpetuidade do Plano Real é um dos fatores que permitiu a entrada de 40 milhões de brasileiros na classe C, juntamente com as políticas sociais. “A grande mudança nestes 18 anos é o consumo de massa. Hoje há crédito e aumento da renda. Naquela época ninguém fazia um empréstimo com inflação de 40% ao mês”, lembra Marcondes.
De acordo com o Banco Central, a proporção do crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em 1993 não chegava a 25%; hoje ela se aproxima da casa dos 50%. “É uma política de consumo através do crédito que só se viabilizou a partir do real”, completa o professor da USP.

Economia com transporte de alunos eleva verba de escolas


Tiago Terada / Gazeta do Povo / Castro possui sistema de gerenciamento, que, no primeiro ano de funcionamento, permitiu uma redução em torno de 18% nos gastos, cerca de R$ 500 milCastro possui sistema de gerenciamento, que, no primeiro ano de funcionamento, permitiu uma redução em torno de 18% nos gastos, cerca de R$ 500 mil
PLANEJAMENTO

Economia com transporte de alunos eleva verba de escolas

Cidades que utilizam sistema de gestão de rotas e de ônibus já conseguiram diminuir em até 40% os custos com deslocamento de estudantes.
Nos próximos anos, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) pretende investir recursos hoje usados no transporte escolar em outras áreas da educação – em 2012 foram reservados R$ 80 milhões para o serviço. A possibilidade surgiu com os primeiros resultados do Sistema de Gestão do Transporte Escolar (Siget), que tem como objetivo melhorar a distribuição de rotas e ônibus. Em alguns municípios, segundo a secretaria, o Siget representa uma economia de até 40% no gasto com transporte.
Lançado em 2009, mas implantado na maioria das cidades em 2011, o Siget reúne informações da rede pública de ensino no estado, como número de alunos e quantidade de ônibus disponível. O objetivo é atender de forma adequada a cada região com o sistema de transporte escolar e acabar com as falhas na aplicação do dinheiro.
Como funciona
Informações reunidas no sistema permitem otimizar recursos
O Siget reúne em um banco de dados na internet informações referentes à rede pública de ensino das escolas estaduais de cada município. O número de alunos que utiliza o transporte e onde moram, a quantidade de ônibus, a malha viária, os motoristas cadastrados e a localização das escolas são atualizadas todos os anos para que os municípios possam distribuir a verba de acordo com as necessidades locais.
A partir da compilação dos dados, o sistema aponta possíveis linhas de acesso aos locais onde moram os alunos. Os responsáveis escolhem as que gastam menos tempo e garantem economia da verba. Um dos focos é a readequação dessas rotas. Áreas rurais extensas e ruas em má qualidade são alguns dos problemas apontados pela assessora da coordenação do transporte escolar da Seed, Sandra Terezinha da Silva, como os principais causadores de prejuízos na área.
Sandra comenta que, com as diferentes estruturas viárias nas cidades, muitos alunos encontram dificuldades em ter acesso ao transporte. Com as informações de números de alunos e endereços das escolas, os motoristas têm, através do sistema, opções de roteiros. “Os responsáveis têm em mãos algumas rotas possíveis para as linhas de ônibus. Mas são as cidades que vão escolher o que é mais viável e econômico”.
Repasse deficitário
Municípios ainda reclamam da falta de verba
Há ainda muitas cidades que reclamam da falta de verba para o transporte de alunos da rede de ensino do estado. Os R$ 80 milhões que a Secretaria de Estado da Educação (Seed) destina às prefeituras corresponde a uma parte do que o governo deveria repassar. Segundo o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Gabriel Samaha, as cidades desembolsam, em média, 50% do valor referente ao transporte escolar do ensino estadual. “O jeito é remanejar do cofre do próprio município para garantir um serviço do estado”, explica. A Seed informa que, desde 2010, houve melhoria no valor repassado para as cidades. O objetivo, segundo a secretaria, é aumentar os recursos conforme a demanda dos municípios apresentada no Sistema de Gestão do Transporte Escolar (Siget).
Do total de R$ 80 milhões que o estado está distribuindo neste ano para o custeio do transporte da rede pública de ensino do Paraná, cada cidade recebe uma quantia que é administrada pela prefeitura local de acordo com sua demanda. Porém, após realizar estudos, a Seed concluiu que algumas delas gastam a verba de forma inadequada por falta de planejamento.
Com a adesão ao novo sistema de gestão, os municípios passaram a usar uma ferramenta que auxilia na organização das rotas e, portanto, reduziram parte de seus custos. Assim o dinheiro que deixar de ser gasto poderá ser utilizado para ampliar a rede física das escolas. “Todo mundo concorda que melhor do que ter transporte é ter escola próxima. Com a economia, podemos remanejar a verba para a construção de escolas”, diz o secretário de educação, Flávio Arns.
Realidades diferentes
Apesar dos primeiros sinais de economia proporcionada pelo Siget, a redução nos repasses vai depender da evolução no número de alunos atendidos. São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, implantou o Siget em 2009 e, apesar da economia no primeiro ano de uso, houve aumento da demanda nos anos seguintes. Em 2011 eram 7.410 atendidos, quando a cidade recebeu R$ 472 mil da Seed. Em 2012, o município passou a receber R$ 596 mil para atender a quase 8 mil alunos do ensino público estadual.
Prudentópolis, na região Central, também viu a economia cobrir o aumento da demanda. “Surgiu um novo perfil de estudante, pois começaram a implantar o ensino médio na cidade”, diz a secretária municipal de educação da cidade, Maria Helena Maia de Oliveira.
Na cidade de São João do Caiuá, no Noroeste, que começou a usar o novo sistema em 2011, a secretária municipal de Educação, Gislaine Carla Vitturi Franqui, informa que, por enquanto, é cedo para dizer de quanto será a economia no transporte escolar. “Com o sistema ficou mais clara a realidade do transporte e o dinheiro é mais bem direcionado”, conclui.
Castro mantém monitoramento que reduz custos
Maria Gizele da Silva, da sucursal
A secretaria municipal de Educação de Castro, nos Campos Gerais, mantém um sistema de gerenciamento e rastreamento do transporte escolar criado em 2008. No ano da mudança, a secretaria economizou em torno de 18% nos gastos, ou seja, aproximadamente R$ 500 mil no período. O sistema, porém, enfrenta agora o desafio da troca do contrato. Uma das exigências na nova licitação é a renovação da frota, o que pode acarretar aumento nos custos.
A última licitação ocorreu em 2007, e o programa de controle da frota foi lançado no primeiro semestre de 2008. O projeto consistiu na reestruturação das linhas de ônibus e no rastreamento via satélite dos veículos. Conforme o secretário municipal de Educação da época, Carlos Eduardo Sanches, que hoje é membro do Conselho Estadual de Educação, o programa permitiu que o uso das linhas fosse otimizado, e o rastreamento possibilitou o pagamento dos quilômetros efetivamente rodados para o transporte de alunos.
A atual secretária da pasta, Nilza de Oliveira Gomes Zappe, que assumiu a secretaria em março do ano passado, diz que o programa foi mantido. “Todos os meses nossa equipe monitora as linhas, conversa com diretores e com os pais dos alunos para que os estudantes sejam matriculados nas escolas mais próximas de suas casas”, acrescenta.
Nilza conta que, na semana passada, protocolou na prefeitura o pedido de uma nova licitação do transporte escolar. Ela preferiu não falar em estimativas de aumento de gastos, porém, acredita que possa haver um acréscimo. “Nós sabemos que pode acontecer um aumento. Pedimos ônibus fabricados a partir de 1997 e confortáveis para os alunos”, comenta.
Hoje a prefeitura conta com 71 veículos terceirizados e dois próprios para o transporte escolar de 4.358 estudantes, sendo 1.918 da rede municipal e 2.440 da rede estadual. Os ônibus e vans rodam, por dia, 7.975 quilômetros.

domingo, 1 de julho de 2012

Mentimos três vezes a cada dez minutos’, afirma especialista


mentiroso Mentimos três vezes a cada dez minutos, afirma especialista
O autor do livro “Mentira – Um Rosto de Muitas Faces” esteve ontem no “Altas Horas” (Rede Globo) de Serginho Groisman. O assunto é delicado e curioso ao mesmo tempo. Perito em crimes digitais, o curitibano Wanderson Castilho especializou-se no “Behaviour Analysis Training Institute” (Instituto de Treinamento em Análise de Comportamento) de San Diego (USA), onde são treinados os famosos agentes da CIA e do FBI.
São muitos os indícios que podem nos levar a perceber que alguém está mentindo. Mas a mudança de padrão de comportamento é uma dica básica, segundo Wanderson. É necessário deixar uma pessoa muito à vontade para que se conheça o seu ritmo e tom habituais. “Eu costumo dar um chocolatinho, oferecer uma bebida para a pessoa relaxar’, confidenciou o perito.
Claro que são muitos os sinais de ‘mentira à vista’. Mas alguns, muito conhecidos, foram citados pelo autor. Baixar o olhar enquanto conversa pode ser um dos mais óbvios. Mas atenção: os tímidos podem ser confundidos com mentirosos nesse quesito.
Segundo Castilho, as mulheres tendem a mentir mais sobre experiências tristes, que as abalaram. Os homens preferem mentir quando se trata de contar vantagens, sejam profissionais ou até mesmo sexuais. Mas isto não seria uma constatação científica, apenas uma tendência – alerta o perito.
Quanto ao objetivo do seu livro “Mentira – Um Rosto de Muitas faces” (Matrix), Wanderson acredita que os leitores poderão adquirir toda uma gama de informações para poder detectar se o seu interlocutor está ou não mentindo. Informações estas que poderão ser úteis, segundo ele, em momentos cruciais de suas vidas.
Da ‘mentirinha branda’ até a ‘mentira cabeluda’, o ser social vai tentando driblar as próprias verdades. “A mentira é um ato instintivo de preservação do ser humano”, declarara Wanderson Castilho. “Sem a mentira a sociedade entraria em colapso”, conclui o perito.

Rio é Patrimônio Mundial como paisagem cultural urbana


Christophe Simon/AFP / O Corcovado está entre as paisagens preservadasO Corcovado está entre as paisagens preservadas
RECONHECIMENTO

Rio é Patrimônio Mundial como paisagem cultural urbana

Além da paisagem cultural do Rio, o Brasil tem com outros 18 bens culturais e naturais - incluindo o Parque Nacional do Iguaçu - na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.
O Rio de Janeiro se tornou Patrimônio Mundial, como paisagem cultural urbana. A cidade do Rio de Janeiro foi a primeira a se candidatar nesta categoria. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 37ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial. A reunião está sendo realizada em São Petersburgo, na Rússia. 

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, que acompanharam os trabalhos, comemoraram a decisão que resultou na inclusão de mais um bem brasileiro na Lista de Patrimônio Mundial.
De acordo com a ministra, a conquista permitirá ao Brasil construir um novo mapa da herança cultural:
- Diante dessa novidade, e dos desafios que ela representa, gostaríamos de compartilhar nossa alegria com a comunidade internacional. Para nós no Brasil esta convenção representa muito para o futuro, mas em termos de paisagens é impossível avançar no estabelecimento de políticas culturais sem entender as relações entre seres humanos e seu ambiente. Essa conquista nos permitirá construir um novo mapa da herança cultural, rompendo com uma visão historicista e substituindo-a por um entendimento mais amplo do mundo - discursou Ana de Hollanda, na Rússia, após a escolha.
Segundo o Iphan, a partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural. São eles: o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico, a Praia de Copacabana, e a entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem o Forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a Enseada de Botafogo.
O presidente do Iphan explicou que "a paisagem carioca é resultado da utilização intencional da natureza que, atendendo aos interesses econômicos dos colonizadores portugueses, formou espaços únicos no mundo que destacam a originalidade do Rio de Janeiro expressa pela troca entre diferentes culturas associadas a um sítio natural".
O secretário municipal de Turismo, Pedro Guimarães, afirmou que a escolha do Rio como Patrimônio Mundial na categoria paisagem cultural urbana foi um reconhecimento merecido:
- A cidade que é um orgulho para seu povo e uma paixão para todo turista que a visita recebe, de forma merecida, o reconhecimento oficial de seu carinhoso apelido de Cidade Maravilhosa - comemora o secretário de Turismo, Pedro Guimarães.
Além da paisagem cultural do Rio, o Brasil tem com outros 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.
Os bens culturais são: Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Ouro Preto, Minas Gerais (1980); Centro Histórico de Olinda, Pernambuco (1982); Ruínas de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul (1983); Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas (1985); Centro Histórico de Salvador, Bahia (1985); Conjunto Urbanístico de Brasília, Distrito Federal (1987); Centro Histórico de São Luís, Maranhão (1997); Centro Histórico de Diamantina, Minas (1999); Centro Histórico de Goiás, Goiás (2001); Praça de São Francisco em São Cristovão, Sergipe (2010).
Já os bens naturais são: Parque Nacional do Iguaçu, Paraná (1986); Costa do Descobrimento, Bahia e Espírito Santo (1997); Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí (1998); Reserva Mata Atlântica, São Paulo e Paraná (1999); Parque Nacional do Jaú, Amazonas (2000); Pantanal Mato-grossense, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (2000); Reservas do Cerrado: Parque Nacional dos Veadeiros e das Emas, Goiás (2001); e Parque Nacional de Fernando de Noronha, Pernambuco (2001).

Esquadrilha da Fumaça comemora 60 anos com apresentação em Brasília


Elza Fiúza/ABr / Apresentação comemora os 60 anos da Esquadrilha da FumaçaApresentação comemora os 60 anos da Esquadrilha da Fumaça
FAB

Esquadrilha da Fumaça comemora 60 anos com apresentação em Brasília

Sete jatos T-27, fabricados pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), executaram 55 manobras acrobáticas.
A Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB), comemorou neste domingo(1º) os 60 anos de sua criação, com demonstrações acrobáticas na capital federal ao público concentrado na Praça dos Três Poderes. Os brasilenses assistiram antes à cerimônia mensal da troca da Bandeira Nacional, em frente ao Palácio do Planalto. Sete jatos T-27, fabricados pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), executaram 55 manobras acrobáticas, de forma isolada e em conjunto, fazendo desenhos de fumaça no céu de Brasília.
Elza Fiúza/ABr
Elza Fiúza/ABr / Pilotos fizeram diversas acrobaciasAmpliar imagem
Pilotos fizeram diversas acrobacias
Muitas das manobras bateram recordes mundiais. Em 2006, os T-27 quebraram recorde ao executar manobras conjuntas com 12 aeronaves – limite superior ao de 2002, quando houve a participação de 11 aviões –, como destaca o capitão João Pivovar, piloto da esquadrilha. Segundo ele, a FAB recebe cerca de 1,2 mil pedidos de demonstrações por ano, mas só consegue cumprir 10% desse total, pois os aviões são usados também na defesa aérea, quando não estão em manutenção na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, São Paulo.
“O tempo de treinamento na esquadrilha varia de um a quatro anos e, todo ano, são trocados três dos 13 pilotos. Eu mesmo treinei 15 anos na Força Aérea antes de ingressar na esquadrilha”, destacou o piloto.
A Esquadrilha da Fumaça foi formada em 1983 e fez a primeira demonstração no dia 14 de maio de 1952. Em maio, ocorreu a comemoração dos 60 anos da Esquadrilha da Fumaça em Pirassununga, que contou com a presença de 80 mil pessoas na Academia da Força Aérea. O grupo que se apresentou em Brasília saiu de Pirassununga na sexta-feira e fez ontem (30) uma apresentação na cidade turística de Caldas Novas, em Goiás.