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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vinhos franceses: reinado garantido


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ESPECIAL

Vinhos franceses: reinado garantido

Mesmo vendendo menos que os sul-americanos, os rótulos franceses estão mais acessíveis e não perderam o glamour. Conheça as características da bebidas produzidas em Bordeaux, Borgonha e Rhône.
Que o mercado de vinhos no Brasil está em franca expansão não é novidade. Beber vinho se torna algo cada vez mais brasileiro e muitos países disputam uma fatia do mercado tupiniquim. Com a quantidade vem a qualidade e os tradicionais rótulos franceses também estão neste páreo superdisputado. A vantagem deles é a tradição e o savoir faire (experiência), além do preço, que ficou mais competitivo nos últimos anos.
Os franceses ganharam mais espaço entre os brasileiros nos últimos anos, apesar de ainda representarem em torno de 5% da importação de vinhos do Brasil – desconsiderando os espumantes, que hoje dominam o mercado. Os tintos e brancos franceses acompanharam o crescimento do consumo da bebida, mas ainda perdem em volume para os chilenos, argentinos, italianos e portugueses, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
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Divulgação / Por  ficarem  nas encostas e em maior contato com o sol, os vinhos na região do Rhône são mais potentesAmpliar imagem
Por ficarem nas encostas e em maior contato com o sol, os vinhos na região do Rhône são mais potentes
Números
3,4 milhões de litros de vinhos franceses foram comercializados no Brasil em 2011, representando 5% do mercado de importação no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Perdem em volume para os chilenos, argentinos, italianos e portugueses.
Para o colunista de vinhos do Bom Gourmet, Guilherme Rodrigues, são vários os fatores que fizeram os vinhos franceses ganhar um espaço maior no mercado. “Atualmente os franceses de preço mais acessível estão bem mais redondos e bem acabados. Além de que, com as crises, os franceses precisaram vender mais e vêm baixando os preços, começando a ficar mais competitivos. Com isso, passamos a ter no Bra­sil acesso a vinhos franceses bem palatáveis, sem doer demais o bolso”, avalia.
Nos últimos anos, os preços caíram e a partir de R$ 50 pode-se comprar vinhos franceses. Mesmo assim algumas garrafas facilmente passam de dezenas de milhares de reais, como o Grand Cru borgonhês Romanée-Conti. Além do preço mais acessível, os produtores passaram a desenvolver rótulos de fácil degustação. Mesmo assim não perdeu em qualidade. Guilherme Rodrigues explica que os vinhos são classificados em três qualidades: baixa, média e alta. “Dentro da alta, cerca de 80% [dos vinhos produzidos no mundo] são vinhos franceses”, afirma.
Para o sócio proprietário da WineStock, Douglas Andreghetti, os produtores da França ao longo dos séculos desenvolveram um marketing próprio que virou sinônimo de vinho. “Produtores do Novo e Velho mundo plantam até as mesmas uvas com o objetivo de ter ótimos vinhos”, diz. A importadora existe há três anos e tem 400 rótulos exclusivamente franceses.
Regiões
A produção do país está dividida entre microrregiões. Algumas das mais emblemáticas são: Bordeaux, Borgo­nha, Rhône, Alsácia, Vale do Loire e claro, Champagne. Cada região utiliza uvas específicas como a Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Syrah e Sauvignon Blanc – também vistas no Chile e na Argentina. Ou seja, engana-se quem associa vinho francês a tinto. O próprio champagne é um exemplo de que os brancos também fazem sucesso.
Diversos fatores caracterizam os rótulos. O clima de cada região tem impacto direto no resultado. Seja na potência de um Bordeaux, nos aromas mais frutados de um Borgonha, ou mesmo na mineralidade de um Veuve Clicquot brut. A única característica inerente a todos é que independente da safra ou da cave, o vinho francês ainda não perdeu o reinado.
E para mostrar este universo de glamour o Bom Gourmet convidou um time muito especial, de grandes conhecedores de vinhos, para escrever sobre o tema. Além do nosso colunista de vinhos, Guilherme Rodri­gues, os jornalistas Luiz Carlos Zanoni e Luiz Augusto Xavier, e o fotógrafo Jomar Brustolin.
Bordeaux, o rei dos tintos
Guilherme Rodrigues, colunista de vinhos da Gazeta do Povo
O vinho tinto da região francesa de Bordeaux é o soberano inconteste do mundo de Baco. Possui rivais de peso, dentre eles os celestiais vinhos da Borgonha. Contudo, nenhuma outra região do planeta é capaz de produzir a quantidade colossal de vinhos tintos qualificados que Bordeaux edita a cada safra. De lá saem os famosos Châ­teaux Pétrus, Che­­­val Blanc, Haut Brion, Lafite Rothschild, entre tantas outras celebridades.
A região é o terroir natural e perfeito da casta mais importante do mundo, a Cabernet Sauvignon. Assim como para a Merlot e a Cabernet Franc. Também a Petit Verdot, que entra nos lotes com proporção menor. A qualidade não se limita aos grand cru classés, de rótulos sonantes. Hoje em dia é encontrada bem disseminada em todas as gamas de preços, com vinhos bem acabados, com a personalidade regional bem apresentada, mostrando frutado maduro, frescor, profundidade e a classe única, imitada em todo mundo.
Bordeaux possui diversas sub-regiões, sendo as mais notáveis: Médoc, Graves, St. Emillion e Pomerol. Na primeira, os vinhos costumam ser mais austeros, com predomínio da Cabernet Sauvignon no lote, o Bordeaux “clássico”. A presença da Merlot e maciez do vinho vão aumentado em direção a Pomerol, onde, juntamente com St. Emillion, a Merlot é preponderante.

>>>Confira a degustação às cegas de vinhos Bordeux
Borgonha, paixão e fidelidade
Luiz Carlos Zanoni, especial para a Gazeta do Povo
Tome cuidado com a Borgonha se você gosta de vinhos, mas não aprecia riscos. A região é a secular concorrente da também francesa Bordeaux pelo título mundial de mais prestigiosa província vinícola, uma o avesso da outra. Enquanto os tintos de Bordeaux exibem, como traço comum, o jeitão sisudo e uma consistência que os qualifica para longos períodos de guarda nas adegas, os bons borgonhas são etéreos, ariscos, amadurecem em menos tempo e nem sempre se revelam ao primeiro gole.
O vermelho clarinho, quase transparente da cor, pode criar a expetativa de um vinho ralo, ligeiro, mas, quando a taça sobe ao nariz, explodem os aromas – ora frutas vermelhas como morango, pitanga e cassis, ora alcaçuz, couro, cogumelos, e não raro tudo isso junto. O paladar é a surpresa seguinte. Texturas sedosas revestem um corpo potente, elegante, cheio de frescor e vivacidade. Pena que nem sempre seja assim. O entusiasta de vinhos tintos não tem vida fácil na Borgonha. Já no caso dos brancos, curiosamente, acontece o oposto, tudo se ajusta para a satisfação garantida do consumidor.
A chamada Borgonha vinícola estende-se, num percurso de 250 quilômetros, de Chablis, ao norte, até Lyon, ao sul. A quintessência dos tintos e brancos, entretanto, ocupa as suaves colinas que avançam por 100 quilômetros rumo ao sul, a partir de Dijon – a chamada Côte d’or. Em 1395, por um édito real, apenas duas uvas foram permitidas nessa região, a tinta Pinot Noir e a branca Chardonnay. Até hoje continua assim. A província tem clima frio, com geadas frequentes no outono. Uva que amadurece cedo, a Pinot se expõe menos às geadas, mas em anos rigorosos não escapa.
Esse é um problema. Outro é ser a úni­­ca cepa permitida. Nas demais regiões, como Bordeaux, os vinhos associam diferentes variedades de uvas, o que permite ao enólogo compensar, agregando na mescla as que se deram melhor.
Já para o consumidor a dificuldade es­­tá na escolha. O predomínio das pe­­quenas propriedades torna a região um intrincado mosaico. E muitos produtores usam denominações semelhantes, o que confunde ainda mais. A regra nú­­­mero um, portanto, é saber quem produz.
Mesmo com tantos problemas, os tintos da Borgonha são os vinhos que provocam as mais arrebatadoras paixões e fidelidades. Pois nada se compara a um Pinot Noir nos trinques. São aveludados, complexos; na taça, os sabores e aromas mudam aos poucos, dá para conversar por horas com a garrafa. E tem um particular, a Pinot pegou esse limão que é o frio da Borgonha e com ele fez uma limonada. Sob baixas temperaturas, as uvas não atingem picos de maturidade, e preservam uma boa taxa de acidez, qualidade que está se tornando rara em razão de fenômenos como o aquecimento global, responsáveis pelos vinhos alcoólicos e pesadões tão frequentes por aí.
Borgonhas que se prezem nunca são assim. E o estilo fluido, equilibrado faz deles parceiros ideais para um leque imenso de harmonizações à mesa. Entre os bons produtores presentes em nosso mercado destacam-se Dugat-Py, Pacalet, Dujac, Armand Rousseau, Li­­ger-Belair, Denis Mortet, Faiveley, Vo­­güe, Prieuré Roch, Simon Bize, Jadot, Mon­­­tille, Ambroise, e, estrela maior, o Domaine de Romanée-Conti. A escala de preços é elástica, vai por exemplo, de um Magnien Croix Violette a R$ 95, até os R$ 7.500 de um Romanée-Conti.Uma boa notícia, a propósito, é que estão chegan­do as garrafas da safra 2009, tida como uma das melhores dos últimos vinte anos.
Mas, quando se fala em Borgonha, não dá para se esquecer dos brancos. Logo abaixo de Beaune, a Chardonnay reina, soberana, em vinhedos como os de Puligny e Chassagne-Montrachet, Volnay, Meursault e Aloxe-Corton. São vinhos estupendos, temperados pelo estágio em carvalho, de corpo untuoso, amanteigado e uma rica paleta aromática – mel, amêndoas, frutas tropicais ma­duras. Entre os melhores produtores, estão Coche-Dury, Ramonet, Leroy, Drouhin, Michel Bouzereau, Lafon, Leflaive, Dauvissat e Sauzet. Valem o preço e com estes não há riscos.
A diversidade do Rhône
Jomar Brustolin, especial para a Gazeta do Povo
A região do Rhône é famosa pela sua variedade ícone, a Syrah, muito embora seja uma injustiça associar somente esta uva a uma região de grande diversidade. Primeiramente, devemos entender as diferenças entre o Rhône do norte e do sul. O norte é dominado pela Syrah, mas também é berço de variedades brancas de apelo único, como a Viognier, a Marsanne e a Roussanne. No sul do Rhône encontramos uma cultura multivarietal, com destaque para a Grenache, mas também com forte presença de Syrah, Mourvèdre, Carignan e Cinsault.
O clima do Rhône é marcado pela influência do vento Mistral, que funciona como um regulador de temperatura, resfriando os vinhedos e proporcionando maturação lenta para as uvas. A parte norte tem um clima continental, com invernos frios e verões quentes. Por sua vez, o sul é mais mediterrâneo, com verões mais quentes e invernos amenos.
Grosso modo, podemos dizer que o terroir do Rhône favorece os vinhos potentes, de grande concentração, ricos em sabores. Infelizmente não é sempre isso que vemos. Não espere encontrar a exuberância típica dos grandes vinhos do Rhône em qualquer garrafa rotulada como Côtes du Rhône. Vale lembrar que a denominação de origem (ou AOC, como preferem os franceses) Cotês du Rhône é a mais genérica e abrangente, sendo assim, é utilizada para vinhos simples, que podem ser bons ou desprezíveis, dependendo do produtor.
Para realmente conhecer o Rhône é preciso provar um vinho de suas melhores AOCs, como de Hermitage e Cotê-Rôtie. Nessas duas microrregiões encontramos alguns dos melhores vinhos do mundo feitos com a Syrah. Em Hermitage, a Syrah encontra condições ideais para desenvolver toda a sua personalidade. Na sua melhor forma são vinhos ricos e expressivos, com aroma intenso de especiarias e defumados, um traço típico da Syrah.
Os melhores exemplares são feitos pelos négociants Colombier, JL Chave, Paul Jaboulet Aîné, Delas Frères, M.Chapoutier, E.Guigal e Jean-Luc Co­­lombo. Cotê-Rôtie apresenta um estilo semelhante ao do Hermitage, porém mais redondo e acessível, com a peculiaridade de poder utilizar até 20% da uva branca Viognier. Essa mistura com a Viognier pode proporcionar um charme a mais, muito embora os melhores produtores prefiram misturar quase nada de Viognier. A lista de produtores é a mesma de Hermitage, com destaque para E.Guigal, que é um especialista em Cotê-Rôtie.
O problema de Hermitage e Côte-Rôtie é o preço dos seus vinhos. São invariavelmente caros, mesmo quando não atingem a sua melhor expressão – dificilmente são encontrados por menos de R$ 300 e podem ultrapassar a marca de R$ 1 mil. Uma alternativa mais acessível é procurar pelos vinhos de Crozes-Hermitage, St-Joseph e Cornas – com boas opções entre R$ 100 e R$ 200. A qualidade é bastante irregular, mas os mesmos négociants de Hermitage fazem bons vinhos nessas AOCs vizinhas. Vale muito a pena o Alain Graillot Crozes-Hermitage La Guiraude, um dos melhores da região, superior a muitos Hermitage.
No sul do Rhône a AOCs mais conhecida é Châteauneuf-du-Pape, que na sua melhor forma oferece vinhos encorpados e sedosos, marcados por insinuantes aromas de couro e chocolate. Alguns dos produtores já citados também fazem o seu Châteauneuf-du-Pape, embora o time de elite seja formado por Chateau de Beaucastel, Domaine du Vieux-Télégraphe, Domaine du Pegau e Clos de Papes.
Harmonizações imbatíveis
Luiz Augusto Xavier, especial para a Gazeta do Povo
Harmonização é palavra da moda no meio gastronômico. Está presente em todas as conversas, cardápios, eventos e encontros à mesa. Já se foi o tempo em que vinho branco casava com peixe, vinho tinto com carne e estava tudo conversado. Hoje as combinações são ilimitadas, graças ao desenvolvimento do paladar do brasileiro, que também se rendeu aos encantos sugeridos por Baco.
Claro que tem muito a ver com o paladar de cada um, mas algumas regrinhas básicas são seguidas, permitindo excelentes resultados. Mais ainda com os incomparáveis vinhos franceses. Afinal, a França é o maior país vinícola do mundo.
O primeiro destaque é para a região de Bordeaux, com vinhos de altíssima qualidade. A combinação mais clássica entre os Bordeaux (basicamente os da uva Cabernet Sauvig­non) é com o carneiro. Mas os tintos também vão muito bem com miúdos, carne de caça, carne de porco assada, queijos envelhecidos e massas com molho de carne.
Como a gama de vinhos da região é grande, não podem ser desconsiderados alguns brancos secos, que se dão muito bem com peixes (de rio e de mar) e ostras. E alguns brancos doces, com sobremesas cremosas. O mais famoso branco doce de Bordeaux, o Sauternes, é bom parceiro para sobremesas cremosas. Mas é imbatível para escoltar um bom naco de foie gras, justamente pela maneira como se complementam o açúcar de um e a gordura do outro. Também se dá bem com o queijo roquefort, que invariavelmente passa por cima dos demais vinhos.
A Borgonha, com seu clima mais frio, vem a seguir, com uma saborosa combinação de vinhos nos pratos e nas panelas em duas de suas principais referências à mesa: o Boeuf Bour­guignon e o Coq au vin. Carne de boi num caso, de galo (na origem, pois hoje se faz com galinha caipira) no outro, cozidas no vinho tinto (feito com a uva pinot noir), resultando em pratos encorpados e de acordo com a temperatura local. 

Outras regiões que poderiam ser consideradas em uma primeira seleção são a de Champagne, onde estão os espumantes mais famosos do mundo, que, segundo seus aficionados, harmonizam com tudo, do início ao término da refeição; a de Côtes du Rhône, de tintos robustos, e a de Proven­ce, pródiga na produção dos vinhos brancos, mas especialista em rosés. Inclusive para harmonizar com um dos pratos mais conhecidos de sua maior cidade, Marselha, que é a Bouillabaisse, um ensopado de peixes e frutos do mar com um toque dourado de açafrão.
Isso para ficarmos apenas entre os principais, pois a França toda renderia ainda muita conversa saborosa, com uma harmonização para cada cantinho do país.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Radiação de Fukushima pode matar até 1,3 mil pessoas


REUTERS/Kyodo / Planta da Usina de Fukushima, danificado pelo tsunami de 2011 no Japão Planta da Usina de Fukushima, danificado pelo tsunami de 2011 no Japão
JAPÃO

Radiação de Fukushima pode matar até 1,3 mil pessoas

Este é o primeiro estudo sobre o desastre a usar um modelo atmosférico global em terceira dimensão para prever a maneira como o material radioativo foi transportado.
Contrariando avaliações de que o acidente nuclear de Fukushima não afetaria a saúde da população local, pesquisadores da Universidade de Stanford concluíram que entre 24 e 2,5 mil pessoas provavelmente desenvolverão câncer pelo contato com o material radioativo vazado no desastre. Além disso, entre 15 e 1,3 mil pessoas devem morrer prematuramente em decorrência da doença.
A grande maioria dos casos ficará concentrada no Japão, com poucas ocorrências previstas no restante da Ásia e na América do Norte. Para John Ten Hoeve, pesquisador do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental de Stanford, o número de casos no resto do mundo é relativamente baixo e a estimativa serve apenas para “administrar o medo em outros países de que o desastre possa ter tido um alcance mundial”.

Este é o primeiro estudo sobre o desastre a usar um modelo atmosférico global em terceira dimensão para prever a maneira como o material radioativo foi transportado. Diferentemente de avaliações anteriores, essa pesquisa levou em conta o transporte das partículas radioativas pelo ar, pela água e pela chuva, além da deposição em solo.
O acidente foi precipitado por um terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que atingiu o Japão no dia 11 de março de 2011. O tremor levou à formação de um tsunami que inundou quatro dos cinco reatores na usina de Fukushima Daichii.
O fato de que 80% do material radioativo vazou no Oceano Pacífico, e não no solo, como ocorreu no acidente de Chernobyl, levou a análises otimistas quanto aos efeitos da radiação. “Há grupos de pessoas que disseram que não haveria efeitos”, disse o engenheiro Mark Jacobson, professor de Stanford e autor do estudo.
Riscos
Em maio, o Comitê Científico da ONU para os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear), que avalia os danos de Fukushima, divulgou que 167 trabalhadores, de um total de 20.115 funcionários ligados à Tepco, operadora da usina nuclear de Fukushima, receberam doses de radiação que podem ter aumentado discretamente o risco do desenvolvimento do câncer. Já o público em geral, de acordo com o comitê, foi amplamente protegido pela rápida evacuação promovida pelo governo.
Para calcular os prejuízos da exposição à radiação para a saúde, o estudo de Stanford, que foi publicado na revista científica Energy & Environmental Science, usou um segundo modelo científico, similar ao utilizado para calcular os efeitos de outros acidentes nucleares.
Segundo Jacobson, será muito difícil constatar, fora do Japão, a presença de casos de câncer relacionados ao acidente de Fukushima, por causa da pulverização das ocorrências. “Mas, no Japão, eu estimaria que tendências de aumento do câncer poderão ser detectáveis em um prazo de cinco a dez anos”, diz o engenheiro.
De acordo com a física Kellen Adriana Curci Daros, da Comissão de Proteção Radiológica do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), os tipos mais comuns de câncer provocados em longo prazo pela exposição a altas doses de radiação atingem a tireoide e o sangue.
A especialista observa que, no caso de Fukushima, os prejuízos foram minimizados pela ação rápida do governo local. “O Japão, como teve a experiência de Hiroshima, já tinha estudos relativos a esse tipo de efeito. A intervenção foi muito mais rápida que em Chernobyl e, em pouco tempo, as áreas foram isoladas e começaram a ser monitoradas.” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Venda de ingressos para Alanis em Curitiba começa nesta quinta (19)


Divulgação / Show de Alanis em Curitiba será dika 5 de setembroShow de Alanis em Curitiba será dika 5 de setembro
MÚSICA

Venda de ingressos para Alanis em Curitiba começa nesta quinta (19)

Entrada para o show da cantora canadense da turnê do sétimo disco de inéditas custam a partir de R$ 145 a meia.
Curitiba está entre as sete cidades da turnê da cantora canadense Alanis Morissette, que voltará ao Brasil em setembro. A escala na cidade está marcada para o dia 05 de setembro, no Curitiba Master Hall.

A venda de ingressos para o show na capital paranaense começa 00:01 hrs desta quinta, dia 19 de julho, através do Disk Ingressos.
Os valores dos bilhetes são: 
Pista (1º lote) - R$285 (inteira) e R$145 (meia-entrada) e Pista Premium -acesso em frente ao palco – R$505 (inteira) e R$255 (meia-entrada).
A cantora chega em solo brasileiro com a turnê de divulgação do seu sétimo disco de inéditas, “Havoc and Bright Lights”, que será lançado no Brasil no dia 28 de agosto.
Antes da capital paranaense, a cantora faz duas apresentações em São Paulo (02 e 03 de setembro) e depois segue para o Rio de Janeiro (dia 7), Belo Horizonte (dia 9), Recife (dia 12), Belém (dia 14) e em Goiânia (dia 16). 

Astrônomos fazem imagem mais precisa do centro de galáxia


Mundo

Quarta-feira, 18/07/2012
Divulgação/ESO
Divulgação/ESO / Eles foram capazes de fazer a nítida observação direta do centro a galáxia, o quasar 3C 279, que contém um buraco negro supermassivo com uma massa cerca de 1 bilhão de vezes a do SolEles foram capazes de fazer a nítida observação direta do centro a galáxia, o quasar 3C 279, que contém um buraco negro supermassivo com uma massa cerca de 1 bilhão de vezes a do Sol
ESPAÇO

Astrônomos fazem imagem mais precisa do centro de galáxia

A galáxia está tão longe da Terra que sua luz levou mais de 5 bilhões de anos para chegar até nós.
Uma equipe internacional de astrônomos observou o coração de uma galáxia distante com nitidez cerca de dois milhões de vezes mais precisa que a visão humana. As obersavações foram feitas em uma parceria entre astrônomos do Chile, Havaí e Arizona.
Eles foram capazes de fazer a nítida observação direta do centro a galáxia, o quasar 3C 279, que contém um buraco negro supermassivo com uma massa cerca de 1 bilhão de vezes a do Sol. A galáxia está tão longe da Terra que sua luz levou mais de 5 bilhões de anos para chegar até nós.
Divulgação/ESO
Divulgação/ESO / Telescópios maiores podem fazer observações mais nítidas, e interferometria permite que telescópios múltiplos funcionem como um único equipamento, tão grande como a separação entre elesAmpliar imagem
Telescópios maiores podem fazer observações mais nítidas, e interferometria permite que telescópios múltiplos funcionem como um único equipamento, tão grande como a separação entre eles
Para suas observações, a equipe usou os três telescópios. Os equipamentos foram ligados usando uma técnica conhecida como interferometria Very Long Baseline (VLBI). Telescópios maiores podem fazer observações mais nítidas, e interferometria permite que telescópios múltiplos funcionem como um único equipamento, tão grande como a separação entre eles.
As observações representam um novo marco para a imagem de buracos negros supermassivos e as regiões em torno deles. No futuro pretende-se conectar mais telescópios para criar o chamado Telescópio Event Horizon. Ele será capaz de fazer imagens da sombra do buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia, a Via Láctea, bem como de galáxias próximas.
A sombra - uma região escura visto contra um fundo mais brilhante - é causado pelo desvio da luz pelo buraco negro, e seria a evidência direta da existência de horizonte de um buraco negro, o limite a partir do qual nem mesmo a luz pode escapar.

Anatel deve suspender vendas de chips da Claro, Oi e TIM


A medida, que deve ser anunciada nesta tarde, foi motivada pelo índice de reclamação dos consumidores sobre essas três empresas.


Anatel deve suspender a partir desta quarta-feira (18) a venda de chips de três das maiores operadoras de telefonia móvel do país: TIM, Oi e Claro. A reportagem apurou que as vendas ficarão interrompidas até que elas apresentem um plano de investimento para os próximos dois anos, com metas para resolver problemas na qualidade dos serviços prestados aos consumidores.

Os técnicos da Anatel trabalhavam, nesta manhã, com previsão de impedir a venda e a ativação de novas linhas pela TIM em cerca de 15 Estados, pela Oi em 6 e pela Claro em 3.
A medida, que deve ser anunciada pela Anatel nesta tarde, em entrevista coletiva, foi motivada pelo índice de reclamação dos consumidores sobre essas três empresas.

O plano que as empresas serão obrigadas a apresentar deve considerar: melhora na infraestrutura; no atendimento ao consumidor; completamento de chamada.
A Vivo, que é a maior operadora do país, não será afetada. Todas as operadoras, porém, serão obrigadas a melhorar os serviços.

A Anatel tomou a decisão após avaliar dados das empresas pelos últimos seis meses. Um dos maiores problemas é que as chamadas são interrompidas no meio do telefonema.

A reportagem apurou que a Anatel deve ingressar com medidas cautelares em cada Estado e individualizada por operadora para suspensão dos serviços.

Há pouco mais de uma semana, a reportagem antecipou que a agência pretendia executar medida contra a TIM, devido ao grande número de queixas dos consumidores.

A agência, no entanto, decidiu, antes de aplicar a sanção, aprofundar estudos sobre os casos de outras empresas de telefonia.
Na ocasião, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse que a proibição das vendas deveria ser "o último recurso" na tentativa de colocar uma companhia de volta nos trilhos.
As ações da TIM caíram 7,55% após a ameaça de suspensão nas vendas.

Governo investiga mortes por gripe A (H1N1) no Sul do país


Técnicos do Ministério da Saúde estão no Rio Grande do Sul para descobrir as razões das 29 mortes provocadas pelo vírus H1N1 no estado. No Paraná, há 23 óbitos confirmados.

Desde segunda-feira, técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS) estão no Rio Grande do Sul para investigar os 29 casos de mortes por gripe A (H1N1) registrados apenas neste ano no estado. De acordo com dados do MS, o Rio Grande do Sul foi o segundo estado com mais casos de óbitos em decorrência da doença até o dia 10 de julho. Apesar de a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) ter confirmado que até o dia 16 de julho 23 pessoas já haviam morrido em função do H1N1, não há previsão de que os técnicos realizem uma inspeção no estado.
No mês passado, a mesma análise do governo federal foi feita em Santa Catarina, que até dia 10 de julho registrava 52 óbitos causados por gripe A. Após a visita, os técnicos chegaram a três conclusões. A primeira é que as vítimas apresentavam outras doenças, como cardiopatias, pneumopatias, obesidade ou diabete. A segunda é que a maioria dos pacientes tinha de 40 a 59 anos e a terceira, que metade dos mortos começou a tomar o medicamento antiviral Tamiflu (Oseltamivir), utilizado no tratamento da gripe A, mais de cinco dias após o início dos sintomas.
Tratamento
Tamiflu ainda não está à venda nas farmácias do Paraná
Na semana passada, o Ministério da Saúde liberou a comercialização do antiviral Oseltamivir (comercialmente conhecido como Tamiflu e que é usado no combate à gripe A) sem necessidade de retenção do receituário. O intuito foi facilitar a comercialização do medicamento, que também é distribuído gratuitamente na rede pública.
Contudo, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Paraná, Edenir Zandoná Júnior, afirma que as principais distribuidoras do estado ainda não oferecem o Tamiflu. Ele afirma que em breve as farmácias passarão a vendê-lo normalmente com a apresentação da receita simples pelo paciente.
No Paraná, desde janeiro, 760 pessoas contraíram o vírus H1N1, segundo a Sesa. Os dados do MS, entretanto, mostram que foram 224 casos. A diferença se dá pelos períodos analisados e porque a secretaria contabiliza todos os casos que foram diagnosticados em exames laboratoriais, enquanto o ministério registra apenas aqueles mais graves, em que há internação.
Para o supervisor de vigilância em saúde da Sesa, Sezifredo Paz, o fato de o estado não ser vistoriado diretamente pelo governo federal não prejudica o trabalho de controle realizado na área da saúde. “O que os técnicos estão fazendo no Rio Grande do Sul nós já realizamos aqui há muito tempo, que é investigar os casos e os óbitos causados pela doença”, ressalta.
Estratégias diferentes
Até agora, o Sul concentra 77% de todos os diagnósticos de H1N1 detectados no Brasil neste ano, e isso tem uma explicação. “Devido às condições climáticas que tornam o inverno rigoroso, a população se torna mais vulnerável a contrair o vírus da influenza A”, justifica a chefe do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Nossa Senhora das Graças, Viviane Maria Dias.
Segundo ela, as circunstâncias exigiriam uma estratégia de vacinação específica para esta região do país. “Como nos outros lugares a incidência não é tão grave, nossos jovens acabam sofrendo, pois são eles os mais afetados ao não serem imunizados”, afirma. No Paraná, mais de 40% dos casos registrados até agora incluem pessoas de 20 a 49 anos, que estão fora do grupo de risco que foi estipulado pelo ministério e recebeu doses gratuitas da vacina na rede pública.
O supervisor de vigilância em saúde do Paraná afirma que em 2011 o estado enviou ao MS um pedido de antecipação da vacina para o mês de fevereiro e também de ampliação da oferta do produto para que outros grupos (como o de pessoas de 2 a 20 anos e o de pacientes crônicos) fossem imunizados, mas a resposta foi negativa. “Não tivemos um retorno formal, mas, em reuniões, eles deixaram claro que isso não seria possível.” O ministério informa que, devido à capacidade operacional de produção da vacina, seria impossível beneficiar toda a população e antecipar a entrega das doses.

terça-feira, 17 de julho de 2012

A preguiça.


Ando com muita preguiça. Aquela vontade de fazer nada. Olhar as coisas e considerá-las sem ênfase, como queria Drummond. A preguiça regenera a alma e o corpo. A iluminação súbita de que nada vale a pena, nada vale o nosso esforço, pelo menos agora. Por que não daqui a pouco? Daqui a pouco estarei pronto para agir – mas agora quero ficar quieto. E sem prazo, por favor, que cria ansiedade.
O brasileiro tem fama de preguiçoso. O grito marcante de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter criado por Mário de Andrade, é justamente “ai, que preguiça!” Dizem que o trabalhador brasileiro é menos produtivo que os outros, mas me parece que isso é apenas um álibi de outras incompetências, às vezes úteis: a demora em obras oficiais, por exemplo, que é o padrão também oficial brasileiro, rende riquezas rápidas, fulminantes e insuspeitadas, nos ágeis e eficientes “regimes de urgência” que dispensam controle e papeladas. Por que fazer certo se o errado é mais lucrativo?
Em defesa da minha preguiça, invoco a história do Brasil, um país que foi determinado, em praticamente tudo, da cultura à economia, pela instituição da escravidão. Fomos o último país a nos livrar oficialmente dela no mundo. Do século 16 ao século 19, a escravidão permeou todas as instâncias da vida brasileira: a rural, dominante, e a urbana, subsidiária. A ideia de “trabalho”, o seu simples conceito, sempre foi ofensiva para a cultura brasileira – as magníficas memórias de Brás Cubas, na obra-prima de Machado de Assis, relatam a vida inteira de um homem sábio e letrado que dedicou-se com afinco e determinação a jamais fazer coisa alguma. Na biografia do Barão de Mauá – um louco que tentou modernizar o Brasil imperial –, Jorge Caldeira relata que a desgraça do barão começou quando, num gesto simbólico, pediu ao imperador Pedro II para puxar um carrinho de mão e dar a partida às obras da primeira estrada de ferro do Brasil. Um imperador fazendo trabalho de negro! O barão foi à falência e, nas idas e vindas, até hoje não temos estradas de ferro, embora a tal Norte-Sul, que nunca fica pronta, dê muita renda.
Vendo do outro lado, o do escravo, que precisa negociar em cada minuto a sua sobrevivência, a preguiça é um valor ético. A imoralidade radical da escravidão determina a minha liberdade: cada momento que engano o criminoso que me prende representa uma conquista moral minha, uma percepção também assimilada pelo dono de escravo, para “naturalizar” a relação. Posto assim, o fim da escravidão deveria levar também ao fim da sua lógica perversa, porque a produção econômica ganha um novo patamar e a cultura universaliza o conceito de cidadão. Mas, no Brasil, ela contaminou de tal forma o cotidiano de três séculos de relações sociais, que parecemos ainda movidos a senhores e escravos.
Mas eu ia falar da preguiça – e já estou aqui, incompetente, quebrando a cabeça nesse frio da manhã.

Com 9,8ºC, Curitiba tem a tarde mais fria do ano.


Marcelo Andrade/Gazeta do Povo / Tempo úmido fez a sensação de frio parecer ainda maiorTempo úmido fez a sensação de frio parecer ainda maior
CLIMA

Com 9,8ºC, Curitiba tem a tarde mais fria do ano.

O Instituto Tecnológico Simepar confirmou ontem aquilo que foi assunto entre os curitibanos logo após o almoço. A tarde desta segunda-feira foi a mais fria do ano na capital. A temperatura máxima foi de 9,8°C, dois graus a menos que em 8 e 9 de junho, quando haviam sido registradas as tardes mais frias de 2012 – com 11,9ºC.
Já no último domingo, os termômetros registraram a menor marca do ano em Curitiba: 3,9°C. Já na manhã de ontem a mínima ficou em 5,5°C, mas a sensação térmica foi ainda mais baixa, de apenas 2ºC. Quem esperou um alívio durante a tarde ficou desapontado. Com o céu nublado, o tempo não esquentou e a sensação térmica variou apenas quatro graus – de 2ºC para 6ºC.
Suspeita
Dois homens são achados mortos em dia de muito frio
Patrícia Pereira
Dois moradores de rua foram encontrados mortos ontem de manhã, possivelmente vítimas do frio. O primeiro caso foi registrado em Rio Branco do Sul, na Grande Curitiba. Um homem de aproximadamente 70 anos, conhecido como “Tiziu”, estava embaixo de uma marquise, em frente do terminal Vila Velha. Ele foi encontrado por volta das 7 horas, sem sinais de agressão. O outro homem foi localizado por volta das 8 horas, no bairro Atuba, na capital. Ele estava enrolado em um cobertor na BR-476 e também não tinha nenhuma lesão aparente. Ele era conhecido como “Polaco” e tinha cerca de 40 anos.
O laudo oficial da necropsia, que vai confirmar se os dois homens foram mortos pelo frio, deve ficar pronto entre 30 e 60 dias.
O meteorologista do Simepar Samuel Braun alerta para o fato de que o tempo úmido é decisivo para uma maior sensação de frio nessa época do ano. “Normalmente quando está frio temos mais ar seco, mas, como o céu ficou encoberto, além do frio, não houve variação significativa da temperatura”, analisa.
Braun revela que o clima está diferente do sentido no final de semana porque não houve momentos de sol para aumentar a temperatura à tarde. “No inverno isso pode acontecer. Curitiba é uma região onde é um pouco mais comum ter densa nebulosidade mesmo em situações de frio”, explica.
Previsão do tempo
De acordo com o meteorologista, hoje praticamente haverá uma repetição do clima deste início da semana, com a diferença de que existe previsão de chuva. A previsão nos termômetros é de uma variação de 7ºC a 10ºC, entre mínima e máxima. “Na quarta-feira diminui a chuva, mas ainda seguiremos com céu fechado e vamos de 7 a 13 graus. Na quinta e na sexta, o tempo volta a ficar seco, com sol, mas esfria mais de manhã, com 5 ou 6 graus de mínima e 17 graus de máxima”, prevê Braun.

Sindicato reprova oferta de reajuste a professores


Em greve há quase dois meses, docentes vão analisar a proposta feita pelo governo federal em assembleias locais até a próxima sexta-feira.

Os estudantes das universidades dos institutos federais em greve não devem ter esperança de que a proposta salarial anunciada na sexta-feira passada fará com que a paralisação dos docentes termine. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) divulgou um comunicado em que reprova a oferta feita pelo governo federal de reajuste e pede para que os professores façam uma “análise crítica” da proposta. “Neste momento, é impossível delimitar um prazo para o fim do movimento porque a proposta não nos atende” afirma Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Andes.
A proposta apresentada pelo governo prevê, entre outros assuntos, a redução dos níveis de carreira de 17 para 13 – como forma de incentivar o avanço rápido e a busca por títulos – e reajustes de 12% a 40% escalonados nos próximos três anos. Somado ao aumento já concedido em março, o reajuste máximo chega a 45%. “É tudo maquiagem que não nos enganou”, ataca Schuch.
56
das 59 universidades federais do país estão com suas atividades paralisadas por causa da greve dos professores. O mesmo ocorre em 34 dos 38 institutos federais de educação, as antigas escolas técnicas.
O Andes afirma que, com a proposta do governo, só o professor-titular, no topo da carreira, terá um ganho real ao final de três anos. Esse grupo representa cerca de 10% dos docentes ativos, um total de pouco menos de 70 mil. Doutores, por exemplo, terão de 30% a 40%. Já os professores com título de mestre, de 25% a 27%. A proposta do governo prevê um impacto de R$ 3,9 bilhões nos cofres públicos – o orçamento do Ministério da Educação (MEC), em 2012, é de R$ 85 bilhões.
No comunicado, o An­des propõe radicalizar as ações da greve, que completa dois meses nesta semana e atinge 56 das 59 universidades federais, incluindo a Universidade Fe­deral do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). A paralisação também afeta 34 dos 38 institutos federais, dois Centros de Educação Tecnológica (Cefets) e o Colégio Federal Pedro II, no Rio de Janeiro.
Segundo Schuch, o principal problema é o não atendimento à reivindicação central da categoria: a reestruturação da carreira docente. “Além de não unificar a carreira, o acréscimo financeiro como resultado da titulação ficou fora do corpo do salário, virou gratificação. Não aceitamos isso”.
Durante esta semana haverá assembleias gerais pelo país de forma a discutir o que será apresentado na próxima reunião com o Ministério do Planejamento, agendada para o dia 23. Mas não há otimismo. “Recebemos a proposta, estamos analisando, mas todos sabem que ela não avança. Em muitos pontos, até regride. Acredito que, se não houver avanço, a greve continua.”
Oferta irredutível
Segundo o MEC, a proposta atende a demandas históricas e não há nenhuma possibilidade de mudança nos valores apresentados. “É uma proposta final quanto ao volume de recursos alocados”, diz Amaro Lins, secretário de Educação Superior do MEC.
Segundo ele, o governo está aberto à discussão de questões pontuais, como a exigência de o docente cumprir no mínimo 12 horas/aula semanais, mas não questões salariais. “É momento de ter bom senso e pensar no atendimento à comunidade” diz.

Mortes por gripe A sobem de 14 para 23


Em uma semana, mais nove óbitos foram confirmados no Paraná. No mesmo período, estado registrou 172 novos casos da doença.

Desde o começo deste ano, 23 paranaenses já perderam a vida por causa da gripe A (H1N1). Nove mortes em decorrência da doença foram confirmadas no estado nos últimos sete dias. Destas, cinco foram registradas na última semana e outras quatro ocorreram em períodos anteriores, mas ainda não haviam sido confirmadas oficialmente pelas autoridades como vítimas da doença. Os novos óbitos representam um aumento de 64,2% em relação ao número de mortes confirmadas até o início da semana passada.
Os números fazem parte do boletim semanal divulgado na tarde de ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O documento também mostra que o Paraná teve mais 172 casos da doença confirmados ao longo da última semana: um aumento de 29,2% em relação aos que estavam registrados até a semana anterior. Com isso, já são 760 paranaenses contaminados com a gripe A.
Vizinhos
Região Sul contabiliza 108 óbitos
A Região Sul já contabiliza 108 mortes em consequência da gripe A: 23 no Paraná, 33 no Rio Grande do Sul e 52 em Santa Catarina. Os três estados confirmaram 1,6 mil casos da doença.
Em Santa Catarina, metade das mortes registradas teria ocorrido em decorrência de pacientes que tiveram acesso tardio ao antiviral oseltamivir (Tamiflu). Os médicos de todo o país estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames.
Os casos confirmados estão espalhados por 138 cidades. Curitiba está no topo da lista, com 137 pessoas contaminadas. Em seguida, aparecem Ponta Grossa, com 61 confirmações, e Foz do Iguaçu, com 53. Pato Branco (com 49), Campo Mourão (26), São José dos Pinhais (22) e Jaguariaíva (22) vêm na sequência.
O superintendente de Vigi­lância em Saúde do Pa­raná, Sezifredo Paz, aponta que, apesar do avanço da doença no estado, “não há motivo para pânico”. Com base na análise dos óbitos, ele atribui as mortes a dois fatores: à demora das vítimas em procurar atendimento; e a outras doenças que agravam o quadro dos pacientes confirmados com a gripe A.
Para Paz, a chave para o controle da doença é o diagnóstico rápido. A partir desta confirmação, os médicos têm condições de ministrar um tratamento mais eficiente e barrar os efeitos. “A partir dos primeiros sintomas de gripe, as pessoas já devem procurar um médico. Tomando o antiviral [oseltamivir, de nome comercial Tamiflu] nas primeiras 48 horas, o quadro evolui para cura”, observa o superintendente.
Além da recomendação de busca imediata pelo atendimento, a Sesa relembra que, para evitar a transmissão, cuidados simples podem ser adotados: lavar sempre as mãos ou higienizá-las com álcool gel, cobrir o nariz e boca ao tossir ou espirrar e manter ambientes ventilados. “A situação é diferente em relação a 2009. Temos 25% da população imunizada, temos o antiviral e uma rede de saúde preparada para enfrentar os casos”, assegurou. Em 2009, o Paraná registrou mais de 80 mil pessoas contaminadas e mais de 350 mortes.
Distribuição dos casos
A análise por faixa etária aponta que a maioria dos casos, 40,2% (306), estão entre pessoas de 20 a 49 anos de idade. Em seguida, 25,9% das confirmações (197) se encontram entre paranaenses entre 10 e 19 anos. As duas faixas são consideradas as mais críticas. O boletim demonstra ainda um equilíbrio entre homens e mulheres: 50,2% das confirmações são de pessoas do sexo feminino e 49,2%, do sexo masculino.

Comissão de Orçamento aprova texto que sobe mínimo para R$ 667,75


Valor representa reajuste de 7,3% sobre os atuais R$ 622. Ainda falta a votação de destaques apresentados pelos parlamentares, que ainda podem alterar o texto.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta terça-feira (17) o texto-base da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013. Mas ainda falta a votação de destaques apresentados pelos parlamentares, que ainda podem alterar pontos do texto. O parecer do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) foi acertado com o governo. Apesar da retração da economia em 2012, o crescimento é mantido em 5,5% do PIB para 2013 - apesar de o mercado já ter reduzido a previsão para este ano para cerca de 2% -, o superávit primário em R$ 155,85 bilhões e o salário mínimo sobe para R$ 667,75 no ano que vem, contra os atuais R$ 622,00, reajuste de 7,3%.
Por pressão da oposição, o relator concordou em retirar do texto autorização para manter os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mesmo se o Orçamento da União de 2013 não for aprovado até 31 de dezembro deste ano. Com isso, o governo só continua podendo gastar com o custeio da máquina, caso o Orçamento não seja aprovado até 31 de dezembro. Todos os anos, o governo tenta incluir esse item, mas a oposição retira na negociação final.
O relator ainda inovou ao prever que poderão ser abatidos do superávit um total de R$ 45,2 bilhões de investimentos prioritários - mudança com a qual os técnicos do governo concordaram. Até agora, o abatimento era feito usando como base apenas os investimentos do PAC. Mas os técnicos dizem que essa alteração não tem problemas, porque o PAC está dentro dos investimentos prioritários.
Mas Valadares desagradou o governo ao criar o chamado Anexo de Metas, uma lista de obras prioritárias no valor de R$ 11 bilhões. O governo não havia enviado o Anexo, como determina a LDO, e argumentou que as prioridades eram as obras do PAC. A criação deste Anexo, segundo Valadares, teve aval do Ministério do Planejamento, mas técnicos dizem que pode haver vetos.
Câmara aprova segunda MP do Plano Brasil Maior
O plenário da Câmara aprovou também, na manhã desta terça-feira, o texto da MP 564, que prevê diversas ações de estímulo à indústria do país. A medida integra a segunda etapa do Plano Brasil Maior. Na noite de segunda-feira foi aprovada a MP 563, que traz benefícios como desoneração de produtos e na folha de pagamento para os setores de hotéis, móveis, autopeças, naval, aéreo e de empresas de call center e chips.

saiu uma nova convocação para pedagogo de Curitiba...dá uma olhada no Cidade do Conhecimento

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http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.cidadedoconhecimento.org.br%2Fcidadedoconhecimento%2Fdownloads%2Farquivos%2F7299%2Fdownload7299.pdf&h=MAQGFjUSN

Mudança de Área de Atuação - para lotação de 27 vagas (06 vagas restantes (220) e 21 novas vagas
autorizadas).
CONVOCAÇÃO - MUDANÇA DE ÁREA DE ATUAÇÃO PARA SUPORTE TÉCNICO PEDAGÓGICO

Profissionais do Magistério que fizeram o procedimento de Mudança de Área de Atuação.
Reunião para escolha de vaga ou desistência.
Edital 09/2011.
Dia 30/07/2012 - Segunda-feira,
Local: Edifício Delta, 2º andar - Torre A - sala de reuniões.

Do 1º      ao 100º classificados --> deverão comparecer das 8h30 às 8h50. (Somente quem ainda não
assumiu e solicitou permanência).
Do 101º ao 200º classificados --> deverão comparecer das 8h55 às 9h15. (Somente quem ainda não
assumiu e solicitou permanência).
Do 201º ao 247º classificados --> deverão comparecer das 9h20 às 9h40. (Somente quem ainda não
assumiu e solicitou permanência).
Do 248º ao 257º classificados --> deverão comparecer das 09h45 às 10h20. (3ª chamada).
Do 258º ao 267º classificados --> deverão comparecer das 10h25 às 11h05. (3ª chamada).
Do 268º ao 274º classificados --> deverão comparecer das 11h10 às 11h35. (3ª chamada).

Conforme determinado em edital item 5.4 - A relação de classificação obedecerá à ordem de desempate
dos itens 5.3.1 a 5.3.4, sendo que os critérios de desempate dos itens 5.3.5 e 5.3.6 serão aplicados
somente no momento da convocação para o preenchimento das vagas, ou seja;
5.3.5. maior tempo de efetivo exercício na Rede Estadual de Ensino, mediante comprovação, através
de certidão ou declaração emitida pelo órgão competente;
5.3.6. maior tempo de efetivo exercício na Rede de Ensino Privado, mediante comprovação, através
da apresentação da Carteira de Trabalho;

Informamos que os servidores que se enquadrarem  nos itens 5.3.5 e 5.3.6 deverão apresentar os
documentos citados acima, constando anos, meses e dias, contados até 1º de agosto de 2011.

Atendendo ao Item 9 do Edital 09/2011 -  Das vagas ofertadas e da permanência na lista classificatória.

9.4 O candidato que não puder assumir a vaga por incompatibilidade de horário..., local ou falta
de documentação... poderá solicitar permanência na mesma classificação, sendo que a vaga será
ofertada para o próximo classificado.
9.5   As vagas que forem  surgindo... serão preenchidas seguindo-se rigorosamente a ordem
classificatória, novamente do início ao fim da lista,  considerando-se em cada convocação os
candidatos que solicitaram permanência...
10.6 ... não haverá reversão do processo.Class  Inscrição  Matr.  Nome  Nota
6 1051 36144 MARIA HELENA PUPO SILVEIRA 85.500
27 994 57297 JOSEANE DE FATIMA MACHADO DA SILVA 82.600
46 255 52824 DANIELE CRISTINA ROSA 81.000
48 925 65304 ARLEANDRA CRISTINA TALIN DO AMARAL 80.700
74 233 39581
ANA LUIZA FORMIGHIERI ALEXANDRINO DE
CHRISTO
78.800
81 375 53759 LIDIANE ROBERTA RAMOS MONTIBELLER 78.400
87 331 112804 VERIDIANA ALAIDE KMETIUK BOSSI 78.300
88 922 73188 MARCIA FERNANDES BRITO 78.200
113 864 78945 RITA DE CASSIA TIOZO DE CARVALHO PEREIRA 77.200
121 604 159224 LUCIANE APARECIDA DE MORAIS 77.100
129 30 73971 MARIZA CRISTINA ANDRADE DE OLIVEIRA 76.800
141 767 76893 KARLA JENIFFER RODRIGUES DE MENDONCA 76.300
155 360 159374 ANGELA CRISTINA PIOTTO 76.000
157 712 53864 SIRLANE MIRANDA 75.800
158 379 56884 SAMARA ELISANA NICARETA 75.800
161 301 111220 ANDREA CRISTIAN DA SILVA PINTO OLIVEIRA 75.700
162 458 162497 CRISTIANE ANTUNES STEIN 75.700
171 868 54525 FERNANDA SCHOLTAO 75.200
179 1015 73102 DENISE SCHWEGER DE SOUZA ASSIS 74.800
181 706 53322 MARISA VALENCIA GONCALVES 74.800
184 220 33100 SILVIA LETICIA DE JESUS CLEMENTE SEIDEL 74.800
189 272 117092 NEIVA LAIA 74.600
196 55 162521 MARILIA COSTA JORDAO 74.500
200 683 57329 KARIN CRISTINA GALVAN DA SILVA 74.300
205 486 132715 ROSILENE BUHRER JUNCKES 74.200
221 246 131986 ALESSANDRA CARPEN SCHULTZ 73.700
223 144 159296 ANDRESSA AUDIFFRED ARAUJO MACEDO 73.700
227 878 110932 TANIA REGINA DA SILVA NICOLELI 73.600
240 116 75958 CLAUDIA SIMONI DA SILVA ATIVO COSTA 73.200
242 672 159448 ANA PAULA LUDER BATISTA 73.200
248 54 32350 LILIANE PALMER 72.900
249 195 117111 CLAUDINEIA PEREIRA DE OLIVEIRA SATO 72.900
250 15 73968 MARIA RITA DE CASSIA MARCONATO 72.800
251 522 56224 FRANCIELLE KOSLOSKI DE LIMA 72.800
252 383 57606 VALERIA SANTOS MACHADO 72.800
253 322 37344 ROGERIA MARIA RICETTI 72.700
254 927 139983 ANA CAROLINE NICHELE 72.700
255 464 135296 SONIA HECK COELHO 72.700
256 566 65750 LUCIENE SOUTO DA ROCHA 72.600
257 443 80617
MARCIA CRISTINA DE SOUZA GEVEZIER
RODRIGUES
72.600
258 415 111233 REGINA KOCK DE SOUSA 72.600
259 324 147835 CHARIZI MARA RIBAS VIGANO 72.600260 1050 34501 MARIA AGOSTINHA DRULLA FELIPE 72.500
261 728 135242 ANGELA ROMANO DA SILVA 72.500
262 262 159217 JAQUELINE SALANEK DE OLIVEIRA 72.500
263 232 159620 LUCIANA DE ANDRADE 72.500
264 414 159736 SIMONE CRISTINA LUGARINI 72.500
265 804 53376 MARILETE LEVANDOSKI GADENS 72.400
266 603 111068 ELISANGELA DA CUNHA BARBOZA 72.400
267 619 52728 SOLEDADE DOS SANTOS SILVA RIBEIRO 72.300
268 102 54940 LUCILA SCHLEETZ MARTINS 72.300
269 639 135331 GISLAINE APARECIDA DA SILVA FERREIRA 72.300
270 275 140073 CINTIA FATIMA DA SILVA 72.200
271 576 159209 CLEIA MARIA DOS SANTOS CORDEIRO 72.200
272 237 163885 ANGELICA ZAMPIERI PAGANOTTO 72.200
273 650 87933 ANA LUCIA BONATTO BURZYNSKI 72.100
274 887 53205 VIVIANE DO ROCIO BARBOSA 72.100
       
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