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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Consórcio paralisa obras de Belo Monte


Rio de Janeiro - O consórcio responsável pela construção da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, no meio da Amazônia, anunciou nesta segunda-feira a suspensão provisória das obras por motivos de segurança, após supostos atos de vandalismos registrados nos últimos dois dias.
O consórcio informou em comunicado que paralisou as obras em todas a frentes de trabalho, pelo menos nesta segunda-feira, para preservar a integridade física de seus quase 12 mil trabalhadores após os ataques ocorridos no sábado e no domingo, que deixaram sete feridos e várias instalações destruídas.
Os ataques ocorreram em Canais e Diques, Belo Monte e Pimentel, como são conhecidas as três frentes de trabalho da hidrelétrica que será a terceira maior do mundo. Segundo o comunicado, os ataques foram perpetrados por 20 homens encapuzados em cada local.
"Em uma ação orquestrada, foram depredadas instalações dos refeitórios, alojamentos, áreas de descanso, oficinas e escritórios. Em Belo Monte, os depredadores se apoderaram de caminhões e bloquearam a estrada Transamazônica, impedindo o acesso às frentes de trabalho e impossibilitaram a evacuação dos empregados que estavam nos alojamentos", assegura a nota.
Além disso, também foram incendiados ônibus, um restaurante, tendas de campanha e colchões, disse a empresa.
O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) informou que denunciou os atos de violência e vandalismo perante os órgãos de segurança, para que os responsáveis sejam identificados e punidos.
O consórcio tinha divulgado um primeiro comunicado no qual denunciava que o ataque de sábado tinham sido realizados por 30 homens encapuzados e armados com pedaços de madeira na frente de trabalho de Pimentel, onde está sendo construída uma pequena represa provisória para desviar as águas do rio Xingu.
Segundo a empresa, os ataques ocorrem em meio às negociações com os sindicatos para definir o novo acordo coletivo de trabalho, que passará a valer no final deste ano e que inclui cláusulas sobre reajuste salarial e contratação de mais empregados no próximo ano.
O consórcio prevê que a obra chegará a seu auge em 2013, quando necessitará de cerca de 23 mil trabalhadores.
Entre outras reivindicações, os trabalhadores pedem autorização para ir visitar suas famílias a cada três meses ao invés dos atuais seis meses, e que seja triplicada a ajuda atual para a alimentação.
Os ataques impediram que acontecesse uma assembleia, no sábado, em Pimentel, onde os trabalhadores decidiriam sobre a proposta da empresa para o novo acordo coletivo. O grupo destruiu instalações e objetos como computadores, mesas, cadeiras e arquivos, além de incendiar uma cozinha.
A empresa acusou os "vândalos" de saquearem os produtos que estavam em uma farmácia e um restaurante, além do furto de dinheiro que estava nas caixas registradoras.
A nova suspensão da obra aconteceu depois que um protesto de índios e pescadores paralisasse, durante dez dias, as obras em um das frentes de trabalho no início de outubro.
Belo Monte, cujas obras também foram paralisadas em outras ocasiões por decisões judiciais, começou a ser construída em março do ano passado na cidade de Altamira, no estado do Pará.
O projeto, que tem como finalidade a produção máxima de 11.233 megawatts de geração elétrica nas épocas de cheia do Rio Xingu, gerou protestos de tribos indígenas e de movimentos ecológicos, que alegam que a obra terá um impacto irreversível na Amazônia.

O CCBM informou ainda que formalizou registro dos atos de violência e vandalismo junto aos órgãos de segurança do Estado do Pará.
Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), empresa responsável pelas obras civis da Usina Hidrelétrica Belo Monte, informou que foram paralisadas, nesta segunda-feira (12), as atividades nos canteiros de obras da usina, após os sítios Belo Monte, Canais e Diques e Pimental terem sido alvo de vandalismo no último domingo(11).O CCBM informou ainda que formalizou registro dos atos de violência e vandalismo junto aos órgãos de segurança do Estado do Pará, para identificação e punição dos responsáveis.
De acordo com o CCBM, em cada uma das frentes de obras, grupos formados por cerca de 20 pessoas deram início a uma série de depredações. Foram destruídas instalações de refeitórios, alojamentos, áreas de lazer, escritórios e oficinas.
"No Sítio Belo Monte, os depredadores apoderaram-se de caminhões e outros equipamentos e fizeram ainda um bloqueio na Rodovia Transamazônica, impedindo o acesso aos canteiros de obras e impossibilitando a imediata retirada dos funcionários alojados para acomodações em hotéis de Altamira (PA)", disse o consórcio, em nota.
Segundo a empresa, também neste local, o grupo esvaziou extintores de incêndio dos alojamentos, depredou cinco condomínios e ateou fogo em um ônibus, na lanchonete, em colchões dos colchões, deixando sete pessoas feridas.

Pontifícia Academia de Ciências ganha mais um integrante brasileiro.



No sábado, a Pontifícia Academia de Ciências encerrou mais um de seus encontros, que consistiu na Sessão Plenária, com o tema "Complexidade e Analogia na Ciência", entre os dias 5 e 7, e em um grupo de trabalho sobre "Neurociências e a Pessoa Humana", entre que durou de quinta a sábado. O programa do evento tem uma série de informações e mostra que o encontro foi de altíssimo nível, com a participação de prêmios Nobel como William Phillips e de outros cientistas destacados, como o Astrônomo Real britânico, Martin Rees. No grupo de trabalho, reparei na falta do Miguel Nicolelis (que é membro da Academia) no programa. Talvez ele tenha participado do evento como ouvinte, e não como palestrante, embora eu ache que ele teria muito para contribuir com a Academia nesse campo; pelo 

Twitter não temos como saber, já que ele não mencionou nenhuma viagem à Itália nos últimos dias.

Alberto Pizzoli/AFP
Alberto Pizzoli/AFP / Bento XVI em evento no Vaticano neste fim de semana: em audiência à Pontifícia Academia de Ciências, ele voltou a defender a cooperação entre ciência e fé.Bento XVI em evento no Vaticano neste fim de semana: em audiência à Pontifícia Academia de Ciências, ele voltou a defender a cooperação entre ciência e fé.
A Plenária foi encerrada com uma audiência papal. Como de praxe, Bento XVI fez um discurso aos membros da Pontifícia Academia de Ciências (foi em uma ocasião semelhante, em 1996, que João Paulo II fez aquele famoso discurso sobre a evolução). Recomendo a leitura; no discurso, entre outros aspectos, o Papa lembra que as ciências não são mundos desconectados entre si, mas estão "interconectadas e dirigidas ao estudo da natureza como uma realidade única, inteligível e harmoniosa em sua indubitável complexidade", e como essa noção se liga com a visão filosófica cristã a respeito do universo e do homem. "O universo não é um caos ou o resultado do caos. Pelo contrário, ele aparece cada vez mais claramente como uma complexidade ordenada que nos permite, através da análise comparativa e da analogia, passar da especialização para um ponto de vista mais universal e vice-versa", continua o Papa. Ele lembra que "o pensamento cristão tem empregado a analogia não só para a investigação das realidades mundanas, mas também como meio de se elevar da ordem da natureza criada à contemplação do Criador", e encerra dizendo-se "convencido da necessidade urgente de um diálogo e cooperação permanentes entre os mundos da ciência e da fé, para construir uma cultura de respeito pelo homem, pela dignidade humana e pela liberdade, a bem do futuro da nossa família humana e para um desenvolvimento sustentável, a longo prazo, do nosso planeta".
Esta Plenária ainda foi especial para os brasileiros porque marcou a entrada de mais um compatriota na Pontifícia Academia de Ciências: o físico Vanderlei Salvador Bagnato, professor titular da Universidade de São Paulo. A Rádio Vaticano tem uma entrevista curtinha com Bagnato, que contou sobre sua surpresa e alegria ao ser indicado para a Academia.

Paralisação dos médicos começa com baixa adesão


Economia

Terça-feira, 13/11/2012
Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Josué Teixeira/ Gazeta do Povo / Suspensão do atendimento é um protesto contra os valores pagos pelas operadorasSuspensão do atendimento é um protesto contra os valores pagos pelas operadoras
SAÚDE SUPLEMENTAR

Paralisação dos médicos começa com baixa adesão

De 40 consultórios consultados pela Gazeta do Povo, só dez suspenderam atendimento a usuários conveniados.
Os médicos do Paraná começaram em ritmo lento o boicote aos planos de saúde. Depois de tentativas frustradas de reajustar o valor pago pelas operadoras por consultas médicas, a Associação Médica do Paraná (AMP) e o Conselho Regional de Medicina (CRM-PR) recomendaram aos médicos do estado que paralisassem a partir de ontem o atendimento aos pacientes conveniados. Mas o protesto teve baixa adesão em seu primeiro dia: de 40 consultórios consultados pela Gazeta do Povo, apenas dez suspenderam os atendimentos.
A AMP não recomenda que os médicos cobrem pelas consultas de pacientes conveniados no período. A orientação é de remarcar as consultas.
Como reclamar
O paciente pode reclamar pelos seguintes canais caso se sinta prejudicado por não ser atendido pelo médico ou plano de saúde nos próximos dias:
Agência Nacional de Saúde
• Pela central de atendimento da agência: 0800 701 9656
• Comparecendo ao escritório da ANS em Curitiba (Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 373, conjunto 902, Centro).
• Preenchendo formulário de reclamação pelo sitehttp://www.ans.gov.br/
Procon
• Pela central de atendimento: 0800-411-512, das 8h30 às 18h, de segunda à sexta-feira.
• Comparecendo à sede do Procon-PR (Rua Presidente Faria, 431, Centro). São distribuídas 50 senhas pela manhã e outras 50 senhas à tarde.
Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Jonathan Campos/ Gazeta do Povo / Pizzatto, da Fundação Copel, e Baracho, da AMP: acordoAmpliar imagem
Pizzatto, da Fundação Copel, e Baracho, da AMP: acordo
Segundo o presidente da AMP, João Carlos Baracho, como a paralisação é voluntária, é difícil estimar a adesão ao movimento. Um balanço será feito pela AMP ao fim do período. “São 10 mil médicos credenciados aos planos no estado, e esperamos que a classe demonstre sua união neste momento”, disse.
Reajuste
Os médicos reivindicam reajuste médio de 100% nos valores pagos pelas operadoras. Em média, os planos repassam R$ 40 por uma consulta, e os médicos pedem que o valor mínimo seja de R$ 80. A classe também pede para que os próximos contratos estabeleçam reajuste anual de acordo com a inflação, o que não ocorre hoje. “Nos últimos oito anos, a mensalidade dos planos subiu 136% e o valor pago aos médicos, somente 45%”, explica o presidente da AMP.
Até o momento, apenas duas operadoras procuraram a associação para negociar valores, de acordo com o presidente. Por isso, o Ministério Público do Paraná enviou ofícios para as entidades representativas de médicos e planos de saúde colocando-se à disposição para mediar as negociações. “Caso o período não seja suficiente para chegarmos a um acordo, é possível que ações mais enérgicas sejam tomadas no futuro”, disse Baracho.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que representa as operadoras, diz que a negociação da remuneração é feita caso a caso, sem sua participação. A Amil, a maior operadora entre as que não chegaram a acordo no estado, não se pronunciou sobre a paralisação.
Colaborou Caroline Stédile
Sanepar, Copel e Itaipu “escapam”
Alguns planos de saúde conseguiram chegar a um acordo com a AMP e estão de fora da lista de 42 operadoras cujos atendimentos estão suspensos. Os usuários dos planos da Itaipu e das fundações Copel e Sanepar não foram afetados pela paralisação.
“Há muito tempo estávamos conversando com a classe médica para readequar os valores pagos pelas consultas e chegamos a uma fórmula que satisfaz médicos e pacientes”, afirma o presidente da Fundação Copel, Hélio Pizzatto, que atende 41 mil pessoas.
O fundo de pensão subiu de R$ 58 para R$ 70 o valor da consulta, ainda com a possibilidade de mais R$ 10 mediante a um relatório de perfil epidemiológico elaborado pelo médico sobre o paciente atendido. Os planos da Fundação Sanepar e da Itaipu também chegaram aos valores pedidos pelos médicos. “Como somos instituições sem fins lucrativos, a conta é mais simples de fechar”, admite Pizzatto. Outra exigência atendida foi de prever em contrato o reajuste anual indexado à inflação.
Unimed
A Unimed é outra operadora que não está na lista de boicotados pela classe médica. De acordo com o presidente da AMP, João Carlos Baracho, a empresa está em uma negociação paralela. “Trata-se de uma cooperativa médica, e os valores variam entre as cidades”, explica. Ele afirma, no entanto, que os médicos curitibanos conveniados com a empresa estão insatisfeitos e não descarta que o plano entre na lista de operadoras “rejeitadas”. “Em Curitiba, a Unimed paga R$ 47 por consulta. É preciso que esse valor seja revisto”, completa. (PB)

Na reta final, ainda há tempo para evitar a reprovação.


Antônio More/Gazeta do Povo / Sofia Winiarski, 8 anos, faz aulas de Kumon e melhorou o desempenho em MatemáticaSofia Winiarski, 8 anos, faz aulas de Kumon e melhorou o desempenho em Matemática
AULAS DE REFORÇO

Na reta final, ainda há tempo para evitar a reprovação.

A um mês para o fim do ano letivo, o risco de reprovação leva alguns pais a ficarem mais preocupados com o desempenho escolar dos filhos. Apesar do pouco tempo, nem tudo está perdido. Especialistas garantem que ainda dá para recuperar a nota, embora seja uma tarefa que requer foco e esforço diário.
Geralmente, o resultado da criança é baixo em uma ou duas disciplinas e em conteúdos específicos delas. Por isso, a família precisa descobrir onde está o ponto fraco para resolvê-lo. Existem duas saídas: contratar um professor de reforço ou empenhar a família para reverter o quadro.
Para casa
Confira cinco dicas que os pais podem seguir para ajudar o filho a recuperar a nota:
- Reduzir o tempo de televisão e videogame para, no máximo, uma hora por dia. Se a nota estiver muito baixa, o ideal é cortar isso até acabarem as provas.
- Pedir que a criança repita o que aprendeu com suas palavras, como forma de memorizar.
- Se for o caso, deixar o irmão mais velho ajudar nas tarefas e no estudo. Cuidado para não haver sensação de inferioridade.
- Proponha outras leituras além do conteúdo que o aluno precisa recuperar. Elas servirão como estímulo para o cérebro.
- Incentive-o a anotar, sublinhar e destacar o que está lendo. Para ajudar, pode recortar informações e grudá-las na parede do quarto.
Fontes: Claudia Martins de Souza (Colégio Marista Paranaense), Leziany Silveira Daniel (UFPR) e Ermelinda Thomascheski (PUCPR).
No primeiro caso, um professor particular ensinará, em média duas vezes por semana, o conteúdo cobrado na prova final. “Às vezes a criança não consegue aprender algo com um professor específico, com seu jeito de ensinar. Por isso, procurar outro pode ser bom e trazer resultado, inclusive porque o aluno terá um tempo só pra ele”, diz a professora do Departamento de Educação da Universidade Federal do Paraná Leziany Silveira Daniel.
Algumas escolas até oferecem reforço em horário de contraturno ou em paralelo com os horários de aula, já que as provas de recuperação costumam ser feitas a cada bimestre ou trimestre. No Colégio Marista Paraense, por exemplo, professores tiram dúvidas e dão orientações aos alunos à tarde.
Família
Por outro lado, os pais também podem ajudar o filho a escapar da reprovação. Professora da Escola de Educação e Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Ermelinda Thomascheski explica que não se deve jogar toda a culpa pelo mau desempenho na criança, pois isso pode deixá-la mais insegura e comprometer o resultado final.
É preciso fazer um cronograma de estudos e reservar de uma a duas horas diárias para focar no conteúdo que tem dificuldade. “É bacana que pai e mãe façam algumas perguntas contextualizadas sobre o conteúdo em outros horários, como jantar, almoço ou passeio, pois assim a criança memoriza sem perceber e descobre na prática a importância de aprender aquilo”, diz Ermelinda.
A família que não prestou atenção no desempenho do filho e deixou para procurar ajuda na última hora pode usar a lição para evitar o mesmo erro no ano que vem. A publicitária Poliana Winiarski percebeu que a filha Sofia, 8 anos, não dominava o conteúdo de Matemática. Para evitar que ela tivesse um mau desempenho, resolveu prevenir. Matriculou a menina em aulas de reforço do método Kumon e, em pouco tempo, percebeu o resultado. “Agora ela vai muito bem, inclusive em Português. Não fica em recuperação e até ajuda os coleguinhas na tarefa”, conta.
Perfil
Professor particular faz “milagres”
Elisabeth Maria Adriano, 64 anos, é professora de Matemática há 41. Trabalhou a maior parte do tempo no Colégio Estadual do Paraná e foi com os alunos de lá, depois de se aposentar, que deu início à carreira de professora particular de reforço.
Durante o ano, principalmente no 4º bimestre, alunos e pais batem à sua porta pedindo ajuda para recuperar notas baixas. Ela, como boa professora, sabe que um mau resultado no começo do ano precisa ser recuperado naquela época e que é arriscado – e ruim do ponto de vista pedagógico – procurar reforço só quando a corda aperta de verdade.
Mesmo assim, ela opera milagres. Conseguiu reverter, por exemplo, uma nota de 1,9 para 9. A fórmula é simples e apontada pelos especialistas como a melhor solução contra o mau desempenho: dar atenção à criança na hora que ela faz a tarefa, fazer com que ela refaça os exercícios e ensinar com calma, sem cobrar resultados de um dia para o outro. “Descubro aos poucos o que eles não sabem e aí foco em cima daquilo”, comenta.
Mas, o trabalho dela – e de todos os professores de reforço – pode render mais se a família do estudante tomar uma medida simples: pedir à escola os pontos em que o aluno foi mal durante o ano.

Curitibanos escolhem cartaz oficial do Mundial


Divulgação / Uma calçada de petit-pavé ou uma araucária? Qual imagem representa melhor Curitiba?Uma calçada de petit-pavé ou uma araucária? Qual imagem representa melhor Curitiba?
CONSULTA POPULAR

Curitibanos escolhem cartaz oficial do Mundial

Duas imagens disputam o título de símbolo da capital paranaense durante a Copa do Mundo de 2014. Escolha pode ser feita pela internet até 21 de novembro.
O que representa melhor Curitiba: uma araucária ou uma calçada de petit-pavé? A imagem oficial da cidade para a Copa do Mundo de 2014 será um desses símbolos estilizados. A prefeitura apresentou, na última semana, duas opções de cartazes e abriu uma votação popular, que vai até o dia 21 de novembro, para definir a marca da capital no evento. Os cartazes foram desenvolvidos por uma agência, a pedido da prefeitura, e priorizam aspectos da cidade e do estado. Uma das opções mostra um jogador de futebol formado por pedrinhas pretas no petit-pavé, tão conhecido das calçadas da capital. Ele aparece chutando uma “bola”: uma das floreiras da Rua XV de Novembro. O outro pôster remete ao estado e à natureza: um pinheiro, com bolas de futebol nas pontas, em uma inusitada mistura de pinhão e esporte.
Participe
Todos podem ajudar a escolher qual cartaz representará Curitiba durante a Copa do Mundo de 2014. A votação, que começou no último sábado, vai até o dia 21 de novembro. Durante toda a campanha, serão distribuídos cards com as duas opções de pôster em escolas municipais. Além disso, entre quinta-feira e sábado, cards e “bolachas” serão distribuídos em bares da cidade. Saiba onde votar:
Internet
A votação está disponível no sitewww.curitiba.pr.gov.br/cartazcopadomundoFIFA2014, até as 16 horas do dia 21 de novembro.
Na rua
Na Boca Maldita, a votação para a escolha do pôster oficial de Curitiba começou ontem. Hoje e amanhã ainda será possível votar na tenda montada no local. No dia 19 de novembro, haverá um local de votação na Praça Rui Barbosa.
Também haverá ações específicas para a votação nos jogos do Paraná e Coritiba, no fim de semana, e no Parque Barigui, no sábado.
“Buscamos elaborar as imagens envolvendo as questões culturais, principalmente da cidade de Curitiba, mas também do estado do Paraná. Das duas imagens, uma eu diria que é 100% Curitiba, que é o jogador estilizado no petit-pavé. A outra remete mais ao estado como um todo, com um pinheiro”, explica o secretário Luiz de Carvalho, da Secretaria Municipal Extraordinária da Copa do Mundo da Fifa 2014.
Os dois trabalhos que estão disputando a preferência dos curitibanos foram apresentados à Fifa e aprovados como futura identidade oficial da cidade durante o evento, mas houve a exigência de se escolher apenas uma opção. “Esse pôster vai levar a imagem de Curitiba para o mundo inteiro durante a Copa, estará em todos os lugares”, diz Carvalho. A consulta popular, que começou no último sábado, já registrou mais de 7 mil votos. Além da iniciativa na internet, serão promovidas ações em pontos centrais da capital, em jogos de futebol e no Parque Barigui.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Falcão teve paralisia facial por estresse no Mundial


AFP / Após goleada de 16 a 0, jogadores do Panamá pediram para tirar foto com Falcão: jogador teve sequelas por estresse durante a Copa do Mundo de futsalApós goleada de 16 a 0, jogadores do Panamá pediram para tirar foto com Falcão: jogador teve sequelas por estresse durante a Copa do Mundo de futsal
FUTSAL

Falcão teve paralisia facial por estresse no Mundial

Jogador ficou tão preocupado em voltar a jogar após lesão na panturrilha, que chegou a ter problemas com o nervosismo.
A vitória do Brasil por 16 a 0 sobre o Panamá, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de futsal, marcou a volta do ala Falcão ao time.
Ele sofreu uma lesão na panturrilha esquerda na semana passada e quase foi cortado. Mas recuperou-se antes do previsto e admitiu que sofreu até com uma paralisia facial devido ao estresse para voltar a jogar.

O trabalho de recuperação foi intenso. "O Falcão precisa de ritmo de jogo, não sentiu a contusão e fez bem o papel dele. O campeonato começa agora", afirmou o técnico Marcos Sorato."Estou feliz demais de ter tido a oportunidade de voltar. O teste tinha de ser hoje, trabalhei muito para estar aqui. Independente do gol, se fui bem ou mal, voltei para um campeonato que achava que não ia jogar mais. O mais importante é a confiança que readquiri, chegou a dar paralisia facial por causa do estresse, mas estou de volta e faço parte deste grupo", disse o jogador ao canal Sportv.
Falcão começou mal, errando passes e demonstrando nervosismo. Depois, tentou finalização de letra, deu chapéu, provocou a expulsão de dois adversários e ainda marcou um gol no segundo tempo.
Agora, o time brasileiro vai para Bangoc. Nas quartas de final, depois de amanhã, o adversário será a Argentina, que ganhou da Sérvia por 2 a 1.

Com direito a escolta, João Bombeirinho deixa o hospital


Albari Rosa/Gazeta do Povo / João Bombeirinho deixa o hospital acompanhado de agentes do Corpo de Bombeiros: homenagem emocionanteJoão Bombeirinho deixa o hospital acompanhado de agentes do Corpo de Bombeiros: homenagem emocionante
CURITIBA

Com direito a escolta, João Bombeirinho deixa o hospital

O menino, que recebeu alta após passar por um transplante bem-sucedido de medula, foi levado para a casa por uma equipe do Corpo de Bombeiros, que foi recepcioná-lo no Hospital de Clínicas.
O menino João Daniel de Barros, o "João Bombeirinho", de seis anos, deixou o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) às 15h30 desta segunda-feira (12). Ele já havia recebido alta pela manhã, mas precisou aguardar a liberação médica para deixar o hospital.
Ao lado de fora do hospital, um carro e um caminhão de resgate do Corpo de Bombeiros aguardavam pelo menino para acompanhá-lo até a casa onde ele está residindo em Curitiba, no Alto da Glória. João foi levado para casa dentro do carro da corporação, acompanhado da mãe e de uma equipe do Corpo de Bombeiros. “Ele [João], desde criança, sempre demonstrou uma paixão pelos bombeiros e para nós isso é muito gratificante. Ver uma criança como ele lutar, ter essa vontade enorme de viver é porque ele já tem o espírito dos bombeiros incorporado nele”, relatou o Coronel Luiz Henrique Pombo do Nascimento, que acompanhou o menino até em casa.

A saída do hospital, contudo, não significa que João já vai poder retornar para Maringá, sua cidade natal. Em entrevista coletiva realizada no dia último dia 5 de outubro, Lizandro Lima Ribeiro, hematopediatra do Serviço de Transplante de Medula Óssea do HC, que acompanha o caso da criança, explicou que o menino ainda terá de permanecer em Curitiba por mais cem dias, aproximadamente. Neste tempo, será feito um acompanhamento ambulatorial diário para monitorar o quadro clínico do garoto. A cura total só poderá ser confirmada cinco anos após o transplante.No dia 24 de outubro, João foi submetido a um transplante de medula óssea que pode livrá-lo definitivamente da leucemia linfoide aguda, doença contra a qual luta desde 2007. A medula sadia transplantada no garoto – com 90% de compatibilidade – veio de uma menina de vinte anos que reside nos Estados Unidos.
Segundo Ferraz, João Bombeirinho está feliz, mas ansioso, porque não via a hora de deixar o quarto onde está internado há quase trinta dias. “Ele acha que o estamos enganando, que a alta é brincadeira. Mas ele está feliz, e desesperado para voltar para casa”, relatou.
Conforme o pai do menino, o quadro clínico do garoto é bom e até mesmo surpreendeu os médicos, porque a medula "pegou" muito rápido.

Mensalão: Dirceu condenado a quase 11 anos de prisão; Genoino quase 7


Vida Pública

Segunda-feira, 12/11/2012
Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / O ministro revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski (em pé) deixou o plenário do STF após mais uma discussão com o ministro Joaquim Barbosa. Desta vez, sobre a ordem do julgamentoO ministro revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski (em pé) deixou o plenário do STF após mais uma discussão com o ministro Joaquim Barbosa. Desta vez, sobre a ordem do julgamento
MENSALÃO AO VIVO

Mensalão: Dirceu condenado a quase 11 anos de prisão; Genoino quase 7

A sessão começou tumultuada e um novo bate-boca aconteceu entre os ministros relator e o revisor da ação. Após o bate-boca, Lewandowski deixou o plenário.
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu foi condenado nesta segunda-feira (12) a 10 anos e 10 meses de prisão por formação de quadrilha e corrupção ativa no processo do mensalão (Ação Penal 470), que é julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo refere-se a acusação de desvio de dinheiro público na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil para compra de apoio político ao primeiro mandato de Lula.
Com isso, Dirceu terá que cumprir regime fechado de prisão. Além da cadeia, Dirceu terá que pagar multa R$ 742 mil, relativa a 280 dias/multa, pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O ex-presidente do PT, Jose Genoino recebeu pena de 6 anos e 11 meses.
A sessão do STF desta segunda-feira começou tumultuada e um novo bate-boca aconteceu entre o relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, e o revisor, ministro Ricardo Lewandowski. Este últimochegou a deixar o plenário logo após o início do julgamento. O motivo foi a inversão da ordem da definição de penas dos réus condenados.
Barbosa surpreendeu os colegas e decidiu inverter a ordem da fixação das penas dos réus do processo, começando, nesta segunda-feira (12) a analisar o núcleo político, liderado pelo ex-ministro José Dirceu. A previsão é que fossem votadas as penas dos réus integrantes do chamado núcleo financeiro da ação. O núcleo político foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de poio político no Congresso. Na semana passada, Barbosa tinha dito aos colegas, no plenário, que definiria nesta segunda a pena do núcleo financeiro, composto por integrantes do Banco Rural.
Lewandowski explicou que passou o fim de semana estudando o núcleo financeiro e justificou que nem os advogados dos réus do núcleo político estavam no plenário. "O senhor está surpreendendo a Corte a cada momento", disse Lewandowski. "A imprensa anunciou que seria o núcleo bancário", completou. "Nós estamos aqui para definir as penas de todos os réus", devolveu relator. "Vossa excelência não tem voto neste caso".
Barbosa disse que estava surpreso com a lentidão em proferir o voto de Lewandowski. "Vossa excelência está em obstrução. A ação de obstrução de vossa excelência de voto. Vossa excelência leu artigo de jornal", disse. O presidente do Supremo Ayres Britto interveio na discussão e apontou que a metodologia era definida pelo relator, conforme decidido pelos próprios ministros no início do julgamento.
O revisor se irritou com o aparte. "A metodologia tem que ser combinada com o revisor", reclamou. Lewandowski deixou o plenário logo após a fala --como ele inocentou Dirceu das acusações, não participa da fixação da pena.

Sessão de quinta-feira
O STF decidiu, na quinta, que Ramon Hollerbach deve ser condenado a penas que totalizam 29 anos, 7 meses e 20 dias de prisão e multa de R$ 2,7 milhões pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Cristiano Paz recebeu uma punição que somou 25 anos, 11 meses e 20 dias de prisão e R$ 2,5 milhões pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa, Tolentino tem por enquanto penas que somam 5 anos e 3 meses e multa de R$ 286 mil. E Simone Vasconcelos recebeu até agora pena total de 9 anos e 2 meses e multa de R$ 286 mil. As penas aplicadas até agora aos integrantes do núcleo publicitário totalizam 110 anos, 2 meses e 20 dias.
O relator do processo, Joaquim Barbosa, reafirmou que Marcos Valério era o operador do esquema, o principal personagem do núcleo publicitário. Por esse motivo, a ele foram aplicadas as punições mais severas, que totalizaram 40 anos, 2 meses e 10 dias. Já Simone, na opinião de Joaquim Barbosa, cumpria ordens de Marcos Valério e seus ex-sócios, tinha uma relação de subordinação com os publicitários e, portanto, deveria receber penas mais leves.
"Foi o braço operacional mais relevante de Marcos Valério", discordou o decano do STF, Celso de Mello. "Ela não se patrimonializou. O nível de envolvimento da ré com os outros núcleos é bem reduzido", rebateu o presidente, Carlos Ayres Britto. "Ela não trabalhou no campo da mentalização das coisas", acrescentou Britto. "Simone mostrou-se senhora de grande desenvoltura. E polivalente inclusive no plano geográfico, atuando em Belo Horizonte, Brasília e São Paulo", disse o ministro Marco Aurélio Mello.
A soma das penas ainda deve mudar porque três ministros saíram da sessão antes do término e votarão na segunda-feira (12) em relação à pena que deve ser fixada a Simone pelo crime de evasão de divisas. Eles também vão estabelecer punições para o crime de lavagem cometido por Tolentino.
Se somadas, as penas fixadas ao núcleo publicitário chegariam a 115 anos, 4 meses e 16 dias. No entanto, os ministros ainda podem decidir pela redução de algumas delas caso reconheçam que alguns dos crimes foram praticados em continuidade. Nesse caso, em vez de somadas, aplica-se somente a pena mais alta com um agravante. Na sessão de ontem, o STF fixou 12 penas a quatro réus. O ritmo foi mais rápido do que nas quatro sessões anteriores quando se definiram apenas 15 sanções. Além da conclusão relativa a dois réus do núcleo publicitário, porém, os ministros precisam avaliar a situação de mais 20 condenados.
O julgamento
O julgamento da ação penal começou no dia 2 de agosto, com a solução de questões preliminares - como o pedido de desmembramento do processo - e a apresentação das teses de acusação e de defesa. A fase de condenações e absolvições começou no dia 16 de agosto, com a análise dos capítulos da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal.
A Corte começou com o capítulo sobre desvio de dinheiro público na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil. Em seguida, apreciou os itens sobre gestão fraudulenta no Banco Rural, lavagem de dinheiro, corrupção dos parlamentares da base aliada, evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo políticos do PT e do PL. Dos 37 réus, 25 foram condenados e 12 absolvidos.
A terceira e última etapa, da fixação das penas, começou no dia 23 de outubro. O relator esperava concluir esta fase no dia 25, pois ficou acertado informalmente que os ministros deveriam optar pelo voto do relator ou do revisor Ricardo Lewandowski, conforme a pena que mais se aproximasse dos respectivos cálculos.
Com esse método, Barbosa queria apresentar seu voto por grupo temático, começando pelo núcleo publicitário, o que foi vetado pelos demais ministros. A maioria entendeu que o rito iria contra o princípio da individualização da pena, e ficou acertado que a Corte analisaria a conduta de um réu por vez, crime a crime.
Desde então, uma série de desentendimentos vem marcando as sessões do STF. Além de vários erros jurídicos no voto de Barbosa, que vão sendo corrigidos pelo próprio relator após interferência dos colegas, os ministros não chegam a um consenso sobre as penas. A regra inicial de encaminhamento com o voto do relator ou do revisor está sendo deixada de lado, e vários ministros têm apresentado suas próprias versões.
Com o método, a Corte levou três dias para fixar as penas de Marcos Valério e parte das penas de seu sócio na época dos fatos, o publicitário Ramon Hollerbach. Quando o julgamento finalmente terminar, o processo continuará tramitando. A decisão será publicada em acórdão, o que leva alguns meses, e só depois os advogados podem entrar com recursos. Nos embargos de declaração, a defesa pede esclarecimento de pontos confusos da decisão, o que pode resultar em alterações pontuais nos votos dos ministros. Com os embargos infringentes, a Corte pode rever o julgamento quando as condenações tiverem ocorrido com placares apertados.
Nos casos em que for decretada a prisão, a tradição do STF é aguardar o julgamento do último recurso possível antes de determinar a execução da sentença.

Falta de docentes atinge cidade modelo em ensino


Jonathan Campos/Gazeta do Povo  / Maria Aparecida da Costa, com os colegas do curso de Letras: chance de voltar a ser alunaMaria Aparecida da Costa, com os colegas do curso de Letras: chance de voltar a ser aluna
EDUCAÇÃO INTEGRAL

Falta de docentes atinge cidade modelo em ensino

Faculdade municipal ajudou a diminuir déficit, mas está prestes a fechar.
O modelo de gestão em educação que destaca a cidade de Apucarana, no Norte do Paraná, também padece de um mal que afeta o Brasil inteiro: a insuficiência na quantidade de professores. A edição de ontem da Gazeta do Povo mostrou as estratégias adotadas no município e os resultados alcançados. Com a implantação do ensino em tempo integral, há 11 anos, a demanda por docentes aumentou.
O ano letivo começou com déficit de profissionais em sala de aula. A prefeitura fez concurso público em 2012 para 150 vagas, mas apenas 26 professores foram aprovados. De acordo com presidente da Autarquia Municipal de Educação, Suzimara Carvalho de Almeida Lima, o nível das provas de seleção estava muito alto. Na segunda seleção realizada, 126 professores foram aprovados. “Não que as escolas estivessem sem professores, mas eles precisavam dobrar o padrão para cumprir os dois turnos”, explica.
Fila nas creches
Falta de vagas em creches também é uma dificuldade em Apucarana, embora em proporção bem menor do que Curitiba, por exemplo. São 296 alunos na fila de espera. De acordo com a presidente da Autarquia Municipal de Educação, Suzimara Carvalho de Almeida Lima, um Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) deve ser entregue até o final do ano, outras duas unidades estão em fase de acabamento e há mais dois projetos de construção para serem aprovados. As novas estruturas devem dar conta de atender as crianças sem vaga.
85% dos professores da rede municipal de educação de Apucarana têm formação superior.
Uma saída para suprir a falta de professores foi oferecer opções de graduação para formar profissionais. A Faculdade Apucarana Ci­dade Educação (Faced), inaugurada em 2009, conta com quatro cursos de licenciatura: Letras Inglês, Letras Espanhol, Pedagogia e Filosofia.
Por causa do alto custo para a manutenção e da urgência em criá-la, a prefeitura optou por instalar a faculdade municipal no mesmo prédio em que funcionam escolas. Durante o dia parte da estrutura é destinada aos alunos do ensino fundamental e à noite o espaço é para as aulas de graduação.
Mesmo com uma estrutura simples e precária, o alto custo – são R$ 500 mil por ano só com despesa de corpo docente – levou a prefeitura a decidir pelo fechamento da faculdade. Segundo a responsável administrativa e financeira da Faced, Maria Aparecida Rebouças dos Santos, todos os alunos que ingressaram poderão concluir o curso, porém não haverá mais vestibulares.
Maria Aparecida da Costa entrou na primeira turma do curso de Letras. Ela é professora da rede municipal há 15 anos e estava em sala de aula apenas com a formação em magistério. Quando viu a possibilidade de ter um curso superior em uma faculdade pública e sem sair da sua cidade, resolveu se dedicar. “Peguei toda a implantação da educação integral e sabia muito bem como era na prática. Só faltava a teoria”. Existem outras quatro instituições de ensino superior na cidade, além de um pólo da Universidade Aberta do Brasil, que oferece ensino a distância. Entretanto nem todas são gratuitas ou têm cursos que formam professores.

sábado, 10 de novembro de 2012

Bóson de Higgs não explica tudo”, diz cientista inglês


Toni Albir/EFE / Físico britânico Peter Higgs ao lado de uma escultura de Albert Einstein, na CosmoCaixa, em BarcelonaFísico britânico Peter Higgs ao lado de uma escultura de Albert Einstein, na CosmoCaixa, em Barcelona
PERSONAGEM

“Bóson de Higgs não explica tudo”, diz cientista inglês

Em viagem à Espanha, físico Peter Higgs fala sobre a partícula que leva seu nome e comenta a “higgsteria” no mundo da Física.
O físico britânico Peter Higgs disse que o bóson que leva o seu nome, formulado em 1964 e encontrado em 4 de julho pelo CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), “não explica tudo”, embora abra caminho para novas pesquisas sobre o cosmos.
Na entrevista, realizada na última terça-feira em Barcelona, Higgs reconheceu que o bóson mudou sua vida e falou sobre a “higgsteria”, o efeito da descoberta do bóson sobre o mundo da física.
Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN)/AFP
Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN)/AFP / Represen­tação de uma colisão de prótons durante a busca por bósonAmpliar imagem
Represen­tação de uma colisão de prótons durante a busca por bóson
O cientista britânico de Newcastle, nascido em 1929, viajou à Espanha pela primeira vez para explicar a denominada “partícula de Deus”, em uma conferência organizada pela Obra Social “La Caixa” e pelo Instituto de Física de Altas Energias (IFAE).
O pesquisador confessou que é impossível explicar o que é o bóson de Higgs – uma partícula subatômica que dá massa a outras partículas – a uma menina de 6 anos e propôs como analogia “uma refração de luz em um meio transparente”.
Higgs, que nunca usou e-mail, reconheceu que receber o Prêmio Nobel é “uma possibilidade concreta”, embora tenha opinado que possivelmente o comitê desse prêmio tem alguns “físicos conservadores” que não são partidários de concedê-lo ainda.
Com humildade, o físico lembrou que em 1964 formulou sua teoria de existência desta partícula e fez um breve escrito que não ocupava uma folha, que foi rejeitado por seu editor científico, embora sua segunda versão mais ampla tenha sido recolhida, aceita e publicada.
Embora tenha dito que não pode prever uma aplicação prática para o descobrimento, tanto Higgs como seu colega da Universidade de Edimburgo, Alan Walker, assinalaram que muitos descobrimentos, como a eletricidade e o eletromagnetismo, não tiveram aplicações sociais práticas por muitos anos.
Achado é só o começo de um novo caminho
Para o cientista Peter Higgs, o achado do bóson é o fim de um caminho na verificação do modelo-padrão, mas é o começo de um novo caminho que vai além deste modelo físico, que não explica tudo. “É necessário fazer uma análise mais profunda do bóson de Higgs e provavelmente serão reveladas estruturas mais amplas que se conectam com a cosmologia e a energia obscura do universo, que são fundamentais para a astrofísica e a cosmologia”, diz Higgs.
“O achado mudou minha vida porque há um ano não era chamado para dar nenhuma entrevista coletiva”, disse. “A publicidade deste fato foi incrível, por isso que me vejo incapaz de satisfazer todos os pedidos que me fazem.”
Seu colega e membro de sua equipe, Alan Walker afirmou que propuseram de tudo a Higgs, “exceto inaugurar um supermercado” e ressaltou que o físico “nunca utilizou um e-mail”.
O cientista lembrou que formulou sua teoria em 1964 porque, até então, ela era “incoerente”, e não descartou que possa haver mais partículas com massa e que estas sejam descobertas em novas pesquisas no LHC (Grande Colisor de Hádrons, em sua sigla em inglês) do CERN, situado em Genebra.