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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Brasil goleia Camarões por 5 a 0 na estreia na Olimpíada


Reuters
Reuters / Brasileiras dançam após mais um gol da seleção contra CamarõesBrasileiras dançam após mais um gol da seleção contra Camarões
LONDRES-2012

Brasil goleia Camarões por 5 a 0 na estreia na Olimpíada

Marta - duas vezes – Renata Costa, Cristiane e Francielle marcaram os gols brasileiros na partida disputada em Cardiff.
A estreia da seleção brasileira olímpica de futebol feminino ocorreu sem sustos e com uma goleada. Contra o fraco time de Camarões, o Brasil venceu por 5 a 0 na primeira partida naOlímpiada de Londres.
Em dez minutos de jogo, Francielle e a paranaense Renata Costa já haviam marcado dois gols para a seleção no Millenium Stadium, em Cardiff, no País de Gales.
Destaques
A bola parada de Francielle e a habilidade de Cristiane foram a grande cartada brasileira no jogo desta quarta-feira (25) A fragilidade de Camarões, um time com qualidade muito inferior a brasileira, também facilitou o trabalho. Marta, mesmo com dois gols, não conseguiu fazer uma boa partida.
Além do ótimo resultado na estreia brasileira, a seleção tem agora a maior artilheira da história olímpica do futebol feminino. Cristiane marcou o quarto gol brasileiro e chegou a 11 em Olímpiadas. Ela passou a alemã Birgit Prinz, que não jogará em Londres, já que a seleção da Alemanhã não se classificou.
Com o resultado, o Brasil lidera o grupo, com três pontos e quatro gols de saldo a mais do que a seleção da Grã-Bretanha, principal adversário brasileiro do grupo. A seleção britânica venceu a Nova Zelândia por 1 a 0.

O jogo
A seleção brasileira começou o jogo errando alguns passes na saída de bola, o que acabou gerando contra-ataques para as “leoas indomáveis”, apelido das camaronesas. Nos primeiros minutos de jogo, as brasileiras não conseguiam passar do meio de campo sem chutões. Aos 6’, na primeira jogada que funcionou no ataque verde e amarelo, a veterana Formiga recebeu falta perto do bico esquerdo da grande área de Camarões. Na cobrança, Francielle bateu colocado e marcou.
O primeiro gol brasileiro deu calma às jogadoras que partiram para cima. Três minutos depois, em um escanteio cobrado por Francielle, Renata Costa completou sozinha de cabeça no meio do gol.
Depois do segundo gol, o Brasil relaxou, chegando somente com chutes de fora da área e em jogadas de bola parada com Francielle e Marta.
A segunda estapa da estreia brasileira também começou morna. O Brasil só mudou a postura quando Marta sofreu um pênalti duvidoso aos 27’ após um cruzamento de Cristiane, substituta de Thaisinha, pela ponta esquerda. A camisa 10 não bateu muito bem, mas marcou o terceiro.
Com a goleada aberta e a fragiliadade camaronesa, Cristiane devolveu ao Brasil os dribles que Marta não acertava. No quarto gol brasileiro, ela recebeu um passe na medida de Marta, driblou a goleira e mandou para rede, se tornando a maior artilheira da história olímpica.
Mesmo com uma atuação abaixo da média, Marta conseguiu fazer mais um gol após outra jogada individual de Cristiane. A artilheira do Brasil em Olímpiadas driblou cinco jogadoras pela equerda, tirou a goleira e cruzou para a Marta completar.

Crianças até 4 anos são novo alvo da vacinação


Vida e Cidadania

Quarta-feira, 25/07/2012
Walter Alves/ Gazeta do Povo
Walter Alves/ Gazeta do Povo /
GRIPE A

Imunização contra o vírus H1N1 começou ontem em Curitiba. Em uma semana, casos da doença aumentaram 18,2% no Paraná e duas novas mortes foram registradas.

Começou ontem a vacinação de crianças entre 2 e 4 anos de idade contra a gripe A (H1N1) na capital paranaense. Segundo a Secretaria de Saúde de Curitiba (SMC), só na capital a meta é que 70 mil pessoas nessa faixa etária sejam vacinadas. O número de casos da doença no Paraná aumentou 18,2% na última semana. Segundo o novo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta segunda-feira, o estado registrou 139 novos casos e duas outras mortes em decorrência da gripe A entre os dias 14 e 20 de julho. No total, o Paraná já contabiliza 899 ocorrências e 25 óbitos provocados pela doença.
Em Curitiba, por enquanto, as unidades de saúde estão trabalhando com as doses do estoque que restou do período de imunização dos grupos definidos pelo Ministério da Saúde – idosos, crianças até 2 anos e profissionais de saúde. A assessoria de imprensa confirmou que há doses para todas as crianças na nova faixa etária selecionada, já que, com a liberação de 400 mil novos lotes de imunização para o Paraná na próxima quinta-feira (feita pelo Ministério da Saúde) será possível cobrir todos os grupos de risco.
Falecimento
Ponta Grossa registra mais um óbito causado pelo vírus H1N1
Maria Gizele da Silva, da sucursal, e Rafaela Bortolin
A Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, divulgou ontem que foi confirmada a segunda morte por gripe A no município neste ano. Um homem de 55 anos, que estava internado com um quadro agudo de pneumonia, faleceu na semana passada.
Os exames confirmaram na última sexta-feira a presença do vírus H1N1. O caso não consta no relatório publicado ontem pela Sesa porque ainda deve ser analisado pela secretaria. Caso seja realmente confirmada a doença como causa da morte, ela vai entrar no boletim da próxima semana.
Em Ponta Grossa, outras 11 pessoas estão internadas com suspeita de gripe A, cinco delas em unidades de terapia intensiva (UTI). A Vigilância Epidemiológica monitora o estado de saúde de 654 pessoas no município. Elas estão com suspeita de terem contraído o vírus, mas se recuperam em suas casas.
Tira-dúvidas
Saiba mais sobre a imunização de crianças contra a gripe A no Paraná:
Quem pode tomar?
Qualquer criança entre 2 e 4 anos. Somente aquelas que estão com febre ou com sintomas de gripe (febre alta, dor de cabeça, cansaço excessivo, tosse e dores pelo corpo) não devem receber a vacina. O ideal é que a criança não tenha tomado nenhuma outra vacina nos últimos 15 dias para garantir a imunização.
Onde estão sendo aplicadas as vacinas?
Em Curitiba, em qualquer unidade de saúde da rede municipal, no horário normal de atendimento (para ver o endereço de cada uma delas, basta acessar o site da prefeitura). Não se esqueça de levar a carteira de vacinação da criança, mas fique atento: os CMMUS não fazem esse trabalho. Nas cidades do interior, cada secretaria municipal ficou responsável por definir um cronograma e os locais de vacinação.
Até quando?
Não há uma previsão de quando será encerrada a campanha para crianças. Em princípio, enquanto houver doses disponíveis, deve ser feita a aplicação, mas é importante que os pais não deixem para a última hora para que a imunização seja feita o quanto antes.
Imunização
Você conseguiu vacinar seu filho contra a gripe A na rede pública de saúde?
Ontem, a Sesa confirmou que a vacinação desse novo público será estendida para todas as cidades do interior. O cronograma com as datas e os locais de aplicação das vacinas deve ser divulgado pelas secretarias municipais nos próximos dias. “Estamos priorizando esse grupo porque é uma parte vulnerável à doença e em quem as complicações tendem a inspirar muito mais cuidado”, diz o superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Sezifredo Paz. Por enquanto, não há prazo para o encerramento da vacinação.
Ele esclarece que, neste ano, outros grupos não devem ser beneficiados pelas vacinas na rede pública. “Com essa ampliação para o público entre 2 e 5 anos incompletos, encerramos a questão da vacina para este ano. Mas pretendemos rediscutir isso com o Ministério da Saúde no ano que vem, para conseguirmos mais doses e atingirmos outros grupos”, diz.
Casos
Segundo Paz, com 139 novos casos e duas mortes registradas no estado na última semana, o Paraná teve um aumento pequeno em relação à semana anterior. “Isso indica uma tendência de queda nos registros, inclusive no número de mortes, o que esperamos que se mantenha nos próximos boletins.”
Ele atribui o menor crescimento à conscientização das pessoas quanto aos cuidados de prevenção, ao aumento do público-alvo que está recebendo as vacinas e à aplicação imediata do medicamento Tamiflu nos casos suspeitos da doença, o que agiliza o tratamento e evita complicações.
Sobre as mortes, Paz explica que elas dizem respeito a dois moradores da Região Metropolitana de Curitiba – uma em Almirante Tamandaré e outra em Araucária –, mas que os pacientes já tinham doenças pré-existentes que potencializaram a evolução da doença. “Um deles tinha tuberculose e DPOC [Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica] e o outro era portador de imunodeficiência.”
Para o superintendente, mesmo com a diminuição no número de novos registros, é importante que a população não se descuide e continue mantendo hábitos de prevenção, como preferir ambientes arejados, lavar bem as mãos e fazer uso de álcool gel. “Além da H1N1, temos a gripe sazonal, que também pode causar óbito. Nesse ano, já foram 402 casos e seis mortes por causa dela.”
Tranquilidade no 1. º dia da vacina
O balanço final do primeiro dia de imunização das crianças em Curitiba deve sair hoje, mas as unidades de saúde da cidade não registraram problemas nos atendimentos realizados ontem. A médica Ligiana Maffini, autoridade sanitária da unidade Mãe Curitibana, confirmou que o movimento aumentou, mas as filas ficaram pequenas e a espera não passava de 15 minutos. Até o meio da tarde, 65 doses tinham sido aplicadas na unidade. Um dos imunizados foi Felipe Jesmiel Leite, de 3 anos (foto). O pai, Jesmiel Leite, disse que a sogra escutou na tevê que as vacinas já estavam disponíveis.

Escolas contornam a pobreza


Ensino

Quarta-feira, 25/07/2012
Divulgação/Prefeitura de Sobral
Divulgação/Prefeitura de Sobral / A Escola Municipal Emílio Sendim é uma das 27 instituições de Sobral, no sertão do Ceará, que despontam entre as que driblaram a pobreza com o estudoA Escola Municipal Emílio Sendim é uma das 27 instituições de Sobral, no sertão do Ceará, que despontam entre as que driblaram a pobreza com o estudo
DESTAQUE

Escolas contornam a pobreza

82 instituições públicas do país despontam entre as que oferecem ensino de qualidade a alunos de baixa renda.
O Brasil ainda está distante da meta de garantir a toda criança um ensino de qualidade, mas há, dentre as mais de 40 mil escolas públicas do país, um pequeno grupo que se destaca pela excelência. São colégios que, além de figurar entre as primeiras posições de rankings educacionais, conseguem atender alunos de baixíssima renda e deixá-los com indicadores de qualidade compatíveis aos de nações desenvolvidas.
Um levantamento feito pelo economista Ernesto Martins Faria, da Fundação Lemann, em parceria com o jornal O Globo, mostra que há no país 82 estabelecimentos públicos que – mesmo aten­dendo alunos que se encontram entre os 25% mais pobres do Brasil – conseguem atingir no Ideb, principal avaliação federal de qualidade do ensino, média igual ou superior a 6 na primeira etapa do ensino fundamental (1.º a 5.º ano). A nota é considerada pelo Ministério da Educação (MEC) como o patamar de países de primeiro mundo.
Apoio de pais e de professores faz a diferença
Jorge Olavo
Situada em área rural, a escola paranaense Imaculada Conceição de Maria, da rede municipal de Rebouças, no Sudeste do estado, é a única da Região Sul do país na lista das 82 instituições que oferecem ensino de qualidade a alunos em situação de extrema pobreza. Com nota 6,4 no Ideb de 2009, a escola antecipou em uma década a meta de 6,3 pontos traçada para o município em 2019. “Ter apenas uma escola do Sul não é nenhum aspecto negativo. Esse tipo de escola que pesquisamos tem mais incidência no Norte e no Nordeste”, explica o economista Ernesto Faria, autor do estudo.
O bom desempenho da escola é creditado pela diretora da instituição, Elismara Gempka, ao envolvimento de toda a equipe pedagógica, à proximidade entre professores e famílias dos estudantes e à preocupação dos pais com o desenvolvimento dos filhos. “O mérito está no esforço de cada professor e na união de todos. Apesar de ser uma região pobre, as famílias têm estrutura e passam valores às crianças”, afirma.
Baixo rendimento escolar, faltas excessivas, mau comportamento e déficit de atenção são situações acompanhadas de perto pelos professores, que trabalham com reforço escolar em contraturno sempre que necessário. Hoje, a escola atende 115 crianças de 4 a 10 anos de cinco comunidades rurais da região.
Dê a sua opinião
Que lições essas escolas dão ao sistema de ensino brasileiro como um todo?

Para identificar esse grupo de escolas, Faria calculou um indicador do nível socioeconômico de cada estabelecimento. As 43.574 escolas públicas para as quais foi possível fazer o cálculo foram ranqueadas por dois critérios: 1) de acordo com o nível de pobreza dos estudantes e 2) pelo desempenho no Ideb. Do confronto entre os dois rankings, destacam-se colégios que ganham mais de 40 mil posições. Ou seja, trabalham com os alunos da rabeira do ranking de pobreza, mas levam-nos ao topo do aprendizado.
Acaso?
Nas estatísticas e em visitas a localidades improváveis – como o interior amazonense, a periferia de Alagoas ou o sertão do Ceará – foi possível identificar que o bom resultado não é fruto do acaso. Nessas escolas, é notável o esforço da direção e dos professores em não deixar que nenhum aluno fique para trás e de corrigir as deficiências na aprendizagem e os problemas de frequência assim que eles são detectados.
Estudos no mundo inteiro têm comprovado que o nível socioeconômico dos pais é o que mais influencia o aprendizado. Ao comparar as características das 82 escolas, Faria identificou que essas instituições conseguem cumprir uma parte muito maior do currículo previsto. Nelas, os professores relatam em maior proporção que se sentem motivados pelo diretor e que há um clima de colaboração na equipe. Os problemas de indisciplina são muito menores e há, por fim, maior zelo na tarefa de não deixar que alunos evadam ou comecem a faltar às aulas.
Para o diretor-executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, mesmo sendo raras, essas escolas demonstram que é possível dar um ensino de qualidade para crianças mais pobres. “Precisamos escolher se vamos tratar a educação pública como ferramenta que mantém as desigualdades ou que ajuda a compensá-las. O exemplo dessas escolas prova que isso é possível”, afirma Mizne.
Ser possível, no entanto, não significa ser simples. Para o pesquisador Francisco Soares, da Universidade Fede­ral de Minas Gerais, autor de vários estudos sobre escolas eficazes, a dificuldade enfrentada por colégios com alunos de baixo nível socioeconômico é que, além da desvantagem por atender filhos de pais menos escolarizados, essa condição vem às vezes associada a problemas como a violência dentro e fora de casa.
Rede de ensino
Cidade cearense tem 27 instituições com bom desempenho
A cidade sertaneja de Sobral (CE) se destaca por ter a rede escolar municipal com o melhor Ideb do Nordeste. Além disso, das 82 escolas do país que contornam a pobreza e garantem aprendizado de primeiro mundo aos alunos, 27 são de lá. Esse dado mostra que a oferta de uma educação de qualidade não se restringe a casos isolados. É possível que isso ocorra em um grupo inteiro de escolas.
A partir da adoção de uma série de políticas públicas, o município conseguiu zerar o índice de evasão escolar, praticamente acabar com a defasagem idade-série e fazer o porcentual de crianças que não sabiam ler e escrever cair de 48% para 3%. A uniformidade nos resultados da rede pode ser vista até em escolas rurais, que costumam ter, em todo o país, indicadores educacionais muito piores.
Investimento
Segundo o secretário municipal de Educação, Júlio César Alexandre, não são os recursos que explicam o bom resultado de Sobral. O município destina ao setor 26% de suas receitas, um ponto porcentual acima do mínimo constitucional. Além de abolir as indicações políticas para cargos de direção, o município se esforçou para acabar com salas multisseriadas, oferecer qualificação aos professores – que têm reajuste salarial 5% superior ao das demais categorias – e reconheceu financeiramente os docentes com turmas que se destacam em avaliações mensais.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Castigo físico reproduz ciclo da violência


Vida e Cidadania

Terça-feira, 24/07/2012
 /
INFÂNCIA

Castigo físico reproduz ciclo da violência

Estudo da Universidade de São Paulo conclui que pessoas que apanharam dos pais quando crianças tendem a também bater nos filhos.
Cerca de 70,5% dos adultos que apanharam dos pais na infância tendem a reproduzir o comportamento com seus próprios filhos. A conclusão é de uma pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP), divulgada no mês passado. A “violência socialmente aprendida” – abordagem defendida no estudo – demonstra que o cumprimento de leis de proteção da infância, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a chamada Lei da Palmada, em discussão no Congresso, se torna mais difícil no contexto da cultura dos castigos físicos.
A Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar sobre Atitudes, Normas Cul­turais e Valores em Rela­ção à Violação de Direitos Humanos e Violência foi realizada em 11 capitais brasileiras (Curitiba não foi inserida). O estudo foi realizado pela primeira vez em 1999 e repetido em 2010.
Decisão
Justiça condena pai que deu “cintadas” na filha a dois anos de prisão
Fabiula Wurmeister, da sucursal
Um pai de Foz do Iguaçu foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) a uma pena de dois anos e 20 dias de prisão, em regime aberto, por ter batido na filha, na época com 10 anos, com uma cinta. Ismael Vieira Dias foi acusado pela ex-mulher e mãe da menina de maus-tratos, crime previsto no artigo 136 do Código Penal.
A surra, dada em 2010 para forçar a garota a fazer as tarefas escolares, teria provocado ferimentos leves, o que levou a mãe a denunciar o caso na tentativa de reverter o acordo sobre a guarda da criança. “Ficou comprovado que o acusado, ao dolosamente desferir ‘cintadas’ na vítima que estava sob sua guarda, expôs sua saúde a perigo, abusando dos meios de correção e disciplina”, concluiu o juiz substituto da 1ª Câmara Criminal do TJ-PR, Naor de Macedo Neto.
Dias reconhece que apanhou dos pais na infância, mas garante que foi a primeira e única vez que bateu na filha. Ele explica que já havia sido chamado três vezes à escola onde ela estudava, por causa de atos de vandalismo e por ela ter desobedecido algumas regras, como o uso de celular em sala de aula. “Quando as reclamações chegaram, comecei a tirar algumas regalias dela, como o computador e assistir televisão até tarde. Em vez de melhorar, ela piorou, foi quando perdi o controle”, afirma ele, que também é pai de um menino de 3 anos.
Afastamento
Dias diz que continua vendo a filha a cada 15 dias, mas que a relação dos dois ficou abalada. “Tudo isso [a ação judicial] acabou me afastando da minha filha e perdi toda a autoridade sobre ela”, lamenta, antes de afirmar que não se arrepende de ter tentado corrigi-la. “Eu passei por essa situação [apanhar dos pais] e não julgo ninguém por isso. Para mim serviu como lição e hoje me sinto bem por meu pai não ter passado a mão na minha cabeça.”
Dê sua opinião
Você apanhou quando era criança? Usa a palmada ou outro tipo de castigo físico para educar o seu filho? Por quê?

Disque 100
é o canal de denúncia 24 horas sobre maus-tratos contra crianças e adolescentes da Secretaria de Direitos Humanos. O serviço atendeu a 34.138 ligações de todo o Brasil, entre janeiro e abril deste ano. O número é 71,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. No Paraná, o crescimento foi maior: 1.464 denúncias, 84,2% a mais que nos primeiros quatro meses de 2011.
Em 11 anos, a parcela de adultos que apanharam dos pais caiu de 79,6%, em 1999 para 70,5%, em 2010. Segundo Renato Alves, um dos pesquisadores do NEV, o dado ainda não é suficiente para atestar que há uma tendência de queda na prática de castigos físicos pelos pais, mas é possível identificar que a violência contra a criança é mais criticada pela sociedade atual. “Hoje, ver um pai batendo em um filho na rua causa repulsa. Há um controle social maior”, afirma.
Alves diz que bater no filho não é algo obrigatoriamente ligado ao fato de o adulto ter apanhado quando era criança, mas ressalta que há uma tendência em se repetir o gesto. Assim, pais que não apanharam na infância têm menos probabilidade de bater nos filhos diante de uma desobediência.
A pesquisa também avaliou a percepção dos adultos quando os filhos se envolvem em brigas na escola. A reação mais comum entre os pesquisados é orientar os filhos a procurar uma autoridade escolar, seja um professor ou um diretor (49,2% das respostas). Outros 5,2% orientariam os filhos a bater de volta e 15,3%, a evitar brigas, mas revidar a agressão caso fosse agredido. “Quando a criança apanha, ela cresce com a visão de que a violência é uma coisa legítima e ela acha formas de reproduzir isso primeiramente na escola”, afirma Alves.
Lei da Palmada
O Projeto de Lei 7.672 de 2010, conhecido como a Lei da Palmada, está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal e ainda não foi aprovado, mas a legislação é uma estratégia defendida pela rede “Não Bata, Eduque” para evitar a continuidade do círculo vicioso demonstrado no estudo da USP.
“Temos no Brasil uma tradição de usar o castigo físico como padrão de educação. Uma estratégia para mudar isso seria termos uma lei apropriada que garanta o direito de as crianças serem educadas sem sofrer castigo ou tratamento humilhante. Só o debate da lei faz com que as pessoas parem para pensar”, defende o secretário-executivo do Instituto Noos, Carlos Eduardo Zuma.
Joyce Pescarolo, psicóloga do Instituto de Educação para a Não Violência e professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), critica as agressões graves cometidas contra filhos, mas não tem uma posição definida com relação às palmadas. “A palmada depende do contexto, até porque não existe uma educação que não seja violenta. Tirar a televisão do seu filho como forma de repreendê-lo por algum ato, por exemplo, é uma atitude violenta para a criança”, completa.
Surras podem deixar inúmeras sequelas
Dependendo do local do corpo atingido e da força usada pelo agressor, a surra pode deixar sequelas graves e comprometer o desenvolvimento da criança e do adolescente. “Pode ocorrer a impotência funcional do órgão, cicatrizes, efeitos neurológicos, deficiência auditiva e fraturas”, explica a pediatra do Hospital Pequeno Príncipe Maria Cristina Marcelo da Silveira. O hospital é referência desde 2006 no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência.
Nos últimos dois anos, houve aumento de 13,3% nos casos de agressões atendidos no Pequeno Príncipe. Em 2010, 330 crianças e adolescentes vítimas de violência passaram pelo hospital. Em 2011, o número passou para 374, ou seja, pouco mais de um caso por dia. Conforme Cristina, 30% dos casos são de vítimas de agressão física e 70%, de abuso sexual. “Em geral, são casos de maus-tratos que mostram a negligência dos pais ou responsáveis”, diz.
Em casos extremos, a situação pode resultar em morte. No último dia 9, em Palmeira (Campos Gerais), uma mãe matou a facadas os filhos de 10 e 7 anos. O Conselho Tutelar do município já havia registrado, em 2007, uma denúncia de maus-tratos contra ela, mas a mãe permanecia com a guarda das crianças.
Os casos atendidos no Pequeno Príncipe são encaminhados à Polícia Civil e ao Conselho Tutelar.

Frango do Paraná dá nova ‘revoada’


Jonathan Campos/Gazeta do Povo / Com 18 mil criadores ligados a 39 indústrias, rede vendeu mais de US$ 1 bilhão ao mercado externo no primeiro semestre de 2012, valor recorde para o períodoCom 18 mil criadores ligados a 39 indústrias, rede vendeu mais de US$ 1 bilhão ao mercado externo no primeiro semestre de 2012, valor recorde para o período
EXPEDIÇÃO AVICULTURA

Frango do Paraná dá nova ‘revoada’

Na contramão da tendência nacional, Paraná amplia exportações de carne e se consolida como líder nacional no segmento avícola.
Num ano em que o Brasil perde espaço no mercado internacional, o Paraná amplia suas exportações de carne de frango e se consolida como líder nacional no segmento avícola. Enfrentando forte competição dos Estados Unidos, o país viu seus embarques recuarem 2% no primeiro semestre de 2012, para 1,9 milhão de toneladas. Na contramão, o estado exportou 13% mais e concentrou quase um terço dos negócios firmados pelo país com o mercado externo no período.
Com 563,5 mil toneladas de carne de frango exportadas entre janeiro e junho, o Paraná abriu ampla vantagem sobre o seu principal concorrente, Santa Catarina. O estado vizinho, que nesta mesma época do ano passado encabeçava o ranking brasileiro de exportação, viu seus embarques encolherem 8% em 2012, para 478,4 mil toneladas – 85 mil toneladas a menos que o Paraná.
Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Jonathan Campos/Gazeta do Povo / “Setenta por cento do faturamento do município vêm do campo e, desse total, setenta por cento vêm da cadeia das aves.” - <b>Luiz Fernando Tonon</b>, secretário da Agricultura de Piraí do Sul, polo de criação de frangos no estadoAmpliar imagem
“Setenta por cento do faturamento do município vêm do campo e, desse total, setenta por cento vêm da cadeia das aves.” - Luiz Fernando Tonon, secretário da Agricultura de Piraí do Sul, polo de criação de frangos no estado
Competitividade
Com custos em alta, setor teme desaceleração no segundo semestre
Depois de encerrar o primeiro semestre com resultado recorde, o Paraná deve diminuir o ritmo de expansão da avicultura na segunda metade do ano. A previsão é do presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas (Sindiavipar), Domingos Martins. “Vínhamos crescendo a taxas chinesas, que agora se tornam insustentáveis diante de custos de produção”.
A alta do milho e do farelo de soja, principais insumos usados na produção de frango, esmaga as margens do setor e obriga a indústria a reduzir o alojamento. Desde o início do ano, as cotações do milho subiram 26% e a soja avançou 76% no Paraná, enquanto os preços da carne de frango permanecem estagnados desde dezembro.
Levantamento da Jox mostra que essa disparidade diminuiu o poder de compra da indústria avícola: uma tonelada de carne de frango vale 3,3 toneladas de milho ou 1,4 tonelada de farelo de soja e, um ano atrás, pagava 3,6 toneladas de milho ou 3 toneladas de farelo. O recuo foi de 11% e 53%, respectivamente. Segundo Martins, a avicultura está em linha com o PIB, que, conforme o Banco Central, deve avançar 1,9% neste ano.
Número
3,8 milhões de cabeças/dia foram abatidas no Paraná no ano passado.

  • O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, atribui o avanço paranaense a uma série de fatores, como o crescimento do número de avicultores e de abatedouros, quase todos habilitados à exportação, e à disponibilidade de matéria-prima. “O Paraná é privilegiado. Somos os maiores produtores de grãos do país e, tendo soja e milho à vontade como nós temos aqui, é mais fácil fazer frango”, observa.
Hoje, o Paraná tem mais de 18 mil avicultores integrados a 42 indústrias, entre abatedouros e incubatórios. Essas empresas são as responsáveis pela produção anual de mais de um bilhão de cabeças de frango – quase 4 milhões de aves por dia. As 28 indústrias paranaenses habilitadas para exportação vendem todos os anos mais de 1 bilhão de toneladas de carne de frango para 130 países dos cinco continentes, injetando na economia do estado mais de US$ 2 bilhões.
Todo o frango produzido no Paraná vem das granjas de matrizes espalhadas pelo estado.
Além de gerar receita, essas indústrias também têm um papel muito importante na distribuição da renda. “Não existe outro setor dentro do agronegócio que empregue tanto quanto a avicultura”, sustenta Martins. De acordo com o Sindiavipar, a cadeia avícola paranaense gera atualmente 50 mil postos de trabalho diretos e 500 mil empregos indiretos.
Dinâmica, a atividade ocupa posição de destaque nas pequenas economias regionais. É o caso de Piraí do Sul. Dono do maior plantel de aves dos Campos Gerais paranaenses, o município tem aproximadamente metade de sua renda proveniente da avicultura. “Setenta por cento do faturamento do município vêm do campo e, desse total, setenta por cento vêm da cadeia das aves”, calcula o secretário da Agricultura de Piraí, Luiz Fernando Tonon.
Especializado na criação de frango inteiro tipo griller, o município tem 100% da sua produção direcionada à exportação a um dos principais mercados importadores do produto brasileiro, o Oriente Médio. Segundo o secretário, são cerca de 200 avicultores que produzem aproximadamente 50 milhões de frangos por ano.
“Hoje está sendo muito bom para nós, mas no longo prazo essa dependência é preocupante. Se a BRFoods fechar, Piraí quebra. Precisamos buscar alternativas de diversificação”, defende o secretário. Leite, ovinos, morango, mandioca e peixes estão entre as opções promovidas pelo Projeto Piraí Rural, lançado pela prefeitura no ano passado.
Roteiro
Projeto percorre das granjas do interior ao Porto de Paranaguá
Das granjas do interior até o Porto de Paranaguá, a Expedição Avicultura 2012/2022 vai percorrer, nas próximas semanas, os caminhos que a produção paranaense faz para ganhar o mundo e chegar aos mais exigentes mercados importadores. Com o know-how e a capilaridade da Expedição Safra, realizada há seis temporadas, uma equipe de técnicos e jornalistas iniciou na semana passada um roteiro pelos principais polos avícolas do Paraná. A sondagem começou pelos Campos Gerais e segue pelas regiões Sudoeste, Oeste, Noroeste e Norte, além dos portos de Paranaguá e Antonina.
A partir do Paraná, a Expedição vai discutir o futuro da avicultura brasileira e o impacto do segmento nas economias regionais brasileiras, do produtor ao consumidor, dentro e fora da porteira. O levantamento será técnico-jornalístico e o pano de fundo é o desenvolvimento econômico e social do Paraná, da Região Sul e do Brasil.
Uma iniciativa do Agronegócio Gazeta do Povo, o projeto conta com o oferecimento do Grupo Unifrango e apoio técnico do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindivipar).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Centro poliesportivo é engolido por cratera


Osmar Nunes/ Gazeta do Povo / A prefeitura de Umuarama diz que precisa de R$ 2 milhões para consertar os estragosA prefeitura de Umuarama diz que precisa de R$ 2 milhões para consertar os estragos
DESPERDÍCIO

Centro poliesportivo é engolido por cratera

Obra custou R$ 2,5 milhões, mas foi destruída pela erosão. Estádio nunca sediou um jogo profissional.
O que era para ser a redenção numa região engolida pela erosão em Umuarama, no Noroeste do Paraná, acabou se transformando em dor de cabeça para os moradores e prejuízos para o município. O buracão deu lugar ao Centro Poliesportivo de Umuarama. A obra, orçada em R$ 2,5 milhões, começou em 2002, foi entregue há cinco anos, mas nem foi inaugurada e voltou a ser engolida pela erosão. O Ministério Público abriu investigação e a prefeitura diz que precisa de R$ 2 milhões para consertar os estragos.
Localizada num fundo de vale, a erosão ameaçava casas e empresas instaladas na margem da avenida Parigot de Souza e no Jardim Colibri. Dentro dela brotavam nascentes que formam o Rio Pinhalzinho. O promotor do Meio Ambiente Mar­­cos Falleiros solicitou cópias da licença ambiental e quer saber se foi feito, na época, o Estudo de Impacto Ambiental. Na avaliação dele, por ser uma área de manancial e de preservação permanente, não deveriam ser permitidas edificações.
Inacabado
Prefeitura não entregou nem metade do previsto
O centro foi planejado para ser a maior praça esportiva de Umuarama e região. Além do es­­tádio com arquibancadas cobertas, cabines para a imprensa e capacidade para 10 mil pes­­soas, o local teria um ginásio de esportes, pistas de atletis­­mo, piscina olímpica, quadras co­­bertas, pista de skate, campo de bocha e par­­que de diversão. Nem a metade das obras previstas, entre­­tanto, foi realizada. E o que foi cons­­truído está sendo destruído.
O estádio ficou sem a arquibancada coberta e a iluminação. Não tem bancos para reservas e os vestiários não apresentam túnel nem corredor para separar as duas equipes. Os portões estão danificados e abertos aos usuários de drogas. Do lado de fora, o cenário é assustador à noite e durante o dia poucos se arriscam a permanecer no local.
A prefeitura informou que foram gastos em torno de R$ 2,5 milhões na construção, a partir de recursos dos ministérios do Transporte e do Desenvolvimento Urbano, com a contrapartida de 20% do município.
Algumas nascentes e as galerias pluviais foram canalizadas. Segundo o agrônomo Antonio Carlos Fávaro, na época a tubulação comportava as águas das chuvas, mas, de três anos para cá, o aumento no número de construções em bairros acima da obra e as chuvas mais fortes triplicaram o volume das enxurradas e a tubulação não suportou o aumento. Além disso, brotaram mais nascentes sob o aterro e os tubos enferrujaram e cederam. Hoje as crateras tomam conta do estádio, que não chegou a sediar nenhum jogo profissional.
O secretário municipal de Obras, Issamu Oshima, afirma que a ampliação do tamanho das galerias, com drenagem para as nascentes, resolve o problema. Mas a administração municipal alega não dispor do dinheiro necessário para o conserto e já encaminhou projeto pedindo nova ajuda ao governo federal.
Embargo
O promotor Marcos Fallei­­ros avisou que vai embargar a reforma da obra, caso não seja apresentado o Estudo de Impacto Ambiental. Ele recebeu na semana passada estudo de formandos do curso de Controle Ambiental do Instituto Federal do Paraná revelando que a volta da erosão na nascente está assoreando ainda mais o Córrego Pinhalzinho, assim como a poluição provocada pelos despejos industriais nas galerias. Falleiros abriu um procedimento administrativo e disse que vai responsabilizar quem cometeu o erro no planejamento e na execução do complexo.
De acordo com o deputado estadual Fernando Scanavaca, que era prefeito da cidade quando a obra começou, o projeto era perfeito, mas a falta de manutenção o comprometeu. Ele também atribui o problema à falta de galerias em alguns conjuntos habitacionais que surgiram 

Com salários atrasados, médicos do Hospital Evangélico ameaçam greve


Corpo clínico do hospital se reúne na terça-feira (24) com a Secretaria Municipal de Saúde para tentar chegar a um consenso quanto aos atrasos.

Com salários atrasados há mais de cinco meses, médicos do Hospital Evangélico de Curitiba se reúnem, na terça-feira (24), com a Secretaria Municipal de Saúde, para discutir os repasses da prefeitura à unidade. Segundo o diretor clínico do hospital, José Luiz Takaki, o encontro pode ser a última tentativa de consenso. Caso não haja acordo, os médicos devem adotar medidas mais severas para forçar o atendimento. “Os médicos não aguentam mais. Se não houver um aporte de dinheiro, vamos paralisar de vez o atendimento”, afirmou Takaki.
De acordo com o diretor do Evangélico, médicos que atuam com pacientes em internação não recebem os salários há cinco meses. Os que atendem em ambulatório estão com os vencimentos atrasados há seis meses. “Não há condições de trabalhar sem receber”, resumiu Takaki. Apesar da efervescência na categoria, a negociação tem sido feita pelos próprios médicos, sem a intervenção de sindicatos ou do Conselho Regional de Medicina.
Os médicos informaram que no mês passado eles receberam a remuneração referente a novembro de 2011 e janeiro de 2012. Os salários de fevereiro, março, abril, maio e junho estão atrasados. Os profissionais não são contratados da instituição, eles trabalham como prestadores de serviços e recebem conforme produção. Na semana passada, o corpo clínico do Hospital Evangélico chegou a fazer uma paralisação de 48 horas. Apenas casos considerados urgentes foram atendidos.
Na sexta-feira (20), a Secretaria de Saúde de Curitiba antecipou o repasse de dinheiro ao Evangélico para auxiliar no pagamento de salário dos médicos. A pasta também aguarda a liberação de mais um recurso – chamado “Porta de Entrada” – do Ministério da Saúde para auxiliar a manutenção do hospital. Segundo a Secretaria, os repasses estão em dia e são estabelecidos conforme uma tabela nacional, estipulada pelo Ministério da Saúde.

Professores de universidades estaduais ameaçam greve


Governo ainda não enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei que equipara salário de docentes aos dos técnicos administrativos.

Sindicatos dos professores das universidades estaduais do Paraná realizam assembleias nesta e na próxima semana para decidir por uma paralisação em 16 de agosto. A categoria está descontente com a demora do governo estadual em enviar à Assembleia Legislativa a proposta de equiparação salarial prometida em março deste ano. O projeto de lei que trata do assunto está parado na Secretaria da Fazenda do Estado. Os professores ameaçam entrar em greve em setembro caso o documento não seja tramitado.

“Se o governo não enviar o texto para a Assembleia, não teremos outra alternativa do que a greve”, afirmou Nilson Magagnin Filho, presidente do Sindiprol/Aduel, sindicato que representa os professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Desde o ano passado, os professores discutem com o governo estadual a alteração do plano de carreira visando a equiparação salarial com técnicos administrativos com a mesma formação. Hoje um professor auxiliar recebe R$ 1.808,82, enquanto que um técnico ganha R$ 2.382,77. Em março, o governo aceitou fazer a equiparação em três parcelas, sendo que a primeira seria paga em outubro desde ano.
Segundo os sindicatos, devem participar da mobilização profissionais da UEL, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) e duas das unidades da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea) e a Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (Fecilcam).

Número de casos de gripe A aumentam 18,2% em uma semana no PR


Em relação à semana anterior, duas pessoas morreram e foram feitos 139 novos registros da doença. No total, o estado já contabiliza 899 pacientes e 25 mortes.

O número de casos registrados de gripe H1N1 no Paraná aumentou 18,2% na última semana. É o que revela o boletim informativo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Segundo o relatório, o estado registrou 139 novos casos e duas mortes em decorrência da gripe A entre os dias 14 e 20 de julho. No total, o Paraná já contabilizou 899 casos e 25 mortes devido à doença.
Cidades onde foram registrados óbitos
Almirante Tamandaré - 1 óbito
Araucária - 1 óbito
Matinhos – 1 óbito
Curitiba – 4 óbitos
Pinhais – 1 óbito
Piraquara – 1 óbito
Quintandinha – 1 óbito
São José dos Pinhais – 3 óbitos
Fazenda Rio Grande – 1 óbito
Ponta Grossa – 1 óbito
Irati – 1 óbito
São Mateus do Sul – 1 óbito
Dois Vizinhos – 1 óbito
Capitão Leônidas Marques – 1 óbito
Astorga – 1 óbito
Apucarana – 1 óbito
Londrina - 1 óbito
Cornélio Procópio - 1 óbito
Santo Antonio da Platina - 1 óbito
Tibagi - 1 óbito
* fonte: Sesa
Os números mostram uma queda na notificação de casos novos em relação à semana anterior, quando foram identificados 172 novos pacientes com o problema. As mortes também caíram em uma semana: de cinco para dois óbitos registrados.
Em relação às duas mortes apresentadas no boletim atual, a Sesa descarta falhas no atendimento e argumenta que “ambos os pacientes tinham outras doenças pré-existentes e não responderam ao tratamento”.
Tira-dúvidas

Saiba um pouco mais sobre transmissão e prevenção à gripe A, segundo especialistas consultados:
Como a gripe A é transmitida?
O vírus H1N1 é transmitido facilmente por meio da emissão de gotículas pela tosse ou espirro da pessoa contaminada. Dessa forma, o vírus pode circular pelo ar ou ficar em objetos.
Como prevenir a doença?
Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool gel; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; manter os ambientes sempre bem ventilados; evitar aglomerações. O uso do álcool em gel não dispensa a lavagem das mãos com água e sabão.
Quais os sintomas da gripe A?
Febre acima de 38°, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, dor de garganta.
O que fazer ao detectar os sintomas?
Não se automedicar e procurar imediatamente atendimento médico no sistema de saúde.
A gripe A mata mais do que outras gripes?
Qualquer gripe pode matar se não houver o tratamento adequado. Porém o H1N1 agrava o quadro da vítima mais rapidamente e suas complicações, como a pneumonia viral ou doenças preexistentes, podem levar à morte.
Existe vacina contra gripe A disponível na rede pública de saúde?
Não, somente em laboratórios privados. A campanha de vacinação se encerrou no dia 6 de junho e abrangeu somente o chamado grupo de risco, que inclui pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, crianças que entre seis meses e dois anos, gestantes e indígenas.
Todos podem tomar a vacina?
Sim. Não há contraindicação para a vacina, que pode ser tomada mesmo se a pessoa estiver gripada ou resfriada.
Quem tomou vacina no ano passado precisa tomar de novo?
Sim. Em média o tempo de imunização é de seis meses.