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sábado, 10 de novembro de 2012

É possível que eu esteja sempre escrevendo capítulos de um único livro


Fotos: Daniel Castellano /
LITERATURA

“É possível que eu esteja sempre escrevendo capítulos de um único livro”.

Nunca se falou tanto em literatura africana de língua portuguesa como agora. A boa tradição linguística da metrópole misturou-se ao pensamento poético e metafórico de suas colônias e criou uma escrita que, embora ecoe na tradição oral e informal brasileira, guarda em si um misticismo e exotismo próprios e começa a se mostrar para o mundo como os primeiros retratos interiores de um continente até então retratado por olhares estrangeiros. No meio dessa nova safra de autores, que tem como expoentes os angolanos José Eduardo Agualusa, Ondjaki, José Luandino Vieira e Pepetela, está Mia Couto, escritor moçambicano de 57 anos, filhos de pais portugueses e biólogo de formação.
Participante ativo da luta pela independência de Moçambique, Mia Couto agora preocupa-se em inserir o pequeno país africano no mundo literário, por meio de pouco mais de duas dezenas de livros publicados, sendo o mais recente o romance A Confissão da Leoa, publicado no Brasil pela Companhia das Letras. “Às vezes, quando estou indo viajar, a pessoa que varre a rua ou trabalha no aeroporto para e diz-me: ‘represente bem nosso país’”, conta o escritor em uma entrevista concedida na Livraria Arte e Letra, em Curitiba, dando uma ideia de sua importância para a cultura de seu povo. O escritor esteve na cidade na última quinta-feira, participando do projeto Conversa Entre Amigos, e aproveitou um intervalo no café da livraria para falar sobre seu último romance, suas preocupações como escritor e a imagem africana refletida em seus livros.

O seu último livro, A Confissão da Leoa, é o primeiro gerado a partir de um fato de extrema realidade. Entretanto, o senhor prescindiu dos fatos em favor de uma construção literária-poética. Em que sentido a realidade serve à ficção?
Naquele caso específico, eu tinha que fugir daqueles fatos, e não como uma estratégia literária, mas porque eles haviam sido tão irreais e tão chocantes que eu precisava criar distância. Mas como estratégia literária também, eu tinha que escapar daquele estereótipo de uma certa África onde acontece aventuras de caças. Eu precisava colocar no centro da narrativa as pessoas e as histórias que elas criavam a partir daqueles fatos. Então eu tive que me deslocar mais do que qualquer outro livro, fugir da realidade. De qualquer maneira, respondendo à tua pergunta, na relação que eu tenho com uma certa África, os fatos me chegam quase como argumentos. A fronteira entre a realidade e o imaginário é muito diluída. Ninguém quer saber se foi verdade ou não porque tudo pode ser verdade.
Essa África foi pintada pelas artes europeias muito antes que os africanos exportassem para o mundo sua própria visão sobre a terra. Essa construção exótica e mística ainda tem poder sobre a África?
Acho que os africanos acabaram por assimilar esse olhar estranho na própria definição do que é a África, do que eles são, e olham por essa via emprestada de um olhar europeu. A grande libertação começou por ser política, a ruptura com laços criados pela economia, mas a grande independência é essa de criar um pensamento próprio, olhar-se a partir de dentro.
Como o autor moçambicano mais lido no mundo, há algum sentimento de responsabilidade em retratar sua terra fidedignamente?
Eu não me posso sentir representando qualquer coisa. Eu represento até a mim mesmo muito mal. Mas eu sinto que eu trago Moçambique sim, e isso é preciso ser entendido porque Moçambique não existia há trinta e poucos anos. Eu sou mais velho do que meu próprio país. Como eu me entreguei à luta de libertação, agora tenho esse dever de transportar a bandeira e mostrar que existe aquele país, porque às vezes chego a lugares em que as pessoas não tem ideia nenhuma que existe um lugar chamado Moçambique. Isso é um gosto, não é tanto uma missão para mim.

E como os moçambicanos recebem os seus livros?
Eu acho que os moçambicanos, e é difícil ser eu a dizer isso, me incumbem essa responsabilidade, esperam de mim. Lá eu sou muito reconhecido, e não é muito difícil de ser reconhecido, é um país pequeno, digo isso à vontade porque não é por mérito próprio. Às vezes, quando estou indo viajar, a pessoa que varre a rua ou trabalha no aeroporto para e diz-me: “Represente bem nosso país”, como se diria a um futebolista.
Como o autor moçambicano mais lido no mundo, sente-se incomodado por ser sempre questionado sobre política?
Geralmente perguntam ao escritor qualquer coisa e o escritor responde qualquer coisa porque se pressupõe que o escritor sabe sobre o Oriente Médio, sobre gastronomia, etc. E, às vezes, o escritor embarca nesse equivoco e começa a falar de coisas que ele não sabe. No caso específico da África, isso acontece porque o que as pessoas conhecem é um retrato político que se produz sobre o continente. Quando eu vou ao assunto e respondo, é porque me apetece mostrar que a África é isso, mas é outra coisa além do retrato oficial simplificador que aparece nos jornais.
Nos últimos três livros, o senhor tem deixado um pouco e lado neologismos e reinvenções de linguagem para consolidar a sua voz de escritor. Para o senhor, a voz é mais importante que o estilo?
Eu acho que as duas coisas são, se calhar, uma mesma. Eu olho para trás sem nunca ter arrependimento do que eu já fiz, mas eu acho que havia um certo deslumbramento por minha parte. Naquele momento eu queria fazer bonito, e agora, num outro momento da minha vida, não é isso que me apetece. Eu quero que a história ultrapasse a mim próprio, como se eu deixasse de ter importância como criador.
Ainda assim, uma característica que permeia cada vez mais suas obras são as pequenas filosofias, geralmente nos diálogos entre personagens. A sabedoria popular pode ser fabricada?
O que importa para mim no que a gente chama de filosofia popular não é que ela seja popular, mas que seja criativa e nos atire para um mundo que tem que ser pensado com outros fundamentos, longe daquilo que a gente acha que já sabe.
Eu sempre me lembro de uma história, vou contá-la. Quando Moçambique teve sua primeira eleição, aquilo estava sendo feito contra a cultura tradicional. Ninguém escolhia os chefes, era algo presente no sangue dos líderes. Quando começaram a surgir as campanhas eleitorais, as pessoas reagiram estranhamente. Veio então um candidato à aldeia onde eu estava, e ele usou uma frase muito infeliz: “Viemos cá salvá-los”. Falou sobre construir estradas, escolas, hospitais, e as pessoas ficaram encantadas porque achavam que aquilo era algo genuíno. Todos, menos uns velhos que estavam lá atrás. Um desses velhos disse: “Nós estamos muito agradecidos com a sua gentileza, vindo de tão longe para nos salvar. Isso me faz lembrar da história do macaco e do rio”. Sentou-se e não contou a história, como se nós já a conhecêssemos. E o político teve a infeliz ideia de perguntar como era essa história. Ela conta sobre um macaco que seguia junto ao rio, olhou para a água, viu um peixe e disse: “Aquele bicho está dentro da água! Vou salvá-lo”, e tirou o peixe de dentro do rio. O peixe, coitado, debatia-se freneticamente, e o macaco admirava-se: “Meu deus, quanta felicidade!”. Até que o peixe morreu e o macaco pensou: “Puxa, se tivesse chegado um pouco antes teria salvado este animal”. Vê, a sabedoria que está aqui é a maneira como o que ele queria dizer foi dito numa história, argumenta-se por ela. Essa construção da metáfora é o que o poeta procura desesperadamente. Então eu vou ali buscar não tanto a filosofia popular, mas um mecanismo convertido numa pequena história para aquilo que nos pareça um assunto muito solene, muito sério.
A Confissão da Leoa trouxe de volta uma característica de seus primeiros romances, que é o fundo policialesco, de mistério a ser resolvido. Há uma influência desse gênero na sua formação, ou trata-se de simplificação do confronto da narrativa que lhe possibilita trabalhar outros aspectos literários?
Eu fui um leitor de policial, e tenho a ideia de que a viagem e o crime são construtores de uma narrativa, na medida em que sugerem um mistério e pedem que a gente saiba o que se passou. Mas eu não me vejo como um construtor de narrativas. Eu construo personagens e trabalho na fronteira de contos que se costuram. O fascinante na prosa é a maneira como ela aceita a poesia e como aceita ser um palco de personagens, como se elas existissem em um teatro e elas é que contassem a história a mim.
Outro aspecto bem marcado em seus romances, em especial em O Outro Pé da Sereia, é a vontade de esquecer em contraposição à necessidade de lembrar. Como o senhor vê o esquecimento?
Eu vejo o esquecer não como um lapso ou uma ausência. Esquecer é uma construção, tanto quanto o pensamento produtivo. É como se houvesse alguém dentro de nós que soubesse sempre o que tem que apagar e o que tem que deixar registrado, e eu noto essa ansiedade de esquecer como importante na produção do presente, porque o que eu vi em Moçambique foi uma lição. Foram mortas 1 milhão de pessoas na guerra, e quando ela acabou, eu pensei que as memórias iriam causar outra briga no país. Mas, de repente, como um consenso silencioso de um parlamento invisível, decidiu-se esquecer. Se vocês visitarem Moçambique, nunca se ouve nada sobre o assunto. Pode não ser a melhor solução, mas foi a solução que aquela gente encontrou para não reavivar demônios e fantasmas, e funcionou. Países como a África do Sul adotaram a Comissão da Verdade e as pessoas são chamadas a depor, é um trabalho quase policial... Em Moçambique, os soldados que lutaram dos dois lados foram absolvidos pelas famílias – a família continua sendo a grande instituição – e funcionou bem. Como produção da história, um país precisa esquecer. O Brasil também teve de esquecer. Se perguntam onde é o Brasil, a história começa com a chegada dos portugueses, não há história atrás.
Seus romances giram em torno de um mesmo universo sem, contudo, que eles se unam como uma única Moçambique, pois cada aldeia de seus romances tem lendas e tradições próprias. Há muitos países em um país?
Sim. Vocês, brasileiros, são campeões nisso. Mas em Moçambique eles estão muito à flor da pele. Nós ainda estamos criando uma nação, e estamos construindo-a sobre outras nações que são diversas, em língua, cultura e histórias distintas. Essa diversidade para mim é um confronto, porque o país precisa ser um e, apesar disso, quando eu olho para cada uma dessas parcelas eu vejo Moçambique. Por mais que se diga que o sul do Brasil é representado por alemães, eu venho para cá e me parece sempre o Brasil. E em Moçambique ainda não é assim, o tempo precisa construir esse componente dominante que unifique o país. Mas agora é um tempo feliz, porque todos eles coexistem tentando brigar para ver quem aparece como o rosto de Moçambique.
O senhor teme que seus livros fiquem presos para sempre ao universo africano a uma realidade específica?
É possível que eu esteja sempre escrevendo capítulos de um único livro. Mas se é um tema que eu acho que mantenho é a busca pela identidade. Mas eu não tenho essa ideia de que eu tenho uma carreira. A relação que eu tenho com a escrita é a capacidade de recriar a mim próprio e manter um laço com a minha própria vida, não mais do que isso. Não tenho uma ambição de fazer uma obra, tudo isso aconteceu por acidente. Não sei responder a pergunta porque nunca construí nada com um plano, esses livros simplesmente aconteceram.
A literatura brasileira produzida nos últimos 20 anos se distancia substancialmente do literatura lusófona. Há um consenso geral na crítica brasileira de que a literatura produzida em Portugal e na África tem uma riqueza linguística muito maior. Como o senhor percebe a literatura brasileira?
Pensamos a mesma coisa de vocês. Achamos que o Brasil tem uma riqueza muito feliz. A língua portuguesa ganhou uma dinâmica, um enriquecimento no Brasil, que eu acho que nenhuma outra língua vai conseguir. Trata-se de uma cultura que teve de buscar na língua do outro uma marca de identidade própria. Os brasileiros fizeram-se outros. Queriam dizer aos portugueses: “Na língua que a nos é comum, somos diferentes”. Introduziram essa marca de diferença, e isso é fascinante para nós. No nosso processo de independência, olhamos para a literatura brasileira como uma inspiração enorme. Mas uma coisa que é preciso dizer é que desconhecemos muito o que se produz no Brasil hoje. Nós tivemos uma ligação muito grande com a literatura brasileira nos anos 1950, 1960, 1970 – curiosamente em alguns anos em que havia ditadura dos dois lados –, mas depois, com a democracia, a literatura foi entregue a leis de mercado que não estavam muito interessados no Brasil.
Veja alguns dos livros de Mia Couto lançados no Brasil:

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dicas para não errar no clique.


Daniel Castellano/ Gazeta do Povo /
FOTOGRAFIA

Dicas para não errar no clique.

O segredo de uma boa fotografia não está só na qualidade da câmera. Tanto um equipamento profissional quanto um celular podem render boas imagens, já que é o olhar de quem faz o registro que dá origem a uma bela foto. Para as pessoas que entendem pouco ou quase nada de fotometria, há opções pré-definidas em câmeras e celulares que ajudam na hora de fotografar. Usar esses modelos é uma saída para melhorar os cliques sem arriscar na parte técnica.
Compartilhe
Você gosta e tem o hábito de fotografar? Então essa é a chance de compartilhar suas criações. Poste suas melhores imagens no Instagram com a hashtag #japragazeta.
Outra dica é ter calma. “Só isso pode transformar simples registros em documentos visuais muito melhores”, diz Alexandre Mazzo, editor de fotografia da Gazeta do Povo. Quem já tem mais intimidade com o assunto sabe que a busca pelo melhor clique fica mais fácil com algumas atitudes, como trabalhar a luz do ambiente e buscar uma composição equilibrada. “A fotografia é a eleição de um instante. A pessoa deve buscar dentro da cena que ela quer representar o que ela acha primordial”, diz o fotógrafo Osvaldo Santos Lima, professor da UFPR e diretor do Omicron Escola de Fotografia.
Com as férias e festas de fim de ano se aproximando, ninguém vai querer errar nas fotos da família e dos amigos. Por isso, a Gazeta do Povo traz um pequeno guia com dicas para melhorar suas fotografias e com comentários de Alexandre Mazzo (clique no saiba mais ao lado).

Para todos os gostos


Hugo Harada/Gazeta do Povo / O palco Riachuelo atraiu uma multidão na edição de 2011O palco Riachuelo atraiu uma multidão na edição de 2011
PALCOS DA VIRADA CULTURAL

Para todos os gostos

A terceira edição da Virada Cultural traz a Curitiba neste sábado e domingo nomes fortes da música nacional e uma programação que vai de filmes de terror a estreias de espetáculos de teatro.
Serão mais de 40 shows gratuitos, além de outras atrações, em 95 espaços da cidade. 
A terceira edição da Virada Cultural de Curitiba, neste sábado (10) e domingo (11), terá nomes como Zeca Baleiro, Arnaldo Antunes, Cauby Peixoto, Angela Maria, Oswaldinho do Acordeon e Emílio Santiago, Orquestra Sinfônica do Paraná, a Orquestra à base de Sopro, Zeca Baleiro, Kleiton e Kledir, Roberto Menescal com o Coral Curimim e a Banda Mais Bonita da Cidade.
Programação
Confira no Guia Gazeta do Povo as informações e a programação completa da Virada Cultural dividida por palcos:
Mas os quatro palcos também vão abrigar bandas jovens curitibanas até gente das antigas. Como nas duas edições passadas, os jovens e os consagrados prometem atrair multidões.
Além das atrações musicais, a programação inclui espetáculos de teatro e dança, circo, feiras gastronômicas, exposições e oficinas de arte. Veja aqui o horário dos shows e programe-se para as demais atividades pelo site www.correntecultural.com.br/programacao.

Os palcos para os grandes shows foram montados na Riachuelo, em frente do Paço da Liberdade (na praça Generoso Marques), nas ruínas de São Francisco, na praça da Espanha, na praça Nossa Senhora de Salete (Centro Cívico), e na Boca Maldita.

Corrente Cultural
A 4ª Corrente Cultural de Curitiba começou no dia 3 e terminará com a Virada, no domingo. A Corrente envolve 300 atrações, em 95 espaços da cidade, entre elas shows, dança, teatro, oficinas de arte, exposições, circo e feiras gastronômicas.
Madrugada Sangrenta na Cinemateca
Em uma programação com início na noite de sábado e que se estende até quase as 6 horas de domingo, os fãs do gênero horror poderão assistir a marcos dos anos 60 e 70 na Cinemateca. O clássico filme de zumbis A Noite dos Mortos Vivos (1968) e o musical subversivo Rocky Horror Picture Show estarão ao lado de produções nacionais como Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos, Continue? (foto)e Desalmados. Todas as sessões têm entrada franca.
Palco Conexões (Boca Maldita)
Sábado
12h – Dudu Nobre
14h30 – Banda MUV
15h20 – Luiz Felipe Leprevost, Letícia Sabatella, Chiris Gomes e Fernando Alves Pinto
17h30 – Nevilton
21h – Ângela Maria e Cauby Peixoto
Domingo
12h – Orquestra Sinfônica do Paraná e Oswaldinho do Acordeon
15h30 – Orquestra à Base de Sopro e Emílio Santiago
Praça Nossa Senhora de Salete
Sábado
13h30 – Show de Taikô Wakaba
Domingo
14h e 16h – Show de Taikô
15h30 e 16h30 – Canções japonesas
17h – A Banda Mais Bonita da Cidade
18h30 – Trio Bratucada
Palco Ruínas – Musicletada
Sábado
18h – Crocodilla
19h30 – Gentileza
23h – Janaina Fellini
Domingo
00h30 – Locomotiva Duben
2h – Real Coletivo Dub
13h – Lemoskine
14h30 – Molungo
16h – Davi Henn
17h30 – Confraria da Costa
Palco Riachuelo (em frente ao Paço da Liberdade)
Sábado
13h30 – Zeca Baleiro com Orquestra À Base de Corda
15h30 – Trio Quintina
19h – Arnaldo Antunes
22h – Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba com regência do Maestro Rodrigo Toffolo
Domingo
11h – Roberto Menescal e Coral Curumim
13h – Kleiton & Kledir e Grupo Tholl
Praça da Espanha
Sábado
12h – Rafa Gomes
14h – Kadu Lambach
16h – Fran Tenório
18h – El Merekumbé
20h – Jammers

Capivara aparece na Rodoferroviária de Curitiba e chama atenção de usuários


André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo / Capivara apareceu na rodoviária por volta das 5 horas desta sexta-feiraCapivara apareceu na rodoviária por volta das 5 horas desta sexta-feira
VISITA INCOMUM

Capivara aparece na Rodoferroviária de Curitiba e chama atenção de usuários

Animal foi contido por policiais militares, no bloco estadual da rodoviária, e recolhido a um centro de triagem especializado. Há suspeitas de que o roedor tenha chegado ao local pelas galerias de esgoto.
Os usuários da Rodoferroviária de Curitiba foram surpreendidos por uma “visita” inesperada, na manhã desta sexta-feira (9). Uma capivara apareceu no bloco estadual, chamando a atenção de pessoas que esperavam para embarcar e que compravam passagem nos guichês das empresas de ônibus. O animal foi recolhido ainda na manhã desta sexta-feira por uma equipe da Polícia Ambiental.
Segundo o soldado Fabiano Guedes da Silva, da Polícia Militar (PM), a capivara foi vista pouco antes das 5 horas, já no bloco estadual. Os policiais militares do posto da Rodoferroviária isolaram o roedor em um canto, ao lado de um guichê. A “operação” para conter o bichinho fez com que usuários se aglomerassem próximo ao local da aparição.
André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo
André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo / Animal foi capturado pela Polícia Ambiental, nesta manhã, na rodoviária de CuritibaAmpliar imagem
Animal foi capturado pela Polícia Ambiental, nesta manhã, na rodoviária de Curitiba


“Várias pessoas vieram acompanhar o que estava acontecendo. Tinha muita gente tirando foto, por causa da situação inusitada”, disse o policial.
O auxiliar de embarque da empresa Garcia,Arildo Ananias de Silva, se surpreendeu com a presença do bichinho. Apesar do burburinho provocado pela "visita", não houve transtornos à venda de passagens e ao movimento do terminal rodoviário.
"É uma capivara grande e bonita. Ela está ali, quietinha, entre os policiais", observou Arildo, antes de o animal ter sido levado.
Às 9 horas, cinco policiais mantinham a capivara isolada, aguardando a chegada da Polícia Ambiental. De acordo com o soldado Guedes, o roedor começava a se agitar por conta do barulho excessivo provocado pelas obras, pelas quais passa a Rodoferroviária. Os policiais informaram que o animal é adulto e que há suspeitas de que tenha chegado à rodoviária por meio das galerias de esgoto.
Captura
Pouco depois das 9 horas, uma equipe da Policia Ambiental chegou à Rodoferroviária e recolheu a capivara. De acordo com o tenente João Serpa, a operação foi tranquila, sem incidentes ou transtornos. “As patas [do roedor] já tinham sido amarradas pelos policiais militares. Então, só foi preciso colocá-la na viatura”, observou o tenente.
Foram necessários quatro policiais para recolher o animal de forma segura. A capivara foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Tijucas do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Lá, o bicho vai passar por exames veterinários e, caso não haja problemas de saúde ou ferimentos, a capivara deve ser solta de volta ao seu habitat natural.
“No período de uma semana, não é a primeira capivara que aparece nesta região. Provavelmente, ela vivia na região do Canal Belém e se deslocou por causa das chuvas”, avaliou o tenente.
Jacarés no Barigui
No fim de outubro, um jacaré foi fotografado cruzando a ciclovia do Parque Barigui, em Curitiba. Após a aparição, o réptil retornou ao lago, onde permanece até hoje. No dia seguinte, outro jacaré foi localizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os répteis são da espécie jacaré-do-papo-amarelo e devem ser capturados.
Interatividade
Jacaré no Parque Barigui e capivara na rodoviária. Na sua opinião, por que esses animais estão “invadindo” a cidade?

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Atlético divulga vídeo sobre a cobertura retrátil da Arena

Atlético divulga vídeo sobre a cobertura retrátil da Arena
Foram divulgadas as empresas que trabalharão no projeto, mas não os valores da estrutura.
Atlético divulgou nesta quinta-feira (8) em seu site um vídeo mostrando como funcionará a cobertura retrátil daArena da Baixada. Foram divulgadas as empresas que trabalharão no projeto, mas não os valores – o último orçamento divulgado da obra para a Copa do Mundo de 2014 é de R$ 184,6 milhões.
Segundo o vídeo, a estrutura pesará 300 toneladas e fechará em 15 minutos. Será composto por painéis fotovoltaicos, criando uma usina de energia solar de 2,3 megawatts de potência, o que poderia suprir cerca de 4.600 casas.
Carlos Arcos Arquite(c)tura será responsável pelo projeto. É a mesma empresa de Carlos Arcos Ettlin, primo do presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, que já atua na obra. Foi por causa dessa contratação e da Kango – fornecedora das cadeiras –, que tem como sócio Mario Celso Keinert Petraglia, filho do dirigente, que o ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo atleticano, José Cid Campêlo Filho, deixou o clube denunciando benefícios a parentes do cartola.

O cálculo do projeto será feito pela empresa de engenharia Andrade Rezende, de Curitiba, e a fabricação da estrutura pela Brafer, de Araucária. Os painéis fotovoltaicos serão produzidos no exterior e importados por uma fornecedora de responsabilidade da Copel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Confira o vídeo:

Lady Gaga aparece na janela com camisa da seleção


Folhapress / Lady Gaga com a camisa da seleção brasileira

Ela mandou beijos e acenou para as pessoas que a esperam na frente do hotel onde está hospedada, na zona sul do Rio. Bastidores da turnê vão virar um documentário.
Lady Gaga levou o publico ao delírio ao aparecer na janela de cabelo rosa e camisa da seleção brasileira. Ela mandou beijos e acenou para as pessoas que a esperam na frente do hotel onde está hospedada na zona sul do Rio. Ela deixaria o hotel para almoçar e visitar uma favela pacificada na tarde desta quinta-feira (8). Os locais das visitas não foram informados.
Mais cedo, integrantes da equipe da cantora afirmaram que ela poderia ir ao Cristo Redentor e também à Rocinha ou Dona Marta, favelas pacificadas da zona sul. Segundo integrantes da produção da cantora, Lady Gaga deu folga à equipe nesta quinta e na sexta-feira começa os preparativos para a série de três shows que fará no País. Na sexta, ela fará um ensaio para passagem de som no local do show no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca.
Os passos da cantora no país estão sendo filmados por uma equipe de cinegrafistas que preparam um documentário sobre os bastidores da turnê. Amilcar Novar, um dos cinegrafistas da equipe, afirmou que toda a produção do show está ansiosa para a apresentação no Brasil. "Queremos ver como o público brasileiro recebe a cantora e a sua cultura e sua música pop", disse o cinegrafista.

Berço dos deuses


Marcio Antonio Campos/ Gazeta do Povo / Sítio arqueológico de Teotihuacan, a 40 km da Cidade do México , merece um dia inteiro de visitaçãoSítio arqueológico de Teotihuacan, a 40 km da Cidade do México , merece um dia inteiro de visitação
MÉXICO

Berço dos deuses

As ruínas de Teotihuacán, perto da Cidade do México, eram reverenciadas pelos astecas como o local de nascimento do Sol.
Se hoje ficamos impressionados ao contemplar o que sobrou das civilizações pré-colombianas, é difícil imaginar o que os próprios astecas sentiram quando encontraram a monumental Teotihuacán, algumas dezenas de quilômetros a nordeste de sua capital, Tenochtitlan, atual Cidade do México. O local já estava abandonado havia séculos e, para os astecas, Teotihuacán era bem mais que um mero complexo de edifícios gigantescos deixados por um antigo império: era um local místico, talvez o mais importante deles: ali, acreditavam, havia surgido o Quinto Sol, que governava a era em que viviam.
Manual de uso
Confira algumas dicas para aproveitar melhor a visita à capital mexicana
Tempo de passeio – Muitos hotéis e agências de turismo na Cidade do México oferecem passeios de um dia inteiro que combinam Teotihuacán com o complexo da Basílica de Guadalupe e a Praça das Três Culturas, ambas no norte da capital mexicana. Mas o tempo é reduzido para conhecer as ruínas.
Como chegar – Quem pretende passar o dia todo no sítio arqueológico (e vale a pena) pode ir por conta própria. Os ônibus saem a cada 15 minutos da estação rodoviária Autobuses del Norte – acesso pela linha 5 do metrô. É preciso pedir uma passagem para Pirámides (cuidado: um bilhete para Teotihuacán leva até a vila de San Juan de Teotihuacán, e não às ruínas), e o ônibus deixa o visitante na porta 1. Para voltar à Cidade do México, basta esperar os ônibus nas saídas 2 ou 3. Motoristas com carro próprio podem usar qualquer uma das entradas, pois há estacionamento (pago) em todas elas.
O que levar – É preciso ter protetor solar, água e comida, já que o único lugar para almoçar dentro do sítio arqueológico fica logo na entrada 1. Lá dentro, alguns vendedores têm bebidas, salgadinhos e doces.
Vendedores – O assédio de vendedores é agressivo. São oferecidos objetos em prata e obsidiana, uma pedra vulcânica que os povos pré-colombianos usavam para praticamente tudo – as ferramentas usadas para esculpir, por exemplo, eram de obsidiana, e não de metal –, além de outros itens de artesanato. A dica é seguir caminhando, sempre entoando um “no, gracias”. Alguns começam, por conta própria, a explicar no que consistem as ruínas. O falatório termina com a oferta de mais um produto. Há muita margem para pechincha e os vendedores só aceitam dinheiro. Os artesãos credenciados pelo Inah (o equivalente mexicano do Iphan) são os mais indicados.
Resistência – Teotihuacán está 2.160 metros acima do nível do mar. A altitude exige caminhadas lentas para manter o fôlego, especialmente na hora de subir as escadarias das duas pirâmides principais.
Retorno – Na volta à Cidade do México por ônibus de linha, policiais costumam parar o veículo assim que ele entra na autoestrada e revistar todos os passageiros – os homens são obrigados a sair do ônibus. Esse é um procedimento de rotina.
Mais história
Confira outros locais na capital do país onde é possível conhecer o México pré-colombiano.
Templo Mayor
No coração da cidade, as ruínas do maior edifício da capital asteca foram descobertas em 1978, durante obras da companhia elétrica. Hoje sobraram as bases dos sucessivos templos que os monarcas astecas costumavam construir sobre a edificação anterior. O segundo estágio, erguido entre 1325 e 1427, está mais inteiro, com um chac-mool (um tipo de estátua ritual) e a pedra onde se realizavam sacrifícios humanos. Um museu abriga a pedra circular de Coyolxauhqui e mostra como era o dia a dia em Tenochtitlan. De terça a domingo, das 9 às 17 horas. Entrada: 57 pesos.
Museu Nacional de Antropologia
Dentro do Bosque de Chapultepec, vale um dia inteiro de visitação. Sem esse tempo disponível, melhor ignorar o andar de cima e priorizar as salas dos maias, toltecas e astecas para conhecer a história dos principais povos que habitaram o México antes da chegada dos espanhóis. A sala asteca inclui a famosa Pedra do Sol, também chamada de “calendário asteca” – apesar de a teoria mais aceita hoje indicar seu uso na posição horizontal, como base para lutas rituais, e não para acompanhar a passagem do tempo. Do lado de fora do museu, os Voadores repetem um ritual para atrair chuvas. De terça a domingo, das 9 às 19 horas. Entrada: 57 pesos.
Xochimilco
O bairro em si é desanimador, mas a visita se justifica pelo passeio de trajinera, um barco multicolorido que percorre os canais que um dia cortavam toda a capital asteca e só foram preservados no sul da Cidade do México, tendo sido declarados Patrimônio da Humanidade em 1987. É possível conhecer o sistema de chinampas, ilhas artificiais que os astecas usavam para ampliar o espaço para a agricultura. Passear de trajinera aos sábados é um programa tradicional das famílias mexicanas, retratado no filme Frida. O passeio custa 350 pesos por hora – o valor é referente ao percurso, e não por pessoa, então é possível economizar se o embarque for em grupo. Alguns barqueiros tentarão cobrar mais pela hora, ou reduzir a duração do passeio pelos mesmos 350 pesos, mas basta apontar para o preço oficial, que está bem visível em todos os ancoradouros do bairro.
Ninguém sabe como os moradores de Teotihuacán chamavam sua cidade – o nome do sítio arqueológico foi dado pelos astecas, e significa “lugar onde nasceram os deuses”. Fundada por volta do ano 100 a.C., o conjunto chegou a ser a maior cidade das Américas e uma das maiores da Antiguidade, com estimados 125 mil habitantes em seu auge, no século 5.º d.C. Até que, entre os séculos 8.º e 9.º, a população abandonou a área. Há diversas hipóteses para esse colapso, como fome provocada por uma seca, ataques externos, revoltas internas ou uma combinação desses fatores. Hoje, as ruínas da cidade antiga são domi­nadas por turistas, que escalam pirâmides para conhecer mais sobre a arquitetura e o misticismo dos povos antigos.
Daquilo que os teotihuacanos deixaram para trás com a decadência da cidade, muita coisa sobreviveu até a época atual. O passeio pelo sítio arqueológico começa pela Pirâmide da Serpente Emplumada, a única que os visitantes não podem subir. Com relevos dos deuses Quetzalcoatl (a “serpente emplumada”) e Tlaloc (deus da chuva), a construção domina a área da Cidadela, onde morava a elite da cidade. A partir dali, só existe um caminho: seguir Avenida dos Mortos acima.
A pouco mais de um quilômetro da Cidadela está a Pirâmide do Sol, construída entre os anos 1 e 150 d.C. O maior edifício de Teotihuacán, com 63,5 metros de altura, pode ser escalado até o topo, com áreas de descanso entre séries de degraus – a subida parece ser a atividade preferida de todo visitante do sítio arqueológico. Perto da pirâmide existe um museu, em um prédio moderno, com artefatos que ajudam a reconstituir o que se sabe sobre o cotidiano dos teotihuacanos.
A segunda metade da Avenida dos Mortos é dominada pelas construções em forma de talud-tablero (estilo arquitetônico que combina plataformas superpostas com painéis na diagonal, às vezes com escadarias), que vão margeando a rua e motivaram seu nome: os astecas julgavam, erroneamente, que havia pessoas enterradas sob as estruturas – hoje sabe-se que as construções eram usadas como templos. No fim da avenida está a Pirâmide da Lua, que pode ser escalada até uma plataforma de onde se tem uma vista privilegiada da Avenida dos Mortos, da Pirâmide do Sol e da Praça da Lua.
A oeste da Pirâmide da Lua está um labirinto de salas que forma três palácios: o de Quetzalpapalotl (“mariposa emplumada”), o dos Jaguares e o do Caracol Emplumado. O complexo guarda uma série de murais que conservaram um pouco de sua cor original e relevos em pedra, que também já foram coloridos no passado. Jaguares, aves, caracóis e outros seres mitológicos habitam as paredes, revelando pistas sobre a riqueza artística de uma civilização que serviu de inspiração para muitos outros povos no México.
Serviço
Sítio arqueológico de Teotihuacán 40 km a nordeste da Cidade do México. Aberto diariamente, das 9 às 17 horas. Entrada: 57 pesos.

Pacotaria:
Cidade do México
Cinco noites de hospedagem com café da manhã. Com visita à Basílica de Guadalupe e Teotihuacán. Inclui traslados, city tour, assistência viagem. Somente parte terrestre. A partir de US$ 338 por pessoa. Na Maktour, informações no site www.maktour.com.br
Seis noites de hospedagem com café da manhã. Inclui aéreo, com saída de Curitiba, visitas à Teotihuacán, San Miguel de Allende, Guanajuato, Zacatecas e Guadalajara, traslados e seguro. Saídas às quintas-feiras. A partir de US$ 2.707 por pessoa, em apartamento duplo. Na Nascimento Turismo, informações e reservas no fone 0800 774 1110 ou no site www.nascimento.com.br
Seis noites de hospedagem com café da manhã, com aéreos, saídas de Curitiba, traslados, tour pela Basílica de Guadalupe, Teotihuacán, Xochimilco, Cuernavaca Taxco com almoço e Cholula e Puebla com almoço. A partir de US$ 1.315 por pessoa em apartamento duplo, pela BWT Operadora. Informações no site www.bwtoperadora.com.br ou pelo fone (41) 3888-3499.
Sete noites de hospedagem com café da manhã, com passagens aéreas, saídas de Curitiba de 10 a 30 de novembro. Inclui traslados, dois almoços, visita panorâmica em Cidade do México, Cuernavaca, Taxco e Acapulco, visita às Pirâmides Teotihuacán e a Basílica de Guadalupe, guia acompanhante em espanhol. A partir de US$ 1.889 por pessoa, em apartamento duplo. Pela New Line Operadora. Informações e reservas 0800-600-2524 ou no site www.newline.tur.br
Cinco noites de hospedagem com café da manhã, com passagens aéreas e saída de São Paulo até 30 de novembro, traslados, um almoço, visita panorâmica pela Cidade do México incluindo o Museu de Antropologia, Pirâmides de Teotihuacán e a Basílica de Guadalupe, guia em espanhol, transporte em micro-ônibus. A partir de US$ 1.249 por pessoa em apartamento duplo. Pela New Line Operadora. Informações e reservas 0800-606-2524 ou no site www.newline.tur.br
Seis noites de hospedagem com café da manhã, aéreo a partir de São Paulo, até 30 de novembro, com traslados, transporte em micro-ônibus, três almoços e um jantar, visitas panorâmicas na Cidade do México, Cuernavaca, Taxco, Cholula e Puebla, Pirâmides de Teotihuacán e a Basílica de Guadalupe, Coyocan e Xochimilco, guia em espanhol. A partir de US$ 1.639 por pessoa, em apartamento duplo. Pela New Line Operadora. Informações e reservas pelo fone 0800-606-2524 ou no site www.newline.tur.br
Sete noites de hospedagem com café da manhã, com aéreo a partir de São Paulo. Inclui traslados e city tour. A partir de US$ 1.078 por pessoa, em apartamento duplo. Pela CVC. Informações no sitewww.cvc.com.br ou pelo fone (41) 2109-1701.

Lançamento do livro Município de Almirante Tamandaré: Uma história em constante construção será nesta quinta-feira

Novo livro sobre a história da cidade será lançadoLançamento do livro Município de Almirante Tamandaré: Uma história em constante construção será nesta quinta-feira
Capa do Livro.
Capa do Livro.
Com o apoio da Prefeitura Municipal, o livro Município de Almirante Tamandaré: Uma história em constante construção, de Jorge Antonio de Queiroz e Silva e Zélia Maria Bonamigo, será lançado amanhã, dia 8 de novembro, às 17 horas, no Centro Administrativo de Almirante Tamandaré. As 672 páginas do livro apresentam vidas e memórias de muitos dos que habitaram e vivem nas terras do município, desde os primeiros moradores indígenas até os dias de hoje.
Após o livro Raízes Históricas de Almirante Tamandaré, de Harley Clovis Stocchero ter sido lançado recentemente, esta é a segunda obra literária que busca resgatar a história da cidade a ser lançada com o apoio da Prefeitura. “Precisamos valorizar nossas memórias e incentivar a nossa cultura”, ressaltou o prefeito Vilson Goinski.
Em cada um dos seus 13 capítulos, o leitor encontrará uma história plural e participativa. Realizado aos moldes de um trabalho científico, o livro também apresenta personagens que interagem com os leitores. A vida de um grande pintor tamandareense, os registros de um historiador, as fotografias e os textos de um poeta, os caminhos dos tropeiros, armazéns e moinhos, a vida na sede, as origens do município em atas, leis, mídias, documentos e pessoas, fornos de cal e recursos hídricos, estradas antigas e seus construtores, pedras preciosas e alianças entre os povos antigos,a participação indígena, africana e dos imigrantes na história do município são alguns dos elementos que estão presentes na obra.
Para Jorge Queiroz, “um caminho histórico específico é apresentado pelo livro”. De acordo com o autor, estão presentes diversas teorias históricas, a exemplo da Nova História Cultural, que os conduziram a um trabalho participativo. “Os interlocutores e as interlocutoras são bem mais do que pessoas entrevistadas, são autoras”, afirmou o professor Jorge, como é conhecido.  Zélia Bonamigo destaca que “o livro significa um exercício de trabalhar teorias consagradas na Antropologia, como é a dádiva”. Segundo a jornalista e antropóloga, “os leitores irão se surpreender com o quanto suas tradições dinamizam os contatos e dão sentido às negociações”.