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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Resoluções para um feliz bicentenário.


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DESENVOLVIMENTO

Resoluções para um feliz bicentenário.

O Brasil nasceu falido, e quase quebrou tantas vezes depois. Hoje, 190 anos depois da Independência, pode se orgulhar de uma série de conquistas. Derrotou a inflação, virou “grau de investimento” e tornou-se um dos maiores mercados consumidores do mundo. Mas ainda está longe de ser considerado um país desenvolvido. Algumas atitudes, no entanto, podem colocá-lo no caminho certo até 2022, quando completará 200 anos como país independente.
Para um país que nasceu falido, o Brasil até que se saiu bem.
Aprendizado
Segundo cálculo do Todos pela Educação, em 2009 apenas 28,9% dos estudantes do 3º ano do ensino médio tinham aprendizado adequado de português, pouco mais que os 25,8% de 2001. No mesmo período de oito anos, regrediu de 11,6% para 11% o porcentual de alunos com domínio básico de matemática.
Despesas
Mesmo excluindo da conta os juros da dívida, de 1991 a 2010 o dispêndio do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) saltou de 13,7% para 22,4% do PIB, conforme estudo dos economistas Fabio Giambiagi e Fernando Honorato Barbosa.
Fontes
Além das fontes já mencionadas nos textos, esta reportagem se valeu dos bancos de dados do IBGE, Banco Central, Ipea, Banco Mundial, OCDE e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Também se baseou em informações de livros de Laurentino Gomes (1808 e 1822) e Adolfo Sachsida (Fatores determinantes da riqueza de uma nação, em parceria com João Batista de Brito Machado, e 10 fantasmas que assombram uma nação, este inédito). Outra fonte fundamental foi o livro 2022: propostas para um Brasil melhor no ano do bicentenário, coletânea de 17 artigos organizada por Fabio Giambiagi e Claudio Porto.
Interatividade
O que o Brasil deve fazer para ser um país mais desenvolvido daqui a dez anos? Mande as suas sugestões!
Quando D. Pedro I proclamou a Independência, há 190 anos, o Tesouro não tinha reservas – o rei D. João VI havia raspado os cofres pouco antes de voltar a Portugal. As principais atividades econômicas decaíam. A arrecadação de impostos só co­­bria metade das despesas públicas. E o governo, sem alternativas, teve de recorrer a empréstimos no exterior e literalmente fabricar dinheiro, botando lenha na fogueira da inflação. Com pequenas diferenças, essa história se repetiria várias vezes nos dois séculos seguintes.
Hoje o Brasil tem a confiança de seus credores; é “grau de investimento”. Mes­­mo a contragosto, o governo administra suas contas com um mínimo de responsabilidade. A inflação não assusta mais, a taxa de desemprego já não envergonha e ultimamente até os juros andam mais civilizados.
O problema é que a fórmula que garantiu a maioria das conquistas recentes está esgotada. A combinação de aumentos reais do salário mínimo, políticas de transferência de renda e estímulos ao consumo, que tirou dezenas de milhões de brasileiros da pobreza e criou um dos maiores mercados consumidores do mundo, hoje mal garante o “pibinho” do curto prazo. Se o país sonha em um dia ser chamado de “desenvolvido”, terá de ir além.
A receita é simples e conhecida. A dificuldade em aplicá-la reside no fato de que ela exige uma profunda mudança de hábito. Teremos de abandonar nossa ancestral obsessão pelo rápido, cômodo e indolor e substituí-la por uma mentalidade de longo prazo. Teremos, enfim, de levar a sério a máxima de que antes de colher é preciso semear, cultivar e, sobretudo, ter paciência.
Não será fácil. Na definição do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, os brasileiros são “cigarras que trabalham”: suam a camisa, mas, ao contrário da formiga da fábula, não têm o costume de se precaver para o futuro. E nosso futuro reserva, entre outros tantos desafios, o da demografia: a fração de idosos na população está aumentando e a de jovens, diminuindo. Isso significa, por exemplo, que nossa já deficitária Previdência Social terá cada vez mais beneficiários e menos contribuintes.
O que fazer
Com base em artigos, livros e entrevistas, a Gazeta do Povo preparou uma lista de cinco resoluções que, se cumpridas ao longo dos próximos dez anos, poderão nos colocar a caminho de um “feliz bicentenário”. É sabido que, por mais bem-sucedido que seja, o país dificilmente chegará a 2022 em uma condição de desenvolvimento similar à dos países mais avançados. Mas dá para chegar perto.
“Ter um feliz 2022 não é um resultado fácil de ser obtido. Vamos imaginar que o ‘feliz’ signifique um país com alto nível de produtividade e baixo nível de desigualdade. Neste caso, não chegaremos lá. Mas poderemos nos considerar no caminho certo se fizermos nossa tarefa de casa”, diz Cláudio Shikida, professor e pesquisador de Eco­nomia do Ibmec/MG.
O leitor notará que a lista de resoluções não inclui propostas como manipular o câmbio, proteger a indústria nem escolher os setores da economia que “merecem” vencer. A ideia desta reportagem foi enumerar escolhas e tarefas que possam nos ajudar a caminhar pelas próprias pernas – é isso, afinal, o que se deve esperar de um país independente.
1 - Difícil encontrar quem discorde: se o Brasil tivesse de escolher uma única frente para concentrar os esforços para se tornar um país mais desenvolvido, ela teria de ser a educação básica. “Um país em que os jovens terminam a educação básica sem autonomia para montar e tocar seu projeto de vida não é um país independente”, resume Priscila Cruz, diretora-executiva do mo­­­­vimento civil Todos pela Educação.
Uma sociedade pouco escolarizada exige pouco de seus governantes e não participa da discussão e da escolha de políticas públicas. Tem renda média limitada, já que a maioria dos trabalhadores ocupa vagas de baixa qualificação. É mais desigual, pois a minoria esclarecida absorve a maior parte das riquezas. É também uma sociedade pouco inovadora, feita de instituições e empresas ineficientes.
Por isso, melhorar a educação brasileira é hoje tão importante quanto foi derrotar a inflação nos anos 1990. Mas será bem mais trabalhoso. Embora nas últimas duas décadas tenha havido um avanço expres­­sivo no acesso à escola e na alfabetização, a qualidade continua precária. O grau de aprendizado dos alunos do ensino fundamental avança, mas muito devagar, e o ensino médio enfrenta uma assustadora estagnação.
“Essas fragilidades se refletem até nos gargalos de infraestrutura. O Brasil tem séria dificuldade de planejar e executar projetos”, exemplifica Armando Dalla Costa, profes­­sor do mestrado e doutorado em Desenvolvimento Econômico da UFPR.
Negligência
Estudo dos economistas Fer­­nando de Holanda Barbosa Filho e Samuel Pessoa mostra que os 5,2% do PIB que o governo investe em educação estão bem próximos à média dos países desenvolvidos (5,7%). O problema está na distribuição dos recursos, que negligencia a educação básica. O gasto público brasileiro com o ensino médio, por exemplo, é de apenas US$ 1.427 por aluno, menos de um sexto do que a Coreia do Sul investe (US$ 9.620). Por outro lado, o ensino superior brasileiro recebe US$ 10.950 por aluno, mais que o sul-coreano (US$ 8.920).
“Além de mais investimento, precisamos de uma boa gestão da rede de escolas. De uma formação dos professores voltada à sala de aula, e não só à teoria. E de uma política de valorização que estimule os melhores alunos do ensino mé­­dio a seguir a carreira docente”, diz Priscila Cruz, do Todos pela Educação. “Mas essas políticas têm de ser conduzidas de forma harmônica. Não adianta apostar em apenas uma delas.”
2 - Sim, o governo gasta muito e gasta mal. Mas a culpa não é só dele. A má qualidade e o constante crescimento das despesas públicas, que alimentam o avanço da carga tributária e limitam os recursos disponíveis para investimentos, têm a chancela da sociedade. São frutos de nossas escolhas.
A partir da “Constituição Cidadã” de 1988, que consagrou no Brasil o Estado do bem-estar social, nos convencemos de que tudo deve ser assegurado pelo governo. Levando esse princípio às últimas consequências, com o passar dos anos nossos representantes no Congresso e no Poder Executivo criaram uma infinidade de despesas obrigatórias e uma generosa legislação previdenciária que engessaram quase todo o Orçamento.
O resultado é que o gasto público cresce sempre mais rápido que a própria economia brasileira. Pior: há pouquíssimo espaço para cortes, por causa da rigidez nas despesas com transferências a estados e municípios, pessoal, INSS e outras.
Proposta
Levando em conta essa rigidez dos gastos, os economistas Fabio Giambiagi e Fernando Honorato Barbosa chegaram a uma fórmula para os próximos dez anos na qual, apenas moderando o crescimento da despesa, o governo conseguiria ampliar o investimento e ainda diminuir sua dívida. Eles propõem dois limites, a serem estabelecidos em lei: 1) o desembolso com pessoal não pode subir mais de 1,5% ao ano; e 2) a despesa total crescerá 1 ponto porcentual abaixo do avanço do PIB, de forma que, se a economia crescer 4%, o gasto não aumentará mais que 3%. Além disso, a regra para correção do salário mínimo teria de ser trocada: em vez de inflação mais variação do PIB de dois anos antes, seria de inflação mais 1% ao ano.
A simulação indica que, com essas medidas, a dívida líquida do setor público cairia de 35% para 10% do PIB em 2022. Também em relação ao PIB, as contas públicas, hoje deficitárias, passariam a ter um superávit anual de mais de 2%, o que abriria espaço para o investimento federal saltar de 1% para 3% e o investimento total da economia, de 19% para os sonhados 25%. E mesmo com os ajustes propostos, haveria, segundo os economistas, “um importante aumento per capita das despesas sociais” com saúde, educação, Bolsa Família, benefícios assistenciais e INSS.
Mas, como dizem os autores do estudo, “fazer políticas públicas requer escolhas, tomada de decisão e disciplina”. E isso não depende só de vontade do governo ou do parlamento, mas da chancela dos brasileiros.
3 - O Brasil investe pouco, e país que investe pouco não tem perspectiva de crescimento duradouro. Está condenado a avançar lentamente ou a viver de “voos de galinha”, alternando breves períodos de expansão forte com outros de estagnação. Está fadado a ter custos de produção crescentes e empresas menos competitivas.
A fórmula não tem segredo: quanto maior o desembolso com máquinas e equipamentos (para produzir e transportar outros bens) e obras de infraestrutura (para garantir energia à indústria e facilitar o escoamento da produção), maior será a capacidade da economia de crescer de forma sustentável, sem provocar desequilíbrios capazes de freá-la na sequência.
Para se ter ideia de quanto o Brasil negligencia esse princípio, basta recordar o que ocorre com rodovias, portos e aeroportos quando a economia vai bem, ou observar o que se passa com as redes de telefonia móvel depois de anos de venda recorde de aparelhos.
Especialistas defendem que, para crescer 5% ao ano, o Brasil teria de investir entre 23% e 25% do PIB, o que conseguiu no “milagre econômico” dos anos 1970 e em parte da “década perdida” de 1980. Mas hoje estamos longe disso. Em 2011, o setor público e as empresas investiram o equivalente a 19,3% das riquezas geradas pelo país, e no primeiro semestre deste ano a taxa caiu a 18,3%, índice capaz de sustentar um crescimento anual de 3% ou 4%, apenas.
Boa parte da culpa é do setor público, que, asfixiado pelo aumento dos gastos correntes, tem de investir menos e manter nas alturas a carga tributária – que, por sua vez, inibe o investimento privado. “Embora cobre mais impostos que na década de 1970, o setor público investe hoje menos que naquela época”, diz o economista Mansueto Almeida. Em 1976, governos arrecadaram 25% do PIB e investiram 4%; no ano passado, os índices foram de 36% e 2,5%, respectivamente.
De acordo com o economista Cláudio Frischtak, presidente da consultoria Inter.B, os recursos destinados especificamente à infraestrutura não são suficientes nem para preservar o que já existe: a manutenção exige cerca 3% do PIB ao ano, mas, mesmo com o impulso do PAC, de 2008 a 2011 o país aplicou só 2,3% do PIB no setor.
Bom sinal
O recém-lançado programa de concessões vai melhorar um pouco o quadro: nos cinco primeiros anos, deve incrementar os recursos para infraestrutura em 0,4% do PIB. “A presidente Dilma foi pragmática. Finalmente reconheceu que o governo não consegue investir mais e convocou o setor privado”, diz Almeida. Apesar dessa boa notícia, os especialistas insistem: o governo tem de melhorar a execução de seus próprios projetos, o que exige, entre outras coisas, a despolitização de órgãos e estatais responsáveis pelo setor.
4 - Um episódio da época do Brasil colonial ajuda a ilustrar a importância da pesquisa e da inovação para o sucesso econômico.
Quando D. João VI e a corte portuguesa se mudaram para o Brasil, em 1808, a mineração – sua principal fonte de sustento – definhava. Quem apontou a saída foi um geólogo alemão: para compensar o esgotamento do ouro de aluvião, depositado em margens e leitos de rios, era preciso investir na busca pelo ouro escondido nas entranhas da terra. Mas, como conta Lucas Figueiredo no livro Boa ventura!, a tarefa exigia estudar o solo, usar maquinário, construir galerias subterrâneas. Nada feito: a coroa e os mineradores não estavam dispostos a desenvolver um novo método nem apostar no desconhecido, muito menos esperar por resultados. Quem o fez, décadas depois, foram as mineradoras estrangeiras.
O desprezo pela pesquisa ficou para trás, mas o montante que o Brasil destina a ela ainda deixa a desejar. Em 2010, o país investiu só 1,16% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D), não muito mais que dez anos antes (1,04%). Os países da OCDE gastam em média 2,4% do PIB nessa área. A Coreia do Sul desembolsa 3,7%; Israel, 4,4%.
A relevância do Brasil na publicação de artigos científicos tem crescido: saltou de 1,3% para 2,7% do total mundial entre 1999 e 2009. Mas ainda falta transformar a pesquisa em produtos e serviços inovadores ao alcance da sociedade. O número de patentes brasileiras é muito baixo: enquanto os sul-coreanos conseguiram 12.508 registros nos Estados Unidos em 2010, o Brasil obteve 219.
O investimento brasileiro também está muito concentrado no governo, responsável por 53% dos aportes em P&D em 2010. Em paí­ses como Alemanha, Coreia do Sul e Japão, mais de dois terços dos investimentos são feitos pelo setor privado. Uma das explicações para a timidez das empresas brasileiras está no fato de que nossa economia ainda é relativamente fechada. Protegidos da concorrência estrangeira, muitos setores não veem por que aprimorar sua gestão nem seus produtos.
Fronteira
Para Lucas Dezordi, economista-chefe da Inva Capital e coordenador do curso de Economia da Universidade Positivo, a área ambiental é uma fronteira promissora a ser explorada pela ciência brasileira. “Preservar não significa desprezar o potencial econômico. A integração de economia e meio ambiente se dará pelas fronteiras da tecnologia”, diz.
Um estudo de Elimar Pinheiro do Nascimento e Alexandre Mattos de Andrade segue a mesma linha: “Incentivos governamentais diretos, combinados com a corrida para a imagem verde nas empresas, reforçariam o estímulo para inovações tecnológicas orientadas para a descarbonização da economia”, afirmam os pesquisadores.
5 - O setor público pode fazer muito para estimular o crescimento da economia brasileira, mas há ao menos um caso em que o ideal é que ele se abstenha: o Estado precisa urgentemente parar de atrapalhar quem se arrisca a empreender. Quase dois séculos de independência não bastaram para abandonar esse vício, subproduto do regime cartorial que herdamos da coroa portuguesa.
Hoje quem pretende abrir uma empresa no Brasil tem de cumprir 13 procedimentos, o que demora em média 119 dias, segundo o estudo “Doing Business”, do Banco Mundial. Em uma lista de 183 países, só quatro (Suriname, Congo, Venezuela e Guiné Equatorial) tomam mais tempo dos empresários iniciantes. Na média dos países desenvolvidos que fazem parte da OCDE, o processo exige apenas cinco procedimentos e 12 dias.
Tempo perdido
A burocracia brasileira diminuiu nos últimos anos– em 2007 eram 17 etapas e 150 dias – graças a algumas iniciativas do governo. Mas continua monstruosa, e não se restringe aos primeiros passos de uma empresa. Depois de aberta, ela terá de enfrentar outras maratonas, como a do pagamento de impostos. “Tão problemático quanto o tamanho dos tributos é o tempo que se gasta para pagá-los”, diz o economista Adolfo Sachsida, professor da Universidade Católica de Brasília (UCB).
De acordo com o “Doing Business”, as empresas brasileiras gastam 2,6 mil horas por ano para preparar e pagar os principais impostos e contribuições previdenciárias. Um recorde. As firmas bolivianas, em segundo lugar da lista, perdem “apenas” 1.080 horas; em países da OCDE, gasta-se 186 horas, em média.
O tempo perdido no Brasil tem muito a ver com a necessidade de acompanhar constantes mudanças nas regras. União, estados e municípios editam em média 46 normas tributárias por dia útil, mais de 11 mil por ano, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
“Todo dia as casas legislativas aprovam dezenas de ‘pequenas leis’ que, juntas, vão travando mais e mais a atividade empresarial. Isso mina a produtividade e, portanto, o crescimento de longo prazo”, diz Sachsida. “O sucesso econômico de um país está intimamente ligado ao seu grau de liberdade econômica. Enquanto punirmos quem quer produzir, de pouco adiantam os esforços em outras direções.”
Um estudo de Fernando Veloso, professor do Ibmec/RJ, defende menos barreiras não só à criação de empresas, mas também ao fechamento delas – que demora em média quatro anos, segundo o Banco Mundial. O excesso de regulação, diz Veloso, inibe a entrada de firmas mais eficientes e a saída das menos produtivas, perpetuando a ineficiência.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Brasil entra para o ranking dos 50 mais competitivos


Para chegar à 48ª posição desta edição do Relatório Global de Competitividade, o País subiu cinco lugares desde o ano passado.

Pela primeira vez, o Brasil entrou para o ranking dos 50 países mais competitivos no Relatório Global de Competitividade, divulgado nesta quarta-feira pelo Fórum Econômico Mundial. Para chegar à 48ª posição desta edição do ranking, o País subiu cinco lugares desde o ano passado.
No topo do ranking, pelo quarto ano consecutivo, está a Suíça. Cingapura ficou em segundo lugar, seguido por Finlândia, Suécia, Holanda e Alemanha. Já os Estados Unidos caíram da quinta posição que ocupavam em 2011 para o sétimo lugar. Em oitavo, nono e décimo lugares ficaram Reino Unido, Hong Kong e Japão, respectivamente.
De acordo com o responsável pela análise dos dados brasileiros, Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, o ranking foi afetado pela incerteza crescente por causa da crise na Europa, da vulnerabilidade norte-americana e da desaceleração da China. A Fundação coordena a coleta e a análise de dados brasileiros.
Avaliação brasileira
A melhor avaliação sobre a macroeconomia nacional ajudou a puxar o País para a lista dos 50 mais competitivos. Este ano, o Brasil subiu 53 posições no critério "ambiente macroeconômico", saindo da 115ª colocação em 2011 para a 62ª. O salto, segundo a Fundação Dom Cabral, pode ser consequência da exclusão do indicador "spread bancário" do estudo deste ano. O indicador costuma ser "problemático" para o País, de acordo com a fundação mas foi retirado da análise de 2012 por ser considerado ineficiente para comparar o grau de eficiência bancária nos diversos países.
Arruda explica que as medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff de redução da taxa básica de juros e consequente na queda dos juros bancários teriam impacto positivo para a colocação do País no ranking, mas não conseguiriam fazer com que o "ambiente macroeconômico" subisse tantas posições.
Além da macroeconomia, o "uso de tecnologias de informação e comunicação" também ajudou a tornar o País mais competitivo, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial. O indicador sobre "sofisticação dos negócios", apesar de ter caído dois pontos de 2011 para 2012, ainda é positivo - o Brasil ficou em 33º lugar.
Do outro lado, os níveis de "confiança nos políticos" e "eficiência das políticas de governo" colocam o País em 121ª e 111ª posição, respectivamente. O Brasil também fica mal posicionado na avaliação da "qualidade da infraestrutura de transportes" (79ª posição), da "qualidade da educação" (116ª posição) e do "volume de taxação como limitador ao trabalho e investimentos" (144ª posição). No pilar "inovação", o Brasil caiu da 44ª para 49ª posição. O resultado, avalia Arruda, está ligado à falta de mão de obra qualificada.
O relatório é feito com dados estatísticos nacionais e internacionais, além de pesquisa de opinião feita com executivos. Em 2012, o estudo analisou a competitividade de 144 países.

Vereadores de Almirante Tamandaré aprovam aumento de 100% nos próprios salários


Vereadores de Almirante Tamandaré aprovam aumento de 100% nos próprios salários

Apesar de veto do Executivo, prefeito e vice ganharão 48% a mais a partir de 2013.
A partir de 2013, os vereadores de Almirante Tamandaré, cidade na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), passarão a receber cerca de R$ 9.800 – o salário atual é de pouco mais de R$ 4.900. Isso representa um aumento de 100% e vale a partir de 2013. Com isso, os novos legisladores eleitos em outubro irão ganhar o dobro do que os atuais representantes.
Já o prefeito terá uma remuneração de R$ 16.000, R$ 5.200 a mais do que a quantia atual. Os respectivos projetos de lei que autorizam os reajustes foram votados na última semana pelaCâmara dos Vereadores e já foram publicados no Diário Oficial do município.

Aldinei Siqueira
, presidente da casa, alega que não quis assinar por ser contra o que estava proposto. “A realidade do nosso município não comporta isso. Eu sou totalmente contra”, afirma Siqueira.O projeto que trata do reajuste para os vereadores foi aprovado por seis votos a cinco. Já o que trazia novos números de remuneração para o prefeito foi aprovado por cinco votos a quatro. Este último, ao ser encaminhado para sanção do Executivo, foi vetado. Porém, ao retornar para a Câmara, acabou sendo promulgado. “O presidente da Câmara não quis promulgar. O regimento diz que tem que ser o vice”, afirma o vereador Osvaldo Stival, vice-presidente da câmara, que votou a favor dois dois projetos.
A justificativa para manter o aumento para o prefeito foi fazer uma correção no valor pago atualmente. “O prefeito está saindo e vetou o projeto, se eximindo de responsabilidade. Foi apenas uma correção já que no último mandato não houve reajuste para prefeito e vice”, diz Stival.
Já no caso dos salários dos vereadores, o vice-presidente garante que foi feito dentro da legalidade. “Está dentro do orçamento que a câmara poderia pagar. Poderia ser um salário de até R$ 11.000 que ainda seria comportado pela lei, mas fizemos um meio termo. E, além disso, é só para a próxima legislatura, tem que pensar que pode ser que ninguém que está aqui hoje volte”, diz o vereador, que é candidato e almeja entrar no quinto mandato.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Vereadores de Almirante Tamandaré aumentam em 100% salário para 2013


O prefeito terá aumento de 48%.

04/09/12 às 16:32
A mesa da Câmara Municipal de Almirante Tamandaré publicou na última edição do Diário Oficial do município que o prefeito terá um aumento salarial de 48% e os vereadores terão um aumento de 100% a partir do ano que vem.
Os vereadores de Almirante Tamandaré passarão a receber R$ 9.800 a partir de 2013. Atualmente o salário é de R$ 4900. Já o prefeito terá um salário de R$ 16.000, sendo que hoje a remuneração é de R$ 10.800.

As principais discussões foram realizadas em sessões extraordinárias e nenhuma consulta popular foi feita sobre o assunto.

Lanche saudável: cuidado de todos


Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / Merenda do Colégio Estadual Leôncio Correia é feita com produtos orgânicosMerenda do Colégio Estadual Leôncio Correia é feita com produtos orgânicos
HÁBITO

Lanche saudável: cuidado de todos

Pais e professores podem trabalhar juntos para que a alimentação dos jovens seja mais nutritiva em escolas públicas e privadas.
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / O peso e a alimentação dos alunos do Centro José de Paiva Netto são controlados pela nutricionista Silvana SelemeAmpliar imagem
O peso e a alimentação dos alunos do Centro José de Paiva Netto são controlados pela nutricionista Silvana Seleme
De olho na lancheira
Confira dicas de como preparar a lancheira de seu filho e como controlar o que ele come na escola:
Escolha bem os alimentos
Alimentação saudável é sinônimo de feijão, legumes e verduras, frutas e leite. Entre os exemplos de alimentação não saudável estão frituras, embutidos, biscoitos e bolachas, guloseimas e refrigerantes.
Varie sempre
Coloque na lancheira o máximo de variedade possível entre os grupos alimentares. Por exemplo, componha o lanche com um alimento do grupo dos cereais, um do grupo das frutas, legumes e verduras, e outro do grupo dos leites, queijos e iogurtes.
Cuide com a quantidade
Lanches pela manhã ou à tarde devem compor de 10% a 15% das necessidades calóricas diárias, valor que varia de acordo com a idade. O lanche de crianças entre 4 e 6 anos deve ter até 300 calorias; entre 6 e 9 anos, até 350 calorias; e de 12 a 18 anos, até 450 calorias.
Incentive novos hábitos
Inscreva seu filho em aulas de culinária saudável adequadas para a idade dele e sugira que a escola promova o conceito e cursos aos estudantes.
Procure o nutricionista
Todo refeitório de escola precisa ter a orientação de um nutricionista. Ele pode dar dicas sobre como compor os lanches e explicar como é feita a seleção do que é servido na escola.
Busque informações
Para acabar com as dúvidas sobre nutrientes e grupos de alimentos, acesse o Guia Alimentar para a População Brasileira no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/nutricao).
Fonte: Redação com fontes consultadas.
33% das crianças
de 5 a 9 anos sofrem de excesso de peso no Brasil, segundo uma pesquisa do IBGE. O problema é maior na área urbana do que na rural – 37,5% e 23,9%, respectivamente.
Biscoitos e salgados
são mais consumidos por crianças e adolescentes do que adultos. A quantidade ingerida chega a ser 50% superior, segundo dados do IBGE. Os jovens também consomem sete vezes mais salgadinhos, quatro vezes mais biscoitos recheados e três vezes mais biscoitos doces.
O sobrepeso
é a realidade de 17,1% dos alunos matriculados na rede estadual de educação. 8,1% atingem o grau da obesidade, conforme o Monitoramento Nutricional 2011, feito pela Seed.
21,7% dos estudantes
entre 10 e 19 anos têm excesso de peso, segundo pesquisa de 2008 do IBGE. Em 1970, o índice era de 3,7%.
Interatividade
Como é a alimentação nas escolas que você conhece? O que precisa mudar para que as crianças revertam o hábito de comer alimentos não saudáveis?


Mais de 38 milhões de brasileiros estão acima do peso, segundo a Organização Mundial da Saúde. A obesidade mórbida é a realidade de cerca de 525 mil crianças e 140 mil adolescentes no país. As altas taxas de colesterol, pressão alta, diabete e doenças do coração – que dei­xa­ram de ser “doenças de adultos” – também crescem en­­tre o público infantojuvenil. Tais dados compõem um qua­dro preocupante que merece atenção dentro de casa e nas escolas.
De olho na alimentação dos estudantes, instituições de ensino e o poder público têm adotado medidas e elaborado programas para oferecer refeições mais nutritivas e estimular os jovens a ter uma vida mais saudável. No mesmo caminho, novas leis são criadas para enfrentar o problema.
No Centro de Educação Infantil José de Paiva Netto, mantido pela Legião da Boa Vontade, por exemplo, as 900 refeições servidas diariamente para cerca de 200 crianças passam por rigoroso controle nutricional. O resultado é conferido trimestralmente, com a pesagem e medição de cada aluno.
De acordo com a nutricionista responsável, Silvana Seleme, quando há sinais de problemas no acompanhamento nutricional das crianças, pais e professores são avisados. “Além disso, fazemos testes de aceitabilidade de novos alimentos e as crianças participam de um projeto, no qual elas montam uma horta isenta de agrotóxicos, consumindo o que produzem depois”, conta.
Cantinas
Conforme a última Pes­quisa Nacional de Saúde do Escolar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde, apenas um terço dos alunos matriculados no ensino fundamental da rede privada consomem frutas e hortaliças em pelo menos cinco dias da semana. Já refrigerantes e frituras fazem parte da rotina alimentar de 40% deles.
A maioria das cantinas comerciais está localizada em escolas particulares. Isso faz com que a qualidade nutricional do que é servido no balcão seja inferior à da comida dos refeitórios das escolas públicas. Com o intuito de incentivar os colégios particulares a oferecerem alimentos com menos sódio, açúcar e gordura, a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) firmou um acordo neste ano com o Ministério da Saúde.
O pacto segue a mesma linha da Lei Estadual da Can­tina Saudável, de 2004, que já proibia a comercialização de diversos doces, refrigerantes, sucos artificiais, salgadinhos e frituras em escolas públicas e privadas. “O hábito alimentar começa a se formar na infância e esse hábito não é formado apenas em casa. A escola tem papel fundamental nesta educação”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando o acordo foi anunciado.
Segundo Noely Luiza Des­chermayer Santos, diretora de Ensino da Educação Infantil do Sindicato das Es­colas Particulares do Para­ná (Sinepe/PR), cada escola particular pode ter um car­dápio diferenciado, desde que ele seja montado por um nutricionista para que te­nha adequação nutricional. Esse profissional também tem o papel de fazer a educação nutricional e orientação de boas práticas de manipulação de alimentos às cozinheiras, professoras e orientações aos pais.
Esse trabalho com a família é fundamental e requer intervenções diárias, segundo Silvana. “É ainda mais importante depois de férias e feriados, quando as crianças ficam mais tempo em casa e recebem alimentação não tão nutritiva. Como profissionais da saúde, precisamos persistir para que a alimentação saudável atinja não só as crianças na escola, mas também sua família e amigos”, afirma.
Da horta para a escola vizinha
Além de uma refeição com frutas, verduras e legumes fresquinhos, produzidos na vizinhança da Escola Estadual Leôncio Correia, em Curitiba, os alunos do colégio passaram a receber produtos orgânicos neste ano. Por uma preferência dos estudantes, a merenda mais parece um almoço. Macarrão, arroz, feijão, risoto e sopa são servidos no lanche da manhã, às 10 horas, com variações ao longo da semana. Segundo Nilza Alves, servidora do colégio, a merenda tem uma aceitação muito boa entre os alunos. “Isso se deve muito à dedicação e criatividade das merendeiras”, conta.
Assim como ocorre na Leôncio Correia, alimentos frescos produzidos por agricultores familiares chegam a estudantes de outros 1.807 estabelecimentos estaduais de ensino, nos 399 municípios do Paraná. Atualmente, 87% das escolas estaduais adquirem alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar, resultado da Lei 11.947/09, que regulamenta o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e determina o uso de pelo menos 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Edu­cação (FNDE) na compra de produtos desse tipo para a alimentação escolar.
De acordo com Márcia Cristina Stolarski, diretora de Infraestrura e Logística da Secretaria de Estado da Educação, o cardápio de cada escola é definido pelo perfil e preferência dos alunos. “Algumas escolas que têm alunos com nível socioeconômico mais alto não querem arroz e feijão na merenda, querem lanche. Já aquelas com alunos mais carentes preferem pratos que sustentam mais”, conta.

Unicef: trabalho infantil é “causa significativa” do abandono escolar


Josué Teixeira / Gazeta do Povo / Criança acompanha mãe, catadora de papel, na jornada de trabalhoCriança acompanha mãe, catadora de papel, na jornada de trabalho

De acordo com o levantamento, 638 mil crianças entre 5 e 14 anos exercem atividade laboral, apesar de a legislação brasileira proibir o trabalho para menores de 16 anos.

O relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 – Iniciativa Global pelas Crianças Fora da Escola, divulgado nesta sexta-feira (31) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alerta para a persistência do trabalho infantil entre as crianças em idade escolar, o que prejudica o direito dessa população à educação. De acordo com o levantamento, 638 mil crianças entre 5 e 14 anos estão nessa situação, apesar de a legislação brasileira proibir o trabalho para menores de 16 anos. O grupo representa 1,3% da população nessa faixa etária, mas para o fundo não pode ser desconsiderado porque o trabalho infantil é uma “causa significativa” do abandono escolar.
Segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), César Callegari, o estudo do Unicef traz uma fotografia importante dos desafios que o Brasil tem pela frente: garantir a educação para todas as crianças e jovens brasileiros, incluindo não só essa parcela da população, mas favorecendo sua permanência na escola. Ele ressaltou, no entanto, que o país conquistou avanços significativos principalmente na útlima década.

Cultural
"Se olharmos não apenas a fotografia, mas o filme dos últimos anos, veremos que o Brasil conseguiu incluir nos últimos 12 anos mais de 5 milhões de crianças e jovens que estavam fora da escola. Tínhamos 8,7 milhões, entre 4 e 17 anos, nessa situação em 1997 e agora são 3,69 milhões", disse Callegari. Ele citou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) como um dos mecanismos mais importantes para esse avanço, ao viabilizar "recursos firmes e mensais" para que cada município e estado garanta a matrícula de crianças na pré-escola e de jovens no ensino médio.
Estudos mostram que os índices de trabalho infantil caíram nas últimas décadas, mas ficaram estagnados nos últimos cinco anos. O levantamento do Unicef inclui tanto crianças e jovens que desenvolvem atividades econômicas, quanto aqueles que se ocupam de serviços domésticos com duração superior a 28 horas semanais. A coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, diz que o momento econômico que o Brasil vive tem feito crescer o número de meninos e meninas responsáveis pelas tarefas do lar.
“Quando temos uma situação de oferta de emprego grande, isso pode acarretar aumento do trabalho infantil doméstico para as meninas, que substituem a mãe que foi para o mercado de trabalho. Essas meninas ficam com a responsabilidade de cuidar dos irmãos, lavar louça, arrumar a casa”, explica Salete. Para a representante do Unicef, uma das principais barreiras para superar essas práticas é cultural. Em muitas famílias, o trabalho desde a infância é considerado normal e importante para o desenvolvimento. Além das tarefas do lar, outro “nicho” do trabalho infantil está na zona rural, onde logo cedo jovens ajudam a família no trabalho do campo.
“O trabalho agora é localizar essas famílias e entender o que leva aquela criança a trabalhar e o que pode ser feito para convencer a família de que aquele trabalho não é adequado”, aponta Salete. A questão socioeconômica também tem grande peso no ingresso precoce no mercado de trabalho. O relatório mostra que mais de 40% das crianças de 6 a 10 anos, de famílias com renda familiar per capita até um quarto de salário mínimo, trabalham. Esse percentual cai para 1,2% no grupo de famílias com renda superior a dois salários mínimos por pessoa.
Do total de crianças de 5 a 14 anos que trabalham, 93% estudam. O relatório mostra o trabalho infantil como uma grande barreira tanto para as crianças que estão fora do sistema de ensino, quanto para aquelas que frequentam a escola. Mesmo quem está regularmente matriculado terá o desempenho escolar prejudicado pelas outras tarefas que desempenha.
“Essa questão interfere de fato na qualidade do ensino, já que a criança que trabalha tem menos condição de aprendizagem porque fica cansada e desatenta. E se ela não está na escola, dificilmente vai largar o trabalho para estudar”, ressalta Salete.
De acordo com o relatório, 375.177 crianças na faixa de 6 a 10 anos estão fora da escola – o que corresponde a 2,3% do total dessa faixa etária. Dessas, 3.453 trabalham (0,9%) e, nesse grupo, a maioria é negra (93%). O número de crianças de 11 a 14 anos que só trabalham é cerca de 20 vezes maior que na faixa anterior: 68.289.

CPI do Cachoeira suspende trabalhos até as eleições


"Não podemos deixar a CPI ser contaminada pelo clima eleitoral", disse o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira.Fale conosco

O comando da CPI do Cachoeira decidiu na tarde desta terça-feira (4) suspender os trabalhos da comissão até as eleições municipais de outubro. A cúpula da CPI alegou falta de quórum para não promover mais sessões durante o mês de setembro. O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), deverá apresentar um balanço das investigações na primeira semana de outubro. Entre o primeiro e o segundo turnos da eleição, Cunha pretende apresentar seu relatório final, caso a CPI não seja prorrogada. A CPI do Cachoeira está prevista para acabar no dia 4 de novembro.
"Não podemos deixar a CPI ser contaminada pelo clima eleitoral", disse o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "Depois da eleições, vamos nos reunir e decidir se a CPI será prorrogada ou não", afirmou o presidente da Comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB). Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), a paralisação dos trabalhos é uma "pá de cal" na CPI
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Anatel divulga lista completa de cidades com gratuidade em orelhões da Oi

Paraná permanece com 282 cidade na relação da Anatel. Ao todo, são 2.020 municípiosA Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta terça-feira (4) a lista completa dos municípios em que a empresa Oi está proibida de cobrar pelas ligações feitas a partir de orelhões. A medida foi tomada há pouco mais de uma semana e beneficia os usuários que usarem o aparelho público para realizar chamadas locais para telefones fixos.
No Paraná, a gratuidade permanece nos 282 municípios já divulgados pela Anatel - três deles permanecem com ligações gratuitas até o dia 31 de dezembro. As datas para cada município podem também estão no site da agência.
No total, 2.020 municípios foram incluídos na determinação da agência em 21 Estados. Ficaram de fora São Paulo, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. A Anatel estima que cerca de 29% da população pode ser beneficiada pela proibição da cobrança.
A Oi já havia divulgado uma lista com as cidades com orelhões que fazem ligação gratuita. De acordo com a agência, a medida foi criada a partir de uma fiscalização feita nos telefones públicos, de todas as concessionárias, em setembro do ano passado.
A agência constatou que 30% dos equipamentos públicos da Oi não funcionavam devidamente. Além disso, em algumas regiões em que a empresa opera não há quantidade suficiente de orelhões instalados -são necessários quatro para cada mil habitantes, em cada município.
A medida vale até 30 de outubro para 1.278 municípios. Em 742 municípios dos 21 Estados afetados pela medida, o prazo será maior: até 31 de dezembro deste ano.

Morre o ator Michael C. Duncan, de "À Espera de um Milagre"


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Morreu nesta segunda-feira (03) o ator Michael C. Duncan, de 54 anos. O anúncio foi feito por sua assessoria de imprensa.
 
Ele, que ficou mais conhecido ao participar do filme "À Espera de um Milagre", havia sofrido uma parada cardíaca no dia 13 de julho e permanecia hospitalizado deste esta data. Ainda não há informações oficiais sobre o motivo de sua morte.
 
Tendo iniciado sua carreira trabalhando em Hollywood como segurança de celebridades, como Will Smith, Martin Lawrence e Jamie Foxx, Duncan começou a atuar em 1997.
 
Seu papel de maior destaque foi o do presidiário John Coffey no longa de 1999, atuação que lhe valeu uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante.
 
O último filme estrelado pelo ator foi o drama "From the Rough", que ainda não estreou no Brasil.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Será este o meu fim??????



Sou o Col.Est.Col Est Ambrósio Bini,Estou passando os dez anos de falência múltiplas, não sei se aguentarei por muito mais tempo, a Depressão está tomando conta de mim e não tenho mais ânimo para suportar tamanho descaso. Se ainda resisto é porque a comunidade escolar me anestesia, deixando-me atordoado, e agradeço muito a todos:Professores(as), Alunos(as), Funcionário(as) e a equipe pedagógica e 
Direção/Vice. Se não fosse vocês, certamente eu já estaria "extinto", acabado, sumido, virado história (um drama por sinal).
Este desabafo espero não ser um sinal do fim. Não consigo imaginar ficar longe de todos...Lembro um por um, as pessoas que passaram por mim, que receberam a Educação para vencer em suas vidas.Às vezes fico triste em saber que muitos dos alunois que aqui beberam esqueceram de mim, não me notam mais, e o pior não estão me ajudando a me levantar de minha doênça. Estou prestes a "FALECER", não gosto de pensar assim, mas são dez anos, dez anos, chego a chorar desfalecido do tamanho descaso.
Não vou me estenter muito, pois com tanto tempo acho que já estão preparados para o pior.
Gostaria de fazer um último pedido:
Ilmoº Senhor Governador, não sei se aguentarei, então em minha LÁPIDE gostaria que escrevesse o seguinte:

"Aqui jáz o Col. Est. Ambrósio Bini.
Colégio que foi referência no Município
De Alm. Tamandaré e hoje esquecido
Pelo Governo do Estado do Paraná."

Ps. Todos que por mim passaram, podem até terem me esquecido,
porém continuarão, para sempre em meus registros...





Vídeo relacionado:






2º Concurso de Fotografia Revelando Tamandaré

Com o tema A vida é uma Emoção, melhores trabalhos foram premiados
Prefeito Goinski e comissão organizadora do concurso ao lado dos ganhadores.
Prefeito Goinski e comissão organizadora do concurso ao lado dos ganhadores.

Para estimular o olhar fotográfico e a valorização das belezas de Almirante Tamandaré, o concurso Revelando Tamandaré, promovido pela Prefeitura Municipal, foi realizado pelo segundo ano consecutivo com uma participação significativa de inscritos.  A premiação dos melhores trabalhos aconteceu nesta quarta-feira (29), no Centro de Convenções Edson Dalke.
A noite de premiação começou com apresentações dos alunos de coral e flauta do Projeto Dorcas, que ensina música para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade por meio de uma parceria com a Prefeitura, e de ballet com dançarinas da Chronus Cia de Dança.  Também participaram do evento a rainha e as princesas do morango, Valéria Lazarotto, Bruna Jonson e Juliana Ligmanowski.
Ao agradecer a equipe da comissão organizadora do evento, Lucimara Bini, diretora do departamento de cultura, destacou as apresentações culturais do evento. Segundo a assessora do departamento, Maria do Pilar Martins, a 2ª edição do concurso contou com um número ainda maior de participantes do que o primeiro, com 215 fotos no total. Para Anna Paula Wolf, secretária de educação e cultura, o evento foi um sucesso mais uma vez graças ao empenho de todos.
Simone de Araújo, diretora da Secretária de Indústria, Comércio e Turismo, ressaltou a importância de sensibilizar a população para as belezas do município. “Isso só foi possível graças às parcerias que firmamos com as empresas do nosso município”, afirmou Simone agradecendo as empresas que patrocinaram a premiação. Até o final do ano, um calendário com as melhores fotos será lançado no município. 
Ao ganhar o prêmio de segundo lugar, Claudia Hansaul Silva revelou que sua foto é uma imagem que a emociona. “Aquele senhor humilde passa uma cumplicidade no momento em que brinca com seus cães”, contou Claudia que já tinha visto a cena e voltou ao local para fazer o retrato em função do concurso – “foi uma grande iniciativa da Prefeitura”, acrescentou a professora.
Ao agradecer a todos os envolvidos, o prefeito Goinski destacou a participação da comissão formada pelos profissionais Naideron Junior, Cinthia Filetti, Irany Carlos Magno e Ronaldo dos Santos e demonstrou sua emoção em participar de um evento com o objetivo de divulgar o município em seu último ano de mandato.

O prefeito Vilson Goinski presenciou o evento e paranbenizou todos os envolvidos.
O prefeito Vilson Goinski presenciou o evento e paranbenizou todos os envolvidos.

Ganhadores do concurso
4º lugar – 300 reais –patrocínio Batel Sistemas de Lavanderias – Obra “Sapecada” de Izadora Gulin Marodim.
3º lugar – 500 reais – patrocínio Farmácias Rio Branco –  Obra “Um brilho que poucos enxergam” de Thomas Guedes.
2º lugar – 1000 reais – patrocínio Agreste Cosmética do Brasil Ltda., Podium Troféus e Medalhas, Inael Power do Brasil e Helmma – distribuidora de refeições Ltda – Obra “Fiéis Companheiros” de Claudia Hansaul Silva.
1º lugar – 1.500 reais – patrocínio Ponto da Construção Comércio de Ferragens – Obra “Quando eu era menino” de Thiago Xavier.
 

Cobra píton indiana de quatro metros é encontrada no Pilarzinho


Polícia Militar/Divulgação /
CURITIBA

Cobra píton indiana de quatro metros é encontrada no Pilarzinho

Animal estava em uma gaiola em residência havia dez anos e servia como bicho de estimação; réptil foi encaminhado para abrigo de Antonina.
Polícia Militar/Divulgação
Polícia Militar/Divulgação / Ampliar imagem
Polícia Militar Ambiental encontrou uma cobra de aproximadamente quatro metros em uma residência no bairro Pilarzinho, em Curitiba. O animal é da espécie Phyton Molurus, mais conhecida como píton indiana. Um homem que estava no local disse cuidar da cobra há dez anos, mas negou ser o dono do bicho. A casa fica Rua Sousa Melo, próximo à Rua Amauri Lange Silvério, na região do Parque Tanguá.
De acordo com o tenente João Serpa, do Batalhão da PM Ambiental, a polícia chegou ao local após denúncias. “Confirmamos a situação denunciada, além de também constatarmos que o homem que disse ser o cuidador do animal não ter autorização para criar o animal exótico”, disse.
Esse tipo de réptil não é venenoso e pode chegar a sete metros de comprimento. O comportamento do bicho lembra o das jiboias, que apertam suas presas até o sufocamento, para depois engoli-las por inteiro. O animal apreendido foi encaminhado para um viveiro em Antonina, credenciado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Dormir bem melhora QI de crianças



 /
DESENVOLVIMENTO

O sono é um estado da vida da pessoa extremamente importante devido às funções que desempenha e, se é cronicamente abalado, traz problemas sérios.


Sonolência em excesso pode não ser o único prejuízo para o seu filho se ele não dorme bem à noite. Estudos conduzidos por pesquisadores na área da medicina do sono mostram que dormir bem auxilia na atenção, no comportamento e, inclusive, no bom desempenho intelectual. É o caso de uma pesquisa realizada por cientistas do Canadá, que relacionou crianças em idade escolar com sonos curtos a performances fracas nos testes de Quociente de Inteligência (QI) respondidos por elas.
Tempo necessário
O sono das crianças não é igual ao sono dos adultos. Para elas, até os 5 anos de idade, cochilos alternados ao longo do dia são absolutamente normais, garante o coordenador do Centro de Clínicas Pediátricas do Hospital Universitário de Brasília (UnB), João da Costa Pimentel Filho. Mas você sabe qual é média do tempo de sono necessário em cada uma das faixas etárias da criança? Confira:
• Recém-nascida até os 3 meses: 16 horas.
• 4 meses: 14 a 15 horas.
• 6 meses: 13 a 14 horas.
• 1 a 3 anos: 12 horas.
• 3 a 6 anos: 11 horas.
• 7 a 12 anos: 9 a 10 horas.
• Certas crianças precisam de mais ou menos tempo.

Fonte: Márcia Lurdes de Cácia, pediatra e integrante do Núcleo permanente de Estudos sobre o Sono da SBP.
É difícil detectar problemas de sono
Garantir que a criança esteja preparada para conseguir realizar as atividades cotidianas com boa condição física e mental requer muito mais do que prestar atenção em como ela se porta durante o dia. Segundo o coordenador do Centro de Clínicas Pediátricas do Hospital Universitário de Brasília (UnB), João da Costa Pimentel Filho, “não se pode avaliar a saúde da criança só pelo estado de vigília dela, pois, na verdade, os problemas do sono são muito mais intensos e mais difíceis de serem descobertos”.
Para o neurocientista e coordenador do Laboratório de Cronobiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Fernando Mazzilli Louzada, um dos grandes inimigos do bom sono infantil, e consequentemente do bom desempenho escolar, são as doenças respiratórias. “Elas aumentam o número de despertares, fazem com que a criança acorde muito. Nesse caso, não é mais a quantidade de sono que deve ser avaliada, mas a qualidade”, relata.
O otorrinolaringologista e presidente da Comissão de Eventos e Cursos da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Marco César Jorge dos Santos, explica que problemas do trato respiratório são responsáveis pelo aumento da amígdala e da adenoide, o que pode ocasionar roncos e apneia do sono, afetando diretamente o descanso da criança. Além disso, ele também acrescenta que esses problemas acarretam a diminuição da secreção do hormônio do crescimento, o que impede o desenvolvimento adequado da estatura.
Devido a tantas complicações, a saúde das crianças não pode ser deixada de lado quando o assunto é sono. “Os pais devem ficar alerta às alterações para comunicar o médico, que deve estar treinado para avaliar e orientar a família para garantir que essa criança não venha a apresentar outros problemas no futuro”, finaliza Pimentel Filho.
O estudo acompanhou 39 crianças com idades entre 7 e 11 anos durante quatro noites consecutivas para determinar a quantidade de sono semanal delas, e os resultados foram certeiros: aquelas habituadas a dormir mais longamente tiveram melhores resultados nos exames de medição de QI e na apresentação de competências e performances acadêmicas.
Mesmo que os pesquisadores, em suas conclusões, assumam que a pesquisa tenha limitações pelo fato de a amostra de participantes ter sido relativamente pequena e de que a investigação deveria ter ser ocorrido por mais tempo, o coordenador do Centro de Clínicas Pediátricas do Hospital Universitário de Brasília (UnB), João da Costa Pimentel Filho, diz que a associação entre a qualidade do sono da criança e o desempenho dela na escola faz sentido. De acordo com ele, na literatura, já está provado que existe mesmo essa relação. “O sono é um estado da vida da pessoa extremamente importante devido às funções que desempenha e, se é cronicamente abalado, traz problemas sérios. Nas crianças pode resultar em problemas na aprendizagem”, explica.
Sintomas
Se o seu filho tem muito sono durante o dia, irrita-se com facilidade, muda de humor repentinamente, fique alerta: esses são os sintomas mais evidentes de que a criança pode estar tendo problemas durante o sono, de acordo com o neurocientista e coordenador do Laboratório de Cronobiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Fernando Mazzilli Louzada. Algumas vezes, no entanto, o cansaço pode dar lugar à hiperatividade, pois a privação do sono também dificulta o autocontrole, o que faz com que a criança fique mais impulsiva durante o dia.
Descobrir quais fatores estão impedindo que a criança tenha uma noite de sono adequada exige várias avaliações. Porém, segundo Louzada, antes de tomar alguma decisão, é necessário perceber se ela realmente está com dificuldades para ter um sono tranquilo ou se está sendo privada dessa condição pelo excesso de atividades.
Por isso, crianças que precisam acordar no início da manhã e que têm atividades contínuas ao longo do dia devem ter o sono equilibrado, ou seja, para acordar cedo é preciso dormir cedo. De acordo com Pimentel Filho, a rotina de sono deve ser condicionada pela família, e dormir na hora certa é importante em todas as fases da vida da criança. “Os pais precisam saber controlar isso, principalmente com aquelas crianças que têm falta de limites, querem ficar brincando. A falta de limites pode gerar um sono não regulado, repercutir seriamente no aprendizado e até mesmo na vida adulta”, diz.