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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Governo paga R$ 30 milhões referentes ao aumento concedido aos professores


Institucional

13/09/2012

O governador Beto Richa autorizou o pagamento para esta sexta-feira (14/09), em folha complementar, dos 6,6% de aumento concedidos aos 75 mil professores da rede estadual de ensino. A medida representa um desembolso de mais de R$ 30 milhões e faz parte do processo de equiparação salarial do magistério aos demais servidores estaduais de nível superior.


O pagamento autorizado por Richa é retroativo aos meses de julho e agosto. No salário de outubro, os professores receberão outra parcela de 6,65% de aumento. “O processo de equiparação salarial dos professores da educação básica da rede estadual aos demais servidores que possuem ensino superior, bem como a adequação ao Piso Nacional dos Professores, é um compromisso assumido pelo governo e que está sendo cumprido”, afirmou o governador.

Richa ressaltou que o aumento no salário dos professores estaduais chega a 34,85% em apenas dois anos de governo. “Um ensino público de excelência só se faz com investimento e valorização dos professores. No Paraná avançamos muito na melhoria das condições de trabalho e estamos corrigindo uma defasagem salarial histórica”, enfatizou o governador.

CONQUISTA - O processo de equiparação salarial dos professores começou no ano passado. Em 2011, o reajuste aplicado foi de 12,8%, se somados os percentuais aplicados em maio, agosto e outubro. Em maio, assim como os demais servidores do Estado, os professores receberam 6,5% de aumento. Parte da parcela de outubro, de 5,91%, foi antecipada para agosto, com a aplicação de um índice de 3% e outros 2,83% foram pagos no salário de outubro.

Neste ano, o reajuste acumulado chega a 19,55%, considerando os 5,1% aplicados em maio para o conjunto das categorias profissionais do quadro dos servidores públicos. A partir de julho, passou a ser contabilizado o índice de 6,66% e, em outubro, haverá mais 6,65% de aumento.

“O reajuste de julho se refere à segunda parcela da equiparação salarial e o de outubro à antecipação da terceira parcela, que estava prevista para ser paga no ano que vem”, explica o vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns.

OUTROS AVANÇOS - Paralelamente aos avanços na recomposição salarial, outras ações foram realizadas para valorizar os professores e profissionais da educação. Foram contratados 17.261 servidores para a educação e será realizado concurso público para a contratação de 13.771 professores e pedagogos.

Mais de 2,3 mil professores estão participando de cursos de Mestrado, Doutorado e Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), sem prejuízo aos vencimentos. Além disso, 100 mil servidores da Secretaria da Educação garantiram 400 mil participações em programas de formação continuada.

Aposentado, sim. Parado nunca!


Mel Gabardo / Gazeta do Povo /
COMPORTAMENTO

Aposentado, sim. Parado nunca!

Saber usar o tempo livre depois da aposentadoria pode ajudar a descobrir novos talentos, incrementar a vida social e até cuidar da saúde.
Você passa a vida toda trabalhando e, quan­­do se aposenta, encara um dilema: o que fazer com o tempo livre? Algumas pessoas resolvem simplesmente não fazer nada e assumir o estereótipo do aposentado que passa o dia no sofá. Mas não precisa ser assim. Aliás, para o aposentado Armelino Giradi, não deve ser assim.
“A pessoa acha que, quando se aposenta, tudo termina. Eu prefiro dizer que a vida tem dois tempos, assim como uma partida de futebol. Se o primeiro tem 45 minutos, o segundo também deve ter 45”, afirma ele que, há cinco anos, criou o Clube dos Desaposentados, um espaço para os aposentados interagirem e desenvolverem novos interesses.
“É importante ver a apo­­­­sentadoria como uma oportunidade. O clube reúne aposentados que ocupam a mente e o coração com algo que dá prazer. O que não dá é ficar parado. É preciso ter atividades, ter sonhos”, explica Giradi, “desaposentado” há 12 anos. O Clube tem hoje 5 mil filiados, gente interessada em manter a aprendizagem contínua e trocar experiências sobre essa nova fase da vida. “Muito aposentado se isola, especialmente os que viviam apenas no ambiente de trabalho”, revela.
Para a geriatra Gisele dos Santos, manter alguma atividade é fundamental, para manter também a saúde. “Quando a pessoa se aposenta e não tem objetivos de vida, acaba se isolando, o que gera redução, tanto da atividade física quanto do estímulo psicossocial”, explica.
Com o tempo, a diminuição da atividade física e mental aumenta o risco de várias doenças, mas o principal dano causado é psicológico. “Hoje, quando nos aposentamos, não estamos perto do fim das nossas vidas. E ficar 20 anos esperando pela morte, não dá!”, diz Gisele. Segundo ela, a falta de vida social pode ocasionar diversos transtornos do humor, como por exemplo a depressão. “A pessoa acha que não tem mais valor, que não serve para mais nada. Também prejudica a memória.” Nesses casos, o acompanhamento médico e psicológico é fundamental, mas o remédio pode ser mais simples do que parece: manter-se ativo.
Vida nova
Foi o que fez Geraldina Galléas. Ela resolveu aproveitar o tempo livre para fazer cursos, aprender coisas novas, e acabou descobrindo um talento. Aos 82 anos, tornou-se uma premiada pintora. Detalhe: Geraldina começou a pintar aos 62.
Dona de casa, cinco filhos, 11 netos, a pintura surgiu como um passatempo. Experiente, ela sabe que uma nova ocupação pode trazer fôlego novo à vida de quem se aposenta. “A gente fica mais jovem, não envelhece. Se ficar pensando na idade, em doenças, a gente vegeta”, revela. Alegre, falante e extremamente ativa, Geraldina é um exemplo de que o tempo pode ser um aliado. Se a vida é mesmo um jogo, que ela jogue a nosso favor.

Mortalidade infantil cai 73% no Brasil em duas décadas


Brasil está em quarto no ranking de avanços, atrás apenas da Turquia, do Peru e de El Salvador na relação das nações que mais obtiveram conquistas na prevenção de doenças infantis.

Brasília – No Brasil, o número de mortes de crianças com menos de 5 anos caiu 73% nas últimas duas décadas, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os dados do Brasil colocam o país em quarto no ranking de avanços, atrás apenas da Turquia, do Peru e de El Salvador na relação das nações que mais obtiveram conquistas na prevenção de doenças infantis.
Em 1990, foram registradas 58 mortes em cada grupo de mil crianças. Já em 2011, foram registradas 16 mortes para cada mil crianças. No entanto, no Brasil as famílias ainda perdem muitos bebês devido às chamadas causas neonatais – problemas ocorridos no pós-parto.
Os dados estão no Relatório de Progresso 2012, intitulado O Compromisso com a Sobrevivência da Criança: Uma Promessa Renovada. A publicação também menciona o elevado número de mortes de crianças devido à diarreia e à pneumonia, assim como a doenças sem definições específicas.
A assessoria do Unicef informou que os números oficiais de cada país nem sempre são iguais aos usados pelo organismo, pois há uma adequação técnica para fazer a comparação entre as nações. O relatório pode ser lido na íntegra no site do Unicef.
Nos últimos 20 anos, houve queda da mortalidade infantil na maior parte dos países examinados pelo Unicef, segundo a publicação. Os dados mostram que as mortes de crianças com menos de 5 anos caíram de 12 milhões, em 1990, para 6,9 milhões, em 2011.

Pai super protetor, filho inseguro


Ensino

Sexta-feira, 14/09/2012
Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Para Paola e Rodrigo Fiorin – na foto com os filhos, Ana Luisa e Rodrigo Júnior – existe um meio-termo saudável entre a rigidez e a negligênciaPara Paola e Rodrigo Fiorin – na foto com os filhos, Ana Luisa e Rodrigo Júnior – existe um meio-termo saudável entre a rigidez e a negligência
COMPORTAMENTO

Pai super protetor, filho inseguro

Pais erram ao assumir tarefas que os filhos já teriam condições de fazer, impedindo o seu desenvolvimento emocional e social.

Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Henry Milleo/ Gazeta do Povo / Josele faz tudo pela filha, Maria CarolineAmpliar imagem
Josele faz tudo pela filha, Maria Caroline
Na medida certa
Confira dicas de especialistas para incentivar a autonomia e independência dos filhos:
- Observe o comportamento de seu filho ao liberá-lo para novas experiências, mesmo que isso signifique acompanhá-lo a distância nas primeiras iniciativas – como, por exemplo, quando que ele for à panificadora sozinho.
- Não exija da criança um comportamento exemplar nas primeiras tentativas. Ao aparecerem os erros, oriente, apoie e incentive.
- Se perceber que seu filho ficará triste se permanecer na reserva durante um jogo, não o impeça de participar e o estimule a treinar mais.
- Pergunte ao seu cônjuge, familiares e amigos se eles o consideram protetor demais. Reflita a respeito e converse com o seu filho sobre suas preocupações, mostrando que confia nele.
- Avalie se as preocupações com o seu filho o afastam do seu parceiro e atrapalham seu sono ou trabalho. Se a resposta for positiva, repensar suas prioridades trará benefícios não só para o seu filho, mas para toda a família.
Exame de consciência
Veja algumas características dos personagens das famílias nas quais reina a superproteção:
O pai superprotetor
- Costuma justificar seus atos com frases como: “Meu filho não precisa passar por isso” ou “Ninguém cuida dele tão bem quanto eu”.
- Não considera a opinião das crianças, dirige suas escolhas e tem medo de que elas errem e sofram por causa disso.
- Prefere que o filho não se exponha a situações que possam feri-lo, como uma competição esportiva. Ao ver o filho em atividades físicas, dá orientações excessivas para que ele não se machuque.
- Geralmente se enquadra no perfil de pessoas que foram pais mais velhos, que adota ou que tiveram um filho único ou prematuro, assim como os que sentem culpa por trabalhar muito.
Os filhos superprotegidos
- Podem crescer ansiosos, perfeccionistas, competitivos, dependentes e indecisos.
- Na adolescência costumam ser mais desafiadores e irresponsáveis, acham que todos têm de satisfazer suas vontades.
- Demoram mais tempo para sair da casa dos pais, têm problemas de relacionamento em casa e no trabalho. A falta de capacidade de lidar com problemas faz com que se sintam incompreendidos e injustiçados.
1,8 filho
é a quantidade média por família no Brasil, segundo o IBGE. Pais com poucos filhos costumam ser mais superprotetores.

Eles ganharam o apelido de “pais helicóptero”, termo criado nos Estados Unidos para definir os chefes de famílias nas quais os filhos são criados sob vigilância próxima, constante e barulhenta. A comparação faz sentido, uma vez que alguns pais gastam energias tentando poupar crianças e adolescentes de perigos e frustrações, preocupados em excesso com a sua proteção. Es­ta atitude, de acordo com psicólogos, mais atrapalha do que colabora.
Apesar de terem conceitos opostos, negligência e superproteção se igualam se considerados seus riscos para o desenvolvimento emocio­nal, social e até físico dos pequenos. Pais superprotetores não só limitam as experiências do filho na tentativa de proibir tudo que possa pôr em risco sua integridade como prejudicam a sua auto­nomia ao assumir tarefas que o filho já teria condições de desempenhar.
O fato de que há cada vez mais famílias com filhos únicos e pais tardios piora esse quadro. Nessas circunstâncias, em muitos ca­­sos as crianças são aguardadas ansiosamente e vistas como um projeto no qual se exige demais que elas sejam bem preparadas e mais bem sucedidas para enfrentar o dia a dia de uma sociedade altamente competitiva. Ao mesmo tempo, o medo de que o filho sofra algum tipo de violência agrava a tendência paternal de impedi-lo de arriscar-se em situações normais da vida.
Para evitar esses exageros, é preciso buscar o bom senso, explica a psicóloga Graziela Sapienza, professora de Psi­cologia da Pontifícia Uni­versidade Ca­tó­lica do Pa­raná (PUCPR). “Os pais devem proteger os filhos de situações estressantes e perigosas, porém é importante que os filhos passem por situações frustrantes e as superem com o apoio dos pais”, afirma.
Curso natural
A aprendizagem ao longo da vida ocorre por “tentativa e erro”, por meio de experiências e também de regras e limites externos. Nesse cenário, os pais que utilizam exclusivamente a terceira forma para ensinar os filhos devem ter em conta que, se seguir os conselhos ou ordens de outras pessoas pode diminuir a probabilidade de algo dar errado, este comportamen­to limita ao mesmo tempo as possibilidades de ação e criatividade. “Regras são importantes e devem fazer parte da educação, mas pais superprotetores tendem a usar apenas essa forma de ‘ensinar’, não permitindo que os filhos entrem em contato com as contingências ou aprendam na prática como se rela­cionar com o mundo”, diz a psicóloga Silvia Aparecida Fornazari, do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Uni­­versidade Estadual de Lon­drina (UEL).
Os prejuízos dessa maneira de educar também atingem os pais. Próximo de uma criança superprotegida há geralmente um pai sobrecarregado e frustrado. “Se minha autoestima não está bem, arranjo uma desculpa não consciente para es­tar sempre de olho em meu filho e assim não prestar atenção às minhas necessidades e inseguranças”, exemplifica a psicóloga e terapeuta de família Carla Cramer. Con­fira nos quadros ao lado as conse­quências que uma educação superprotetora sobre as crianças e dicas das especialistas para reverter essa situação.
Sem desligar das crianças
Na casa de Ana Luiza, 7 anos, internet só com restrição de conteúdo. O celular terá de esperar a adolescência e, por enquanto, nada de dormir na casa de colegas ou tomar refrigerante. Como a menina nasceu prematura, os pais, Rodrigo e Paola Fiorin, contam que o cuidado redobrado nos primeiros meses de vida acabou gerando o comportamento considerado por alguns como superprotetor.
“Dizem que somos muito rígidos, mas achamos que os outros é que são desligados com as crianças”, diz Ro­­drigo, que tem 31 anos e é professor universitário. O ca­­sal também tem Rodrigo, 1 ano e meio, mas conta que com ele não está tão fácil ficar de marcação cerrada. “Não sei se é porque ele é menino ou se é porque estamos no segundo filho”, conta.
Outra superprotetora assumida, a fisioterapeuta Josele Ribas conta que até esquece que a filha, Maria Caroline, 6 anos, já não é mais bebê. “Faço tudo para ela, dou banho e às vezes dou até comida na boca. As raríssimas vezes em que ela saiu sem mim, fiquei ligando toda hora”, conta. À medida que a filha cresce, contudo, acaba mostrando para a mãe que pode se virar sozinha. “Quando ela foi para a escolinha pela primeira vez e depois quando começou a ir de van ela ficou numa boa, feliz da vida. Eu é que fiquei frustrada por ela nem sentir minha falta”, diz.

PR terá sistema próprio de avaliação educacional a partir deste ano


Ensino

Sexta-feira, 14/09/2012
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EDUCAÇÃO BÁSICA

PR terá sistema próprio de avaliação educacional a partir deste ano

Em novembro, estudantes farão provas de Português e Matemática. Exame será aplicado para alunos do 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do médio.
Assim como já ocorre em São Paulo, Minas Gerais e outros estados, o Paraná contará com a sua própria avaliação de desempenho educacional. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) vai aplicar, no dia 22 de novembro deste ano, uma prova em todas as escolas estaduais. Além de medir a aprendizagem dos alunos, o sistema será composto por questionários sobre práticas pedagógicas e de gestão, que devem ser respondidos por professores e diretores, respectivamente.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná (Saep), financiado pelo Banco Mundial, funcionará de modo semelhante à Prova Brasil – realizada em âmbito nacional –, mas pretende ser mais específico. Construído a partir das diretrizes educacionais do estado, o exame, segundo a Seed, não será usado, a princípio, para definir políticas de intervenção nas escolas com baixos rendimentos. “Não queremos interferir no planejamento, ou naquilo que a escola já tem de autônomo, mas queremos oferecer subsídios à prática docente”, diz Fernanda Scaciota, diretora de Políticas e Programas Educacionais.
Análise
Especialistas lamentam falta de inovação
Apesar do consenso sobre os benefícios que um diagnóstico da aprendizagem na educação básica pode trazer, analistas que tiveram contato com o projeto do Saep criticam aspectos do sistema, como o custo que trará aos cofres públicos, e alertam para os riscos do mau uso de seus resultados.
Para o doutor em Políticas Educacionais Ângelo Ricardo de Souza, membro do Núcleo de Pesquisa em Políticas Educacionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a prova poderia ir além do que se propõe. “Pensei que a Seed iria incluir outras disciplinas e conteúdos, ou que faria o exame por amostragem, usando outros instrumentos além da prova”, lamenta.
Segundo Souza, o Saep fará o mesmo que o Ministério da Educação já faz com a Prova Brasil e o Saeb. Para ele, se os resultados dessas duas provas nacionais fossem mais estudados, o novo exame esta­dual seria dispensável, evitando os custos de impressão e distribuição dos mais de 600 mil cadernos de questões.
Já a coordenadora do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), Paulla Helena de Carvalho, vê o risco de que o exame seja utilizado para promover apenas uma preparação à Prova Brasil e ao Enem, com o objetivo de que as escolas do estado alcancem melhores colocações em rankings nacionais.
Outro ponto levantado pelos entrevistados é a confusão que pode ocorrer quando as notas dos exames nacionais e estaduais, aplicados às mesmas séries, forem comparadas. “Se uma escola tira 3,8 no exame nacional, mas fica com 6,8 na nota estadual, em quem um pai de aluno deve acreditar?”, questiona o consultor em educação Renato Casagrande.
O especialista afirma ser favorável a exames de medição de desempenho, mas considera que já existem informações suficientes sobre a situação da educação no estado.
Exemplos
Existem hoje três iniciativas nacionais para medir a aprendizagem. Na década de 90, o governo criou o Saeb, que avalia apenas uma mostra dos estudantes do 5º e do 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do médio, de escolas públicas e privadas.Em 2005, surgiu a Prova Brasil, aplicada a todos os alunos de 5º e 9º anos da rede pública. Já o Enem é voluntário e direciona-se ao último ano do ensino médio.
Boa ideia?
A criação de um exame próprio para avaliar os estudantes das escolas estaduais do Paraná é uma boa ideia?
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
De acordo com Fernanda, cada escola receberá material de orientação para interpretar os resultados e, dessa forma, cada professor poderá aperfeiçoar por conta própria sua prática docente conforme a necessidade revelada pelos números.
Semelhanças
Apesar da preocupação da Seed em afastar o estereótipo intervencionista do Saep, na prática as provas serão muito parecidas com outros exames estaduais e com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A formulação do Saep também seguirá a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método pelo qual a nota não é calculada apenas com base no número de acertos do aluno e as questões apresentam pontuações diferentes de acordo com o grau de dificuldade de cada uma.
Assim como na Prova Brasil, os estudantes serão avaliados somente em duas áreas do conhecimento. Serão 52 questões: 26 de Língua Portuguesa e 26 de Matemática. As primeiras séries a serem avaliadas serão o 9.º ano do ensino fundamental (antiga 8.ª série) e o 3.º ano do ensino médio. O exame também será aplicado a outras séries, ainda não definidas, no início do ano que vem. A partir de 2013 o Saep deve ser realizado duas vezes ao ano.
A divulgação dos resultados do primeiro exame está prevista para o dia 27 de fevereiro de 2013. As notas por escola e município estarão disponíveis a toda a população na internet, e as escolas poderão acessar os resultados por aluno. Participarão do exame 2.024 escolas, totalizando cerca de 600 mil alunos ao fim das duas primeiras aplicações.
Já o questionário direcionado aos professores e diretores servirá para colher informações sobre o corpo docente da rede estadual. Serão solicitados dados sobre acesso à informática, nível socioeconômico, métodos usados em sala de aula e detalhes sobre a gestão escolar. A consulta deve chegar a todos os diretores das escolas avaliadas, a pouco mais de 9,3 mil professores de Língua Portuguesa e a 8,8 mil professores de Matemática.
Demora dos resultados do Ideb justificaria outro sistema
De acordo com a Seed, o Paraná é um dos poucos estados brasileiros que ainda não apresenta um sistema de avaliação próprio. O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), por exemplo, existe desde 1996 e está em sua 15.ª edição. Exames semelhantes também são adotados por municípios muito populosos, como é o caso da Prova Rio, aplicada a todas as escolas municipais da capital carioca.
Entre as justificativas para a adoção de um sistema local está a demora na divulgação dos dados, já que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb – composto pelos resultados da Prova Brasil e pelos índices de aprovação dos alunos) é divulgado pelo MEC a cada dois anos. “É fundamental ter uma avaliação mais ágil. Dois anos é tempo demais para receber informações sobre o aprendizado de uma criança”, diz Claudia Costin, secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro.
Além disso, as provas nacionais tenderiam a ser mais abrangentes e, por isso, nem sempre incluiriam tópicos das diretrizes curriculares de cada estado. A possibilidade de filtragens mais específicas também é um atrativo para as secretarias de educação que adotam exames próprios. No caso do Saep, além da nota por aluno pretende-se obter resultados por escolas, turmas e municípios.
Expansão
Por se tratar da primeira edição, o Saep de 2012 alcançará apenas as escolas estaduais, mas a experiência paulista permite que se cogite uma expansão futura. O Saresp é oferecido a todas as redes municipais que se interessem em participar. As despesas são pagas pelo governo do estado. Escolas particulares também podem aderir, desde que paguem os custos de impressão e distribuição das provas.
Outro aspecto que não está incluído na proposta do Saep, mas é comum em outras avaliações locais, é a vinculação de bons desempenhos a prêmios. No Rio de Janeiro, todos os funcionários das escolas que alcançam a meta estabelecida ganham um salário a mais. Se a escola estiver localizada em uma área considerada violenta, o prêmio é de um salário e meio a mais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tatu-bola, o primeiro convocado


Animal tipicamente brasileiro é anunciado pela Fifa como a mascote para a Copa'2014. Ambientalistas veem indicação como bandeira para reduzir risco de extinção da espécie

CBF/DIVULGAçãO/AE
Um bicho tipicamente brasileiro, como a caatinga e o cerrado, seus habitats naturais, está confirmado pela Fifa como a mascote oficial da Copa’2014. O tatu-bola, coberto por uma carapaça formada de três cintas móveis – de onde vem seu nome científico, Tolypeutes tricinctus –, tem hábitos noturnos, não mais que 50 centímetros de porte e, num piscar de olhos, é capaz de se blindar diante de predadores. As semelhanças com peculiaridades do futebol e do anfitrião, Brasil, legitimam a escolha.

Apresentando em imagens preto e branco e em 3D no escritório europeu de patentes pela entidade maior do esporte bretão, o animal que promete se tornar o centro das atenções em todo o mundo daqui a menos de dois anos ainda não tem nome – será definido por meio de votação na internet, a exemplo da bola Brazuca.

A indicação chama a atenção para um problema grave: o risco de extinção da espécie. Foram as chances de levar adiante um plano de conservação para o bicho, além da óbvia semelhança do tatu com a pelota, que levaram a ONG cearense Associação Caatinga a sugerir a adoção do ícone ao Ministério do Esporte e o Comitê Organizador Local (COL), em fevereiro. Aprovado, o tatu-bola – que vive também nas regiões Nordeste e Noroeste de Minas Gerais – pode ganhar força para ser salvo. “Ele é uma espécie endêmica, que só existe no Brasil, e representará o país dando visibilidade à nossa fauna. A presença na Copa vai dar o devido destaque a um ser bastante particular, mas que está ameaçado por ser alvo de vários tipos de pressões humanas como a diminuição das áreas de mata e a caça”, alerta a biológa e coordenadora técnica da ONG, Liana Sena.

As características da carapaça, acrescenta a especialista, permitem que o bicho se defenda de animais, embora possa ser facilmente capturado pelo homem. ““É a única espécie capaz de se enrolar completamente, formando uma bola quando se sente ameaçada, mas se está protegido de predadores naturais, ao mesmo tempo fica vulnerável aos seres humanos.”

Fundação Biodiversitas
O tatuzinho é típico da caatinga e do cerrado, sendo encontrado também no Nordeste e Noroeste de Minas Gerais
Bandeira O tatu-bola se alimenta de cupins, formigas, frutas e aproveita tocas abandonadas de outros animais, em vez de escavar seu próprio buraco. Colocá-lo em foco é visto com bons olhos pelo professor do Departamento de Biologia Geral do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG Flávio Rodrigues. Para ele, o fato de existirem somente duas variações do animal no Brasil (a outra é a Tolypeutes matacus, comum no Pantanal, mas em maior número) poderá servir como alerta. “A escolha da mascote é mais uma bandeira que se levanta para mostrar a necessidade de conservação das espécies. A partir daí poderemos alavancar recursos e gerar a atenção necessária”, defende. Rodrigues acredita, porém, que grande parte da preocupação sobre o problema venha do exterior. “O tatu-bola é ainda menos conhecido fora do Brasil. Como nosso representante na Copa, ele vai se tornar uma causa em todo o mundo”, salienta.

Apesar do risco de ser extinto, não há registro de apreensões de tatu-bola capturado ilegalmente no estado, segundo levantamento do Ibama. Ele será a 13º mascote de Copas desde o leão Willie, do Mundial de 1966, na Inglaterra.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Freio na inflação e força para o PIB


Daniel Castellano/ Gazeta do Povo / Galeria da hidrelétrica subterrânea Parigot de Souza, em Antonina: usina da Copel é uma das que devem ter a concessão prorrogada

Redução das tarifas de eletricidade deve baixar o IPCA de 2013 em no mínimo 0,5 ponto porcentual. E dar impulso de ao menos 0,6% ao crescimento da economia.
A redução nas tarifas de energia elétrica, que será detalhada pelo governo federal na manhã de hoje e entrará em vigor no início de 2013, deve dar um alívio para a inflação e ainda um empurrão para a atividade econômica, graças ao barateamento dos custos de produção.
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz do consumidor doméstico cairá 16,2% e a da indústria, até 28%. Segundo o governo, isso deve “tirar” ao menos 0,5 ponto porcentual do IPCA (índice oficial de inflação) de 2013. A Tendências Consultoria prevê um impacto até maior, de 0,55 ponto. As projeções atuais do mercado financeiro, que ainda não embutem essa redução, apontam para um IPCA de 5,54% no ano que vem, segundo relatório publicado ontem pelo Banco Central.
Renovação afeta 6% do parque da Copel
O governo atua em duas frentes para baixar as tarifas. De um lado, vai eliminar alguns encargos do setor elétrico; de outro, vai renovar concessões de geração, transmissão e distribuição que vencem em 2015 e exigir das companhias, como contrapartida, uma redução nos preços da energia desses ativos. “Cerca de 20% da capacidade de geração e 75% das linhas de transmissão vencem em 2015”, diz Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ. “Essa definição é esperada há muito tempo. É um tema que causava muita insegurança no setor”, afirma Luiz Fernando Leone Vianna, presidente do conselho de administração da Apine, que reúne produtores independentes.
A situação da Companhia Paranaense de Energia (Copel) é relativamente tranquila. Ela já havia conseguido renovar as concessões de suas maiores hidrelétricas, e as quatro que vencem neste ano – a maior é a Parigot de Souza, em Antonina – representam só 6% de seu parque gerador. Mais importante para a empresa é a prorrogação de suas linhas de transmissão e da área de distribuição. O contrato desta, válido até 2015, já prevê a renovação por mais 20 anos. (FJ)
Esses cálculos se referem somente ao item “energia elétrica residencial” do IPCA. O IBGE, responsável pelo índice, considera que a luz elétrica tem um peso de 3,35% no orçamento dos brasileiros e de 3,45% nas contas das famílias da Região Metropolitana de Curitiba. Graças às revisões tarifárias promovidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o preço da energia para as residências já recuou um pouco neste ano – 0,3% em todo o Brasil e 3,1% em Curitiba e região.
Indústria
O custo da energia para a indústria, um dos mais altos do mundo, não é contabilizado no IPCA. E o efeito indireto da redução dessa conta dependerá de cada empresário, que vai decidir se o ganho será incorporado ao lucro ou repassado ao consumidor.
Para José Mascarenhas, presidente do conselho de infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), “é básico que a queda chegue ao consumidor e não adianta a indústria se apropriar dessa renda”. Segundo ele, a principal função do pacote do governo é resgatar a competitividade da indústria brasileira diante da concorrência externa. “A indústria só ganhará com isso se repassar os ganhos ao consumidor, que faz a aferição dessa competitividade”, disse. Mas, para a economista Adriana Molinari, da Tendências, esse repasse é pouco provável. “Todo ganho deve ser absorvido como margem [de lucro] pelo setor produtivo, que passa por um período conturbado”, afirmou.
Impulso
Do ponto de vista da atividade econômica, o pacote da energia deve permitir um crescimento “extra” do Produto Interno Bruto (PIB) de ao menos 5% entre 2013 e 2020, o que corresponde a 0,61% ao ano – um impulso considerável, dado que hoje o mercado projeta uma alta do PIB de apenas 1,62% em 2012 e de 4% em 2013. Essa estimativa parte do princípio de que, na média de todas as classes de consumo, a tarifa cairá 10%. Se ela baixar 20%, o crescimento adicional do PIB chegará a 8%, ou 0,97% ao ano.
Na primeira hipótese, haveria uma geração adicional de 4,5 milhões de empregos (563 mil por ano) e, na segunda, de 5 milhões (625 mil por ano). Os cálculos são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), e integram o Projeto Energia Competitiva, coordenado pela Abrace, entidade que reúne grandes consumidores de eletricidade.
Mercado livre pode ficar menos atraente
A eliminação de alguns dos principais encargos do setor elétrico deve ter impacto tanto no mercado regulado quanto no chamado mercado livre, que é formado por grandes consumidores e hoje responde por 27% de todo o consumo nacional. Mas não se sabe se o barateamento referente à renovação das concessões de hidrelétricas chegará aos consumidores livres. Se não chegar, esse mercado – em que preço, prazo e outras condições são negociados diretamente entre as companhias do setor e seus clientes – tende a ficar menos atraente.
“É importante que o governo detalhe, com transparência, que porcentual da redução virá da retirada de encargos e quanto virá da prorrogação de concessões”, diz Carlos Faria, presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace).
O diretor da comercializadora Trade Energy, Luís Gameiro, não acredita que o governo vá beneficiar apenas o mercado cativo. “É preciso haver isonomia entre os dois mercados”, diz. (FJ)

sábado, 8 de setembro de 2012

Star Trek faz 46 anos e ganha homenagem no doodle do Google


O Google transformou as letras de seu nome em personagens da série de ficção científica. Foto: Google.com/Reprodução
O Google transformou as letras de seu nome em personagens da série de ficção científica
Foto: Google.com/Reprodução

O doodle do Google deste sábado homenageia os 46 anos da série de TV americana Star Trek - Jornada nas Estrelas, no Brasil -, transmitida originalmente de 8 de setembro de 1966 a 1969. O Google transformou as letras do seu nome em personagens do programa, e o logotipo é interativo e permite que se crie uma história clicando em alguns itens. Clicando na porta, por exemplo, o cenário muda. Chegando na outra sala, os personagens podem ainda se "transportar" para outro lugar.
Apesar de ter sido exibida até o fim da década de 60, a série tornou-se popular ao ser transmitida em reprises nos anos 70, fazendo sucesso até hoje. Personagens como Kirk e Spock ainda são lembrados como referências na ficção científica.
Os doodles do Google
O Google costuma comemorar datas importantes para a humanidade, como aniversários de invenções e personalidades ligadas à cultura e à política, por exemplo, com customizações do logo na página inicial do site de buscas. O primeiro doodle surgiu em 1998, quando os fundadores do Google criaram um logotipo especial para informar aos usuários do site que eles estavam participando do Burning Man, um festival de contracultura realizado anualmente nos Estados Unidos.
O sucesso foi tão grande que hoje a companhia tem uma equipe de designers voltada especialmente para a criação dos logotipos especiais. Já foram criados mais de 300 doodles nos Estados Unidos e mais de 700 para o resto do mundo.
Para ver alguns dos doodles do segundo trimestre de 2012, clique aqui.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Audição: cuide deste sentido


Mel Gabardo / Gazeta do Povo
Mel Gabardo / Gazeta do Povo / Helena de Godoy Correa escuta apenas do lado direito, por causa de uma infecção na infância: problema exige cuidado redobrado com a audiçãoHelena de Godoy Correa escuta apenas do lado direito, por causa de uma infecção na infância: problema exige cuidado redobrado com a audição
SAÚDE

A ciência está vencendo a batalha contra a surdez, mas a prevenção é a melhor arma para evitar a perda auditiva.

Diferente do tradicional teste de letrinhas, check up dos olhos considerado obrigatório pela maioria das pessoas, a avaliação da audição normalmente é relegada a um segundo plano na lista de prioridades da saúde.
O problema é que, ao contrário da visão, em que a própria pessoa descobre que algo está errado, a deficiência auditiva geralmente só é percebida por outras pessoas. “O indivíduo vai se adaptando e não sente que está perdendo a audição”, alerta o médico Rogério Hamerschmidt, professor de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Fique atento
Confira os principais sintomas de quem sofre de perda auditiva:
- Pede para o outro falar várias vezes ou isola-se socialmente.
- Dificuldade para ouvir em ambientes barulhentos.
- Zumbidos, chiados ou apitos no ouvido.
- Aumenta o volume da tevê e rádio.
- Sensação de ouvido tampado, pressão e estalos no ouvido.
- Irritabilidade.
- Finge que entendeu o que foi conversado, tendo dificuldade em admitir a perda auditiva e procurar ajuda.
- Evita situações comunicativas.
- Dificuldade de ouvir ao telefone.
Para prevenir danos ao sistema de audição, é preciso tomar alguns cuidados. Hamerschmidt recomenda, por exemplo, bom senso no uso de aparelhos de som com fones de ouvido e na frequência a festas fechadas com músicas em volume muito alto. Segundo ele, se muito repetitivas, essas duas situações podem causar perda irreversível de audição.
O otorrinolaringologista Rafael Souza Moraes indica o uso de fones com intensidade sonora compatível com a saúde auditiva. “Ajuste o volume em um local silencioso e, ao permanecer em locais mais barulhentos, resista à tentação de elevar o volume”, afirma. Moraes recomenda ainda que se use fones que cubram toda a orelha, pois fazem uma melhor vedação e bloqueiam os ruídos externos.
Evitar som alto em locais fechados, como dentro de casa, automóveis e salas de ginástica, também é uma atitude preventiva, acrescenta o otorrinolaringologista Luiz Carlos Sava, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). E quem já sofre de problemas auditivos precisa tomar cuidados redobrados. É o caso da estudante Helena de Godoy Correa, 16 anos, que escuta apenas do lado direito, por causa de uma infecção no ouvido esquerdo na infância. “Fui orientada, por exemplo, a sempre colocar um volume médio no MP3”, conta.
O otorrinolaringologista Rafael Souza Moraes lembra ainda da importância dos exames periódicos, medidas de tratamento e controle dos fatores de riscos associados. Nos casos de surdez em que há o prejuízo na comunicação, o profissional aconselha a adoção de aparelhos auditivos.
Mas, por mais que tomemos todos os cuidados necessários, o envelhecimento é implacável com a audição. A perda da capacidade auditiva com o passar do tempo se chama presbiacusia e tem início a partir da quinta década de vida, salienta Moraes.

Concurso Menina Fantástica chega a Curitiba


Divulgação / O apresentador Zeca Camargo e a top Izabel Goulart em frente ao ônibus do concurso Menina FantásticaO apresentador Zeca Camargo e a top Izabel Goulart em frente ao ônibus do concurso Menina Fantástica
OPORTUNIDADE

Concurso Menina Fantástica chega a Curitiba

Neste sábado (dia 8), acontece a seletiva estadual de onde sairão três candidatas.
Curitiba recebe neste sábado (dia 8), o ônibus do concurso "Menina Fantástica", promovido pela TV Globo e produzido pela Mega Models.
Três candidatas sairão da seletiva paranaense. Desde a estreia, os quatro ônibus do concurso já percorreram cinco estados, 64 cidades e cerca de 10 mil quilômetros.
Serviço
Seletiva paranaense do concurso "Menina Fantástica": dia 8 de setembro, às 9 horas, noRadisson Hotel (Av. Sete de Setembro, 5.190, Batel)
Na semana passada aconteceram as primeiras seletivas estaduais em Goiânia e em Rio Branco. Entre mais de 2 mil candidatas que passaram pelos ônibus foram escolhidas 30 meninas (15 de cada estado). Do Acre as três semifinalistas são: Ana Caroline Silva Ferreira, de Porto Velho, Giovanna Prado Lopes, de Rio Branco, e Lívia Maria Saraiva Lima, de Porto Velho.
De Goiás, passaram para a semifinal Yohana Alves, de Trindade, Renata Guerra, de Anápolis, e Ana Caroline Viana, de Anápolis.
Na próxima semana, os ônibus continuam seus trajetos. O roteiro completo está no site do projetowww.meninafantastica.com.br.
Depois dessa fase, acontecem cinco semifinais em locações especiais, cartões-postais de cada uma das cinco regiões brasileiras. De cada semifinal, saem duas finalistas, num total de dez meninas.
Em novembro, as dez classificadas seguem para a casa da "Menina Fantástica", em São Paulo. Durante quatro semanas elas serão acompanhadas de perto pela top model Izabel Goulart e pelo ator Daniel Rocha e vão vivenciar todas as fases e desafios do trabalho de modelo.

O quadro "Menina Fantástica" é exibido no Fantástico, aos domingos, pela RPCTV.

Unicef: trabalho infantil é “causa significativa” do abandono escolar


Josué Teixeira / Gazeta do Povo / Criança acompanha mãe, catadora de papel, na jornada de trabalhoCriança acompanha mãe, catadora de papel, na jornada de trabalho
BALANÇO

Unicef: trabalho infantil é “causa significativa” do abandono escolar

De acordo com o levantamento, 638 mil crianças entre 5 e 14 anos exercem atividade laboral, apesar de a legislação brasileira proibir o trabalho para menores de 16 anos.
O relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 – Iniciativa Global pelas Crianças Fora da Escola, divulgado nesta sexta-feira (31) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alerta para a persistência do trabalho infantil entre as crianças em idade escolar, o que prejudica o direito dessa população à educação. De acordo com o levantamento, 638 mil crianças entre 5 e 14 anos estão nessa situação, apesar de a legislação brasileira proibir o trabalho para menores de 16 anos. O grupo representa 1,3% da população nessa faixa etária, mas para o fundo não pode ser desconsiderado porque o trabalho infantil é uma “causa significativa” do abandono escolar.
Segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), César Callegari, o estudo do Unicef traz uma fotografia importante dos desafios que o Brasil tem pela frente: garantir a educação para todas as crianças e jovens brasileiros, incluindo não só essa parcela da população, mas favorecendo sua permanência na escola. Ele ressaltou, no entanto, que o país conquistou avanços significativos principalmente na útlima década.

Cultural
"Se olharmos não apenas a fotografia, mas o filme dos últimos anos, veremos que o Brasil conseguiu incluir nos últimos 12 anos mais de 5 milhões de crianças e jovens que estavam fora da escola. Tínhamos 8,7 milhões, entre 4 e 17 anos, nessa situação em 1997 e agora são 3,69 milhões", disse Callegari. Ele citou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) como um dos mecanismos mais importantes para esse avanço, ao viabilizar "recursos firmes e mensais" para que cada município e estado garanta a matrícula de crianças na pré-escola e de jovens no ensino médio.
Estudos mostram que os índices de trabalho infantil caíram nas últimas décadas, mas ficaram estagnados nos últimos cinco anos. O levantamento do Unicef inclui tanto crianças e jovens que desenvolvem atividades econômicas, quanto aqueles que se ocupam de serviços domésticos com duração superior a 28 horas semanais. A coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, diz que o momento econômico que o Brasil vive tem feito crescer o número de meninos e meninas responsáveis pelas tarefas do lar.
“Quando temos uma situação de oferta de emprego grande, isso pode acarretar aumento do trabalho infantil doméstico para as meninas, que substituem a mãe que foi para o mercado de trabalho. Essas meninas ficam com a responsabilidade de cuidar dos irmãos, lavar louça, arrumar a casa”, explica Salete. Para a representante do Unicef, uma das principais barreiras para superar essas práticas é cultural. Em muitas famílias, o trabalho desde a infância é considerado normal e importante para o desenvolvimento. Além das tarefas do lar, outro “nicho” do trabalho infantil está na zona rural, onde logo cedo jovens ajudam a família no trabalho do campo.
“O trabalho agora é localizar essas famílias e entender o que leva aquela criança a trabalhar e o que pode ser feito para convencer a família de que aquele trabalho não é adequado”, aponta Salete. A questão socioeconômica também tem grande peso no ingresso precoce no mercado de trabalho. O relatório mostra que mais de 40% das crianças de 6 a 10 anos, de famílias com renda familiar per capita até um quarto de salário mínimo, trabalham. Esse percentual cai para 1,2% no grupo de famílias com renda superior a dois salários mínimos por pessoa.
Do total de crianças de 5 a 14 anos que trabalham, 93% estudam. O relatório mostra o trabalho infantil como uma grande barreira tanto para as crianças que estão fora do sistema de ensino, quanto para aquelas que frequentam a escola. Mesmo quem está regularmente matriculado terá o desempenho escolar prejudicado pelas outras tarefas que desempenha.
“Essa questão interfere de fato na qualidade do ensino, já que a criança que trabalha tem menos condição de aprendizagem porque fica cansada e desatenta. E se ela não está na escola, dificilmente vai largar o trabalho para estudar”, ressalta Salete.
De acordo com o relatório, 375.177 crianças na faixa de 6 a 10 anos estão fora da escola – o que corresponde a 2,3% do total dessa faixa etária. Dessas, 3.453 trabalham (0,9%) e, nesse grupo, a maioria é negra (93%). O número de crianças de 11 a 14 anos que só trabalham é cerca de 20 vezes maior que na faixa anterior: 68.289.