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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Justiça proíbe mulher de Cachoeira de falar com investigados


Andressa Mendonça foi detida na manhã desta segunda-feira e não poderá conversar com investigados da Operação Monte Carlo. Ela teria tentado subornar juiz federal.

A mulher do empresário Carlinhos CachoeiraAndressa Mendonça, está proibida de entrar em contato com qualquer pessoa investigada na Operação Monte Carlo, o que inclui o próprio marido, preso em fevereiro pela Polícia Federal.
Ao todo, 81 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal à Justiça como supostos integrantes do esquema articulado pelo empresário.
Andressa ainda terá de pagar R$ 100 mil a título de fiança. A determinação faz parte de medida cautelar expedida pelo juiz federal Mark Yshida, também responsável pelo mandado de condução coercitiva de Andressa à PF e de busca e apreensão realizados na manhã desta segunda-feira (30) em Goiânia.
O mandado foi expedido no domingo (29), motivado por suposta "oferta de vantagem indevida" por parte de Andressa ao juiz federal Alderico Rocha, com a intenção de que Cachoeira fosse beneficiado na ação penal.
Segundo o delegado federal Sandro Paes Sandre, Andressa teria ido até o gabinete de Alderico Rocha na sexta-feira (27). "Ele [o juiz] relatou o acontecimento ao Ministério Público Federal, que entendeu ser necessário a ordem de busca e apreensão e a condução coercitiva".
A ação comandada pelo delegado Sandre começou às 7h e teve a participação de cinco policiais federais. Andressa estava em uma casa no condomínio Alphaville.
Cachoeira foi preso no mesmo condomínio, mas em outra casa, que pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo.
Segundo o delegado, Andressa ainda estava dormindo e "ficou surpresa". Ela estava sozinha.
Na casa - que é alugada, segundo relatos de Andressa ao delegado -, foram apreendidos dois computadores, dois iPads, um aparelho celular e documentos manuscritos.
Pela manhã Andressa foi ouvida pelo delegado Raul Alexandre Marques. Por volta das 12h10, o advogado identificado como Arinilson Mariano deixou a sede da PF com a bolsa de Andressa.
Cinco minutos depois, Andressa deixou o prédio e, assim como o advogado, entrou no carro sem falar com os jornalistas.
O delegado Sandre informou que o juiz concedeu prazo de três dias para Andressa realizar o depósito do valor estipulado como fiança. Sandre explica que a exigência é permitida com base na nova lei de fianças, com a alteração do Código de Processo Penal.
Se Andressa não cumprir as determinações judiciais poderá ter a prisão preventiva decretada. O mandado de caráter impeditivo, que proíbe o contato dela com investigados na Monte Carlo, permanece.
Ameaças
O juiz Alderico Santos assumiu o caso depois que o titular da ação, Paulo Augusto Moreira Lima, pediu para ser substituído.
Lima, responsável pela Operação Monte Carlo e que determinou a prisão de Cachoeira no fim de fevereiro, pediu para deixar o processo após relatar ter sofrido ameaças.
"É de gravidade qualificada. Não se pode ameaçar, do ponto de vista da integridade física, moral ou psicológica, nenhum julgador e sua família. Diante da gravidade incomum dos fatos, a corregedora nacional de Justiça está à frente da apuração dos fatos", afirmou o juiz em ofício.
O primeiro substituto, Leão Aparecido Alves, não assumiu por razões de foro íntimo, por ter relação próxima com um dos denunciados.
José Olímpio de Queiroga Neto, um dos presos, acusado de comandar exploração de jogos ilegais no entorno do Distrito Federal, foi padrinho de casamento de Leão, quando o juiz atuava como advogado em Brasília.
Andressa diz que iria se casar com Cachoeira quando ele foi preso durante a Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro deste ano.
Em entrevista à Folha em abril, disse que o "noivo" se considera um preso político e que teria muito a falar, o que ainda não aconteceu.
Em sessão da CPI que investiga o caso, Andressa chamou a atenção pela beleza e por exibir roupas de marcas famosas, sendo chamada de "musa da CPI".
Ela foi convocada para prestar depoimento a deputados e senadores da comissão no próximo dia 7 de agosto.

domingo, 29 de julho de 2012

"Enquanto isso, na sala de Justiça..."


Rudney Victor/STF
Rudney Victor/STF /
CONSEQUÊNCIAS

Julgamento do mensalão no STF não será o último capítulo do caso

Dependendo da sentença dos ministros do Supremo, personagens envolvidos no caso podem ganhar ou perder capital político.

O desfecho de um dos maiores escândalos políticos da história do Brasil começa na quinta-feira. O julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, no entanto, não será o último capítulo para os principais envolvidos direta e indiretamente no caso. A interpretação final dos ministros do Supremo vai desencadear consequências políticas e eleitorais de curto, médio e longo prazo, que podem variar da reabilitação de personagens como o ex-ministro José Dirceu ao desgaste da imagem do ex-presidente Lula.
Opinião
O Mensalão e a abertura do olhar
Fábio André Guaragni. Promotor de Justiça do Paraná, doutor e mestre em Direito das Relações Sociais pela UFPR
Avizinha-se o julgamento do mensalão. Embora sejam quase quarenta réus, os olhares estão concentrados sobre os políticos. Claro: sobre eles, pelos cargos e funções que desempenhavam, recaia o dever de que respeitassem a res publica, a coisa pública. Todavia, a mirada deve ir além. Dentre os réus, há dirigentes de bancos. O que queriam? Segundo a denúncia, extrair proveito da coisa pública. A denúncia afirma, por exemplo, que o BMG, em troca da cumplicidade, foi brindado com a autorização para conceder empréstimos para aposentados e pensionistas do INSS, obtendo lucros expressivos. A se confirmarem os fatos no julgamento do mensalão, será possível concluir pela necessidade de monitorar continuamente as atividades de bancos e financeiras, tanto quanto de políticos? É dado especular se (e quanto) interessa a um banco movimentar recursos de procedência ou destinação ilícita, desde que vultosos? E se efetivamente fazem parte de suas metas esforços para identificar o emprego ilícito deles?
E os empresários capitaneados por Marcos Valério, sócios em agências de publicidade, o que queriam? Em troca de fazerem a “ponte” para pagamento dos políticos, obtiveram lucros em prejuízo da coisa publica. Vencerem contratos resultantes de licitações dirigidas. É a afirmação da denúncia. Há um toque professoral no trecho do depoimento de Marcos Valério: “Quando indagado sobre eventuais direcionamentos nessas licitações que vem ganhando sucessivamente (...) esclarece que a atuação da sua agência não difere em nada dos outros grandes contratos do governo federal atual ou passado, como, por exemplo, os contratos com as agências Olgvy-SP; DM9-SP; Bagg-BA; Propeg-BA; FNASCA-SP; Duda Mendonça, Lew, Lara, Fisher América (...) Que, a atuação na área de publicidade de um modo geral envolve a submissão a interesses políticos, sem o que as empresas não sobrevivem nesse mercado...” (denúncia, nota 64). O magistério está na revelação de como se dão as relações entre agências de publicidade e aparelho de estado. Confirmando-se os fatos no julgamento, a atividade das agências de publicidade junto ao Estado deve ser transformada em objeto de fiscalização cotidiana? Pautar o jornalismo investigativo, tanto quanto a atuação dos políticos?
Onde os corruptos proliferam de modo endêmico, os corruptores também proliferam. Uns não existem sem os outros. E a endemia da corrupção dá-lhes perpetuidade. O mensalão tem algo de pedagógico: permitirá à nação abrir o olhar. Treiná-lo, para que monitore não só o político ocupante de cargos governamentais que despreza a coisa pública, mas também os setores da iniciativa privada que a tomam de assalto como parte do negócio. Se de todos é a res publica, a atitude republicana impõe-se também a todos.
“Não há dúvidas de que uma possível absolvição dos ex-dirigentes do partido vai fortalecer um setor importante do PT que foi atropelado no governo Dilma”, diz o cientista político do Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo (Insper) Carlos Melo. O professor chama esse grupo de “burocracia interna” da legenda, que perdeu espaço em Brasília a partir do segundo mandato de Lula. “Se você pegar os atuais ministros influentes, vai ver que são nomes que começaram a se destacar após o mensalão”, completa ele, citando Guido Mantega (Fazenda), Alexandre Padilha (Saúde) e Paulo Bernardo (Comunicações).
Melo diz que a corrente “burocrata” é forte nas discussões internas. “Vale lembrar que eles conseguiram emplacar Rui Falcão como presidente do partido.” Com a absolvição de José Dirceu, que é acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha e pode ser condenado a até 111 anos de prisão, o grupo voltaria a ter uma referência com potencial eleitoral.
Mesmo sem envolvimento direto no julgamento, Lula também pode ganhar ou perder capital político de acordo com as sentenças. O cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Valdir Pucci vê mais oportunidades favoráveis do que contra o ex-presidente. “Não acho que o caso vai colar negativamente nele, como não colou antes. Agora, se a tese dele de que o mensalão não existiu prevalecer perante os ministros, será uma vitória política importantíssima.”
Tanto Melo quanto Pucci concordam que Dilma não deve sofrer danos de imagem qualquer que seja a decisão do Supremo. Já a oposição poderia se fortalecer com a discussão sobre a conduta ética do PT. “Assim como o PSDB ficou marcado pelas privatizações, o mensalão é uma ‘grife’ dos petistas”, ressalta Melo.
Já Pucci destaca a inabilidade do PSDB, DEM e PPS de tirar proveito da situação. “No passado, a oposição não soube tratar direito o mensalão. O pior é que continua não sabendo agora e não dá demonstrações de que vai aprender no futuro.”
Apesar disso, setores do PT demonstram cada vez mais receios sobre os efeitos de curto prazo do julgamento nas campanhas municipais. Na semana que passou, coordenadores jurídicos do partido em São Paulo encaminharam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido formal para que o julgamento seja adiado. Em abril, o ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que Lula teria defendido a mesma proposta – o que é negado pelo ex-presidente.
“O calendário de quando julgar qualquer um de seus processos cabe ao STF. Agora, a suprema corte de qualquer país evitaria tratar de um caso desses em período eleitoral”, disse o deputado federal paranaense André Vargas, que é secretário nacional de comunicação do PT. Por outro lado, ele não acredita em grandes estragos. “Essa é uma agenda vazia: a oposição tentou usá-la nas eleições de 2006, 2008 e 2010 e não obteve sucesso.”

Fora da final, Brasil encerra carreira olímpica de Daiane dos Santos


Mike Blake/ Reuters / Daniele Hypólito sai decepcionada da sua apresentação de soloDaniele Hypólito sai decepcionada da sua apresentação de solo
LONDRES-2012

Fora da final, Brasil encerra carreira olímpica de Daiane dos Santos

Ex-campeã mundial de solo teve a melhor apresentação entre as brasileiras. Quedas comprometeram desempenho da equipe.
A ginástica feminina do Brasil teve uma participação melancólica nos Jogos Olímpicos de Londres. Tanto na disputa por equipes quanto na individual as ginastas não conseguiram classificação para as finais. A única esperança, remota, é no individual geral. O resultado determina o fim sem medalhas da carreira olímpica de Daiane dos Santos.
Campeã mundial de solo em 2003, Daiane teve o melhor desempenho entre as brasileiras neste domingo (29). No solo, ela fez 14.166, alimentando a esperança de chegar à sua terceira final olímpica. Tanto em Atenas-2004, como favorita, como em Pequim-2008, ela teve seu desempenho na disputa por medalhas prejudicada por quedas na sua apresentação. Em Londres, sua exibição não foi suficiente para colocá-la entre as oito melhores do aparelho.
Ben Stansall/ AFP
Ben Stansall/ AFP / Em sua quarta Olimpíada, Daiane dos Santos tem a chance de disputar a terceira final no soloAmpliar imagem
Em sua quarta Olimpíada, Daiane dos Santos tem a chance de disputar a terceira final no solo
A pontuação total das brasileiras na soma dos quatro aparelhos foi 161.225, insuficiente para chegar à final. Nitidamente, a equipe sentiu as mudanças de última hora, provocadas pelos cortes de Jade Barbosa e Adrian Gomes. O desempenho ruim de algumas ginastas também ajudou para rebaixar a nota geral.
Daniele Hypólito caiu duas vezes no solo e errou na corrida para o salto. Bruno Leal, considera a ginasta mais versátil da equipe, teve um desempenho bem inferior ao de janeiro, quando foi decisiva para o Brasil se classificar para a disputa coletiva. Neste domingo, Bruna caiu na aterrissagem das barras assimétricas e se desequilibrou na trave.
Confira os resultados do Brasil por aparelhos:
Salto
Ethienne Franco: 13.566
Daiane dos Santos: 13.933
Bruna Leal: 14.066
Daniele Hypolito: 13.766
Total: 41.765
Solo
Ethienne Franco: 13.166
Bruna Leal: 13.433
Daiane dos Santos: 14.166
Daniele Hypolito: 11.900
Total: 40.765
Barras assimétricas
Daiane dos Santos: 12.966
Ethienne Franco: 12.933
Bruna Leal: 12.466
Daniele Hypolito: 12.900
Total: 38.799
Trave
Ethiene Franco: 13.000
Bruna Leal: 12.800
Daniele Hypolito: 14.166
Harumi de Freitas: 12.033
Total: 39.966

Os limites tênues das manifestações


Marcos de Mello / Ilustração /
POLÊMICA

Os limites tênues das manifestações

Protestos como greves e ocupações de prédios públicos podem ser legítimos ou não. O julgamento depende do respeito a direitos fundamentais.
Até onde vai o direito de greve? E o direito de ocupar prédios públicos? Na verdade, não existe uma regra fixa: tudo depende das circunstâncias. Há casos em que seria lícito, inclusive, usar armas. Em outros, no entanto, a manifestação de uma minoria sem representatividade seria um ato abusivo.
Depois de 17 dias ocupado, o prédio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi liberado na última sexta-feira por alunos ligados ao Comando de Greve, movimento estudantil solidário à paralisação dos professores e servidores federais. Para a sociedade que assistiu ao fato, é difícil avaliar as consequências do ato e se a ação é justificável.
Um por todos, todos por Um
A divisão entre a democracia direta e a representativa
Um detalhe interessante na ocupação da reitoria da UFPR é que o diretório Central dos estudantes (DCE) não considerou o ato legítimo por não contar, segundo o órgão, com o apoio da maioria dos alunos. Como resposta, os ocupantes do prédio dizem acreditar mais na democracia direta do que na representativa. Ou seja, valorizam mais a vontade dos alunos expressa nas votações realizadas nas assembleias do Comando de Greve, do que as decisões tomadas com os representantes do DCE eleitos pelos estudantes da instituição.
O choque é entre uma concepção rousseauniana de “soberania popular” e os princípios de um Estado Constitucional. A diferença básica entre os dois é que a soberania popular não é absoluta no segundo caso, mas segue uma série de regras predeterminadas em sociedade para defender os direitos de todos.

  • Os ocupantes alegam que a direção da UFPR não quis negociar reivindicações específicas dos discentes por melhores condições de ensino. Do outro lado, a instituição argumenta que a ocupação ocorreu durante a quinta reunião de negociação da pauta apresentada pelos alunos, interrompendo, assim, de forma unilateral, a discussão.
Sem a pretensão de dar razão a um dos lados, um pouco de filosofia política pode ajudar a analisar o fato. O Estado Democrático de Direito tenta resolver, a duras penas, vários dilemas da vida em sociedade. Instrumentos, como as leis e o sufrágio universal, procuram proteger e promover os direitos fundamentais de cada pessoa. Os parâmetros democráticos possuem a difícil tarefa de defender o pluralismo, sem cair no relativismo dos direitos fundamentais. Por exemplo, o direito de expressão não é relativo, pois, se fosse vetado a alguém, feriria o pluralismo. O mesmo se pode dizer do direito à vida, à liberdade religiosa, ao trabalho e outros previstos na Constituição.
Legitimidade
Nesse sentido, qualquer manifestação é legítima desde que não prejudique os direitos mínimos de outras pessoas. Um protesto extremo, explica Dircêo Torrecillas Ramos, presidente da Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, só é lícito quando foram esgotados os meios pacíficos. “A greve e a manifestação são direitos. Mas quem decidiu parar de trabalhar não pode interromper serviços essenciais, o que seria um abuso.”
Gustavo Bambini, professor de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), afirma ainda que outro indício da legitimidade da ocupação é ver se essa decisão conta com o apoio da maior parte dos estudantes interessados. “Tudo isso deve ser construído com consen-
so, com o apoio da classe estudantil, em assembleias nas quais apareça a vontade da maioria e não de pequenos grupos”, pondera.

Quadro de medalhas






ouro




prata




bronze




TOTAL
China64212
Estados Unidos35311
Itália2327
Coréia do Sul2125
França2114
Coréia do Norte2013
Cazaquistão2002
Austrália1113
Brasil1113
Hungria1113
11ºHolanda1102
12ºRússia1034
13ºÁfrica do Sul1001
13ºGeórgia1001
15ºJapão0235
16ºGrã-Bretanha0112
17ºColômbia0101
17ºCuba0101
17ºPolônia0101
17ºRomênia0101
17ºTaipei Chinois0101
22ºAzerbaidjão0011
22ºBélgica0011
22ºCanadá0011
22ºEslováquia0011
22ºMoldávia0011
22ºNoruega0011
22ºSerbia0011
22ºUcrânia0011
22ºUzbequistão0011

sábado, 28 de julho de 2012

CFM vai à Justiça para proibir venda de medicamentos em gôndolas


Para o presidente do Conselho Federal de Medicina, medida da Anvisa é “irresponsável” porque estimula a automedicação e coloca a população em risco.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) pretende recorrer à Justiça para tentar reverter decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que liberou a venda de medicamentos isentos de receita médica em gôndolas das farmácias. Para o presidente da entidade, Roberto Luiz d'Avila, a medida é “irresponsável” porque estimula a automedicação e coloca a população em risco.
“É um retrocesso depois de todos os argumentos que a gente tem defendido ao longo dos últimos anos sobre o uso racional dos medicamentos, essa notícia derruba todos os esforços”, disse.

A decisão da Anvisa, publicada hoje (27) no Diário Oficial da União, tomou por base um estudo da equipe técnica do órgão que concluiu que a proibição da venda de remédios nas gôndolas não contribuiu para diminuir o número de intoxicações no Brasil. O levantamento constatou também uma maior concentração de mercado e prejuízo ao direito de escolha do consumidor. Para o CFM, o estudo é pouco consistente e considerou um curto período de tempo para a análise dos resultados.
O presidente do CFM argumenta que todos os tipos de medicamento trazem algum risco, mesmo aqueles que são vendidos sem exigência de receita médica. Por isso, o conselho alerta para a necessidade de haver sempre uma orientação e prescrição para a venda. Caso contrário,. “a farmácia vira um supermercado de remédios”.
“A revogação pode induzir à automedicação e ao uso irracional de medicamentos, onerar o SUS [Sistema Único de Saúde] com o aumento de internações hospitalares evitáveis, aumentar o número de casos de intoxicações medicamentosas e banalizar o consumo de medicamentos por meio de estratégias mercadológicas de ampliação de vendas”, diz a nota divulgada pela entidade, em conjunto com o Conselho Federal de Farmácia (CFF).

Primeiro transplante de ovário do Brasil termina com sucesso


A cirurgia durou cerca de duas horas e foi comandada pelo médico Gilberto Almodin. As irmãs que partiparam do transplante passam bem, segundo a família.

Terminou com sucesso o primeiro transplante de ovário do Brasil, que ocorreu na manhã deste sábado (28), em Maringá. O procedimento durou cerca de duas horas no Hospital São Marcos e foi conduzido pelo médico e pesquisador Carlos Gilberto Almodin. Ele é conhecido por ter viabilizado a primeira gestação de mulher com menopausa do país.
Segundo Marcelo Batista, marido de Mariana Gerep de Morais, que recebeu o ovário da irmã gêmea, Elisa Gerep de Morais, a cirurgia foi tranquila. Ele disse que, por volta do meio-dia, as irmãs já haviam almoçado e caminhavam pelo quarto do hospital.

A reportagem tentou contato com o médico
Carlos Gilbeto Almodin, mas não obteve retorno.“Toda família está muito feliz. Isso [o transplante] é a esperança de uma vida nova para todos nós”, afirmou à Gazeta Maringá.
Transplante
O trabalho é resultado de uma pesquisa iniciada em 1999 para restaurar a fertilidade em mulheres com menopausa precoce decorrente de falência ovariana (seja de origem genética ou causada por tratamento quimio e/ou radioterápico). Em princípio, a técnica desenvolvida foi feita experimentalmente em ovelhas e os resultados foram apresentados em Seattle, nos Estados Unidos, em outubro de 2002.
Apesar da técnica já ter sido aplicada em vários países com sucesso, a equipe de Almodin (que também é formada pelos médicos Rafael Radaelli e Paula Almodin) nunca conseguiu fazer o transplante no Brasil por não ter acesso às pacientes.
Apesar de jovem, Mariana Gerep de Morais teve falência ovariana precoce e entrou em menopausa perdendo toda atividade hormonal e a fertilidade. Para viver normalmente, ela teria de fazer reposição hormonal e não poderia conceber filhos. Com a nova técnica, Mariana receberá parte de um dos ovários de Elisa, podendo recuperar a função hormonal e engravidar naturalmente.
Em comunicado repassado para a imprensa, Almodin explicou que apesar de ter sido aplicada com sucesso em vários países, como Bélgica, França e Estados Unidos, a técnica ainda é considerada experimental e não se pode prever com exatidão os resultados. “A maior preocupação seria de não ter como mensurar por quanto tempo o transplante funcionará”, informou em nota. O objetivo da equipe médica era transplantar parte do ovário doado e congelar outra parte para uso futuro.
Técnica premiada
A técnica ganhou o prêmio The Best Video Award – Basic Science Category no American Society for Reproductive Medicine Meeting e publicada posteriormente nos Estados Unidos e naInglaterra. Em 2004, a equipe de Almodin obteve a autorização do Ministério da Saúde para a realização do procedimento em humanos.

Diego Hypólito amarga novo fracasso olímpico


Dylan Martinez/ Reuters / Diego Hypólito caiu novamente e está eliminado dos Jogos de LondresDiego Hypólito caiu novamente e está eliminado dos Jogos de Londres
LONDRES-2012

Diego Hypólito amarga novo fracasso olímpico

Ginasta não consegue chegar à final de solo e põe em dúvida sua presença na Rio-2016.
Na sua segunda experiência olímpica, mais um fracasso. Se em Pequim-2008 Diego Hypólitodecepcionou na final do solo ao cair durante sua apresentação e ficou em sexto lugar, em Londreso ginasta nem sequer passou da fase eliminatória. Hypólito terminou em 38º e não conseguiu um lugar entre os finalistas. "Foi meu segundo fracasso olímpico", admitiu o ginasta, que novamente sofreu uma queda e teve pontuação de 13,766.
Com 26 anos, Hypólito pôs em dúvida, inclusive, sua ida aos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. "Querer eu quero, mas tem um grupo jovem chegando. Se na minha segunda Olimpíada eu não consegui nem chegar à final, não sei se não vou ficar para trás até lá", comentou.
Dylan Martinez/ Reuters
Dylan Martinez/ Reuters / Decepção estampa rosto de Hypólito após quedaAmpliar imagem
Decepção estampa rosto de Hypólito após queda
Nem mesmo o histórico de lesões foi apontado por Hypólito como causa para o desempenho ruim. Este ano, Hypólito submeteu-se à quinta cirurgia de joelho da sua carreira. "Todo atleta se machuca. Seria muita pretensão minha apontar isso como causa para o resultado", resignou-se.
Brasileiros vão para a final
O começo da ginástica artística do Brasil teve duas boas surpresas. Os dois estreantes em olimpíadas Arthur Zanetti e Sergio Sasakiconseguiram passar para as finais em duas categorias diferentes.
Sergio Sasaki, de 20 anos, passou bem pelos aparelhos, sem muitas falhas, e conseguiu 89.132 pontos na disputa individual geral. O atleta ficou em 11º lugar na classificação geral e irá disputar a final na segunda-feira (30).
Arthur Zanetti também teve uma exibição, mas em um aparelho específico: as argolas. Ele conseguiu 15.616 pontos, com o 4.º lugar, e também tentará medalha na final, que acontece no próximo domingo (6). 

Sábado rende três medalhas ao Brasil


Fotos: AFP:Franck Fife/ REUTERS:David Gray /Kim Kyung-Hoon / Medalhistas do Brasil no sábado: Sarah Menezes, Thiago Pereira e Felipe KitadaiMedalhistas do Brasil no sábado: Sarah Menezes, Thiago Pereira e Felipe Kitadai
LONDRES-2012

Sábado rende três medalhas ao Brasil

Dia que sucedeu a abertura dos Jogos foi bom para o país, que garantiu um ouro, uma prata e um bronze.
Pela primeira vez na história olímpica do Brasil, um representante do país ganhou uma medalha de ouro no dia seguinte à abertura oficial de uma Olimpíada.
Essa honra foi da judoca Sarah Menezes, campeã na categoria ligeiro (48 kg), neste sábado (28), em Londres. O país conquistou ainda uma prata com o nadador Thiago Pereira nos 400 metros medley e um bronze com o judoca Felipe Kitadai, também pela categoria ligeiro (60 kg).
As três conquistas garantiram ao Brasil a melhor estreia nas Olimpíadas desde a primeira participação do país, na Antuérpia (Bélgica), em 1920.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Brasil leva susto, mas vence Egito por 3 a 2 em estreia


Daniel Castellano / Gazeta do Povo - enviado especial / Leandro Damião marcou o segundo gol brasileiro diante do EgitoLeandro Damião marcou o segundo gol brasileiro diante do Egito
FUTEBOL MASCULINO

Brasil leva susto, mas vence Egito por 3 a 2 em estreia

Seleção chegou a abrir 3 a 0, no entanto, diminuiu o ritmo na etapa final. Mesmo assim, garantiu a vitória.
futebol masculino brasileiro não começou tão bem a Olimpíada de Londres quanto a equipe feminina, mas também venceu. O time bateu o Egito na estreia por 3 a 2, em Cardiff, no País de Gales.
Oscar, novo contratado do Chelsea, foi o melhor jogador brasileiro na partida. Ele deu duas assistências para gols ainda na primeira etapa. Leandro DamiãoRafael e Neymar marcaram para o Brasil. Apesar de ter feito o terceiro gol, Neymar teve atuação apagada.
Destaque
O primeiro tempo brasileiro foi o ponto alto do jogo. Com toques rápidos e precisos, Oscar conseguiu mostrar que o Brasil pode ter um camisa dez a altura da história da seleção brasileira. Ele joga simples e não inventa. Na segunda etapa, outro destaque apareceu. O atacante Salah, do Egito, não merece estar no banco de reservas. Ele foi o responsável pela maioria das jogadas de ataque do Egito.

  • Na próxima rodada, no domingo (29), às 11h, o Brasil enfrenta a Bielorrússia, que também venceu na estreia. O Egito joga contra a Nova Zelândia.
O jogo
O começo do jogo brasileiro, nesta quinta-feira (26), foi nervoso. O time masculino demorou para acordar no jogo, no entanto, quando acordou, aos 16’, Oscar fez bela jogada pela direita e deu um passe milimétrico para o lateral-direito Rafael, que bateu forte de perna esquerda. O camisa 10 também cruzou a bola para o paranaense Leandro Damião fazer o segundo aos 25’.
Logo depois, ainda no primeiro tempo, Neymararrancou sozinho e passou para Hulk na esquerda. O jogador do Porto devolveu de cabeça para o craque santista e ele balançou as redes egípcias. A primeira parte do jogo foi quase perfeita para o Brasil.
Queda de rendimento
O jogador Salah, do Egito, entrou no segundo tempo e deu um gás novo para o adversário brasileiro. Com a queda de rendimento, Salah caiu pelo lado direito, nas costas do lateral Marcelo. Por ali, ele criou várias jogadas. Em um bate e rebate na defesa brasileira, Aboutrika conseguiu completar para fazer o primeiro gol egípcio, aos 6' do segundo tempo.
Aos 30', Salah, em belo drible em cima do zagueiro Juan, bateu firme tirando o goleiro Neto do lance. Apesar da reação e do susto que levou aos brasileiros, a pressão egípcia não foi tão forte para chegar ao empate.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sindicato indica que professores aceitem a contraproposta do governo


No Paraná, a decisão afeta apenas o IFPR. Já a UFPR e a UTFPR dependem da Andes, que decidirá até o fim do dia se aprova a contraproposta apresentada pelo Ministério do Planejamento.

A Federação que reúne os sindicatos de professores dos Institutos Federais no Brasil, o Proifes, decidiu nesta quarta-feira (25) indicar aos professores em greve nessas instituições que aceitem aproposta do governo apresentada na terça-feira (24). O Conselho Deliberativo da entidade entendeu que a proposta do governo contempla as principais reivindicações da entidade.
No Paraná, a deliberação afeta apenas o Instituto Federal do Paraná (IFPR). Nos próximos dias, professores desta instituição votarão se aprovam a indicação do Proifes por meio de um plebiscito. “Faremos assim para garantir que todos os professores possam dar a sua opinião, mesmo que não consigam ir à assembleia”, afirmou Nilton Brandão, presidente do Sindiedutec, sindicato dos professores do IFPR e diretor do Proifes.

De acordo com Brandão, a proposta do governo é aceitável. “Não era tudo o que queríamos, mas, dada a conjuntura atual, é a melhor até agora porque leva em consideração todas as reivindicações que o Proifes apresentou”, afirmou. “Todos os professores terão, ao menos, reajuste salarial de acordo com a inflação até 2015. O governo retirou ainda alguns pontos que feriam a nossa autonomia, que serão estudados em mesas de trabalho conjuntas”.
Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), vinculadas a outro sindicato, a Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), esperam a decisão de uma assembleia que acontece nessa quarta-feira no Comando de Greve, em Brasília, e que ainda não terminou. A presidente da Andes, Marinalva Oliveira, já adiantou que os professores não gostaram da contraproposta do governo, mas que a entidade só tomará alguma posição oficial no fim do encontro. Depois que a Andes se posicionar, os sindicatos locais dos professores de cada instituição terão até o dia 1º de agosto para votar se aceitam a proposta, data em que já está marcada outra reunião de negociação dos sindicatos com o Ministério do Planejamento.
Em nota, o Conselho Deliberativo do Proifes declarou que "a aceitação da nova proposta também reflete uma preocupação com o prazo de até 31 de agosto para que o governo envie Projeto de Lei ao Congresso Nacional". Do contrário, continua o texto, "não haverá reajuste em 2013 e todos os avanços da negociação iniciada em setembro do ano passado serãom desconsiderados".

Atleta grega é excluída dos Jogos Olímpicos por comentário racista no Twitter


AFP / Voula Papachristou foi excluída dos Jogos por comentários racistas no TwitterVoula Papachristou foi excluída dos Jogos por comentários racistas no Twitter
LONDRES-2012

Atleta grega é excluída dos Jogos Olímpicos por comentário racista no Twitter

Atleta do salto triplo, campeã nacional na modalidade, escreveu mensagem dirigida aos africanos, principalmente aos egípcios.
A atleta grega Voula Papachristou foi excluída da equipe olímpica de seu país, por publicar um comentário racista no Twitter, ato considerado "incompatível com os valores olímpicos", segundo o Comitê Olímpico Grego.
A atleta do salto triplo, campeã nacional na modalidade, fez comentários dirigidos aos africanos, principalmente aos egípcios: "Com tantos africanos na Grécia, pelo menos os mosquitos do Nilo comerão comida caseira!".
O comentário foi feito em um momento no qual o país de Papachristou é amplamente afetado pela crise econômica e financeira, com aumento significativo de incidentes racistas.
A atleta quis se justificar nesta quarta-feira (25), dizendo que só "retuitou", uma mensagem postada anteriormente no site. "Não quis ofender ninguém. Respeito todos sem levar em conta a cor da pele. Não tenho qualquer relação com a política, só me interessa o atletismo", disse ao site "Contra.gr". EFE