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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Turismo Em Curitiba


Linha Turismo

A Linha Turismo é uma linha de ônibus especial que circula nos principais pontos turísticos de Curitiba. Com ela, é possível conhecer os parques, praças e atrações da cidade.

Considerada uma das melhores do país, a Linha Turismo circula a cada trinta minutos, percorrendo aproximadamente 45 km em cerca de duas horas e meia. O roteiro começa na Praça Tiradentes, mas é possível iniciar o trajeto em qualquer um dos pontos. Para embarcar você compra uma cartela com cinco tíquetes no valor de R$ 20,00 e tem direito a um embarque e quatro reembarques.

Os veículos são equipados com sistema de som para fornecer informações gravadas sobre os locais visitados em três idiomas - português, inglês e espanhol.

Conheça a Linha Turismo e viaje Curitiba em todos os pontos.
Atenção: Saídas de Terça a Domingo, partindo da Praça Tiradentes, das 9h às 17:30h, a cada 30 minutos.

Locais de Embarque e Horários da Linha Turismo
1. PRAÇA TIRADENTES
Marco zero da cidade, é dominada pela Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz, em estilo gótico, restaurada em seu centenário em 1993.
Primeiro horário: 09h00
Último horário: 17h30

2. RUA DAS FLORES
A principal rua da cidade foi transformada no primeiro calçadão do país, em 1972. É importante eixo comercial da capital.
Primeiro horário: 09h06
Último horário: 17h36

3. VISCONDE DE NACAR
Primeiro horário: 09h11
Último horário : 17h41

4. MUSEU FERROVIÁRIO
Construído na antiga estação, conta a história ferroviária do Estado. O prédio anexo Shopping Estação abriga o Museu Ferroviário, da Farmácia, do Perfume, o Teatro de Bonecos além do moderno centro de eventos Estação Embratel Convention Center.
Primeiro horário: 09h20
Último horário : 17h50

5. TEATRO PAIOL
Antigo paiol de pólvora construído em 1906 e reciclado para teatro de arena em 1971. Sua inauguração teve batismo do poeta Vinícius de Moraes, que compôs música especialmente para a ocasião. Símbolo da transformação cultural de Curitiba.
Primeiro horário: 09h27
Último horário : 17h57

6. JARDIM BOTÂNICO
Criado em 1991 à imagem dos jardins franceses, tem estufa em metal e vidro, museu botânico, mata nativa, trilhas e o espaço cultural Frans Krajcberg.
Primeiro horário: 09h36
Último horário : 18h06


7. ESTAÇÃO RODOFERROVIÁRIA/MERCADO MUNICIPAL
Sua concepção moderna e funcional representou em 1972, quando foi inaugurada, um marco no país em terminais de transporte.
Primeiro horário: 09h43
Último horário : 18h13

8. TEATRO GUAÍRA/UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Na Praça santos Andrade localiza-se o Teatro Guaíra, um dos maiores da América Latina. À sua frente, do outro lado da praça encontra-se a Universidade Federal do Paraná, a primeira do Brasil.
Primeiro horário: 09h49
Último horário : 18h19

9. PASSEIO PÚBLICO/MEMORIAL ÁRABE
O Passeio é o primeiro parque público e o primeiro zoológico de Curitiba, inaugurado em 1886. Seu portão principal é réplica do antigo portal do cemitério de cães de Paris. O Memorial Árabe é edificação moderna inspirada na arquitetura dos povos do deserto. É também biblioteca pública.
Primeiro horário: 09h52
Último horário : 18h22

10. CENTRO CÍVICO
Sede dos Poderes do Estado do Paraná, com o Palácio Iguaçu, a Assembléia Legislativa e o Tribunal de Justiça, além da Prefeitura de Curitiba. Implantado em 1953, no centenário da emancipação política do Paraná.
Primeiro horário: 09h55
Último horário: 18h22

11. MUSEU OSCAR NIEMEYER
Maior e mais moderno museu do Brasil. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o "olho" completa uma antiga obra que ele mesmo construiu, em 1976.
Primeiro horário: 09h57
Último horário: 18h27

12. BOSQUE DO PAPA/MEMORIAL POLONÊS
Memorial da imigração polonesa, é composto por sete casas de tronco e bosque nativo. Inaugurado em 1980, logo após a visita do Papa João Paulo II a Curitiba.
Primeiro horário: 10h00
Último horário: 18h30


13. BOSQUE ALEMÃO
Lembra as mais caras tradições dos alemães, os primeiros imigrantes a se estabelecer em Curitiba, no século dezenove, a partir de 1833. Entre os destaques, a trilha de João e Maria, dos contos dos irmãos Grimm, a Casa Encantada, o Oratório Bach e a Torre dos Filósofos, com uma bela vista de Curitiba.
Primeiro horário: 10h11
Último horário : 18h41

14. UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE - UNILIVRE
Inaugurada em 1992, com a presença do oceanógrafo Jacques Cousteau, promove educação ambiental para a população em geral. É, por si só, uma lição de ecologia, integrando a arquitetura ao meio ambiente.
Primeiro horário: 10h15
Último horário : 18h45

15. PARQUE SÃO LOURENÇO
Uma velha fábrica de cola deu lugar a um Centro de Criatividade, com cursos, oficinas e espaços para exposições.Seu lago é cercado por ampla área verde nativa.
Primeiro horário: 10h25
Último horário : 18h55

16. ÓPERA DE ARAME/PEDREIRA PAULO LEMINSKI
Construído em estrutura tubular, o Teatro Ópera de Arame, de 1992, é um espaço mágico que se integra à natureza do local. Ao seu lado, a Pedreira Paulo Leminski é o palco dos grandes acontecimentos culturais e artísticos de Curitiba. Mais adiante, está o Farol das Cidades, biblioteca informatizada conectada à Internet.
Primeiro horário: 10h28
Último horário : 18h58

17. PARQUE TANGUÁ
Às margens do rio Barigui, é área de lazer com grandes espaços verdes, ancoradouro, pista para caminhada e corrida, ciclovia e um túnel aberto na rocha bruta unindo os lagos. Implantado em 1996.
Primeiro horário: 10h31
Último horário : 19h01

18. PARQUE TINGUI
O Parque Tingui lembra os primeiros ocupantes dos Campos de Curitiba, os índios Tinguis, da nação Guarani.
Primeiro horário: 10h38
Último horário : 19h08

19. MEMORIAL UCRANIANO
O Memorial Ucraniano, no Parque Tingui, é homenagem ao centenário da chegada dos pioneiros da etnia, comemorado em 1995. Uma réplica da Igreja de São Miguel, da Serra do Tigre, em Mallet, interior do Paraná, com telhas de pinho e cúpula de bronze, é um museu.
Primeiro horário: 10h42
Último horário : 19h12

20. PORTAL ITALIANO
O Portal sinaliza a entrada do bairro italiano de Santa Felicidade. Utiliza elementos de três edificações típicas da imigração italiana, entre elas a igreja matriz, com sua torre separada do corpo principal.
Primeiro horário: 10h47
Último horário : 19h17

21. SANTA FELICIDADE
Colônia formada em 1878 por imigrantes italianos das regiões do Vêneto e do Trentino. Principal eixo gastronômico de Curitiba, é um desfile de casas típicas, unidades de interesse de preservação pelo valor histórico, arquitetônico ou sentimental.
Primeiro horário: 10h56
Último horário : 19h26

22. PARQUE BARIGUI
Um dos maiores da cidade, implantado em 1972, é um dos preferidos para as caminhadas diárias do curitibano à beira do lago. Tem espaços para exposições e eventos, museu do automóvel, esportes e várias outras atividades.
Primeiro horário: 11h04
Último horário : 19h34


23. TORRE PANORÂMICA/BRASIL TELECOM
Suporte dos serviços de telecomunicações, permite, do mirante, uma visão de 360 graus da cidade. Seus 109,5 metros de altura equivalem a um edifício de 40 andares.
Primeiro horário: 11h09
Último horário : 19h39

24. SETOR HISTÓRICO
As ruínas da Igreja de São Francisco de Paula, nunca concluída, o Relógio das Flores, a Fonte da Memória, igrejas antigas, casarões reciclados e transformados em espaços culturais compõem o Setor Histórico da cidade, onde um dos destaques é o Memorial de Curitiba. Aos domingos, tem feira de artesanato.
Primeiro horário: 11h17
Último horário : 19h47


*CONSULTE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO E VISITAÇÃO DOS PARQUES/MUSEUS: DISQUE TURISMO DE CURITIBA (41) 3352-8000

Yankee American Bar

O YANKEE AMERICAN BAR impressiona pela beleza arquitetônica dos seus espaços amplos bem planejados e a decoração estilo americano repleta de objetos raros e obras de arte evocando o melhor espírito esportivo e a sofisticação do american way.


Localizado no coração do Batel a região nobre de Curitiba com a maior e melhor variedade de opções internacionais da noite curitibana, o Yankee conquistou o público cosmopolita que circula pela ciade sendo considerado uma das melhores casas noturnas do Sul do Brasil
 
No Yankee você encontra a galera mais bonita e descontraída de Curitiba, dos socialytes a quem gosta de boa música eletrônica, shows e performances com grande variedade da pop music, jazz baladas e country moderno o espírito é da mais pura satisfação.


A programação é diversificada e de bom gosto. Grandes nomes da música nacional e internacional apresentam-se semanalmente trazendo o melhor do seu estilo, seja Rock, Pop, Hip Hop, Jazz, MPB ou Eletro.

O cardápio oferece o melhor sabor da gastronomia Norte Americana e Mexicana. São 52 pratos entre Aperitivos, Hamburgers, Low Carb Burgers, Grelhados, Saladas e Sobremesas alem de Bebidas, Drinks e Cocktails para acompanhar.


Com tanto a oferecer, o Yankee atende a diversos tipos de eventos de pequeno, médio, e grande porte. Para cada um o atendimento é diferenciado, com vistas ao sucesso do seu empreendimento.

Todos os nossos pratos e vários insumos que compõem nossas receitas, são produzidos diariamente em nosso restaurante. As opções variam desde os clássicos hambúrgueres, Steaks grelhados e costelas defumadas até deliciosas sobremesas e drink’s “Frozen”.
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A integração entre o ambiente limpo e requintado dos melhores restaurantes, como o bem estar e divertimento dos melhores bares e casas noturnas; a satisfação de um cliente exigente, em busca daquilo que realmente gosta, ou seja, atenção, serviço rápido, simpatia e produtos de qualidade, fazem parte da filosofia do Yankee.
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O Yankee American Bar foi projetado para atender com qualidade os Eventos Sociais ou Empresariais:


Aniversários, confraternizações, Jantares Familiares, Eventos corporativos ou Empresariais, Lançamentos de Produtos ou Desfiles, todos são atendidos sem distinção por uma Equipe jovem, Dinâmica e leal. Os ambientes climatizados e camarotes especiais garantem o conforto e a privacidade dos seus convidados.
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A Pista de dança com iluminação e som Sofisticados, os Camarotes Especiais, o clube do Wisky, o Estacionamento próprio com manobrista, a Equipe jovem, dinâmica e bem treinada fazem parte dos serviços com atendimento personalizado garantindo a satisfação dos seus convidados.
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Informações:
Horário de Atendimento Yankee Bar:
13:00 às 19:00hrs

Horário de Funcionamento da Casa:Quinta à Domingo a partir das 22:00hrs
Reservas: (410 3342-1001 / 7812-9715

Localização
Rua Bispo Dom José, 2160 – Batel – Curitiba - Pr



Teatro Paiol

O Teatro Paiol é um espaço cultural e auditório para teatro e espetáculos musicais localizado na Cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, Brasil.

Trata-se de uma construção circular, construída em 1874, e anteriormente utilizada pelo Exército Brasileiro como Arsenal de pólvora e muniões. Após sua desativação, a municipalidade de Curitiba transformou-o em espaço cultural e cênico, inaugurando o Teatro Paiol em 27 de dezembro de 1971.

A construção que hoje abriga o Teatro Paiol foi executada porque a medida que crescia a cidade, crescia também a necessidade de afastar os depósitos de munições do centro da cidade. A construção inicia-se em 1906, na antiga Vila Bordignon (hoje Prado Velho) pois na época essa região era muito afastada do centro.
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Desativado pelo Exército, foi transformado e modificado por diversas vezes, sendo que após 1919, quando o depósito de munições foi transferido para a nova sede no Barreirinha, passou a abrigar os arquivos municipais. Mais tarde funcionou como sede de uma Diretoria encarregada de preparar o asfalto para a pavimentação das ruas.




Em 1968, um grupo de pessoas ligadas ao teatro, que a algum tempo buscava local para desenvolver atividades da área, se interessou pelo velho depósito e encaminhou solicitação ao então presidente do IPPUC, Jaime Lerner. Analisando a proposta, ele constatou a viabilidae da instalação de um teatro no local, encaminhando o projeto ao então prefeito Omar Sabbag e, posteriormente, ao diretor de obras da prefeitura, que o examinou e reprovou. 


Em 1971, já prefeito de Curitiba, Jaime Lerner encomendou ao arquiteto Abrão Assad um projeto de restauro e reforma do imóvel. O renomado arquiteto procurou manter as características arquitetônicas originais, com traços romanos em forma circular, sendo feitas modificações apenas no sentido de adaptação a nova finalidade, aproveitando o espaço de forma racional.
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Em nove meses a obra foi concluída e o que era um abrigo de arsenal foi transformado, em espaço de artes cênicas e musicais em 27 de dezembro de 1971.
No espetáculo inaugural, o palco reuniu Vinícius de Moraes, Toquinho e Marília Medalha. O poeta batizou a casa com uma dose de uísque e para ela compôs a música "Paiol de Pólvora".


Em 1978 o prédio passou por uma Segunda reforma, quando foi substituindo o vigamento de sustentação do teto para sanar problemas estruturais.

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Além disso, foi utilizado um isolante térmico (lã de vidro) no teto para solucionar problemas causados pela baixa temperatura e umidade no interior do teatro.Símbolo da mudança cultural da Curitiba dos anos 70, inaugurou o processo de reciclagem de uso das edificações de valor para a memória coletiva da cidade, tornando-se o logotipo da fundação cultural.


Informações Úteis:

Capacidade: 220 pessoas
Localização: Rua Coronel Zacarias, S/N
Bairro: Prado Velho
Telefone: (41)3213-1340 (41)3213-1340



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CONHEÇA A TRIBALTECH,
E SAIBA POR QUE SÓ NO SUL É ASSIM!



5 PALCOS + 70 ATRAÇÕES + CINEMA + SHOW DE LASERS INÉDITO NO BRASIL + BUNGEE JUMP + CAMPAROTES OPEN BAR+ LOUNGE CAFÉ & SUSHIBAR + VÔOS PANORÂMICOS DE HELICÓPTERO
O evento mais aguardado do ano chega com novidades que começam pelo nome. A Tribaltech deixa de ser uma festa para se torna um Festival Multicultural. Música, Vanguarda,Tendência, Tecnologia, Alternatividade, Interatividade e Liberdade de expressão são algumas das características da Tribaltech!
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A Tribaltech prepara a sua 5ª edição de aniversário nos dias 22 e 23 de AGOSTO, já marcando a data no calendário dos curitibanos e de todos os amantes da boa musica, da tecnologia e agora também a multiculturalidade!
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Nesta edição o Festival está de volta com 5 espaços principais, além de várias atividades paralelas com as mais diversas expressões de música, cinema e arte da atualidade.

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Os dois já mostraram suas habilidades em quase todos os grandes, bem conhecidos e respeitados festivais na Europa como Full Moon, Psychedelic Circus, Liquid Time, VuuV Experience, Air Beat ONE, Tshitraka, Indian Spirit, Gideon, Uzumaki, apenas para citar alguns.




Museu Oscar Niemeyer


Nasce um dos maiores Museus da América Latina
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Mais de 17 mil metros quadrados são destinados à exposições 

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A história do Museu Oscar Niemeyer teve início em 2002, quando o prédio principal deixou de ser sede de secretarias de Estado para se transformar em museu. O prédio, antes chamado de Edifício Presidente Humberto Castelo Branco, passou por adaptações e ganhou um anexo, popularmente chamado de Olho. Ambos os projetos são de autoria do reconhecido arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.


 

Localizado no Centro Cívico de Curitiba, cuja capital abrange cerca de 2 milhões de habitantes, o Museu Oscar Niemeyer tem como principal missão o de ser um espaço expositivo de excelência e referência no Brasil e no exterior. Com 17.744,64 mil metros quadrados de área expositiva potencial, o Museu está instalado em um complexo de 144 mil metros quadrados de área.
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Tendo ao fundo a massa verde do Bosque do Papa, o Museu, com mais de 35 mil metros quadrados de área construída, é uma obra de arte em si mesmo. Niemeyer utiliza no prédio a tecnologia do concreto protendido, que permite a criação de grandes vãos livres entre as colunas e a construção de grandes balanços.

Nesta obra, mais uma vez, o traço sinuoso de Niemeyer aplicado ao concreto ganha a leveza de linhas finas. Na simplificação de sua complexa arquitetura, o maior mestre da Arquitetura Moderna, ainda vivo, consegue, através de suas obras, mostrar toda a alma do povo brasileiro. Com liberdade formal e arrojo estrutural, ele explora ao máximo as possibilidades formais do concreto.
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Um exemplo de como a arte expressa na arquitetura fez com que espaços construídos em épocas distintas pudessem conviver em perfeita harmonia e comunhão. Rampas em curvas, na área externa, e um túnel -acessado pelo subsolo do edifício principal- faz o elo entre o passado e o presente, o Moderno e o Contemporâneo. São as características que tornam Niemeyer o escultor dos espaços urbanos livres, elevando-o à condição de artista.


As obras necessárias, com custo estimado em US$ 14 milhões, foram realizadas com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Inicialmente batizado de NovoMuseu, em 22 de novembro de 2002, o complexo foi inaugurado. Dedicado à exposição de Artes Visuais, Arquitetura e Design, atualmente, o Museu possui 17.744,64 mil metros quadrados de área expositiva potencial.
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Distribuído por três pisos –subsolo, térreo e primeiro pavimento-, o edifício, de estilo moderno, é totalmente estruturado a partir de linhas retas. A estrutura do prédio é de concreto protendido, que permite vencer os grandes vãos da edificação com um enorme arrojo estrutural para a época em que foi projetado.




O prédio apresenta um bloco elevado sustentado por vigas de concreto, que servem de apoio à laje do térreo e ao primeiro piso, onde ocorre a maioria das exposições. Dos 26.230,90 mil metros quadrados de área construída, o prédio principal tem reservado a exposições nada menos do que 16.644,00 mil metros quadrados.
Além das salas expositivas, a estrutura também dispõe de um auditório, com capacidade para 372 pessoas sentadas, uma loja com produtos personalizados do Museu e um ambiente para café, em execução. O complexo conta ainda com 316 vagas nos dois estacionamentos térreos, um frontal –acessado pela Rua Marechal Hermes- e outro localizado na parte de trás –com acesso pela Rua Manoel Eufrásio.
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O acervo inicial surgiu com as obras do Museu de Arte do Paraná (MAP) e com o acervo do extinto Banco do Estado do Paraná (Banestado). Em sua coleção figuram importantes artistas paranaenses e nacionais de vários movimentos.
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Composto por aproximadamente 2 mil peças, o acervo guarda obras dos paranaenses Alfredo Andersen, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro e Helena Wong, além de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Ianelli e Caribé, entre outros.
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Térreo
O piso térreo possui uma permeabilidade visual e volumétrica na qual Niemeyer utilizou princípios da escola modernista. Com os pilotis, o arquiteto conseguiu dar leveza visual ao prédio com extrema elegância.
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Nesse piso, se encontram dois volumes envidraçados, localizados nas extremidades. Na extremidade Norte, está a bilheteria, a loja e as futuras instalações do café.
Na parte Sul, localiza-se a entrada do Museu e o espaço para a montagem de um restaurante, freqüentemente utilizado para recepções em vernissages e eventos.

Primeiro Piso

Com nove salas expositivas, o primeiro piso abriga a maioria das exposições. O ambiente pode ser acessado por meio de escadas, rampas e elevador, facilitando o trânsito de portadores de deficiências.
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As nove salas possuem em toda a sua extensão uma área de luz, utilizada com bastante flexibilidade. Em algumas exposições já serviram como jardins internos temporários, como espaços cenográficos e até como espaço expositivo.


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Subsolo

De características semelhantes às obras assinadas por Niemeyer em Brasília, o subsolo se constitui em outro importante espaço expositivo. Neste nível se encontra a exposição permanente de projetos, fotos e maquetes de obras do arquiteto, batizado de Espaço Niemeyer. Também é onde estão instaladas as salas administrativas, o Espaço da Ação Educativa, onde são realizados cursos e oficinas, e o Pátio das Esculturas.


O Pátio abriga a exposição permanente de algumas obras que pertencem ao acervo do Museu. As obras são assinadas por Amélia Toledo, Ângelo Venosa, Bruno Giorgi, Emanoel Araújo, Erbo Stenzel, Marcos Coelho Benjamin, Sérvulo Esmeraldo e Tomie Ohtake. A Reserva Técnica se encontra no mesmo nível.



O setor é equipado com móveis especiais para a adequada acomodação da coleção do acervo como trainéis, mapotecas e estantes deslizantes. O setor foi montado em 2004.Nessa área técnica, está sendo instalado o Laboratório de Conservação e Restauro. O laboratório também está sendo estruturado com equipamentos adequados para serem manipulados por mão-de-obra especializada no restauro de obras de arte.


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Conquistas e Ampliações
Em dezembro de 2004, foram inauguradas três novas salas expositivas, instaladas na torre do Olho. Elas são destinadas exclusivamente para a exposição de fotografias e integram a Torre da Fotografia. No mesmo ano, foi concluída a montagem da Reserva Técnica, local onde estão guardadas as obras do acervo.
A montagem do espaço físico teve início em outubro de 2004. A ampliação prosseguiu com a abertura da loja do Museu, em 17 de fevereiro de 2005.


Atualmente, estão em andamento os trabalhos para a instalação do Laboratório de Conservação e Restauro. Enquanto que o acervo, gradativamente, está sendo ampliado com novas aquisições. Obras dos artistas plásticos brasileiros Amélia Toledo, Emanoel Araújo, Francisco Brennand, José Rufino, Nelson Leirner e de Tomie Ohtake estão entre as peças adquiridas em doação.


Informações Úteis
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Endereço
Rua Marechal Hermes, 999
Bairro: Centro Cívico
CEP: 80.530-230
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Contato
(41) 3350-4400 (41) 3350-4400
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Visitas
de Terça a Domingo, das 10h às 18h
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Entrada
R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes identificados
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*** Crianças de até 12 anos, maiores de 60 e grupos de estudantes de escolas públicas,do ensino médio e fundamental, pré-agendados não pagam.
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Capital do estado do Paraná, Curitiba é referência internacional de planejamento urbano e qualidade de vida. Curitiba é a 16ª cidade brasileira no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a melhor capital do Brasil pelo Índice de Condições de Vida (ICV), conforme pesquisa realizada em 2001, com patrocínio da Organização das Nações Unidas (ONU).

Cultura e Lazer
Curitiba possui uma ótima estrutura de cultura e lazer. Anualmente acontecem eventos de ampla expressão como o Festival de Teatro de Curitiba, Festival Internacional de Teatro de Bonecos e o Festival de Cinema de Curitiba, que atraem pessoas de todo o país e dos países vizinhos. 
Os espaços culturais e museus recebem exposições de artistas locais, nacionais e internacionais. São dezenas de museus e teatros, com destaque para o recém inaugurado Museu Oscar Niemeyer, e mais de dez complexos de cinemas à disposição da população local e dos visitantes.

A vida noturna não fica atrás. São bares e boates para todas as idades, personalidades e gostos musicais. Há opções para quem gosta de apreciar bebidas e petiscos, ouvir boa música ou dançar e se divertir com os amigos.



Famosa pelos restaurantes italianos do bairro de Santa Felicidade, Curitiba oferece variedade e qualidade de serviços, por muito menos que em diversas outras capitais brasileiras. Nos restaurantes, são encontradas desde a culinária paranaense, passando pelas especialidades típicas dos imigrantes até a mais sofisticada ou exótica culinária internacional.
Todas as regiões da cidade têm bons centros comerciais, são 3 grandes shoppings no centro e mais de dez distribuídos pelos diversos bairros. Neles é possível encontrar ótimas opções de compras em lojas de departamentos e das principais marcas nacionais e internacionais, além de praças de alimentação e áreas de lazer.


Parques e Bosques

Para as horas de lazer, os curitibanos têm à sua disposição mais de 30 parques e bosques, situados em locais estratégicos para a preservação ambiental, saneamento, lazer e cultura. São, em média, 51 m2 de áreas verdes por habitante, no total de aproximadamente 81 milhões de m², um dos melhores índices de áreas verdes do país.


Este blog surge com o objetivo de apresentar o
guia mais completo de Entretenimento em
Curitiba, apresentando informações do
que há de melhor na cidade.

Sejam bem Vindos!

Menos brigas na escola


Menos brigas na escola

Estudantes percebem melhora nos casos de conflito no ambiente escolar, segundo levantamento da RPCTV. Mas drogas e vandalismo ainda são problemas recorrentes.
Mais de 18 mil alunos de escolas estaduais foram ouvidos entre os dias 18 e 22 deste mês para reavaliar as causas da violência no ambiente escolar. A primeira enquete foi realizada em agosto do ano passado em 60 escolas estaduais de oito municípios, incluindo Curitiba e Região Metropolitana.
Em dez meses, o único indicador que melhorou em relação ao levantamento anterior feito com urnas eletrônicas itinerantes, promovido pelo GRPCOM e conduzido pelas equipes da RPCTV, foi a briga entre alunos (29%). Houve aumento na percepção sobre vandalismo contra o mobiliário (40,1%), consumo de drogas (48,7%) e falta de policiamento (53,2%).
Jardim Botânico vai receber a Feira da Paz
Dez cidades paranaenses vão receber nos dias 29 e 30 deste mês a Feira da Paz, promovida pelo Sesi Paraná em parceria com o Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom). Haverá ações para estimular a reflexão sobre a cultura da paz, atividades educativas, culturais e de lazer para a população em Curitiba e nos municípios de Ponta Grossa, Rio Branco do Sul, Guarapuava, Umuarama, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá, Apucarana e Londrina.
Na capital, o evento acontecerá no bairro Jardim Botânico. No dia 29 será no Colégio Hildebrando de Araújo e, no dia 30, na Praça Itália. A ideia é mobilizar as comunidades a pensarem em como reduzir a violência, agregar valor aos movimentos sociais, estimular a cidadania, o fortalecimento pessoal e social e desenvolver processos educativos e socializadores nas localidades. Em todos os eventos haverá a “Árvore da Atitude”, na qual serão colocadas as intenções da comunidade para diminuir a violência local – o que cada pessoa poderá fazer individualmente pela paz – e o Abraço Coletivo pela Paz, celebração final da feira.
Melhorias
Dos 30 colégios ouvidos desta vez, a Escola Estadual Vila Macedo, em Piraquara, na Grande Curitiba, conseguiu melhorar os índices de percepção de violência. Na última semana, a urna eletrônica revelou que 55% dos alunos não sofriam mais com a insegurança dentro da escola e no entorno. “A enquete veio confirmar o nosso empenho em melhorar as condições do aluno através de projetos e incentivos”, diz o diretor Gilmar Luis Cordeiro. Na pesquisa de Curitiba, 20,2% dos entrevistados dizem não existir problemas com segurança na escola em que estudam.
Campanha
A primeira fase da urna eletrônica nas escolas do estado ocorreu na primeira semana de agosto do ano passado, no lançamento da campanha Paz Sem Voz é Medo. Na época, a enquete ouviu mais de 44 mil alunos em 60 escolas estaduais do Paraná. Os dados coletados apontaram que os maiores problemas quanto à segurança escolar diziam respeito a brigas entre alunos (36,5%), o bullying (63,3%) e vandalismo contra o mobiliário (35,9%). O consumo de drogas (44,8%) e a falta de policiamento (46,2%) foram aspectos identificados como geradores de violência.

MEC flexibiliza lei, mas prevê 'subcota' para índios


MEC flexibiliza lei, mas prevê 'subcota' para índios

As universidades poderão realizar entrevistas e visitas no domicílio do estudante, assim como consultas a cadastros de informações socioeconômicas para comprovar a renda.
Em portaria publicada nesta segunda-feira (15) no Diário Oficial da União, o Ministério da Educação (MEC) flexibilizou a Lei das Cotas nas universidades federais, ao prever a reserva de vagas para a soma de pretos, pardos e indígenas na população, em vez de tratar separadamente da divisão por cor ou raça. O texto, no entanto, permite que as universidades assegurem vagas separadas para indígenas.
A Lei das Cotas determina que já no próximo vestibular 12,5% das vagas nas instituições federais sejam reservadas a alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, chegando a 50% dentro de quatro anos. Metade das vagas destinadas aos alunos dessas escolas deverá ser preenchida por estudantes com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo (R$ 933).

"A raça é autodeclarada, a universidade não tem o direito de declarar a qual raça um cidadão pertence. O que a universidade tem é a obrigação de verificar se ele veio de fato de escola pública e se a renda é inferior ou igual a 1,5 salário mínimo", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A prestação falsa de informações levará ao cancelamento da matrícula, prevê a portaria.As universidades poderão realizar entrevistas e visitas no domicílio do estudante, assim como consultas a cadastros de informações socioeconômicas para comprovar a renda. Entre os documentos listados para essa finalidade estão contracheques, extratos bancários e declaração de Imposto de Renda.
A legislação combina critérios raciais com sociais, ao fixar que as vagas sejam preenchidas de acordo com a proporção de pretos, pardos e indígenas em cada unidade da federação, de acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Paraná, por exemplo, pretos, pardos e indígenas, somados, são 28,75% da população.
"Não faz o menor sentido fazer um subconjunto entre pretos e pardos, se eu fizer uma regra específica para cada um desses subconjuntos, estarei prejudicando os negros. Não faz o menor sentido separá-los", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. "Faz sentido para os indígenas."
De acordo com Mercadante, os alunos da rede pública correspondem a 88% das matrículas no ensino médio. Na avaliação do ministro, "não há o menor risco" de as universidades não seguirem o determinado.
A portaria também permite que as universidades preencham primeiramente as vagas do sistema universal e depois a dos cotistas - ou seja, um estudante com bom desempenho que poderia entrar pelas cotas seria matriculado antes no sistema universal, "liberando" uma vaga para outro cotista.
"Todas as universidades obrigatoriamente deverão assegurar a todos os estudantes das escolas públicas que, nessas condições, optarem pela cota, o direito de disputar o concurso geral", destacou o ministro.
Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou que "analisará o texto antes de fazer qualquer pronunciamento oficial."
A presidente Dilma Rousseff disse que o objetivo da lei é "ampliar o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios". "Essas universidades e os institutos estão entre os melhores do país e, muitas vezes, as pessoas vindas das escolas públicas têm dificuldade de ter acesso à universidade pública. Por isso, essa lei contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil com os nossos jovens mais pobres" disse Dilma.

Programas capacitam jovens carentes para o mercado de trabalho


Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo / As alunas de Hotelaria do Centro de Educação Os Pinhais têm despesas com acomodação, uniforme e alimentação custeadas durante o cursoAs alunas de Hotelaria do Centro de Educação Os Pinhais têm despesas com acomodação, uniforme e alimentação custeadas durante o curso
PROFISSIONALIZAÇÃO

Programas capacitam jovens carentes para o mercado de trabalho

Aulas nas áreas de hotelaria e eletricidade predial estão entre as opções gratuitas para adolescentes a partir dos 14 anos.
A tão propagada ideia de ensinar a pescar em vez de dar o peixe é o que tem motivado organizações sem fins lucrativos e pessoas físicas a ofertarem cursos gratuitos de preparação para o mercado de trabalho a adolescentes e jovens carentes. Além de beneficiar famílias de baixa renda, a oferta de capacitação tem atendido a demandas de empresas por profissionais de qualidade.
Na Ilha de Valadares, em Paranaguá, o guarda-municipal Aldeci Alexandre entregará o 100.º certificado de eletricista predial do projeto Recanto do Aprender. A pescaria, neste caso, é a capacidade de fazer reparos e reformas no sistema elétrico de imóveis. Alexandre conta que o projeto teve início em fevereiro do ano passado e que esta será a sexta turma a se formar. “Nas duas primeiras, todos os materiais foram comprados só com o meu esforço. Hoje já temos o apoio de algumas lojas de materiais elétricos, que doam ou facilitam a compra dos materiais”, diz Aldeci, que é formado pelo Senai de Paranaguá.
Inserção
Instituições são pontes entre mercado e aprendiz
Para a concretização do progra­­ma de jovens aprendizes é necessário haver instituições que façam a intermediação entre a empresa e o adolescente. São entidades sem fins lucrativos que trabalham por meio de par­­cerias, localizando os jovens com perfil para a aprendizagem e dando capacitação técnica e profissional. Elas são responsáveis por garantir o cumprimento das exigências da Lei da Aprendizagem, prestar consultoria para o empregador e acompanhar o aprendiz em seu local de trabalho, no ambiente escolar e na vida em família.
“Nós viabilizamos para que ele con­­tinue na empresa, dando todo um apoio para a estrutura familiar”, explica a assistente social do Instituto Tibagi, uma das organizações que prestam esse tipo de serviço. Outra entidade preocupada com a inserção de qualidade dos jovens no mercado de trabalho é o ABC Vida. Segundo a coordenadora de projetos da instituição, Mar­­cia Suss, as empresas que abrem espaço para o aprendiz conseguem formar talentos de acordo com os valores e a cultura da organização.
O idealizador do projeto também recebe apoio da igreja católica, que cede o espaço do seu Centro Comunitário na ilha, e de uma escola profissionalizante da região.
As aulas são voltadas para meninos e meninas com mais de 14 anos. Os encontros ocorrem uma vez por semana, com três horas de duração. “O curso é gratuito. A gente dá a oportunidade, mas também cobra. Ninguém vai se formar e ter o certificado sem saber na prática. Por isso a turma começa com 30 alunos e termina com 15”, afirma.
Hotelaria
Outro projeto que tem investido na formação de jovens é realizado na Colônia Murici, em São José dos Pinhais. Lá, a dedicação das alunas faz com que o número de moças que iniciam o curso técnico de Hotelaria com Ênfase em Serviços seja praticamente o mesmo de formandas, dois anos depois. Com um teste seletivo bastante criterioso, o Centro de Educação Profissional Os Pinhais define quem serão as jovens, de 16 a 23 anos, que morarão na escola e terão todas as suas despesas com acomodação, enxoval, uniforme e alimentação custeadas durante o curso. “As meninas moram na instituição e durante todo o tempo estão aprendendo sobre postura e a conviver em grupo”, explica a coordenadora do curso, Virgínia Kleine Albers.
O centro é mantido pela Associação de Promoção Social, Educação e Cultura (Asec), entidade sem fins lucrativos. Por mês cada aluna custa de R$ 700 a R$ 800, mas solicita-se uma ajuda de R$ 150 para as famílias das estudantes. “As que não podem pagar acabam ganhando bolsas de estudos de pessoas da comunidade ou dos hotéis e restaurantes que são nossos parceiros.”
Lei regulamenta trabalho de adolescentes
Uma lei criada em 2000 e ampliada pelo Decreto n.º 5.598/2005 trouxe clareza sobre como deve funcionar a relação entre as empresas e os trabalhadores menores de idade. Chamados de aprendizes, os adolescentes acima de 14 anos e menores de 24 podem trabalhar desde que estejam recebendo formação técnico-profissional e frequentando a escola regular.
Para ajudar as empresas e a sociedade a compreenderem a Lei de Aprendizagem, foi criado no estado em 2004 o Fórum Regional de Aprendizagem do Paraná, que congrega entidades de diversos setores interessadas na prática, além de futuros aprendizes. “Todo mês, cada vez em um lugar diferente, já que se trata de um fórum itinerante, discutimos as questões legais, apresentamos uma instituição e temos uma palestra sobre o assunto”, explica Eliane Caviquioli, uma das representantes do Fórum.
Segundo ela, 32 insti­­tui­ções participam do Fó­­rum, que é encabeçado pelo Ministério Público do Tra­ba­­lho, pelo Ministério do Tra­­balho e Emprego e pelo Instituto Tibagi. “Ele foi criado porque a lei era muito nova e precisava ser implantada, en­­tão tínhamos de aprender a fazer e fazer bem-feito. Hoje ele funciona inclusive como sensibilização das empresas, já que uma participante incentiva outras que não são a adotarem o sistema de aprendizes”, diz.
O analista técnico de educação Robison Luiz Gionédes trabalhou durante quatro anos no setor de aprendizagem do Senai e conta que essa prática é o berço do caminho profissional do jovem. “Nesta idade geralmente o adolescente e o jovem começam a procurar um encaminhamento, querem ganhar seu próprio dinheiro. A relação do ofício que o jovem está aprendendo com o meio profissional faz com que ele pegue gosto pela prática”, afirma.
Serviço
Quem tiver interesse em participar do Fórum Regional de Aprendizagem do Paraná pode enviar um e-mail para forumregionaldeaprendizagem.pr@gmail.com e aguardar o convite com a confirmação do local e da data do encontro.

Hit na internet, foto de mendigo revela drama de ex-modelo



Quinta-feira, 18/10/2012
Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook / Foto foi postada na rede social FacebookFoto foi postada na rede social Facebook
CELEBRIDADE INSTANTÂNEA

Assustada com repercussão de foto publicada no Facebook, família espera conseguir tratamento ao jovem contra a dependência química. Conhecidos o descrevem como uma pessoa doce e inofensiva.

A foto de um mendigo de Curitiba publicada no Facebook – e compartilhada mais de 35 mil vezes – rodou o Brasil. Mas por trás das feições nórdicas e dos olhos azuis, o moço alto enrolado em uma manta surrada esconde um drama que escapa às redes sociais.
Rafael Nunes da Silva, de 31 anos, é usuário de drogas desde os 17 e há pouco mais de um ano perambula pelo Centro da capital paranaense, onde vive como morador de rua. O crack o fez deixar uma casa, uma família e uma carreira de modelo fotográfico. Assustados com o status de celebridade instantânea do rapaz nas redes sociais, familiares esperam que a superexposição o ajude, pelo menos, a conseguir o tão sonhado tratamento para se livrar da dependência química.
Lágrimas pelo Dia dos Pais
Na véspera do Dia dos Pais, Rafael entrou na Igreja da Ordem e, como de costume, se posicionou à esquerda do templo. Segundo o funcionário do local, Alcides Andrade, o “Cobertor” parecia aflito. O rapaz se aproximou lentamente do senhor e logo foi às lágrimas. “Ele chorava muito, muito, muito. Dizia que estava com saudades de casa e que queria ver o pai”, relembra Andrade, que se considera um amigo de Rafael.
O funcionário da igreja conta que conduziu Rafael até um banco, diante do qual se ajoelharam e rezaram por alguns minutos. Após a oração, o moço parecia mais calmo, segundo Andrade, mas ainda estava emotivo. “Eu dei a ele um dinheiro para que o ‘Cobertor’ fosse visitar o pai. Ele ficou muito feliz e foi embora. Ficou dias sem aparecer na igreja. Acho que foi mesmo visitar a família”, disse.
Rafael morava em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, com os pais e com duas irmãs. Trabalhou como vendedor e feirante, antes de se tornar modelo fotográfico – profissão que exerceu por dois anos. Mas, segundo o pai, o aposentado José Nunes, o consumo continuado de drogas desestabilizou o moço e há pouco mais de um ano o jovem abandonou a família. “Ele simplesmente saiu”, lamenta o pai.
A cada dois meses, em média, Rafael reaparece na casa da família, permanece por um curto período e volta a sumir sem deixar pistas. A última “visita” ocorreu há um mês. “Ele fala pouco e não conta nada sobre as ruas. Já tentamos internação, já encontramos ele andando como mendigo em Curitiba. Espero que, com tudo isso, a gente consiga internar”, desabafa Nunes.
Largo da Ordem
Rafael é visto com frequência nos arredores do Largo da Ordem e da Praça Tiradentes. Ao contrário de outros moradores de rua, no entanto, ele sempre anda sozinho. “Eu conheço, mas ele não gosta de se misturar”, disse um mendigo que identificou apenas como Barba.
Na Igreja da Ordem, onde comparece religiosamente todos os dias, Rafael é conhecido pelas fiéis, mas pelo apelido de "Cobertor", devido a manta que sempre carrega consigo. “Ah, o Cobertor”, disseram alguns quando a reportagem mostrou uma foto do rapaz. Ele é descrito por elas como um jovem doce – às vezes até infantil -, educado e de fala mansa, mas de pouca conversa.
“Ele tem porte de um soldado. É um moço muito bonito e parece ter orgulho disso. Sempre que ele me vê, ele fala: ‘Olha, eu tenho olhos azuis!’”, conta a secretária da igreja, Jane Valleri.
Rafael também é velho conhecido de guardas municipais. Segundo o agente Juliano Rocha, ele costuma vagar pelo Largo, vez ou outra abordando algum passante para pedir esmola. É apontado como “um rapaz bom, que não dá problemas”, mas com o típico perfil de usuário de crack: oscila momentos de relativa calma, com alterações em períodos de abstinência.
Segundo os agentes, quando parece estar sob efeito de drogas, o rapaz solta frases desconexas, grita sozinho e chega a “rolar no chão”. O moço já chegou a ser flagrado pela Guarda consumindo drogas e encaminhado à Fundação de Ação Social (FAS). “Mas ele nunca deu problema. A droga é uma doença na vida dele. Ele precisa é de ajuda”, opinou o guarda Rocha.
A última passagem de Rafael pela FAS foi na Casa de Acolhida e do Regresso, onde dormiu em 18 de julho. Segundo os registros, ele se apresentou espontaneamente, dizendo que queria roupa e comida. Na ocasião, o rapaz estava irritado, aparentando estar sob o efeito de drogas. O cadastro faz referência, ainda, a um transtorno mental grave de que o rapaz sofreria. Para o pai, Rafael desenvolveu os problemas psicológicos por causa do crack. “Ele não tinha nada. Isso é coisa da droga”, disse.
Andanças
Na manhã desta quarta-feira (17), por volta das 9h30, Rafael foi visto na Praça do Homem Nu. Alheio à fama instantânea, foi a uma barraca de frutas e pediu uma ao feirante. “Eu disse que ele podia pegar uma fruta. Ela pegou um jabuticaba e saiu. Parecia que estava na fissura”, disse o comerciante Fernando de Souza.
O morador de rua trajava calças cortadas à altura das canelas, blusa de moletom ocre e arrastava o tradicional cobertor. Segundo testemunhas, aparentava não tomar banho há alguns poucos dias. Sabe-se que, no início da tarde, passou pelo Largo da Ordem e Praça Tiradentes.
Na publicação do Facebook, a mulher que tirou a foto explicou que foi abordada por Rafael, que queria, por meio da fotografia, “quem sabe”, ficar famoso. Ao menos por um dia, parece que ele conseguiu.

Vídeo com portadores de leucemia tem 26 mil acessos


Henry Milleo/ Gazeta do Povo / Angelita Alves diz que o vídeo a fez mudar de vida: sua bandeira agora é estimular a doaçãoAngelita Alves diz que o vídeo a fez mudar de vida: sua bandeira agora é estimular a doação
SAÚDE

Vídeo com portadores de leucemia tem 26 mil acessos

Funcionários do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, incentivam a doação de medula óssea com uma ajudinha da internet.
Ao som do refrão “What doesn’t kill you make you stronger” (O que não te mata te faz mais forte – em tradução livre), do hit “Stronger”, pacientes, pais, médicos e funcionários do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Cu­­ri­­tiba, fizeram um vídeo para estimular o transplante de medula óssea no Brasil. Publicado na última segunda-feira no Youtube, em menos de 48 horas ele já tinha sido visto por mais de 26 mil pessoas.
Cadastro
Veja onde tornar-se um doador em Curitiba:
Biobanco do HC/UFPR
Quando: de segunda a sexta, das 7h30 às 18 horas; e aos sábados, das 7h30 às 12h30.
Endereço: Av. Agostinho Leão Junior, 108, Alto da Glória.
Informações: (41) 3360-1875.
Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná
Quando: de segunda a sexta, das 8 às 17 horas.
Endereço: Travessa João Prosdócimo, 145, Alto da XV.
Informações: 0800-645-4555.
Hemobanco
Quando: de segunda a sexta, 8 às 18 horas.
Endereço: Rua Capitão Souza Franco, 290, Batel.
Informações: (41) 3023-5545.
Hospital Erasto Gaertner
Quando: de segunda a sexta, das 9 às 17h30.
Endereço: Rua Dr.Ovande do Amaral, 201, Jardim das Américas.
Informações: (41) 3361-5038.
Santa Casa de Curitiba
Quando: de segunda a sexta, das 8 às 12 horas, e das 14 às 18 horas; e aos sábados, das 8 às 12 horas.
Endereço: Praça Rui Barbosa, 694, Centro.
Informações: (41) 3322-2387.
O refrão da música da cantora Kelly Clarkson é contagiante e, depois de assistir aos pacientes dançando, sorrindo e entoando a canção, é impossível ficar indiferente.
Quem teve a ideia foi Her­­mes Lima Ribeiro, voluntário no processo de transporte de medula óssea de outros países para o Brasil e irmão do hematopediatra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Lisandro Lima Ribeiro. “Eu estava em Nova York justamente para trazer a medula coletada de um doador. Lá tocava essa música no rádio o tempo todo. Quando voltei ao Brasil, resolvi pesquisá-la na internet, e o primeiro resultado da busca foi um vídeo produzido pelo pessoal do Children’s Hospital em Seattle, feito pelas crianças lá internadas”, conta Hermes.
O irmão comprou a ideia, e os dois conseguiram o apoio da diretoria do hospital. Convencer pais, funcionários e pacientes a participar foi fácil. Com o objetivo de estimular as pessoas a serem doadoras de medula óssea e ao mesmo tempo mostrar que é possível encarar a doença sempre com alegria, eles abraçaram a causa e se tornaram atores por uma semana.
Disponibilidade
O doutor Lisandro ressalta que, além de conscientizar as pessoas sobre a importância de se tornar um doador, é importante entender que é essencial que permaneçam como tal. “Acontece muito de pessoas que estão enfrentando o problema na família se cadastrarem no banco. Porém, depois que o familiar se cura, elas desistem de doar para outros. Já houve caso de encontrarmos um doador 100% compatível que depois se tornou indisponível, impossibilitando o procedimento. Imagine a frustração.”
Gravações
As quatro noites de gravação foram um acontecimento na vida dos pacientes. “A rotina deles é de tratamento, de medicação, de consultas. O vídeo fez com que eles se animassem e se divertissem durante a produção”, diz o psicólogo do hospital José Roberto Figueiredo Palcoski. “Notamos uma melhora da autoestima, da aceitação ao tratamento e a permanência no hospital. Há pacientes que chegam a ficar internados por 40 dias.”
Para a estudante de Odon­­tologia Isabella Matu­­moto, de 19 anos, o vídeo foi especial. Ela descobriu que tinha leucemia há quatro anos e, durante três, fez o tratamento. A doença entrou em estado remissivo e por 10 meses a garota não precisou tomar medicamentos. Mas o problema voltou e agora ela terá de fazer um transplante de medula óssea. Como ninguém de sua família era compatível, foi preciso recorrer ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Felizmente ela já encontrou alguém que poderá salvar sua vida. “Eu não sei nada sobre essa pessoa. Mas já a amo muito. Como diz o ditado, ela está fazendo o bem sem olhar a quem.”
As lutas da vida real

Brincadeira
Em dezembro de 2011, Matheus Steilein Trevizani (foto), com 3 anos na época, começou a sentir fortes dores na perna. Após uma ressonância magnética, células de câncer foram encontradas. A mãe, Jaqueline, conta que em quase um ano de tratamento o menino jamais deixou de brincar, de correr ou de sorrir. “Ele é cheio de energia, de alegria. Encarou tudo como uma brincadeira.” Segundo ela, o vídeo mostra a importância de ser um doador. A dificuldade de encontrar alguém compatível fora da família é muito pequena. Quanto mais pessoas cadastradas como doadores, melhor.”
Careca
Isabella Matumoto, 19 anos (foto), encontrou no banco de doadores de medula óssea alguém compatível com ela e em breve poderá passar pelo procedimento. Ela não sabe seu nome, endereço, raça, idade ou sexo, mas espera que em dois anos (tempo em que nem doador nem receptor podem entrar em contato um com o outro) possa conhecê-lo. Ela havia decidido não participar do vídeo por não ter “assumido” a careca. Seu pai, Francisco Matumoto, resolveu substituí-la e ela se emocionou. “Agora vejo minha careca e tenho orgulho. Espero que o vídeo ajude muita gente”, conta.
Nossa missão é ajudar
Gabrielli Folle, 12 anos - Com 80% de chances de cura por meio do tratamento quimioterápico, que deve durar dois anos, Gabrielli Folle, de 12 anos, encara a luta com muita força e coragem. A mãe dela, Fabielli Folle, ainda não descartou a possibilidade de a menina ter de realizar o transplante no futuro, mas elas acreditam que é possível sim conscientizar as pessoas da importância de se tornarem doadoras. “Essa luta não é fácil. É preciso ficar atento a qualquer probleminha que ela tenha, como febre, alguma dor, até picada de mosquito pode se tornar algo muito grave. Mas nós acreditamos que estamos nesse mundo para ajudar o próximo. Assim, podemos fazer a diferença”, diz a mãe. E participar do vídeo foi um oportunidade para que elas ajudassem a tocar o próximo a fazer o bem. “[A sensação de ter participado] é incrível. É emocionante. Fico quase sem palavras. Muitas pessoas nem sabem que é possível ter esse ato de amor. Antes de eu passar por isso, também não sabia. Agora quero ajudar a divulgar”, conta a menina. “Acredito que muitas pessoas vão ver o vídeo, se emocionar e sentir que devem doar medula para salvar uma vida.”
Dois objetivos
Daniel Ansay, 30 anos - Após passar a sentir muito cansaço, Daniel Ansay, 30 anos, decidiu começar a praticar exercícios para melhorar seu condicionamento físico. Quando fez os exames recomendados, a leucemia foi detectada. Depois do choque inicial, Daniel passou a fazer o tratamento quimioterápico, hoje a doença já está controlada e ele recebeu alta. Mesmo não tendo precisado de transplante de medula, seus quatro irmãos fizeram os testes de compatibilidade e nem um poderia ser doador. Isso significa que, se no futuro ele tiver de fazer um transplante, precisará encontrar alguém cadastrado no banco de medula óssea. “Quando me convidaram para participar do vídeo, eu já estava em alta, mas aceitei na hora. Essa foi uma grande oportunidade para duas coisas: a primeira mostrar para quem sofre com o problema que há outras pessoas na mesma situação e estão lidando com isso sempre com muita força. E a segunda foi divulgar a importância de ser um doador de medula.”
A ajuda veio da Alemanha
Noah de Brito Nadalini, 1 ano e 3 meses - Aos 10 meses de idade, Noah de Brito Nadalini foi diagnosticado com leucemia. Como seu caso era grave, o bebê precisava o quanto antes de um transplante de medula óssea. Felizmente, em apenas quatro meses veio a notícia de que havia um cordão umbilical compatível na Alemanha. O material veio para o Brasil, e há três semanas, pouco tempo depois de Noah e seus pais terem participado das gravações do vídeo, ele foi submetido ao transplante. “Fizemos questão de participar do vídeo com o Noah. Nós já temos um blog, no qual divulgamos toda a história dele e incentivamos as pessoas a serem doadoras. Muita gente conta que depois que leu o blog resolveu se cadastrar no banco de doadores de medula óssea”, diz a mãe dele, Camila Brito Nadalini. O menino agora está bem, mas continua internado de forma isolada porque sua imunidade está muito baixa. “Por enquanto só meu marido e eu ficamos com ele. Os cuidados são muito intensos nessa fase, mas acredito que em três semanas possamos ir todos para casa.”

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Desaceleram as matrículas no ensino superior



Quarta-feira, 17/10/2012
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EVOLUÇÃO

Desaceleram as matrículas no ensino superior

Aumento caiu de 56%, entre 2001 e 2006, para 15%, de 2006 a 2011. Desaceleração é reflexo da crise no ensino médio, segundo especialistas.
Efeito cascata
Problemas na educação básica respingam no acesso à universidade
Os problemas do ensino superior começam na educação de base. Nos últimos dez anos, o número de concluintes no antigo 2º grau ficou praticamente estagnado em torno de 1,8 milhão. Boa parte do crescimento universitário nesse período é explicado por adultos que voltaram a estudar.
Para especialistas, isso é resultado da baixa qualidade e alta reprovação e abandono, que têm como pano de fundo a perda de identidade do ensino médio. A pesquisadora Cibele Andrade, da Unicamp, diz que o ensino médio é um gargalo e que o país precisaria dobrar o número de secundaristas para universalizar essa última etapa da educação básica.
Assim como os problemas do ensino superior são, em parte, explicados pela base, no ensino médio é preciso considerar que há falhas em sua etapa anterior: o ensino fundamental.
Abandono
O consultor e especialista em avaliação Ruben Klein, da Fundação Cesgranrio, observa que, mesmo que, o acesso ao ensino fundamental já tenha sido universalizado, boa parte dos brasileiros é reprovada e abandona a escola antes de terminar o 9º ano. Ele chama atenção para outro aspecto: mais de 99% dos jovens fora da escola dos 15 aos 17 anos chegou a estudar em algum momento. “O grande dilema é que o pessoal entra na escola e não termina”, diz Klein.
Augusto da Silva, 21 anos e morador de Olinda (PE), é exemplo disso. Ele fazia o 1º ano do ensino médio, mas largou os estudos há três anos, quando foi trabalhar como auxiliar de cozinha. “Meu pai é caseiro, minha mãe trabalha como empregada e tenho duas irmãs menores. Precisava completar a renda. Quando chegava em casa do trabalho, estava um bagaço e não conseguia estudar”, conta. A falta de escolaridade agora lhe custa caro. Há seis meses desempregado, ele tenta conseguir uma ocupação que lhe dê tempo para retomar os estudos.
Membro do Conselho Nacional de Educação, o sociólogo Luiz Roberto Liza Curi concorda que é preciso ampliar o ensino médio. Para ele, no entanto, não é só isso que trava o crescimento do ensino superior. “O número de egressos no ensino médio é um fator relevante para a expansão, mas o ensino superior tem espaço para crescer com o tamanho atual do ensino médio. As vagas existem, só que não estão sendo preenchidas”, afirma Curi. Para ele, o crescimento só não é maior porque o curso superior, em alguma medida, perdeu importância em termos de empregabilidade e aumento salarial. (AOG)
Dê a sua opinião
Que medidas devem ser adotadas pelo poder público para melhorar a qualidade do ensino em todos os níveis da educação?

O ensino superior brasileiro, que vinha crescendo até meados da década passada em ritmo acelerado, dá preocupantes sinais de que está perdendo fôlego e a causa mais comum apontada por especialistas para esse problema está mais embaixo: na crise do ensino médio. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, mostram que, de 2006 a 2011, o número de alunos em cursos de graduação cresceu somente 15%, ou 822 mil estudantes a mais. Nos cinco anos anteriores, de 2001 a 2006, essa variação havia sido de 56%, ou 1,9 milhão a mais. Como resultado desse crescimento menor, o porcentual de jovens de 18 a 24 anos estudando no ensino superior em 2011 foi de 14,6%, apenas 0,2 ponto a mais em relação a 2009. A meta do governo federal no Plano Nacional de Educação é chegar a 33% em 2020.
O quadro revelado pela PNAD é ainda mais preocupante se considerado que o país ainda está distante dos países mais ricos. Um relatório divulgado no mês passado pela OCDE (organização que reúne, em sua maioria, nações desenvolvidas) mostra que o Brasil, entre 37 países, é o que apresenta a menor proporção de jovens de 25 a 34 anos com diploma universitário (12%), ficando atrás de México (20%) e Chile (35%) e bem distante da líder Coreia do Sul (63%).
Destrinchando os dados por setor público e privado, a Pnad mostra que, nesses dois anos, o ensino privado chegou a registrar leve queda de 2% contra 16% de aumento no setor público. No entanto, como o setor particular tem muito mais estudantes o crescimento do ensino superior como um todo foi de 1,8%, o menor dos últimos dez anos.
Diferença
O Ministério da Educação (MEC) deve divulgar hoje o Censo da Educação Superior de 2011, que trabalha com metodologia distinta da Pnad, coletando informações diretamente das instituições, e não nos domicílios, como faz o IBGE. Segundo o MEC, o levantamento teve resultado diferente da Pnad. “É questão de metodologia. [Essa queda] não bate com os nossos dados. Temos uma expansão acentuada no segmento público e privado. E o censo é mais preciso”, afirma o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Claudio Costa.
Feito pelo Inep, o Censo registra crescimento anual de matrículas até 2010, último dado disponível. Um recorte, porém, revela que o ensino superior cresceu 50,4% entre 2001 e 2005 e 30,6% de 2006 a 2010. Ou seja, a exemplo da Pnad, o Censo também indica perda de velocidade na expansão. É pela Pnad que o MEC monitora a meta de escolarização universitária de 18 a 24 anos.
Para a pesquisadora Ci­­bele Yhan de Andrade, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Unicamp, a perda de vitalidade do ensino superior brasileiro é também visível nos dados do MEC. Ela pondera que, como nem todo estudante matriculado no ensino superior efetivamente termina o curso, é preciso olhar para o resultado final. Nesse aspecto, os dados do ministério mostram, em sua avaliação, uma estagnação no número de formados a partir de 2003, que seria ainda pior se não fosse o aumento de cursos a distância.