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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Um modelo de fazer inveja aos brasileiros


Aniele Nascimento / Gazeta do Povo / Alessandra Marchioro ganhou bolsa de estudos para treinar na PUCPR e levar o nome da instituição em campeonatos.Alessandra Marchioro ganhou bolsa de estudos para treinar na PUCPR e levar o nome da instituição em campeonatos.
ESPORTE UNIVERSITÁRIO

Um modelo de fazer inveja aos brasileiros

Exemplo dos EUA de conciliar o esporte à academia está longe de ser replicado no Brasil. Formação de atletas esbarra em obstáculos culturais e financeiros.
Aposta olímpica
O investimento em atletas ainda é uma prática distante de se tornar comum na cultura universitária brasileira, mas a proximidade dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro parece motivar algumas iniciativas. A experiência pela qual passa a nadadora Alessandra Marchioro (foto superior), 19 anos, é um exemplo. Atleta do Fluminense, ela recebeu bolsa integral, com direito a escolher qualquer curso, para treinar na PUCPR e representar a universidade nas competições por onde passar. Em novembro, ela venceu o Campeonato Brasileiro Júnior com o melhor índice da competição, 25s63 nos 50 metros livre, e é cotada como uma das apostas para a Olimpíada de 2016.
Campeonatos
Como a maioria dos atletas norte-americanos começa sua carreira no ambiente acadêmico, os campeonatos universitários têm grande importância para todo o setor esportivo do país. Em algumas modalidades profissionais, como beisebol e basquete, nem sequer existem as categorias de base, comuns no Brasil. Com raras exceções, os times são montados exclusivamente com os atletas revelados pelas universidades.
Opinião
Por que o esporte universitário brasileiro não funciona
Adriana Brum, repórter da editoria de Esportes, competiu nos Jogos Universitários entre 2001 e 2003 e cobriu a Olimpíada de Londres.
Mesmo com incentivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que passou a apoiar (e financiar) um campeonato nacional para atletas do ensino superior desde 2005, ainda falta muito para o Brasil ter um esporte universitário de alto nível.
As universidades brasileiras estão a anos-luz de dar condições plenas a atletas com potencial de se desenvolverem durante o período em que dividem as atenções com os estudos, treinos e competições. Menos mal é que hoje muitos atletas conseguem bolsas de estudo para assegurarem uma formação superior enquanto – fora das universidades – seguem investindo em suas carreiras de atletas.
Dois pontos são relevantes para entender por que o esporte universitário segue amador no país. O primeiro é que o Brasil não consegue definir uma agenda de política esportiva. Por mais que se fale em necessidade de investimento, não há uma proposta de como a verba deva ser investida.
O segundo ponto é cultural. O brasileiro não vê compatibilidade entre os esforços físico (principal atribuição de qualquer esporte) e mental (base do estudo acadêmico). Além disso, acredita firmemente na vitória esportiva como resultado do talento de cada atleta e não no esforço árduo de treinamentos sistematizados anos a fio – pesquisas apontam ser necessário pelo menos uma década de dedicação total para um atleta ingressar nas principais disputas em qualquer modalidade.
Cabe lembrar, porém, que esse impasse ideológico não é exclusividade nossa, brasileiros. Os próprios norte-americanos convivem com essa dicotomia. Tanto que para muitos atletas o talento esportivo é o único meio de carimbar o passaporte para o mundo acadêmico.

A relação existente entre esporte e universidade, essência do modelo norte-americano na formação de atletas, é invejada por países de todo o mundo. Até hoje, nenhuma outra tentativa conseguiu agregar em um mesmo sistema o sucesso em Jogos Olímpicos e benefícios ao aluno esportista.Quando o exemplo dos Estados Unidos é comparado com as tentativas brasileiras de vincular o esporte à academia, o resultado não é muito animador. Sem uma definição clara de papéis na formação de atletas, universidades, governos e clubes jogam a responsabilidade uns para os outros e dificultam a criação de uma tradição esportiva nas instituições de ensino superior.
Para o professor de Políticas Públicas do Esporte e vice-diretor do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fernando Mezzadri, a formação de atletas dentro das universidades brasileiras não é eficiente porque o país teria ficado no meio do caminho entre dois modelos: o norte-americano, que forma atletas no sistema educacional, e o europeu, que atribui aos clubes essa responsabilidade. “Não temos um campeonato universitário forte por causa disso. Enquanto não tivermos um sistema nacional de esporte bem definido, não avançaremos”, lamenta.
Pertença
As diferenças ficam mais evidentes para quem teve vivência esportiva lá fora. É o caso do paranaense Luiz Fernando Iubel, graduado em Educação Física pelo Berea College, de Kentucky, e prestes a ingressar no mestrado em Administração Esportiva pela Universidade de Columbia, em Nova York.
Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

Luiz Fernando Iubel cursou Educação Física nos EUA e participou da equipe de futebol do Barea College.
Segundo Iubel, as universidades assumem diversos papéis de relevância social na maioria das cidades dos EUA e acabam criando uma forte ligação afetiva com a população. “Ao passar por aeroportos norte-americanos, é muito comum você ver pessoas trajando roupas das suas universidades de origem”, conta o ex-integrante do time de futebol de Barea.
Esse sentimento de pertença contribui para o surgimento de times nas instituições de ensino. Segundo Iubel, os alunos-atletas começam sua formação na elementary school (o equivalente aos primeiros anos do ensino fundamental brasileiro) e vão até a universidade, último e decisivo passo de acesso às ligas nacionais de várias modalidades esportivas.
Enquanto no Brasil a história de vários atletas de sucesso – especialmente no futebol – mostra que eles tiveram de priorizar o treino em detrimento dos estudos, na cultura norte-americana essas são duas realidades inseparáveis. “Eles acreditam que é necessário ao atleta se desenvolver dentro de um ambiente que lhe permita a continuidade de seus estudos”, diz Iubel.

Negócio lucrativo, mas difícil de imitar
Além de ser uma oportunidade e tanto para os estudantes, os campeonatos universitários norte-americanos são fonte de lucro para as instituições que patrocinam os eventos. “Uma final de campeonato universitário tem todo um aporte de mídia, o que o transforma num grande negócio”, conta o professor Marcelo Pastre, do curso de Educação Física das Faculdades Integradas do Brasil (UniBasil).
Um lado discutível dessa prática está no fato de que as universidades americanas realmente lucram muito com o marketing feito a partir dos alunos-atletas que se destacam, mas, por questões legais, os próprios estudantes não podem receber salário por sua atuação, apenas uma bolsa de estudos. “Para compensar, algumas instituições dão presentes caros a esses atletas, como carros”, diz Pastre.
A falta de incentivo do governo, argumento comumente ouvido no Brasil para justificar resultados modestos em competições, parece não fazer falta no cenário do esporte universitário norte-americano, já que o setor é totalmente sustentado pela iniciativa privada.
Barreira
Esse seria outro aspecto difícil de imitar. Além da barreira cultural, que dificulta a confiança das universidades privadas de que o esporte pode dar retorno financeiro, o volume de recursos que sustenta o esporte universitário norte-americano impressiona. A projeção da National Collegiate Athletic Association (NCAA), entidade que gerencia o esporte acadêmico nos EUA, é de que a temporada de jogos 2011-2012 arrecade US$ 777 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão), dos quais 90% vêm de contratos publicitários.

Dê a sua opinião
O que pode ser feito para que o esporte universitário seja mais incentivado dentro das instituições de ensino brasileiras? Deixe seu comentário abaixo.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Shogun perde para sueco e deixa escapar chance de disputar cinturão


Divulgação/UFC / Shogun não consegue vencer duas vezes seguidas desde 2009Shogun não consegue vencer duas vezes seguidas desde 2009
MMA

Shogun perde para sueco e deixa escapar chance de disputar cinturão

Lutador curitibano foi derrotado por decisão unânime por Alexander Gustafsson no UFC on Fox 5.
O tempo não tem sido aliado de Maurício Shogun Rua no UFC. Na madrugada deste domingo (9), em Seattle, nos Estados Unidos, o lutador de 31 anos perdeu por decisão unânime para o suecoAlexander Gustafsson, que se tornou o desafiante oficial ao cinturão da categoria meio-pesada (até 93 kg).
A sétima derrota da carreira do curitibano, diante de um adversário seis anos mais jovem, expôs, mais uma vez, a inconsistente forma do ex-campeão. Já faz três anos que Shogun não encaixa pelo menos duas vitórias em sequência no octógono.
Divulgação/UFC
Divulgação/UFC / Curitibano tenta chave de calcanhar no sueco, que conseguiu sair da posiçãoAmpliar imagem
Curitibano tenta chave de calcanhar no sueco, que conseguiu sair da posição
A última vez que o atleta revelado pela Chute Boxe conseguiu uma série positiva foi em 2009, com triunfos sobre os americanos Mark Coleman e Chuck Lidell, ambos membros do Hall da Fama do UFC. De lá para cá foram sete lutas – quatro derrotas. Um título conquistado. Um título perdido.
“Sinto-me grande. O Shogun é uma lenda do esporte. Eu estava esperando por essa luta. Foi uma honra enfrentá-lo”, disse Gustafsson.
Apesar da derrota, o paranaense mostrou evolução no condicionamento físico, grande pecado de seus últimos combates. Também trouxe para o ringue sua agressividade natural, só que desta vez o jogo de chão foi o foco, com várias tentativas de finalização. Em uma delas, uma chave de calcanhar, teve sua principal oportunidade de acabar com a luta. Deixou escapar.
“Senti que ele não tinha a pegada, mas fiquei com medo [de ser finalizado], sim”, admitiu o sueco, de 1,96 m.
E a altura o oponente realmente fez diferença. Esguio e rápido, Gustafsson conseguiu controlar o duelo a partir do segundo round. Com joelhadas e chutes precisos, além de várias derrubadas (6 a 1 no quesito), pontuou mais para levar a vitória após três rounds e deixar o brasileiro ainda mais longe de uma nova chance de ser campeão. Ao todo, foram 72 golpes significantes para o europeu contra apenas 41 do paranaense.
Domínio do campeão
Na disputa do cinturão dos pesos leve (até 70 kg), o americano Benson Henderson se mostrou muito acima do compatriota Nate Diaz e venceu por decisão unânime depois de cinco rounds. Curiosamente, o campeão foi flagrado com um palito de dente na boca após o combate, abrindo discussão se ele também lutou com o ‘apetrecho’. Primeiro Henderson confirmou, dizendo ser um hábito ruim. Mas quando soube que poderia até ser punido pelo ato, voltou atrás. “Era brincadeira. Não fiz isso...”, falou, sorrindo.
Confira os resultados do UFC on Fox 5:
Benson Henderson venceu Nate Diaz por decisão unânime
Alexander Gustafsson venceu Maurício Shogun Rua por decisão unânime
Rory MacDonald venceu B.J. Penn por decisão unânime
Matt Brown venceu Mike Swick por nocaute no 2.º round
Yves Edwards venceu Jeremy Stephens por nocaute no 1.º round
Raphael Assuncao vemceu Mike Easton por decisão unânime
Ramsey Nijem venceu Joe Proctor via por decisão unânime
Daron Cruickshank def. Henry Martinez por nocaute no 1.º round
Abel Trujillo venceu Marcus LeVesseur por nocaute no 2.º round
Dennis Siver venceu Nam Phan por decisão unânime
Scott Jorgensen venceu John Albert por finalização no 1.º round

Governo libera pagamento de progressões para 21 mil professores da rede estadual


No total, serão R$ 6,5 milhões mensais a mais na folha de pagamento.

O governador Beto Richa liberou nesta sexta-feira (07) o pagamento de progressões salariaispara 20.938 professores do quadro próprio do magistério. A medida representa um desembolso de cerca de R$ 25 milhões na folha salarial de dezembro e um acréscimo de R$ 6,5 milhões mensais à folha salarial da área de educação, que chega a R$ 288 milhões mensais.
O pagamento das progressões salariais é feito a cada dois anos, mediante participação em cursos de formação continuada voltados à educação básica, oferecidos pela Secretaria Estadual de Educação e por instituições conveniadas, bem como por avaliação funcional.
Segundo o secretário Flávio Arns o total de reajustes em dois anos foi de 34,85%. Neste porcentual estão incluídas três parcelas, de quatro previstas, para aumentar em 26% os salários do magistério, equiparando professores e técnicos de nível superior.

Segundo o calendário Maia, dia 21 de dezembro o mundo acaba



Calendário Maia
Na verdade não há motivos para se preocupar, o calendário maia, de fato, não prevê o fim do mundo mas, sim, o fim de uma era. O Calendário Maia é um sistema de calendários distintos. Os maias e outros povos vizinhos utilizavam um calendário de 260 dias para eventos religiosos e cerimoniais; um calendário solar de 365 dias; um calendário que combinava os dois primeiros e o calendário de longa contagem de aproximadamente 5.126 anos, que segundo alguns estudiosos termina em 21 de dezembro de 2012.

O que terminará é um dos ciclos do Calendário Maia, que supostamente terminará em 21 de dezembro de 2012. O fenômeno cultural de 2012 inclui mitos, lendas ou fatos para explicar o que pode acontecer em 2012. Na história da humanidade várias datas já foram estabelecidas para determinar o final dos tempos e, provavelmente, outras datas para o fim do mundo também serão estipuladas.

Há 3.000 anos a civilização maia começou a habitar a região que abrange o sul do México e América Central. Antes da chegada dos espanhóis os maias foram incorporados pelo Império Asteca. Mesmo com uma economia predominantemente agrícola os maias são considerados os detentores da mais sofisticada e bela arte do Novo Mundo antigo. Além de construírem edificações notáveis como palácios, pirâmides, templos e observatórios astronômicos, eles desenvolveram escrita hieroglífica, mapearam fases e cursos de diversos corpos celestes e criaram um calendário considerado um dos mais precisos de todos os tempos.


Não. O que termina para os maias é o atual ciclo que será finalizado no 13º b'ak'tun ou 21 de dezembro de 2012 - de acordo com alguns especialistas desta cultura. Não existe um consenso se este será o dia do fim do atual ciclo, já que é necessário determinar as datas exatas do calendário maia para o calendário gregoriano. Alguns pesquisadores até sugerem que o ciclo do calendário já terminou alguns anos atrás.


A maioria dos cientistas e especialistas da civilização maia discorda desta interpretação apocalíptica. Eles argumentam que a data corresponde apenas à restauração do calendário, como se fosse uma virada de milênio. O calendário de longa contagem não termina em 21 de dezembro de 2012 ou em outras datas estipuladas por outros estudiosos do tema, já que existem inscrições de previsões até para o ano de 4.772, por exemplo.

Fim do mundo: 12% dos americanos acreditam; Nasa desmente


Fim do mundo: 12% dos americanos acreditam; Nasa desmente


ComentarAs contas nas redes sociais da Nasa (agência espacial americana) estão realizando vários esforços para desmentir os rumores sobre o advento do fim do mundo que diversas teorias preveem para o final deste ano.
Segundo uma enquete da empresa de pesquisas francesa Ipsos, 12% dos americanos acredita ser verdadeiro o prognóstico dos maias que fixa o fim para o próximo dia 21 de dezembro, assim como 20% dos chineses, 13% dos mexicanos, 12% dos argentinos e 10% dos espanhóis.
Números que poderiam ser considerados "anedóticos" ou sem maior repercussão estão desencadeando, no entanto, problemas entre a sociedade americana, e por isso a Nasa decidiu desmentir com fatos estas teorias.
Os primeiros sinais que o problema era mais grave do que se esperava foram dados pelo astrofísico da agência espacial, David Morrison, que, em entrevista ao canal ABC na semana passada, afirmou receber pelo menos uma mensagem semanal de alguém que "cogita suicidar-se" antes do dia do Juízo Final.
O cientista foi além e divulgou o conteúdo de uma carta enviada por um professor de ensino médio na qual expressava seus temores sobre pais que haviam dito que "tirariam a vida deles próprios e de seus filhos antes do final de 2012".
Por tudo isso, as contas de Facebook, Twitter e Google+ da Nasa começaram a emitir conteúdos nos quais desmentem, por meio de fatos provados cientificamente, as várias teorias sobre o fim do mundo.
Na quarta-feira passada, seis cientistas da agência espacial realizaram uma videoconferência através do Google+ intitulada "Além de 2012", que durou aproximadamente uma hora e da qual participaram mais de 2 mil pessoas.
"Além de 2012: Por que o mundo não acabará" também é o nome da seção específica que a Nasa criou dentro da área de perguntas mais frequentes de seu site, na qual está o seguinte texto: "21 de dezembro de 2012 não será o fim do mundo como conhecemos, mas será um novo solstício de inverno".
No texto, é apresentada uma série de "lugares comuns" sobre o Dia do Juízo Final - o impacto de um meteorito, uma tempestade solar gigantesca, um alinhamento de planetas que tenha impacto sobre a Terra.- que são desmentidos um a um com razões científicas e comprovadas.
Por sua parte, o Facebook da Nasa postou uma mensagem na qual lembrou que Nibiru é "um planeta fictício" - algumas teorias apocalípticas apontam que Nibiru se chocará com a Terra - que recebeu cerca de 10 mil "curtidas" e foi compartilhada quase cinco mil vezes.
"A internet diz que o mundo acaba em 2012? Não acredite! Encontre os fatos científicos aqui", escreveu a Nasa no Twitter. Junto com a agência espacial americana, outras instituições como o Governo russo, a Igreja Ortodoxa russa e os governos de México e França também tentam "diminuir" a preocupação e divulgar fatos que desmintam as teorias apocalípticas

Os desafios de fundar uma república


Marcelo Elias/ Gazeta do Povo / Priscila Rosa, Rubens Franco e Silvia Cunha precisaram recorrer aos pais e parentes para garantir a locação do aparta-mentoPriscila Rosa, Rubens Franco e Silvia Cunha precisaram recorrer aos pais e parentes para garantir a locação do aparta-mento
ALUGUEL

Os desafios de fundar uma república

Um grupo de amigos ou de estudantes que pretende morar juntos para dividir as contas e baratear o custo com a moradia precisa comprovar renda e contar com um fiador.
Alugar um apartamento para viver com amigos ou colegas é uma tarefa difícil e trabalhosa. Os benefícios de dividir as contas e ter companhia são evidentes, mas para chegar lá, é preciso passar pelos trâmites burocráticos das imobiliárias e ter a garantia que o regimento e a convenção do local escolhido permitem esse tipo de moradia.
“É comum hoje em dia um grupo de três ou mais pessoas se unirem para dividir aluguel de uma casa ou apartamento. Isso normalmente ocorre entre estudantes, universitários, profissionais em início de carreira, até mesmo, há pessoas que optam por este estilo de vida com o intuito de dividir despesas”, explica a advogada Vanessa Ponciano, especialista em direito imobiliário e condominial.
Legislação
Restrições devem valer para todos e não podem ser discriminatórias
Jovens e estudantes morando juntos podem ser causadores de mais barulho. Visitas, festas e música podem apavorar os vizinhos e o síndico, que, em alguns condomínios, buscam formas de barrar as repúblicas. “Não existe nenhuma lei ou norma que proíba esse tipo de moradia. Isso tem de figurar na convenção e no regimento interno dos condomínios”, comenta Tatiana Pereira, advogada do Sindicato da Habitação e Condomínios no Paraná (Secovi-PR).
Quando o imóvel escolhido pelo grupo de amigos pertencer a um condomínio, os locatários, se forem estudantes ou não, devem se ajustar às normas de convivência que já estão estabelecidas no local. “É lícito que o condomínio estabeleça normas de convivência, tais como: barulho, animais, cachorro, portaria, garagem, visitas e outras; porém, é preciso tomar cuidado ao definir regras referentes ao perfil de moradores”, indica a advogada Vanessa Ponciano.
Ela alerta que escolher o tipo de morador que o condomínio pretende ter é uma regra que poderá configurar como discriminação. “Assim, para que o condomínio evite maiores dissabores no futuro, é desaconselhável que regras desse tipo sejam estabelecidas no regimento interno e convenção”, diz a advogada. Para os condomínios que já estabeleceram regras desse tipo, Vanessa sugere que uma assembleia revise e modernize a convenção e o regimento. (TB)
Dicas
Para evitar aborrecimento na hora de alugar para montar uma república, preste atenção a esses detalhes:
- Converse com os amigos: comente que você está interessado em economizar e veja quais deles estão dispostos a dividir as contas;
- Afinidade: escolha as pessoas com quem você vai conviver bem;
- Perfil do colega: é importante sempre analisar o perfil do candidato a morador, pois assim você pode ter ideia se esse candidato tem o perfil correto para morar com os demais moradores do local;
- Conheça o local: antes de fechar o contrato, é importante fazer uma visita no local, conhecer o imóvel, a vizinhança, quem são e qual o perfil e ocupação;
- Fale com outros moradores: converse com seus futuros vizinhos para saber como é morar ali. Pergunte quais são as regras do prédio e peça uma cópia do regimento;
O que fazer?
Em condomínios onde há repúblicas, se os vizinhos tiverem problemas com o grupo de moradores, é possível tomar providências. Se houver incômodos, o síndico deve levar o assunto a uma assembleia, que vai deliberar sobre o que será feito. Se os moradores que vivem no sistema de república, dividindo as despesas, adotam condutas consideradas antissociais, o condomínio poderá tomar medidas, estabelecidas em lei, para que acabem tais condutas. Em casos extremos, é possível que ocorra até a expulsão dos condôminos.
A responsabilidade pelo imóvel fica a cargo de quem assina o contrato. “Normalmente uma única pessoa aluga um apartamento de dois, três ou mais quartos e convida outros conhecidos para dividirem despesas. Neste caso, a responsabilidade contratual será apenas de quem figurar como locatário no contrato”, indica a advogada.
No entanto, a maior dificuldade de jovens e estudantes é conseguir figurar como o responsável pelo imóvel. “Procuramos e em todas as imobiliárias era preciso ter renda que fosse, pelo menos, três vezes o valor do aluguel. Para o começo de carreira, isso é impossível”, reclama o redator Diego Denck, que levou mais de um ano para conseguir alugar um imóvel. “Entendo que as imobiliárias precisam de segurança para locar, mas o interessado sempre precisa procurar um parente ou amigo mais abastado e pedir a gentileza de ser o fiador e locatário”, diz.
Em 2011, Diego procurava um lugar para morar sozinho. Achou um imóvel ideal e convenceu o avô a participar do contrato como fiador. No entanto, a imobiliária não aceitou, porque exige limite de idade para o avalista. Nesse ano, chamou mais dois amigos e montou uma república. “Meus pais ficaram como fiador e os pais da minha amiga como fiadores. De outra forma, não haveria como locar”, conta.
Única saída
Recorrer aos pais também foi a saída para as amigas Silvia Cunha e Priscila Rosa. As duas viram que, no começo da carreira profissional, o jeito era dividir as contas para morar. “Nenhuma de nós tinha renda suficiente para alugar. Aí, recorremos aos nossos pais para assumir o contrato, e dividimos as contas, que fica mais leve para todo mundo”, explica Silvia.
“É muito difícil, principalmente para quem vem de outra cidade, comprovar renda para alugar um imóvel sozinho. Aí, muitos optam por alugar direto com o proprietário”, comenta.
As meninas mudaram de apartamento há mais ou menos um ano. No imóvel que moravam antes, tiveram problemas com síndico e vizinhos. “Nosso perfil era bem diferente dos outros moradores. A maioria era família ou idosos. Nós recebíamos visitas ou deixávamos as chaves com nossos amigos, quando era preciso. Essa movimentação não foi vista com bons olhos”, conta.
Impedimento deve constar no regimento
Alguns condomínios em Curitiba têm como regra não permitir o aluguel de unidades para estudantes. No entanto, a questão é delicada. “Nesses casos, a imobiliária e o síndico tem que ter uma relação aproximada, para evitar que o perfil de morador que não é permitido alugue um apartamento”, conta a advogada do Secovi-PR, Tatiana Pereira.
“O proprietário de um apartamento pode não saber que existe essa restrição. Quando um aluguel é negado pelo condomínio, aí ele fica sabendo”, conta. Isso acontece porque a convenção e o regimento de um prédio são documentos construídos em conjunto. “Nesse tipo de caso, os juízes concordam que os documentos representam a vontade da maioria”, explica.
O administrador de condomínios Sandro Dudeck, que redige os documentos dos condomínios, comenta que não costuma ver essas restrições nos regimentos e que não há limites, por exemplo, para o número de pessoas que mora em uma unidade. “Não costuma haver esse tipo de definição. O que é preciso é seguir as normas do condomínio e não dar margem para comportamentos que afetem os outros moradores”, diz.

Grupo Rolling Stones volta aos EUA e faz show memorável em Nova York.


REUTERS/Lucas Jackson / Os Rolling Stones Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts se apresentam em Nova YorkOs Rolling Stones Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts se apresentam em Nova York
ROCK

Grupo Rolling Stones volta aos EUA e faz show memorável em Nova York.

Os Rolling Stones voltaram aos Estados Unidos no primeiro de seus shows em Nova York, onde o novo Barclays Center do Brooklyn se encheu para vibrar com a energia e o som da veterana banda britânica.
Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts voltaram a mostrar que, apesar de já estarem perto dos 70 anos, a idade parece não pesar e atuaram com a força que lhes tornaram uma lenda, inclusive mostrando que as músicas que há cinquenta anos assustavam a muitos agora parecem inocentes.
O show começou com "Get Off My Cloud" e continuou com uma seleção de canções da história do grupo, incluindo algumas das mais famosas, como "Paint it Black", "It's Only Rock'n Roll" e "Honky Tonk Women".
Músicas novas que estrearam este ano, como "One More Shot" e "Doom and Gloom" também figuraram no repertório do show, enquanto a nova-iorquina Mary J. Blige e Gary Clark Jr., que abriram o espetáculo, também interpretaram um tema com eles.
Entre canções e solos de guitarra de Richards, Jagger fez um esforço por contagiar o público, brincando ao dizer que tinham chegado de metrô ou lembrando que seu primeiro show na cidade foi em 1964. e Jagger espetou: "Alguém estava lá?".
Para delírio dos quase 20 mil fãs, o show concluiu com "You Can't Always Get What You Want", junto com o coro da famosa Igreja da Trinidad, em Wall Street, e, certamente, com sua música mais famosa: "(I Can't Get No) Satisfaction".
O show desta noite abriu uma semana intensa do grupo na cidade dos arranha-céus, fazendo parte da miniturnê "50 And Counting", iniciada no final de novembro com dois shows em Londres e que gerou uma enorme expectativa ao coincidir com o 50º aniversário da banda.
Na próxima quarta-feira, os Stones participarão do concerto benéfico "12-12-12" em apoio aos afetados pelo furacão "Sandy", e que reunirá no Madison Square Garden estrelas como Bruce Springsteen, Eric Clapton, Alicia Keys, Bon Jovi, Billy Joel e Paul McCartney.
Na quinta-feira e no sábado encerram essa parte de sua turnê de 50º aniversário com mais duas atuações na vizinha Newark (Nova Jersey).

COPA FOLHA DE TAM.


  
Alteração de horário, domingo, Estádio Municipal de Tamandaré

Domingo, no Estádio Municipal de Tamandaré, o jogo entre União 14 e Palmeirinha será realizado às 10h30 e Bad Boys x União Camargo, às 13h30


3ª RODADA
Sábado – Dia 08
Estádio do Areias – Almirante Tamandaré:
13h30 – Novo Horizonte x Capinzal
15h30 – Barro Branco x Pinheirinho
17h30 - AE Bocaiuvense x Malharia Cristiane

Estádio Mário Vendramel (Vila Torres):
13h30 – São Domingos x DPS
15h30 – Vila Torres x Sport Tatuquara
17h30 – Cruzeiro x Bonanza

Estádio Parque Linear (Santíssima Trindade):
15h – FEPE / Supermercado Coiado x União Boni
17h – Bragantino x Imperial

Domingo – Dia 09
Estádio Belarmino Alves Pereira (Garotos Unidos – Pinhais):
15h – Juventus x Paranaense
17h – Garotos Unidos x Beira Linha

Estádio Bortolo Gava (Operário Pilarzinho):
15h – Operário Pilarzinho x Cruz Azul
17h – Terra Boa x Três Pinheiros

Estádio Ricardo Halick (União Ahú):
15h – Barcelona x Manilha
17h – União Ahú x Projeto CEIFAR

Estádio Valentim Kokot (Tupã – Alm. Tamandaré):
15h – Lacoste x Menino Deus
17h – Tupã / Andaraki x Soc. Esp. Areias

Estádio José Germano da Costa (Boqueirão):
15h – Ouro Verde x Anjo Dourado
17h – Boca Juniors x Roma

Estádio Municipal de Almirante Tamandaré:
10h30 – União 14 x Palmeirinha
13h30 – Bad Boys x União Camargo
15h30 – Estrela x Vargem Grande
17h30 – Tabu x Dinamite

Folgam: Rio Verde, União da Baixada, Santíssima Trindade, Tabajara, Vasco Vila Torres e XV de Pinhais.

2.º round na luta por uma vaga na UFPR


Marcelo Elias/ Gazeta do Povo / Dos 50.327 inscritos na 1.ª fase, 14.726 ainda estão na disputaDos 50.327 inscritos na 1.ª fase, 14.726 ainda estão na disputa
VESTIBULAR

2.º round na luta por uma vaga na UFPR.

Começa neste domingo (9) a 2.ª fase do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR). São 14.726 candidatos convocados para essa etapa do concurso. Neste primeiro dia, eles farão a prova de Compreensão e Produção de Textos, com cinco questões. Já na segunda­­-feira (10), candidatos de 34 cursos farão as provas específicas, com dez questões cada uma.
As específicas serão de Física, Matemática, Química, Biologia, Geografia, História, Sociologia e/ou Filosofia, além das provas de habilidades específicas para os candidatos de Arquitetura e Urbanismo e Design. A duração das provas varia de acordo com a quantidade de disciplinas cobradas – 2h30 para uma disciplina e 5 horas para duas disciplinas.
Processo seletivo da UEM
Domingo também é o primeiro dia do Vestibular de Verão 2012 da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A prova começa às 8h50 e vai até as 13 horas. São 40 questões de conhecimentos gerais. Na segunda-feira serão realizadas as avaliações de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Literatura e Redação.
Não erre na redação
Fique atento às dicas finais para a prova de redação:
• Os gêneros textuais mais cobrados são: texto opinativo, transposição de discurso, tirinha e charge, resumo e carta.
• Não esqueça de expressar sua opinião no texto opinativo, de forma clara, sendo ou não a mesma do conteúdo do texto de apoio.
• Na transposição de discurso tome cuidado com as mudanças nos verbos, pronomes e advérbios, que vão sair da primeira pessoa para a terceira.
• Tanto na transposição quanto no resumo não coloque informações que não estiverem no texto.
• No caso do resumo, da transposição e da tirinha ou charge, não esqueça de citar o autor, fonte e data.
Horário
Para garantir uma prova tranquila, a organização do concurso recomenda alguns cuidados, como prestar atenção ao horário de fechamento dos portões. Eles abrem 12h45 e fecham às 13h30. Por causa do trânsito intenso em dias de prova, a recomendação das equipes de cursinhos é que o candidato esteja no local pelo menos uma hora antes, para dar tempo de se acalmar e se concentrar para as provas.
Para os que vão de ônibus, a Urbs vai disponibilizar linhas extras, que vão sair do Centro e dos terminais de ônibus para os 12 locais de provas. Os ônibus e os horários podem ser consultados no site Vida na Universidade.
Os candidatos devem levar documento de identidade, comprovante de ensalamento (disponível no www.nc.ufpr.br), caneta esferográfica com tinta preta e escrita grossa, lápis ou lapiseira e borracha. Para as provas específicas, o Guia do Candidato traz recomendações de materiais diferenciados que também serão úteis ao estudante.
Nesta edição do vestibular, a UFPR oferece 5.616 vagas em 95 opções de cursos, sendo 5.087 pelo processo seletivo e 529 pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Correção
Nos dois dias de provas, professores de cursinhos farão as correções das questões, que serão divulgadas no site da Gazeta do Povo. No domingo serão os docentes dos cursos Acesso, Dom Bosco e Positivo, a partir das 19h30. Na segunda-feira serão os do Acesso e Dom Bosco, a partir das 20 horas. As respostas serão colocadas no www.gazetadopovo.com.br/vida-universidade.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Um pouco da história da maior tragédia marítima!!! TITANIC


Triunfo da engenharia náutica, o Titanic naufraga em sua
viagem inaugural e deixa mais de 1.500 mortos. Com circunstância
nebulosa, tragédia é investigada nos EUA e Grã-Bretanha
Pesadelo nas águas geladas do Atlântico: ilustração mostra a cena caótica do naufrágio e do resgate nos pequenos botes

Totem da ousadia humana, orgulho da engenharia náutica, colosso de 269 metros de comprimento e 46 mil toneladas, obra-prima de 7,5 milhões de dólares, o RMS Titanic, tido e havido como inexpugnável pelos mais insuspeitos especialistas, soçobrou em sua viagem inaugural. Ao colidir com um iceberg, nas últimas horas do dia 14 de abril, o navio afundou e levou consigo a vida de mais de 1.500 pessoas nas águas gélidas do Atlântico norte. Ao choque e à incredulidade pela notícia, soma-se agora, no rescaldo da acachapante tragédia, a ânsia pelas respostas às perguntas que não querem calar. Como um gigante do porte do Titanic pode ter simplesmente afundado pelo choque com um iceberg? Porque o maior e mais moderno navio de nosso tempo não oferecia plenas condições de segurança a todos os seus passageiros? Autoridades dos Estados Unidos e da Inglaterra já se mobilizam para investigar as causas do sinistro e atribuir possíveis responsabilidades.
O navio saindo do cais de Southampton para a viagem inaugural: destino tenebroso
Com poucos dias decorridos do acidente, porém, as informações ainda são desencontradas, nebulosas e não confirmadas. O que se sabe pelos relatos dos cerca de 700 sobreviventes, resgatados pelo RMS Carpathia horas após o infortúnio, é que o Titanic, que em 10 de abril deixara Southampton, na Inglaterra, rumo a Nova York, colidiu a estibordo com um iceberg na região dos bancos gelados de Newfoundland por volta das 23h40 do dia 14. No contato com a proa, a massa flutuante de gelo abriu um rombo no casco do navio, e a água passou a jorrar para dentro dos compartimentos à prova d'água. Cinco deles teriam sido danificados e inundados, de acordo com o que tripulantes sobreviventes ouviram de Thomas Andrews, projetista e construtor da Harland & Wolff (empresa responsável pela fabricação do Titanic), que inspecionou o estrago momentos depois do abalroamento e não sobreviveu ao naufrágio.
Aqui começam as interrogações. Os especialistas não compreendem o motivo pelo qual o Titanic não alterou sua rota, já que recebeu diversas mensagens pelo telégrafo alertando sobre a presença de icebergs flutuantes (notadamente na região 42º Norte e entre a 49º e 51º Oeste) na véspera da colisão. Mesmo sabendo do caminho potencialmente acidentado na rota do majestoso transatlântico, o capitão optou por manter a rota e a velocidade, confiando na calmaria do oceano - "o mar estava como grama", declarou o segundo oficial, tenente Charles Lightoller - e na observação de sua equipe na torre (que, entretanto, estava sem binóculos). Assim, quando, às 23h40 os vigias Frederick Fleet e Reginald Lee avistaram um grande bloco de gelo imediatamente à frente do navio, havia pouco a ser feito. "Iceberg logo à frente!", anunciaram, em vão. O primeiro oficial, tenente William Murdoch, ainda tentou uma manobra para desviar o navio pela esquerda, mas não houve tempo: menos de um minuto depois, veio a colisão.

A experiente tripulação: capitão Smith (de barba) pediu socorro, mas não houve tempo
Quando o veteraníssimo capitão britânico Edward Smith, de volta à cabine, percebeu que sua embarcação havia sido comprometida, imediatamente ordenou o envio de sinais de socorro - tanto via foguetes sinalizadores quanto mensagens de S.O.S., pelos operadores do sem-fio - e a imediata evacuação do Titanic. Mas os 20 botes salva-vidas presentes no navio acomodavam apenas um número máximo de 1.178 passageiros - número que estava dentro da regulamentação inglesa para navios de mais de 10.000 toneladas, mas insuficiente para acomodar as 2.223 pessoas que estavam a bordo do transatlântico. Os oficiais Murdoch e Lightoller comandaram então a distribuição dos passageiros nos botes, tendo como diretriz a regra internacional de embarcar prioritariamente mulheres e crianças. Por volta de 0h45 de 15 de abril, o primeiro bote foi ao mar. Dos 65 lugares disponíveis, ele levava apenas 28 passageiros. Naquele momento, muitos ainda não acreditavam que o transatlântico novo em folha estivesse realmente em perigo.
Apenas quando a água gelada começou a invadir as cabines e os salões de jogos é que a irreversibilidade da situação ficou patente. Engenheiros calculam que, uma hora após o choque, mais de 25.000 toneladas de água tenham inundado o navio. Por volta da 1h30, a proa estava totalmente submersa. Pouco mais de 45 minutos depois, quando todos os botes salva-vidas já estavam ao mar, a popa inclinou-se num ângulo de 45 graus, e o peso titânico da estrutura fez a embarcação rachar-se entre a terceira e quarta chaminés. Às 2h20, o Titanic, pérola da White Star Line, foi completamente engolido pelo oceano Atlântico. Era o fim do mais rico e moderno transatlântico já concebido pelo homem - e apenas o início do martírio de seus outrora orgulhosos passageiros.
O iceberg: o gelo tinha marcas de tinta
Dezenas de pessoas ainda estavam no convés, e muitas lançaram-se desesperadamente rumo às águas geladas, buscando agarrar-se a algum destroço do navio ou ser resgatado por um dos botes salva-vidas. Poucos barcos, porém, retornaram para as proximidades do local onde o Titanic desaparecera. Seus ocupantes temiam que a força de sucção da água revolta pelo naufrágio, ou mesmo o desespero das pessoas tentando subir nos botes, causassem nova tragédia. Assim, enquanto os pequenos barcos vagavam na escuridão à espera de resgate, com cerca de 700 almas trêmulas de frio, algo em torno de 1.510 pessoas teriam seu destino selado ali mesmo, no local do naufrágio, a maioria absoluta morrendo em decorrência de hipotermia causada pela temperatura da água, 2ºC negativos. No total, 80% dos homens e 25% das mulheres feneceram. Aparece então outra indagação: por que os botes salva-vidas não foram lançados com suas capacidades máximas? Tivesse sido esse o desfecho, pelo menos mais 500 pessoas estariam salvas.

Ainda assim, a tragédia poderia ter sido ainda maior caso o Carpathia, transatlântico pertencente à Cunard Line que viajava de Nova York para Gibraltar, não tivesse captado os pedidos de socorro do Titanic e imediatamente alterado sua rota em direção à última posição conhecida da embarcação estreante no Atlântico. Entrou em cena, então, o capitão Arthur Rostron. Com destreza e presença de espírito que talvez tenham faltado aos superiores no navio da White Star Line, o timoneiro britânico, antes mesmo de localizar o Titanic, confiou à sua tripulação uma lista de 23 tarefas a fim de preparar o Carpathia para um eventual procedimento de resgate dos possíveis sobreviventes do naufrágio.
Uma das famílias a bordo: o pai morreu, mas a mulher e a criança sobreviveram
Rostron e seu navio estavam a 50 milhas náuticas (aproximadamente 93 quilômetros) da última posição conhecida do Titanic. A fim de percorrer essa distância no menor tempo possível, o capitão ordenou um corte na calefação no Carpathia para que todo o vapor fosse utilizado nos motores do navio, aumentando assim a velocidade da nave - que chegou a incríveis 17,5 nós, três vezes e meia a mais do que sua toada regular. Além disso, Rostron determinou que um suprimento de cobertores, roupas, comida e medicamentos fosse reunido e ficasse à disposição dos sobreviventes, assim como todo o corpo médico e demais integrantes do Carpathia.
O capitão ainda destacou marinheiros para obter a identificação dos sobreviventes para enviar pelo telégrafo e comandou a desocupação de todas as cabines dos oficiais, incluindo a própria, para acomodar as vítimas, dispondo também das bibliotecas, salão de fumantes e restaurantes para o mesmo fim. Navegando habilmente por entre blocos de gelo a toda velocidade, o Carpathia chegou ao local telegrafado pelo Titanic por volta das 4 horas. E nas quatro horas seguintes, o transatlântico recuperou catorze botes salva-vidas. Já com o dia claro, sem esperança de encontrar novos sobreviventes, o capitão Rostron decidiu voltar com o Carpathia para Nova York a fim de desembarcar os sobreviventes do Titanic, que chegaram finalmente à cidade na noite de 18 de abril.

No dia 16, quando ainda não se sabia ao certo a extensão da tragédia no oceano, o político americano Willian Alden Smith, senador republicano do estado de Michigan, consultou um dos assessores do presidente William Taft para saber se o comandante-em-chefe pretendia tomar alguma providência em relação ao ocorrido. Como a resposta fosse negativa, Smith, na manhã seguinte, levou ao Senado uma proposta para que o Comitê de Comércio da Casa investigasse o desastre, obtendo autoridade para distribuir intimações a todas as testemunhas que pudessem fornecer alguma informação relevantes ao caso. O projeto foi aprovado sem oposição, e Smith ganhou a nomeação para a presidência de um subcomitê formado por sete senadores para esquadrinhar a tragédia.
Estupefação em todo o planeta: jornais americanos noticiam a tragédia no Atlântico
Já na manhã do dia 18, a Marinha americana contatou o senador Smith para informá-lo de que o sistema de inteligência do departamento havia interceptado algumas mensagens de J. Bryce Ismay, diretor da White Star Line, indicando que o executivo - que estava entre os sobreviventes do Titanic no Carpathia - pretendia retornar à Inglaterra sem pisar em solo americano. Ismay também determinara que toda a tripulação do Titanic não desembarcasse em Nova York. Alarmado, o senador Smith logo pediu uma audiência de emergência com o presidente Taft para questioná-lo sobre a legalidade de se intimar cidadãos britânicos. Desde que estivessem nos Estados Unidos não haveria problema, afirmou Taft, depois de consultar o secretário de Justiça George Wickersham.
Ao lado do senador democrata Francis Newlands, de Nevada, Smith embarcou então de imediato para Nova York. No Píer 54, distribuiu intimações a diversos tripulantes do Titanic e a J. Bruce Ismay. As audiências começaram no dia seguinte, no Hotel Waldorf-Astoria, e prosseguiam até o fechamento desta edição. Até agora, mais de 60 pessoas foram ouvidas, incluindo Ismay. O aguardado relatório final da investigação deverá ser apresentado nos últimoss dias de maio perante o Senado. Na Grã-Bretanha, o governo também decidiu agir. Charles Bigham, o lorde Mersey of Toxteth, foi nomeado pelo lorde Chancellor Robert para chefiar a comissão britânica de apuração do acidente, que contará com a ajuda de cinco especialistas no campo marítimo-naval. As audiências estão marcadas para começar no próximo dia 2 de maio, no Royal Scottish Drill Hall, em Buckingham Gate, Westminster. Cabe então aos nobres políticos a difícil tarefa de resgatar a verdade mergulhada nas profundezas do Atlântico.
Cenas do Titanic antes de seu naufrágio

Projeto garante direitos a autistas.


Projeto garante direitos a autistas.

Graças a um projeto que surgiu da pressão popular, brasileiros com autismo vão ter os mesmos direitos de pessoas com deficiência, para todos os efeitos legais. A garantia foi conquistada quinta-feira com a aprovação no plenário do Senado do Projeto de Lei do Senado 168/11, que cria a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. As informações são da Agência Brasil.
A lei está sendo vista por pais e especialistas como uma Carta Magna dos autistas no Brasil. A partir dela, essas pessoas vão, por exemplo, ter direito a tratamento multidisciplinar e diagnóstico precoce.
As famílias também foram contempladas: além de acompanhamento psicológico, os pais ou responsáveis por pessoas com autismo terão horário especial no trabalho.
“O tratamento dessas pessoas requer tempo e muitos profissionais, por isso, esse horário especial é necessário para adequar a rotina da família”, explica a microempresária carioca Berenice de Piana, mãe de Dayan de Piana, de 18 anos. Ainda segundo Berenice, que também é integrante do Mundo Azul – grupo de pais em defesa do autista – essa lei é muito importante “porque tira essas pessoas do limbo”.
O texto aprovado também prevê punições para atitudes discriminatórias, como multa de três a 20 salários mínimos e sanções administrativas para o gestor escolar que recusar a matrícula de aluno com autismo. A regra vale até mesmo quando não houver mais vagas nas instituições de ensino. Em casos de “comprovada necessidade”, o estudante com o transtorno deve ser incluído nas classes comuns de ensino regular.