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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Selo marca centenário do nascimento da poetisa Helena Kolody


Selo marca centen?o do nascimento da poetisa Helena Kolody

A Secretaria de Estado da Educação e os Correios lançaram nesta terça-feira (16), em Curitiba, o selo personalizado e carimbo comemorativo em homenagem ao centenário de nascimento da poetisa Helena Kolody. A cerimônia foi no Instituto de Educação do Paraná Erasmo Pilotto. “O lançamento do selo é uma homenagem muito importante, de uma grande parceria com os Correios, para que possa ficar mais perenizada a memória de Helena Kolody, a sua figura e sua lembrança, porque sua imagem vai se expandir através do selo para o Brasil e outros países”, disse o secretário da Educação, Flávio Arns.

Os selos comemorativos são criados para registrar fatos importantes, datas e homenagens a grandes personalidades. Para o centenário da Helena Kolody foram impressos mais de 12 mil selos para uso exclusivo da Secretaria. Já o carimbo, ficará disponível durante 30 dias nas agências de Curitiba para ser usado nas cartas e, depois disso, segue para Brasília para compor o acervo do Museu dos Correios.

Em um momento histórico, Arns e demais autoridades assinaram a primeira obliteração (aplicação do carimbo) do selo da poetisa Helena Kolody. Esses registros também farão parte do acervo histórico dos Correios.

Segundo a superintendente da Educação, Meroujy Cavet, esta é mais uma das ações da Secretaria em homenagem ao centenário da poetisa. “O projeto foi lançado na primeira semana pedagógica do ano e as escolas trabalharam livremente sobre o tema e a arte da Helena Kolody. O selo vem coroar esta homenagem, que será lembrada durante esta gestão e divulgar para todo país a sua importância no cenário literário e cultural”, explicou.

O evento teve apresentações artísticas e da banda da Polícia Militar do Paraná. Estiveram presentes a cônsul da Ucrânia em Curitiba, Larysa Myronenko, o cônsul honorário da Ucrânia em Paranaguá, Mariano Czaikowski, o coordenador de Pesquisa Educacionais da Secretaria, Renê Wagner Ramos, a gerente de Educação Coorporativa dos Correios no Paraná, Isabela Alves França, o diretor do Instituto de Educação do Paraná, José Frederico Mello, e Maurício Pastor, chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba. Adélia Maria Woellner, amiga da poetisa, participou da cerimônia para representar família Kolody.

CENTENÁRIO - A Secretaria lançou no início do ano o projeto “Centenário da poetisa paranaense Helena Kolody”, em comemoração aos 100 anos do nascimento da consagrada autora paranaense, nascida em 12 de outubro de 1912, filha de ucranianos, e falecida em 14 de fevereiro de 2004. Professora da Educação Básica e inspetora de escola pública, Helena Kolody tem seu nome inserido no mundo da literatura por seus poemas e haicais, caracterizados por uma linguagem simples e sensível.

Além da parceria com os Correios, outras ações foram criadas pela Secretaria da Educação, como a Caravana Helena Kolody e a exposição de trabalhos científicos de alunos de todo o Estado no Parque Newton Freire Maia, em Pinhais, no final deste mês.

Boletim On-line - Alunos Escola Pública



Um link muito importante para todos os Alunos e Alunas do Estado do Paraná.
Com este link você poderá acessar seu Boletim sem ter que ir até a secretaria da Escola. Veja como:

Para ter acesso ao boletim, use o seu CGM e seu RG. Caso não possua o RG cadastrado na escola, use o CGM e os dados da certidão de nascimento (número, livro e folha)deixando o campo RG em branco. 

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BOLETIM ON-LINE

Livro com a história da cidade homenageia Harley


Lançamento do livro de Harley Clóvis StoccheroNesta segunda marca a semana de aniversário de 123 anos do município na data em que o escritor completaria 86 anos.
Nesta segunda-feira (22), as 17h30, no Centro Administrativo da região da Grande Cachoeira em Tamandaré, será lançado o livro Raízes Históricas de Almirante Tamandaré, do escritor Harley Clóvis Stocchero (1926-2005), o qual pertencia a Academia Paranaense de Letras. Os registros não concluídos pelo Dr. Harley, como era conhecido o escritor, foram compilados e finalizados com o apoio da Prefeitura Municipal com o objetivo de incentivar o resgate histórico das memórias da cidade.
Segundo Harley Filho, Harley Clóvis Stocchero “amou como ninguém o seu chão, o seu Tamandaré. Cantou-o em versos como no hino, em prosa nas Andanças, nos Guaraipos, na Ermida. Usou óleo, guache e aquarela. Primeiro Roleiflex, Fujica, por último Cannon, Olympus”. Filho espera que com assim como seu pai o ensinou a amar Tamandaré, o livro possa despertar nas pessoas o amor pela terra e o respeito por sua história e seu passado.
Os registros em palavras e imagens estão reproduzidos no livro que, de acordo com o prefeito Vilson Goinski, é uma justa homenagem ao Dr Harley, “patrimônio do município”. Além de emprestar seu nome à biblioteca municipal e ao maior residencial do município, Harley Clóvis Stocchero também é quem assina o hino de Almirante Tamandaré. No dia do lançamento do livro, que também marca a semana de aniversário de 123 anos do município, o escritor completaria 86 anos.

Sobre o autor
Harley Clóvis Stocchero, escritor de poesias, crônicas e contos, nasceu em Tamandaré em 1926, filho de Bortolo Ferreira Stocchero e Hercília de Oliveira Stocchero. Estudou na PUC-PR e foi professor e advogado. Com diversas premiações máximas em concursos literários, Stocchero sócio da seção UBT-Curitiba, do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, da Soberana Ordem do Sapo e sócio efetivo da Academia de Letras José de Alencar ocupando a cadeira nº5, na qual foi vice-presidente. Foi presidente do Centro de Letras do Paraná, cadeira nº 6 da Academia Paranaense de Letras, cadeira nº12 da Academia Paranaense de Poesia e cadeira nº 17 da Academia Sul-Brasileira de Letras.

Serviço:
Lançamento do livro Raízes Históricas de Almirante Tamandaré
Abertura com apresentação do coral do Projeto Dorcas
Data: 22/10/2012
Horário: 17h30
Local: Centro Administrativo da Grande Cachoeira. Rua Mauricio Rosemann, 15 Cep: 83504-440 -Cachoeira - Almirante Tamandaré - PR


Foi lançado ontem, no Centro Administrativo da região da Grande Cachoeira em Almirante Tamandaré, o livro Raízes Históricas de Almirante Tamandaré, do escritor Harley Clóvis Stocchero (1926-2005). Dr. Harley, como era conhecido na cidade, era membro da Academia Paranaense de Letras. Os registros não concluídos pelo escritor foram compilados e finalizados com o apoio da Prefeitura com o objetivo de incentivar o resgate histórico das memórias da cidade.
Segundo Harley Filho, o pai “amou como ninguém o seu chão, o seu Tamandaré. Cantou-o em versos como no hino, em prosa nas Andanças, nos Guaraipos, na Ermida. Usou óleo, guache e aquarela. Primeiro Roleiflex, Fujica, por último Cannon, Olympus”. Ele espera que, assim como seu pai o ensinou a amar Tamandaré, o livro possa despertar nas pessoas o amor pela terra e o respeito por sua história e seu passado.

Os registros em palavras e imagens estão reproduzidos no livro que, de acordo com o prefeito Vilson Goinski, é uma justa homenagem ao Dr. Harley, “patrimônio do município”. Além de emprestar seu nome à biblioteca municipal e ao maior residencial do município, Harley Clóvis Stocchero também é quem assina o hino de Almirante Tamandaré. No dia do lançamento do livro, que também marca a semana de aniversário de 123 anos do município, o escritor completaria 86 anos.
Harley Clóvis Stocchero nasceu em Tamandaré em 1926, filho de Bortolo Ferreira Stocchero e Hercília de Oliveira Stocchero. Estudou na PUC-PR e foi professor e advogado.

Economize até R$ 868 por ano


Economia

Terça-feira, 23/10/2012
Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo / Pela pesquisa, não é preciso ir longe para encontrar o menor preço. Mercados do mesmo bairro já têm diferenças relevantesPela pesquisa, não é preciso ir longe para encontrar o menor preço. Mercados do mesmo bairro já têm diferenças relevantes
COMPRAS

Economize até R$ 868 por ano

Isso é quanto o consumidor pode “salvar” pesquisando os preços nos supermercados de Curitiba. Pelo estudo da Proteste, eles podem variar até 173%.
Embora exija tempo e disposição, a pesquisa cotidiana de preços no supermercado pode garantir uma economia anual de R$ 705 para os consumidores de Curitiba, conforme mostrou levantamento da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) feito em 61 estabelecimentos da capital. A pesquisa mostrou ainda que quem está em busca do menor preço e não tem apego às marcas consegue economizar até R$ 868 por ano.
O levantamento, feito em 20 cidades de 14 estados brasileiros em abril deste ano, analisou os preços de duas cestas de produtos classificadas de acordo com perfis de consumo distintos: a primeira é composta de 104 itens com marcas definidas, encontrados nos setores de mercearia, higiene e limpeza, perecíveis e hortifruti. Já a segunda cesta analisa o menor preço de 90 produtos e desconsidera carne, frutas, verduras e legumes.
Metodologia
Pesquisa considera produtos mais usados na composição das cestas
O Guia de Preços dos supermercados foi feito em 20 cidades de 14 estados brasileiros. O levantamento recolheu e analisou 230 mil preços em 1.196 pontos de venda em todo o país durante o mês de abril. Os estabelecimentos foram escolhidos pelo ranking do setor de autosserviço feito pela Abras em 2012, onde figuram as 500 maiores empresas do setor que, atualmente, respondem por 75% das vendas, além de mercados com forte presença nas regiões analisadas, independente do faturamento. O cálculo do custo de cada cesta faz ponderações em cada um dos produtos pesquisados, que considera a importância de cada item na composição de uma cesta de compras do mês. Essas ponderações foram baseadas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE. Além disso, foram consideradas apenas as promoções temporárias (válida em diferentes dias da semana) e não aquelas específicas de um determinado setor ou até mesmo da loja inteira.
• 20 cidades brasileiras, em 14 estados diferentes, fizeram parte do levantamento da Proteste, feito no mês de abril.
• 1.196 pontos de venda foram considerados, em um total de 230 mil preços. Os estabelecimentos foram escolhidos pelo ranking de faturamento do setor de autosserviço da Abras, onde figuram as 500 maiores empresas do setor.
A coordenadora da pesquisa, Michele Marques, explica que por conta de uma ponderação dos produtos mais importantes na composição das cestas, os supermercados identificados como os mais baratos são aqueles que vendem com preços menores os produtos mais consumidos.
Em Curitiba, o preço mais barato para os produtos da cesta 1 foi encontrado no Condor da Rua Nilo Peçanha, no bairro Bom Retiro. No outro extremo, com o preço médio mais caro, está o supermercado Telêmaco Borba, localizado no Portão. Para comprar os 104 itens dessa cesta os moradores de Curitiba precisam desembolsar R$ 314,09, o quarto menor preço entre as 14 cidades analisadas. No caso da Cesta 2 – cujo valor médio foi de R$ 223,80 – a pesquisa identificou o menor preço no supermercado Makro da Avenida Presidente Wenceslau Brás e o maior preço médio no Pão de Açúcar do Jardim Social, na Rua Arquimedes Cruz, 85.
O levantamento do Pro­teste mostrou que não é preciso ir tão longe. Em muitos casos, basta atravessar a rua ou andar algumas quadras para pagar mais barato. A economia pode chegar a 11% para quem escolhe comprar no Condor ao invés do Cabral Supermercado, ambos localizados na Rua Natal, no bairro Cajuru.
Justificativas
Empresas dizem que oscilação de preços é normal no varejo
Apesar da boa classificação no Guia de Preços do Proteste, a gerente de marketing da rede Condor, Elaine Munhoz, diz que as pesquisas de preço refletem um momento específico e que o varejo é muito dinâmico. Segundo ela, além da negociação geral de preços para toda a rede, existem situações em que os fornecedores oferecem ofertas pontuais para determinada região, com o objetivo de fortalecer a marca em um local onde ela é pouco conhecida. “Isso explica a diferença de preço entre lojas da mesma rede, que costuma ser bastante questionada em pesquisas como essa”.
Para Carlos Alberto Gomes, proprietário do supermercado Telêmaco Borba, que apresentou o maior preço médio da cesta 1, embora as grandes redes consigam comprar grandes volumes, também têm um alto custo operacional que os estabelecimentos menores não têm. Na visão dele, isso não justifica a diferença de preço apontada pelo levantamento do Proteste. “Os preços flutuam ao longo da semana em todos os estabelecimentos”. Segundo Gomes, o fato da pesquisa não ser feita em todos os supermercados no mesmo dia pode distorcer os resultados.
Confira a variação de preço nos 61 estabelecimentos pesquisados pelo Proteste (100 é igual o menor preço)

Diabete e hipertensão, uma combinação fatal


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TERCEIRA IDADE

Diabete e hipertensão, uma combinação fatal

Cerca de 30% dos idosos brasileiros têm as duas doenças, responsáveis pela maioria dos casos de derrame e enfarte.

Cresce o número de idosos que têm simultaneamente as duas doenças que mais atingem quem já passou dos 60 anos: a hipertensão e o diabete do tipo 2. De acordo com estatísticas do Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Mi­nistério da Saúde, 21,6% dos brasileiros nessa faixa etária têm diabete, e 59,7% têm hipertensão. Quando se analisam os dados de quem tem as duas doenças, o porcentual costuma atingir mais de 30% dessa população.
Riscos
Cuidado com a gordura da barriga
Não é apenas uma questão de estética. A gordura localizada ou central, mais conhecida como barriguinha (às vezes, barrigão), é extremamente prejudicial para a saúde. Como ela está localizada muito perto do fígado, é quase certa a sua “migração” para o sistema hepático, de acordo com a médica endocrinologista e chefe do Setor de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Evangélico, Mirnaluci Ribeiro Gama. Ela tem até uma brincadeira que ajuda os pacientes a se lembrarem dos riscos dessa gordurinha. “A gordura periférica, localizada nas pernas, braços e bumbum, é como uma prisão de segurança máxima, ficam lá. Já a gordura visceral, da barriga, é como uma prisão de segurança mínima. Com o mínimo descuido, fogem para o sistema hepático.” Para evitar essa fuga em massa, a médica recomenda muito exercício, em especial caminhadas, que ajudam a dissipar a energia inútil acumulada na barriga e evitam a morte celular.
Brasileiros desconhecem sintomas
A hipertensão ainda é desconhecida para grande parte da população brasileira. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita em oito capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre – com 7 mil pessoas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conjunto com o laboratório farmacêutico Bayer. Em 70% dos casos, os entrevistados não relacionaram a doença ao aumento da pressão arterial, seu principal sintoma.
Os fatores de risco também são ignorados pela maioria. Somente 18% responderam “obesidade”, e outros 18%, o fator “sedentarismo”; 12% lembraram do “estresse” e 10%, da “ingestão de sal em excesso”. Para 5%, o fator lembrado foi o “hereditário”. Já 14% não souberam associar a nenhuma das opções e 23% escolheram outros fatores.
Em relação às complicações, 20% consideraram o AVC. Outros fatores também fo­­ram citados: obesidade (14%), morte súbita (13%) e enfarte do miocárdio (12%). Outros 17% não souberam responder. Para a SBC, a pesquisa evidencia a necessidade de mais campanhas de conscientização da população por parte de órgãos oficiais e não oficiais sobre o problema, que atinge 70% dos idosos com mais de 70 anos.
Menopausa
Mulheres na menopausa devem tomar cuidado, pois as mudanças hormonais pelas quais passa o corpo feminino potencializam os riscos. O estrogênio diminui drasticamente, o que faz com que a mulher adquira um corpo mais parecido com o masculino. Com isso, a tendência é que a gordura abdominal apareça também, elevando o risco de diabete e de hipertensão.
Esse fenômeno – hipertensão e diabete juntas – é típico de duas situações muito conhecidas dos brasileiros: o envelhecimento da população (já são 14 milhões de idosos no país) e o sedentarismo (49,2% dos brasileiros são inativos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde). No primeiro caso, o passar dos anos gera um impacto sobre o corpo, que já não tem a capacidade de se recuperar tão bem das agressões ambientais. O resultado é uma falência progressiva de órgãos e tecidos.
Com isso, surgem doenças como a arteriosclerose senil (alterações das fibras elásticas da artéria, que geram a atrofia das células musculares e sua substituição por um tecido fibroso e enrijecido) e a perda da capacidade do pâncreas de produzir a insulina, hormônio que reduz o nível de glicose no sangue. São processos inevitáveis, embora também dependam da genética, da alimentação e dos hábitos de vida.
O sedentarismo tem papel tão ou mais importante para o surgimento dessas doenças, que já são consideradas uma epidemia pela OMS. No caso do diabete do tipo 2, a falta de atividade física tem papel-chave, uma vez que o ganho de peso e a obesidade estão relacionados à doença, em especial a gordura central, que se localiza na barriga. O tecido gorduroso produz substâncias que são capazes de destruir as células pancreáticas que produzem insulina.
De acordo com a endocri­nologista do Hospital Nossa Senhora das Graças de Cu­ri­tiba Luciana Pechmann, com exercícios físicos, o músculo responsável por captar a glicose do sangue e transformá-la em energia para suas células também se fortalece e minimiza os efeitos do envelhecimento. “A atividade física dá força a esse músculo para trabalhar e retirar o açúcar do sangue, evitando o aparecimento da diabete.”
A diabete, uma vez instalada, pode causar a hipertensão. Por ser uma doença do metabolismo, a diabete causa o aumento do nível de colesterol ruim (LDL), até pelo ganho de peso associado. “Ao ser oxidado, o LDL é capturado pela parede das artérias e, após ser digerido pelas células, gera arteriosclerose, que é uma ferrugem do tecido biológico, causando a hipertensão”, esclarece o cardiologista do Hospital Costantini, em Curitiba, Everton Dombeck.
Tal binômio, de acordo com os especialistas, é causador da maioria dos casos de enfarte do miocárdio e AVC (acidente vascular cerebral), o que exige mudança de hábitos. O primeiro mandamento é se exercitar, preferencialmente com atividades aeróbicas, que aumentam a oxigenação, além de abandonar as dietas calóricas e gordurosas e o fumo

Os Ministros por ordem de votação


 

Joaquim Barbosa
Joaquim Barbosa
Está no Supremo desde 2003 por indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o relator do processo do mensalão

 

Joaquim Barbosa
Ricardo Lewandowski
É ministro do STF desde 2006, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o revisor do relatório do processo do mensalão

 

Joaquim Barbosa
Rosa Weber
Ministra do Supremo desde dezembro de 2011, indicada pela presidente Dilma Rousseff

 

Joaquim Barbosa
Luiz Fux
Primeiro ministro indicado pela presidente Dilma Rousseff, está no STF desde março de 2011

 

Joaquim Barbosa
Dias Toffoli
Está no STF desde 2009, nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

 

Joaquim Barbosa
Cármen Lúcia
É ministra do Supremo desde 2006, por indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

 

Joaquim Barbosa
Cezar Peluso
É ministro da corte desde 2003, nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

 

Joaquim Barbosa
Gilmar Mendes
Está no STF desde 2002, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

 

Joaquim Barbosa
Marco Aurélio Mello
É ministro do Supremo desde 1990, indicado pelo ex-presidente Fernando Collor

 

Joaquim Barbosa
Celso de Mello
O mais antigo entre os atuais juízes, está no STF desde 1989, indicado pelo ex-presidente José Sarney

 

Joaquim Barbosa
Ayres Britto
Está no Supremo desde 2003 por indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Baixa instrução não impede ajuda de pais para filhos



Terça-feira, 23/10/2012
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / Os poucos anos de estudo não impedem Leila Sentone de acompanhar  formação escolar da filha IsabelaOs poucos anos de estudo não impedem Leila Sentone de acompanhar formação escolar da filha Isabela
FAMÍLIA

Baixa instrução não impede ajuda de pais para filhos

O apoio e o interesse da família estimulam as crianças a estudar.
No Brasil, 50,8% dos chefes de família são analfabetos ou têm apenas o ensino fundamental, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada. Porém, a baixa escolaridade não impede que os pais ajudem o filho nas tarefas e acompanhem de perto a sua vida escolar. Nesses casos, aumenta ainda mais a responsabilidade da escola de dar suporte ao aluno para que ele fique em pé de igualdade com o restante da turma.
Se a família não entende nada do que o filho está aprendendo, só o fato de mostrar interesse e de conferir se ele está fazendo o que foi pedido pelo professor já serve como estímulo para que o aluno aumente seu comprometimento escolar. Isso serve para todo o ensino fundamental, mas a criança dará mais importância ao que os pais pensam nos primeiros anos de escola. Se ela perceber que a família valoriza a educação, a tendência é ter um bom desempenho.
Simples, mas necessário
Confira algumas dicas que auxiliam os pais a incentivarem o filho ao estudo:
- Mostre interesse pelo que ele aprendeu na escola. Pergunte como foi o dia, de quais atividades ele mais gostou e peça detalhes. Relembrar o que foi aprendido ajuda a memorizar.
- Na hora de sentar com o filho para estudar, tente ler um pouco do conteúdo para ele. Isso tornará o assunto mais atrativo.
- Separe um espaço fixo em casa para estudar, assim como um horário. A rotina facilita o aprendizado.
- Discuta com a criança ou o jovem o que está passando no jornal, no cinema ou até a letra de uma música. Estimule-os a exporem suas ideias.
- Incentive-os a perguntar em sala de aula, a questionar o professor quando houver dúvidas.
Sem interferir
Educadores defendem que a função dos pais não é corrigir tarefas, já que podem ensinar algo errado em um desses momentos. “Eles têm um papel mais afetivo do que cognitivo. Estão ali para estimular, despertar interesse”, diz o professor de Educação da Universidade Tuiuti, Joe Garcia. A correção é papel do professor.
Dê a sua opinião
Como os pais podem estar mais presentes no aprendizado dos filhos?
Um aluno cuja família tem maior grau de instrução tende a ter melhores notas, pois a formação é, segundo a gerente de Planejamento Estratégico do movimento Todos pela Educação, Andrea Bergamaschi, uma combinação entre o que a escola ensina com o que os pais indicam e incentivam os filhos a ler, escutar, assistir e discutir. “Para aqueles que não têm esse suporte, a escola vai compensar estimulando mais a leitura, além de provocar discussões sobre assuntos diversos, desde o desenho a que o aluno assiste até o que os jornais estão mostrando.”
Superando dificuldades
Na Escola Estadual Manoel Ribas – que atende principalmente moradores da Vila das Torres, em Curitiba –, a pedagoga Jaqueline Ferraza consegue perceber em todos os anos escolares quando a família acompanha de perto a vida escolar do filho. Mesmo com situação socioeconômica frágil e baixa escolaridade familiar, é possível encontrar muitos pais e mães que fiscalizam as tarefas e até conseguem aprender com os filhos. “O que esses filhos aprendem na escola acaba sendo uma fonte de conhecimento para os pais”, comenta.
A inspetora da escola, Leila Sentone, é um caso de mãe que supera dificuldades da baixa instrução para ajudar a filha Isabela, 16 anos, e a neta Bianca, 11 anos. Se elas não conseguem entender algum assunto, Leila pede auxílio ao marido. “Quando minha filha estava no ensino fundamental era muito mais fácil ajudar, entender ou pelo menos ter alguma noção do conteúdo. No ensino médio é mais difícil”, conta.
Ler adianta formação em um ano e meio
Além de conferir de perto os deveres de casa e valorizar o estudo, a melhor maneira de os pais promoverem uma melhora no desempenho escolar do filho é ler para ele na fase de alfabetização, entre os 5 e 6 anos. No Brasil, apenas 37% das famílias fazem isso, segundo dados da Fundação Itaú Social. E para essa tarefa não são necessárias alta escolaridade e bagagem cultural, apenas alfabetização.
Dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Instituto Pró-Livro, mostram que a principal influência na leitura de uma pessoa vem das mães e que a maior parte delas concluiu apenas os primeiros anos do ensino fundamental. “Nesses casos, a formação é irrelevante. Só o ato de contar uma história cria um impacto profundo na vida da criança. Depois disso, ajuda se o adulto discutir o que foi lido, pedir que a criança crie um novo final, que imagine outras possibilidades para aquele enredo”, comenta o professor do programa de pós-graduação em Educação da Universidade Tuiuti Joe Garcia.
Quando os pais se comprometem com essa atividade de leitura, a criança avança em média um ano e meio na escolarização. Ou seja, é como se ela estivesse cognitivamente uma série e meia na frente da que está.
Perfil
Professora da família inteira
A dona de casa Laurinda Fátima Ferreira, 57 anos, estudou apenas até o último ano do ensino fundamental, mas isso não a impediu de acompanhar as tarefas escolares da filha – que hoje tem 30 anos – e dos mais de 30 sobrinhos que tem na família. Muitos deles iam espontaneamente até ela e a incumbiam da missão de ser a grande orientadora das atividades em casa.
Mesmo sem entender grande parte do que eles aprendiam na escola, principalmente quando o conteúdo ia além daquele contemplado nas séries que cursou, ela fazia questão de conferir a lição de casa, ir às reuniões e ajudar nas pesquisas de trabalhos. Para cumprir bem esse papel, além de ler bastante – segundo ela, tudo que via pela frente –, tinha como costume guardar livros didáticos que eram consultados por ela em casos de dúvidas. “Quando não sabia mesmo, eu mandava um bilhete para a professora avisando”, conta.
Para Laurinda, os bichos papões eram Matemática, Química e Física. Mas, para compensar, sentia mais facilidade em auxiliar em Português, Redação e nas disciplinas de humanas. Depois de tanto ajudar, ela se deu conta de que acabou também por aprender coisas que há tempo ficaram esquecidas depois que abandonou os bancos escolares.

STF condena José Dirceu e mais nove por formação de quadrilha


JULGAMENTO HISTÓRICO

José Cruz/ABr
José Cruz/ABr / Joaquim Barbosa e Carmem Lúcia: voto da ministra pela absolvição dos réus contrariou o relatorJoaquim Barbosa e Carmem Lúcia: voto da ministra pela absolvição dos réus contrariou o relator
JUSTIÇA

STF condena José Dirceu e mais nove por formação de quadrilha

Etapa das condenações e absolvições do processo do mensalão terminou ontem. Supremo começa agora a definir as penas dos condenados.
Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Albari Rosa/ Gazeta do Povo / José Dirceu: “Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha”Ampliar imagem
José Dirceu: “Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha”
Tendência é de que empates favoreçam sete acusados
Das agências
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, indicou ontem que a Corte deve absolver os réus cujos julgamentos terminaram empatados. São sete os acusados que receberam cinco votos pela condenação e outros cinco votos pela absolvição. Durante o intervalo da sessão da tarde desta segunda-feira, Britto lembrou que já se manifestou no sentido de que, nos casos de empate, os réus serão absolvidos. O STF deve começar a decidir na sessão de hoje o que fará nos casos de empate e a definir as penas a que os condenados serão sentenciados.
Como presidente do STF, Brito poderia alegar que tem a prerrogativa de dar o voto de desempate, mas não deve usar esse recurso. “Antes disso, se cabe ou não o voto de qualidade, é preciso definir se, em caso de empate, haverá necessidade desse voto de qualidade ou se no empate opera por si, ou seja, absolve o réu. Eu, em pronunciamentos outros, já me manifestei nesse sentido, que o empate opera em favor do réu como projeção do princípio da não culpabilidade”, disse.
O ministro disse ainda que, quando o placar de uma votação termina igual, não se alcança o que chama de princípio da “majoritariedade dos votos”. “A unidade dele [do tribunal] somente se obtém com a maioria dos votos, em cada caso”, afirmou. “Se a maioria não foi obtida, essa unidade não se perfez, ficou no meio do caminho, por isso opera a favor do réu”, completou. Em processos penais, é praxe que o empate favoreça o acusado.
Possíveis beneficiados
Até o momento, aguardam a decisão sobre o desempate o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas e o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane, pelo crime de formação de quadrilha, e os ex-parlamentares José Borba (ex-PMDB), Paulo Rocha (PT) e João Magno (PT), além do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, pela acusação de lavagem de dinheiro.
O presidente do STF disse ainda que não sabe se o colegiado vai discutir a questão dos empates dos réus antes de apreciar qual punição será aplicada para os condenados, a chamada dosimetria da pena. Ayres Britto acredita que o relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, deve suscitar o tema em plenário. O ministro afirmou que não sabe se o julgamento terminará nesta semana. “Vai depender do relator”, limitou-se a dizer.
Após três meses, 25 dos 37 réus foram condenados
Nove dos acusados pelo mensalão foram absolvidos e três casos seguem indefinidos

Sete anos após as primeiras denúncias do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) terminou ontem o julgamento do último núcleo de acusados com a condenação, por formação de quadrilha, de 10 mentores e operadores do esquema de compra de apoio político no Congresso durante o governo do ex-presidente Lula. O placar da votação foi apertado: 6 votos a favor da condenação e 4 contra (veja infográfico). Houve ainda duas absolvições e o julgamento de um réu terminou empatado.
Dentre os condenados estão antigos integrantes da cúpula do PT, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares. Também foi condenado o publicitário Marcos Valério, o principal operador do mensalão.
Considerado o chefe do mensalão, José Dirceu emitiu nota ontem à noite em que critica a decisão final do STF. “Mais uma vez, a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal em me condenar, agora por formação de quadrilha, mostra total desconsideração às provas contidas nos autos e que atestam minha inocência. Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha”, escreveu Dirceu. Ele já havia sido condenado, há pouco menos de duas semanas, por corrupção ativa.
Próximos passos
A partir da sessão de hoje, os ministros devem começar a definir o que fazer nos casos de empate no julgamento (quando um réu teve cinco votos a favor da condenação e outros cinco pela absolvição em alguns dos crimes a que respondia). São sete acusados nesta situação (veja reportagem ao lado). Três deles acabaram, porém, sendo condenados por outros crimes.
Um desempate em favor da condenação, para esses três acusados, pode significar a diferença entre uma pena de regime aberto, semiaberto ou fechado. Isso porque, segundo o Código Penal, quando a pena de reclusão é baixa (poucos anos de detenção), o condenado pode ser beneficiado com regimes mais brandos de punição do que a cadeia.
É essa mesma regra da legislação penal que pode levar os mentores do mensalão para a prisão em regime fechado. Isso porque a maioria dos condenados ontem por formação de quadrilha só havia sido considerada culpada de um único outro crime: corrupção ativa. Além de Dirceu, esse é o caso de José Genoino.
A definição das penas também deve começar a ser decidida na sessão de hoje. Só a partir disso é que será possível saber quais réus serão encarcerados. O STF também terá de definir se determina a retenção dos passaportes dos condenados para evitar even­­tuais fugas e em que momento fará isso: agora ou após a publicação do acórdão do julgamento, o que só deve ocorrer em janeiro.
Também deverá ser definido nesta semana pelo Supremo quando os mandados de prisão dos condenados serão expedidos: agora, logo após a publicação do acórdão ou após o julgamento dos recursos que devem ser interpostos pelos advogados de defesa dos acusados.
Há ainda um possível ponto de discórdia entre o STF e a Câmara dos Deputados. Em princípio, o Congresso entende que tem de abrir um processo de cassação do mandato dos três parlamentares condenados. Mas há ministros do STF que dizem que a cassação é automática, a partir da condenação.