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sábado, 10 de março de 2012

Embarcações naufragadas revelam Era da Navegação

A arqueologia subaquática encontra em águas catarinenses uma nau espanhola possivelmente de 1583. Descobertas têm ajudado a desvendar o perfil das navegações na costa brasileira
Publicado em 10/03/2012 | Pollianna Milan

É no fundo do oceano onde se encontra uma boa parte da história das navegações que passaram pelo Brasil, principalmente no período do Descobrimento e da ocupação do território nacional. Esses cemitérios arqueológicos intactos aos poucos são desvendados por arqueólogos que aderiram ao mergulho como uma forma de desvendar o que há nesse mundo submerso. Em Santa Catarina, foi recentemente descoberto um naufrágio de uma nau espanhola possivelmente de 1583. Ela trazia material (roupas, armas, munições e alimentos) para abastecer os colonizadores da região. “Os objetos encontrados mostram que se trata da nau La Provedora, que fazia parte de uma armada de 23 navios. Precisamos fazer mais escavações e investigar outros objetos para confirmar estas informações”, afirma a arqueóloga Deisi Scunderlick Eloy de Farias, da Unisul, universidade parceira na pesquisa junto com a ONG Projeto Barra Sul.
Missão
Divulgação
Divulgação / Canhão de bronze da La Provedora: mantimentos para os colonizadores Ampliar imagem
Canhão de bronze da La Provedora: mantimentos para os colonizadores
Descobertas
Paraná tem histórias instigantes
Já foram descobertas pelo menos 50 embarcações naufragadas em mar paranaense. As histórias surpreendem. Há um navio da Marinha Britânica que perseguia navios negreiros, outro, cheio de munições, que bateu em pedras nas proximidades do Superagui. Recentemente ocorreu um resgate atípico – no Rio Paraná – de embarcações a oito metros de profundidade: elas teriam sido engolidas pela água em 1924, durante a Revolta dos Tenentes Paulistas.
Na década de 70, na ilha de Superagui, foi descoberto um navio encalhado de origem chinesa com uma história de arrepiar. O navio pesqueiro veio ao Brasil porque os tripulantes, 25 homens, pretendiam enchê-lo de peixes e levá-lo de volta a Taiwan. Só que a expedição deu errado – não conseguiram pescar a quantidade planejada – e o cozinheiro acabou enlouquecido: pegou a mangueira de amônia usado para a refrigeração e jogou o ar nas cabines do tripulantes que dormiam. Vinte e dois morreram e os três sobreviventes foram achados por pescadores e salvos (o cozinheiro foi preso e, na China, condenado). Quirino Gabriel da Silva, que na época vendia peixes em Paranaguá, ajudou a resgatar o navio – e é ele quem narra esta história. Sobre o navio, há uma exposição, durante este mês, na Casa Cecy, em Paranaguá.
A nau naufragada estaria abastecida com suprimentos capazes de manter 3 mil pessoas por cerca de 18 meses. O diário de bordo de Pedro Sarmiento de Gamboa, um dos comandantes da armada, narra que em La Provedora estariam embarcados 1,4 mil soldados e cerca de 300 pessoas entre padres, franciscanos, crianças, mulheres, ferreiros e carpinteiros saídos da Europa e que iriam se fixar na América do Sul.
Até agora, quatro artefatos foram retirados do fundo do mar. O mais curioso é uma lápide de cerca de 800 kg com entalhe de dois leões e dois castelos e um símbolo de cinco quinas que é usado na bandeira de Portugal. “Isso nos remete à era Filipina, quando Felipe II da Espanha assume os dois reinados [de León y Castilla]”, diz o coordenador do Projeto da ONG Barra Sul, Bruno Gerner. Felipe II teria enviado a armada também com o objetivo de construir duas fortalezas no Estreito de Magalhães – passagem entre os oceanos Pacífico e Atlântico – para conter o avanço dos piratas ingleses.
Resgate
Nos próximos meses, a equipe pretende retirar da região pesquisada – uma área submersa de 660 metros quadrados – um canhão de bronze que pode ter sido usado para a proteção da nau. Já se estuda levar os objetos a um museu para, futuramente, expô-los em caráter permanente.
O litoral de Santa Catarina foi rota de várias expedições espanholas no século 16. Elas costumavam parar naquele estado porque era o último porto seguro (para quem seguia ao extremo sul) para conseguir água e comprar alimentos. Há duas hipóteses para o naufrágio do La Provedora: ela ter encalhado em um banco de areia ou ter batido no canal que precisa ser ultrapassado nas proximidades de Florianópolis, uma região complicada para navegação, porque é bem estreita.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Para as mulheres babarem rsrsrsrsr - Veja os vestidos que desfilaram no Oscar

Confira os modelitos que passaram pelo red carpet e a avaliação da consultora de imagem Adriana Izumi
27/02/2012 | 14:38 | Marina Fabri
em torno dos modelos da noite de gala faz parte de toda a cerimônia do Oscar. Mas, aberto o desfile no red carpet, houve quem se decepcionasse com os figurinos.
Nesta 84ª premiação, realizada neste domingo (26), os vestidos brancos e em cores claras roubaram a cena. “Achei os modelos um pouco conservadores - faltou o glamour que um evento do porte de uma premiação como essa exige”, explica a consultora de imagem Adriana Izumi, que analisou os vestidos das atrizes. Confira abaixo as considerações dela:


Stacy Keibler (de Marchesa) – "Os tecidos metalizados, como o do vestido dela, estão com tudo e os acessórios ficaram perfeitos. No entanto, não gostei muito do modelo – quem tem quadril grande deve evitar vestidos com volume nessa área, já que destacam ainda mais a região. Talvez um drapeado ficasse melhor".
Michelle Williams (de Louis Vuitton) – “A cor é muito bonita, não é vermelho nem laranja, é um coral. Essa sobreposição de saia cria volume, o que é ótimo para valorizar o corpo de quem é magrinha. Além disso, a clutch cria um contraste harmonioso – se fosse dourada/metalizada/chumbo também ficaria bem”.
Emma Stone (de Giambattista Valli Haute Couture) – “A cor do vestido é maravilhosa e os acessórios com pedrarias complementaram muito bem o visual, apesar de tê-lo achado um pouco simples para o Oscar. É um modelo que poderia tranquilamente ser usado em festas aqui no Brasil. O único cuidado a ser tomado é que o cabelo deve ser preso, para não brigar com o laço (outra solução é usar o laço para trás). Além disso, o vestido pode não valorizar quem tem muito busto ou pescoço curto”.


Sandra Bullock (de Marchesa) –“Esse jogo de cores é ótimo. Quem tem quadril largo pode usar o preto na parte debaixo, que cria a ilusão de corpo mais esguio, por exemplo. Já quem tem bastante busto deve evitar usar branco em cima. O look pode muito facilmente ser adaptado – uma saia lápis preta com uma blusa branca fica versátil para ir a eventos formais”.
Kristen Wiig (de J. Mendel) – “O vestido, apesar de bonito, é em um tom de nude que não combinou bem com a pele dela. O azul marinho ou cinza seriam escolhas mais chiques”.
Melissa McCarthy (de Marina Rinaldi) – “Ao contrário do vestido da Kristen Wiig, o tom de nude, mais rosado, usado pela Melissa combinou muito com ela e ressaltou a pele. Já no modelo do vestido eu faria algumas adaptações: o drapeado na área do busto adicionou muito volume e o decote não valorizou o colo (eu optaria por um decote V um pouco mais profundo, para alongar o pescoço). Além disso, trocaria as mangas por outras um pouquinho mais curtas”.


Octavia Spencer (de Tadashi Shoji) – “O vestido é maravilhoso, o bordado é bonito sem ser exagerado e a cor combinou com ela. O cabelo está de acordo com a ocasião e os detalhes em brilho alongam a silhueta – tudo no look dela foi muito bem pensado e o resultado é ótimo. Ela é uma lição de que nem sempre cores escuras devem ser a escolha óbvia para quem está um pouco acima do peso”.
Cameron Diaz (de Gucci, 2 e 3) – “A cor bonita, especialmente para quem está um pouco bronzeada, como ela. Esse corte valoriza o busto, mas deve ser evitado por quem tem o corpo mais reto, sem cintura marcada. Achei que o vestido é muito simples em cima e muito detalhado embaixo – talvez uma transição mais sutil ficasse melhor”.


Jessica Chastain (de Alexander McQueen )- “O vestido é uma joia, lindo e muito barroco. Mas acredito que, se alguém fosse usar uma variação dele, seria melhor optar por um tubinho sem a parte debaixo bordada. Um fundo mais claro também ficaria melhor.“
Meryl Streep (de Lanvin) – “O modelo do vestido é muito bonito, acho que está de acordo com a ocasião. Se fosse em seda e uma cor mais sóbria (como vinho, cereja) ou até em off-white, também ficaria divino. Para o nosso clima, um modelo sem manga ficaria menos pesado”.
Jennifer Lopez (de Zuhair Murad) – “A cor e o brilho são muito bonitos, mas ela perdeu a sofisticação usando tudo ao mesmo tempo – transparência, decote na frente e decote atrás. Se o vestido fosse sem manga, com um decote menor na frente e menos justo, estaria muito melhor. O vestido deve contornar o corpo, sem ser largo nem agarrado”.


Gwyneth Paltrol (de Tom Ford) – “Eu espera mais dela, apesar de tê-la achado elegante. Com exceção de casamentos, é possível usar branco sem problemas e a capa é uma opção diferente às pashminas. Só que a cor amplia e ressalta os defeitos”.
Shailene Woodley (de Valentino Couture) – “O vestido envelheceu. Ela tem 20 anos e está usando um traje adequado para uma mulher madura. É muito austero, ela ficaria melhor um vestido fluido, leve. O vestido é bonito, mas não combinou com ela - é ideal para usar em algo como um jantar, por exemplo, não no Oscar.
Rooney Mara (de Givenchy) – “Ela está linda, o cabelo e a franja evidenciam o rosto, mas o vestido não ficou bom. Quem é muito magra deve evitar usar decotes muito profundos, acho que nesse caso as alças deviam ter sido um pouco ajustadas”.


Bérénice Bejo (de Elie Saab) – “O verde menta é a cor do momento, mas achei que nesse caso ela ficou um pouco apagada. Uma cor mais quente combinaria mais com o tom de pele e do cabelo dela. Como ela tem o tom de pele mais quente, teria ficado linda com azul marinho bem fechado, verde mais forte (garrafa ou esmeralda). O modelo do vestido – sem as mangas e sem bordados - ficaria perfeito para uma festa no Brasil”.
Viola Davis (de Vera Wang) – “O tomara-que-caia está apertado para ela e cor não favoreceu, é muito forte para ela. Outra coisa que é bom evitar é a combinar tudo – não é necessário usar joias e maquiagem na mesma cor do vestido, como ela fez”.
Glenn Close (de Zac Posen) – “A cor é linda, mas eu dispensaria os bordados românticos no vestido estruturado e o blazer, que esconde um pouco os detalhes. É possível usar blazer, mas com cuidado para combinar a cor – nesse caso ficou elegante porque a cor é sóbria, mas um vestido e um blazer amarelos, por exemplo, não ficaria bom”.


Natalie Portman (de Dior Haute Couture vintage, de 1954) – “Para a ocasião, achei muito simples, o modelo é comum. Já a estampa de bolinhas pode ser usada sem problemas em ocasiões formais – com a ressalva de que as estampas ampliam a silhueta”.
Angelina Jolie (de Atelier Versace) – “A modelagem do vestido é boa porque cria uma cintura mais fininha em quem não tem. Mas para usar uma fenda deste tamanho, é preciso saber se portar e ter postura ou o modelo pode acabar ficando vulgar”.
Penélope Cruz (de Giorgio Armani) –“Combinar a cor do vestido com a clutch é uma escolha muito óbvia e a cor não ficou bem nela. O modelo é um pouco datado e a deixou com cara de mais velha. Talvez uma cor como preto, vermelho ou turquesa ficasse melhor”.
Fotos: AFP e Reuters
E você, o que achou dos vestidos? Conte para o Viver Bem!

Feira de intercâmbios acontece nesta terça-feira

Divulgação / O evento, um dos principais do ramo, também ocorre em outras seis capitais brasileiras e em mais 14 países O evento, um dos principais do ramo, também ocorre em outras seis capitais brasileiras e em mais 14 países Oportunidade

Feira de intercâmbios acontece nesta terça-feira

Está confirmada a presença de cerca de 30 instituições de ensino de vários países como Estados Unidos, Itália, Espanha, Portugal, Canadá, Reino Unido, Austrália e Suíça
09/03/2012 | 19:39 | Gazeta do Povo
Curitiba será sede nesta terça-feira (13) da feira de intercâmbios Expo Estude no Exterior, que trará opções de cursos em várias áreas e oportunidades de trabalho remunerado e estágio em diversos países. O evento, um dos principais do ramo, também ocorre em outras seis capitais brasileiras e em mais 14 países.
Em Curitiba, a feira será das 16 às 21 horas, no hotel Four Points by Sheraton (avenida Sete de Setembro, 4.211). Está confirmada a presença de cerca de 30 instituições de ensino de vários países como Estados Unidos, Itália, Espanha, Portugal, Canadá, Reino Unido, Austrália e Suíça.
A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site http://edufindme.com/expo12

Curso Cordas - Muito Bom

http://www.youtube.com/watch?v=QhCRZz-Y3Xw

Dúvidas sobre a declaração do IR? Especialistas respondem os leitores

Nesta segunda-feira (12), às 14 horas, a Gazeta do Povo promove um bate-papo com os especialistas da Receita Federal Vergílio Concetta e Luiz Omar Setúbal Gabardo. Participe!
09/03/2012 | 11:03 | Gazeta do Povo
A Gazeta do Povo promove nesta segunda-feira (12) um bate-papo on-line sobre a declaração do Imposto de Renda 2012. O assistente da Superintendência da Receita Federal da 9ª Região, Vergílio Concetta, e o assistente técnico da Delegacia da Receita Federal em Curitiba, Luiz Omar Setúbal Gabardo, vão responder as dúvidas dos leitores a partir das 14 horas.
Os convidados vão responder as perguntas dos leitores ao vivo, em tempo real, através de um sistema de live blogging, que permitirá o envio de perguntas de forma simples e sem necessidade de cadastro prévio.

Essa é a segunta edição da série de bate-papos online sobre as regras da declaração do Imposto de Renda 2012.

Serviço
Para participar do bate-papo, acesse o site da Gazeta do Povo a partir das 14h desta segunda-feira (12). Você também pode enviar sua pergunta antecipadamente para o e-mail ir@gazetadopovo.com.br.
Para mais informações sobre a declaração, acesse o site especial criado pela Gazeta do Povo, que traz, entre outras informações, um passo a passo de como fazer a declaração.

Selecionar um bebê é ético?

Saúde

Sexta-feira, 09/03/2012
 /
Genética

Selecionar um bebê é ético?

O nascimento de Maria Clara Cunha, escolhida a dedo em laboratório, trouxe novo combustível para antigas discussões bioéticas

Publicado em 05/03/2012 | Mariana Scoz 
 
Selecionada em laboratório com base em critérios genéticos para salvar a irmã, Maria Clara Re­­ginato Cunha já é considerada um marco na ciência brasileira. O nascimento dela, em fevereiro, mostrou evidente progresso na pesquisa na área no país (veja mais no texto ao lado). O reverso da medalha, porém, tem trazido questionamentos bioéticos, com novo combustível para antigas polêmicas: é correto fazer descarte de embriões sadios? Seleção em laboratório não se confunde com eugenia? Estamos em busca do bebê perfeito? Isso é certo?
De acordo com o geneticista que atendeu os pais de Maria Clara, Ciro Dresch Martinhago, os embriões excedentes em um procedimento de seleção genética podem ser tanto descartados, quanto congelados. “É uma decisão do casal, mas na maioria das vezes os embriões são descartados”, explica. Segundo o professor de genética da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Salmo Raskin, o problema não nasceu com a seleção genética. “A fertilização in vitro também gera embriões sobressalentes. A diferença é que, na seleção genética, os descartados geralmente possuem doença”, afirma.
Tecnologia
Superbebê de laboratório é ficção ainda
A ideia de poder escolher um embrião saudável abre portas para discussões sobre a possibilidade de definir outros aspectos genéticos dos bebês, como a cor dos olhos, dos cabelos ou tipo físico. Entretanto, especialistas afirmam que ainda não existe tecnologia capaz de criar o superbebê.
Para o médico geneticista Salmo Raskin, um dos motivos é que não se tem conhecimento completo para analisar todos os genes. “Nós não conhecemos todos os genes relacionados a cor dos olhos ou a cor da pele. Além disso, já é complexo analisar dois genes. Ter de analisar 200 é absolutamente impossível de se realizar hoje”, afirma.
“A manipulação genética, atualmente, é uma grande bobagem, pois nós ainda não conseguimos afirmar que um olho vai ser azul ou castanho”, diz o geneticista Ciro Dresch Martinhago. (MS)
O assessor da comissão Vida e Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Rafael Fornazier, defende que “é louvável a busca de soluções para sanar o problema da esterilidade, porém, isso deve ser feito no respeito à dignidade da criança, que tem o direito de ser o fruto da união conjugal dos pais.”
Para o presidente regional da Sociedade Brasileira de Bioética e coordenador do mestrado de Teologia da PUCPR, Mario Antonio Sanchez, o descarte é um problema em cima do outro. “Se é possível selecionar um dos embriões é porque ele está vivo e tem identidade. Mesmo o congelamento, é um descarte a longo prazo”, afirma.
Eugenia
“Ao produzir vários embriões, a seleção genética aparece, cada vez mais, como possibilidade de escolha de uma criança mais ‘perfeita’. Aqui cabe a pergunta: não seria isso uma forma de eugenismo, reprovado pelo Conselho Federal de Medicina?”, questiona o padre Fornazier. Para Sanchez, a seleção genética pode ser, sim, uma forma de eugenia. “Não podemos definir que alguém vale pelos seus traços biológicos e descartar os inaptos”, opina.
O professor de reprodução humana da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Karam Abou Saab conta que a legislação permite a seleção para evitar doenças. Mas, no caso de Maria Clara e sua irmã Maria Vitória, a compatibilidade também foi motivo de descarte. “Embriões sadios, mas que não são compatíveis, também acabam sendo excluídos. Isso não é justo, nem ético, pois não posso descartá-los sem motivos sérios”, destaca Saab.
O médico Ciro Martinhago rebate dizendo que a seleção de embriões é permitida e que, no caso de Maria Clara, houve preparação dos pais. “Eu fiz o que considero ético. Conversei com o casal mais de um ano antes da fertilização, para que houvesse consciência de que eles queriam outro filho e para a menina não se sentir usada por ter nascido para salvar a irmã.”
Compatibilidade entre irmãs é o diferencial
O nascimento de Maria Clara Reginato Cunha mostrou que a ciência brasileira avançou na seleção de embriões. A irmã mais velha de Maria Clara, Maria Vitó­­ria, de 5 anos, sofre com uma doença genética hereditária, a talassemia major – que causa uma produção menor de glóbulos vermelhos na medula óssea. Os pais dela, Jênyce Carla Reginato Cunha e Eduardo Cunha, decidiram que o próximo filho ia ser livre da doença e também compatível com a irmã mais velha, para doar células-tronco do cordão umbilical. Nesse cenário entrou a seleção de embriões saudáveis, por meio de fertilização in vitro. A técnica de escolha de embriões não é nova – existe desde 1990 – , mas a grande jogada do caso brasileiro foi a seleção a partir da compatibilidade entre as duas irmãs.
No caso de Maria Clara, dez embriões foram gerados por fertilização in vitro. Após 72 horas da fecundação em laboratório, uma célula de cada embrião foi retirada para o teste genético. Foram analisadas 11 regiões do DNA, duas delas relacionadas à alteração no gene que provoca a doença e nove na região da compatibilidade. Apenas um não apresentava a doença, não tinha traços de talassemia major e, ao mesmo tempo, era compatível.
Técnica comum
O professor de Reprodução Humana da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Karam Abou Saab diz que a seleção de embriões em laboratório é feita no dia a dia. “Mesmo em fertilizações in vitro normais temos de selecionar embriões vivos e em boas condições”, explica. De acordo com o professor de genética da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Salmo Raskin, uma grande diferença na seleção genética é que, nesses casos, nem sempre o casal tem dificuldades para engravidar. “A razão para eles usarem a fertilização in vitro é diferente”, afirma.
Mesmo com os avanços, porém, os médicos afirmam que a técnica é pouco utilizada. Um dos motivos é a falta de domínio dela. “A seleção e análise são com­­plexos, pouquíssimos lugares no Brasil fazem”, explica Raskin. Outro motivo é a falta de conhecimento das pessoas sobre doenças hereditárias na família. O próprio custo do processo também é outro grande impeditivo. Somente a fertilização in vitro pode variar de R$ 10 mil a R$ 30 mil. A análise genética do embrião, por ser rara, também tem custo alto, cerca de R$ 6 mil.

Google é notificada por mudanças na política de privacidade

Empresa deverá informar como se deu o processo de revisão da política de privacidade e de que forma a sociedade e os consumidores puderam se manifestar sobre as mudanças
08/03/2012 | 21:41 | Agência Brasil
A empresa Google foi notificada nesta quinta-fiera (8) pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça para informar detalhes sobre as mudanças na política de privacidade do site. A empresa tem dez dias para prestar esclarecimentos.
Segundo o DPDC, o pedido de esclarecimento foi feito com base na legislação de defesa do consumidor e no direito constitucional à privacidade. O Google deverá informar como se deu o processo de revisão da política de privacidade e de que forma a sociedade e os consumidores puderam se manifestar sobre as mudanças.

Também foi questionado se há alternativa para aqueles que desejam utilizar os diversos produtos, sem que haja uma interconexão de seus dados pessoais entre os diferentes produtos, como o gmail, o Google+, o YouTube, entre outros.
O departamento também pediu informações sobre como se dará a autorização do consumidor para a combinação de suas informações pessoais com os produtos, serviços e conteúdos acessados. O DPDC questionou ainda se o conteúdo privado dos emails poderá ser acessado pelo Google para fins de publicidade customizada.
Caso a empresa não cumpra a notificação, pode ser alvo de instauração de processo administrativo. A Agência Brasil procurou o Google, mas a empresa não se manifestou.

Príncipe Harry começa visita de 3 dias no Brasil

AFP/Chris Jackson/WPA Pool/Getty Images / Antes do Brasil, o príncipe, de 27 anos, visitou Belize, Bahamas e Jamaica Antes do Brasil, o príncipe, de 27 anos, visitou Belize, Bahamas e Jamaica Família Real

Príncipe Harry começa visita de 3 dias no Brasil

Sua primeira atividade no Rio de Janeiro será nesta sexta-feira à noite no Pão de Açúcar, onde fará o lançamento mundial da campanha "Great" de promoção do Reino Unido no exterior
09/03/2012 | 12:03 | EFE
  •  linha de sucessão ao trono britânico, começou nesta sexta-feira uma visita de três dias ao Brasil com o propósito de fortalecer as relações entre os dois países.
Harry chegou nesta sexta-feira ao aeroporto internacional Tom Jobim do Rio de Janeiro a partir da Jamaica, onde esteve nos últimos dias, e imediatamente se dirigiu com sua comitiva para um hotel em Copacabana, na Zona Sul da cidade.
Sua primeira atividade no Rio de Janeiro será nesta sexta-feira à noite no Pão de Açúcar, onde fará o lançamento mundial da campanha "Great" de promoção do Reino Unido no exterior, cerimônia que contará com a participação de autoridades do Rio e empresários dos dois países.
No Pão de Açúcar, o príncipe assistirá a uma apresentação de escola de samba do Rio de Janeiro. "A campanha Great tem como objetivo otimizar o potencial econômico do Reino Unido através dos grandes eventos que o país abrigará neste ano: os Jogos Olímpicos e o Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II, além de ampliar as relações do Reino Unido com o Brasil", informou a Prefeitura do Rio de Janeiro em comunicado.
No sábado no Rio, o filho mais novo do príncipe Charles e da falecida princesa Diana participará de um evento esportivo no Aterro do Flamengo e à tarde visitará a comunidade do Complexo do Alemão, que há mais de um ano foi retomada pela Polícia e está pacificada sob o comando temporariamente de homens do Exército.
O príncipe Harry fecha suas atividades no Brasil no domingo, com jogo de polo em Campinas, a 100 quilômetros da capital paulista, pela Copa Sentebale Royal Salute, criada no ano passado para arrecadar fundos para órfãos e crianças em situação vulnerável de Lesotho, cidade britânica.
Harry vai liderar a equipe Sentebale, que jogará com o St. Regis, sob o comando do jogador argentino Nacho Figueras.

Piso Na Federação

Nove estados ignoram o piso dos professores

Sexta-feira, 09/03/2012
Elza Fiúza/Agência Brasil
Elza Fiúza/Agência Brasil / Manifestante defende o piso durante julgamento da constitucionalidade da lei no STF em 2011: pagamento obrigatório Manifestante defende o piso durante julgamento da constitucionalidade da lei no STF em 2011: pagamento obrigatório
Educação

Levantamento revela que remuneração mínima do magistério ainda é desrespeitada, quatro anos depois da aprovação da lei federal
 
Publicado em 09/03/2012 | Da Redação
Docentes programam paralisação nacional de três dias
Na próxima semana, professores de todo o país planejam uma paralisação de três dias para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério. A categoria irá cruzar os braços entre os dias 13 e 16 de março (de quarta a sexta-feira).
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o fato de alguns estados ainda não cumprirem a lei reforça a necessidade de um “movimento forte” por parte da categoria para reivindicar melhorias na remuneração. “Eles [gestores públicos] entendem que a lei precisa ser cumprida a partir do enfrentamento, da mobilização. Chega de brincar que estão valorizando o professor”, reclama.
Nos estados e municípios em que a Lei do Piso já é cumprida, o presidente da CNTE avalia que a mobilização deverá ser menos intensa, com foco nas reivindicações locais, inclusive a construção de planos de carreira. “Nosso intuito não é a paralisação pela paralisação, mas onde houver necessidade”, explicou. As atividades são organizadas pelos sindicatos locais e incluirão manifestações nas sedes dos governos, passeatas e outros atos públicos.
Discussão
Entenda por que o piso nacional causa tanta polêmica:
Marco legal
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e prevê uma remuneração mínima nacional ao professor com formação de ensino médio e carga de trabalho de 40 horas semanais. Desde então, nenhum docente pode receber menos do que o valor determinado.
Contestação
Na prática, porém, a lei sofre contestações desde a sua aprovação. Estados alegam não ter recursos para pagar o valor estipulado pelo piso. Alguns governadores, entre eles o do Paraná, entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a lei foi considerada legal pela corte no ano passado.
Critério de reajuste
Conforme determina a lei, o reajuste do piso é anual e calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no mesmo período. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. No ano seguinte passou a R$ 1.024 e no ano passado foi a R$ 1.187. Em 2012, o Ministério da Educação (MEC) definiu um aumento de 22,22%, elevando o salário para R$ 1.451.
Inflação
Alguns governos estaduais e municipais criticam o critério de reajuste e defendem que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como ocorre com outras carreiras. Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que pretende alterar o parâmetro de correção do piso para a variação da inflação. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação.
Sem argumento
Apesar de os entes federados argumentarem que não têm recursos para pagar o valor estipulado, a Lei do Piso prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou na semana passada o valor do piso nacional do magistério para 2012: R$ 1.451. Mas em apenas 18 unidades da federação os professores da rede estadual receberão na folha de pagamento de março valor igual ou superior ao definido pela lei. Levantamento feito pela Agência Brasil, com informações repassadas pelas secretarias estaduais de Educação, mostra que 12 estados já praticavam valores superiores ao estipulado para este ano e seis reajustaram a remuneração do seu quadro logo depois que o MEC anunciou o aumento.
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Governos estaduais e prefeituras alegam dificuldade para pagar o novo piso e nove ainda não garantem a remuneração mínima.
No Ceará, o estado pagava o valor do piso até 2011 mas, com o reajuste, aguarda a aprovação de um projeto de lei pela Assembleia Legislativa para aumentar a remuneração dos profissionais. Em Alagoas, o piso também era cumprido até o ano passado e segundo nota divulgada pela Secretaria de Educação, “o desejo do governo é continuar pagando”, mas antes será feito “um estudo do impacto financeiro da implantação”. A mesma situação se repete em Santa Catarina.
O Piauí também pagava o piso até 2011 e, segundo a secretaria, deverá começar a cumprir o novo valor a partir de maio. O governo do Amapá informou que está em negociação com o sindicato da categoria para definir como se dará o reajuste para atingir o piso.
O Rio Grande do Sul, a Bahia e o Tocantins não têm previsão de quando irão cumprir os R$ 1.451 determinados para 2012. Já a Secretaria de Educação do Paraná informou que está fazendo um levantamento sobre o salário dos profissionais de nível médio no estado. Segundo a secretaria, a maioria dos 83 mil professores do quadro tem nível superior e já recebem mais do que o piso. Porém, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP), os professores com nível médio e jornada de 40 horas ainda têm vencimento inicial de R$ 1.233, portanto, abaixo do valor definido para 2012.
“O fato de nove estados ainda não pagarem o piso mostra que os gestores públicos não entenderam a importância dessa lei para termos uma educação de qualidade no país. É a prova de que as leis no Brasil costumam ser esquecidas. Quatro anos depois da lei aprovada, o gestor dizer que agora vai fazer um estudo orçamentário para ver como pagar é um desrespeito aos trabalhadores e ao Estado brasileiro”, criticou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão. A entidade planeja uma paralisação da categoria na próxima semana para cobrar o cumprimento da lei. A situação mais crítica é a dos professores da rede estadual gaúcha, que recebem piso de R$ 791 – o menor do país.
A Lei do Piso prevê complementação da União caso o município ou estado comprove que não tem capacidade financeira para pagar o piso a seus professores. Para isso, precisa atender a critérios como, por exemplo, ter um plano de carreira para os docentes da rede e investir 25% da arrecadação de tributos em educação, como determina a Constituição. De acordo com o MEC, nenhum estado entrou com pedido de complementação após o reajuste do piso.
Interatividade
Como melhorar o salário dos professores sem comprometer o caixa dos estados e dos municípios?
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
 

Projeto Ler e Pensar é lançado em Araucária

Antônio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Antônio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo / O início desta etapa do Projeto deu-se com a entrega de um exemplar da Gazeta do Povo a representantes das secretarias de educação estadual e municipal O início desta etapa do Projeto deu-se com a entrega de um exemplar da Gazeta do Povo a representantes das secretarias de educação estadual e municipal
Educação

Projeto Ler e Pensar é lançado em Araucária

Mais de 27 mil alunos e 1563 professores serão beneficiados. Iniciativa conta com a parceria da Petrobrás
27/02/2012 | 17:08 | Denise Drechsel
nesta segunda-feira (27) em Araucária a uma nova extensão do projeto Ler e Pensar, desenvolvido pela Gazeta do Povo desde 1999 para estimular a cidadania e o espírito crítico na sociedade. Nesse ano, 1.563 professores das redes estadual e municipal do ensino fundamental e médio participarão das diversas atividades ofertadas e poderão, graças a assinaturas gratuitas, usar o jornal em sala de aula. No total, mais de 27 mil alunos de 40 escolas estaduais e 17 municipais serão beneficiados.
Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo / Diretores e coordenadores das escolas 57 beneficiadas pelo Projeto Ler e Pensar acompanham a apresentação da iniciativa
Diretores e coordenadores das escolas 57 beneficiadas pelo Projeto Ler e Pensar acompanham a apresentação da iniciativa
A abertura dessa etapa do projeto, que conta com o patrocínio da Petrobrás em Araucária, se deu com a entrega simbólica do primeiro exemplar do jornal às escolas da cidade e com uma apresentação a diretores e coordenadores pedagógicos das instituições das atividades que serão desenvolvidas. Desde o início da criação do Ler e Pensar, mais de 600 mil estudantes, 5 mil professores de 40 municípios já usufruíram dessa iniciativa. No ano passado, o Projeto conquistou o Prêmio Mundial de Jovem Leitor na categoria Jornal e Educação, concedido pela Associação Mundial de Jornais (World Association of Newspapers, WAN) na abertura do 63.º Congresso Mundial de Jornais, Viena, na Áustria
As escolas de Araucária receberão oito assinaturas da Gazeta do Povo de segunda a sábado. Além disso, os professores participarão de um programa de formação especial e poderão receber os certificados equivalentes, válidos para a progressão profissional. Dentro do programa do projeto, também estão previstos encontros e diálogos, palestras, visitas à redação e concurso cultural. Os alunos passarão por atividades de estímulo à leitura, como eventos culturais, workshops com jornalistas, a possibilidade de fazer visitas à redação da Gazeta do Povo e concurso cultural.
Estavam presentes no evento a Secretária Municipal de Educação Maria José Dietrich, a coordenadora de projetos do Instituto GRPCom, Ana Gabriela Simões Borges, Maurício da Costa, chefe do Núcleo Regional da Área Metropolitana Sul e Ivete Rocha, que trabalha com os projetos sociais na Petrobras.

UFPR inaugura Sala da Memória em comemoração ao centenário

Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo / O espaço reúne 45 imagens da história da universidade, entre elas da fachada antiga do prédio e de momentos importantes que aconteceram no local O espaço reúne 45 imagens da história da universidade, entre elas da fachada antiga do prédio e de momentos importantes que aconteceram no local História

UFPR inaugura Sala da Memória em comemoração ao centenário

O evento contou com a presença do professor Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores e atual presidente da Fapesp
08/03/2012 | 14:34 | Anna Simas
  • A Universidade Federal do Paraná (UFPR) inaugurou nesta quinta-feira (8), às 10h30, a Sala da Memória do Prédio Histórico, localizada na Praça Santos Andrade. O espaço – mais uma das iniciativas em comemoração ao centenário da instituição – reúne 45 imagens da sua história, entre elas da fachada antiga do prédio e de momentos importantes que aconteceram no local, como manifestações do movimento das Diretas Já, em 1984.
Várias autoridades participaram do evento, entre elas professores, alunos, pró-reitores e representantes de diversos setores da sociedade como da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ex-ministro das Relações Exteriores e atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Celso Lafer, também esteve presente e, a convite da UFPR, ministrou a conferência "Constitucionalização do Direito Internacional".
A Sala é destinada a conferências para o Curso de Direito e as imagens também fazem parte de uma pesquisa desta graduação que investiga a história da universidade. Segundo o reitor, Zaki Akel Sobrinho, todos os meses a instituição terá um evento para celebrar o centenário como, por exemplo, o lançamento de novos espaços acadêmicos ou de livros publicados por docentes. “Essa sala é um marco para nós. Gostaríamos que tivéssemos mais espaços como esse, de recuperação da nossa memória”, diz.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Richa anuncia novas gratificações para diretores

Foto: José Fernando Ogura/Vice-governadoria

A medida irá alterar o plano de carreira da categoria e vai beneficiar cerca de oito mil profissionais da educação, entre diretores, diretores auxiliares e secretários. “O nosso compromisso é investir na valorização dos profissionais que fazem a educação desse Estado e trabalhar em conjunto para oferecer um ensino cada vez melhor às nossas crianças”, disse Richa.

Richa participou de um encontro em Curitiba com aproximadamente dois mil gestores da rede estadual de ensino. Ao lado do vice-governador e secretário Flávio Arns, o governador lembrou dos investimentos feitos pelo governo na reforma e ampliação de escolas, na merenda e no transporte escolar, além de avanços na equiparação salarial dos professores.

Richa destacou que a educação pública de qualidade é a prioridade absoluta do governo estadual e explicou que atualmente as gratificações dos diretores correspondem a 50% do piso inicial da carreira, que é de R$ 1.75 0. “O índice de aumento será de acordo com a possibilidade financeira do Estado”, disse.

Richa anuncia novas gratificações para diretores


O governador Beto Richa anunciou nesta segunda-feira (05/03) que o governo estadual enviará na próxima semana uma mensagem para a Assembleia Legislativa propondo a ampliação das gratificações dos gestores das escolas da rede estadual de ensino e das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes).

Valdir Rossoni, Beto Richa, Fernanda Richa, Flávio Arns e Teruo Kato
Flávio Arns disse que as Apaes e entidades coirmãs paranaenses terão os mesmos benefícios que o governo repassará para as escolas estaduais. “A ampliação das gratificações também será estendida para as unidades de ensino das pessoas com deficiência. É o fim da discriminação no Paraná”, afirmou ele.

Arns defendeu ainda a descentralização dos investimentos nas escolas públicas. “Implantamos um sistema totalmente democrático. Queremos dar autonomia e dinâmica para as escolas investirem em obras de acordo com a necessidade própria”, disse o secretário.

O secretário da Educação afirmou que o trabalho do diretor deve ser pautado pela melhoria contínua dos serviços oferecidos na rede estadual de ensino. “Queremos fazer uma revolução na educação pública paranaense. Para isso, precisamos da dedicação e confiança dos professores”, disse. Ele destacou ainda a importância da aproximação dos diretores com pedagogos, funcionários, pais e alunos.

CAPACITAÇÃO – Os diretores e diretores auxiliares que participaram do encontro em Curitiba foram eleitos pela comunidade escolar em novembro do ano passado e iniciaram a atividades no mês de janeiro. Eles têm mandato de três anos.

O encontro na capital faz parte do programa de pós-graduação em gestão escolar ofertado pela Secretaria da Educação em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR). O secretário da Educação Básica do Ministério da Educação, César Callegari, ministrou uma palestra sobre as diretrizes do Plano Nacional da Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional.



Secretário da Educação Básica do Ministério da Educação, César Callegari
Foto: José Fernando Ogura/Vice-governadoria

VALORIZAÇÃO - A diretora do Colégio Professor Mariano Camilo Paganoto, de Foz do Iguaçu, Marily Gimenes, disse que o aumento das gratificações representa a valorização da classe e aprovou a descentralização das obras promovida pelo Estado.

De acordo com Sueli Lopes Braga, do Colégio Estadual Nilton Guimarães, de Londrina, o encontro é fundamental para a troca de experiências com outros educadores. “Quando voltarmos às nossas escolas, seremos multiplicadores das informações aqui recebidas”, disse.

A diretora enumerou os avanços obtidos pela categoria. “O Estado se mostrou sensível e sinalizou soluções para reivindicações antigas do magistério paranaense, como a hora atividade e equiparação salarial,” afirmou.

Também estiveram presentes o presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Ademar Traiano, os deputados estaduai s Alexandre Curi, Adelino Ribeiro, André Bueno, Cleiton Kielse, Leonaldo Paranhos, Plauto Miro, Professor Lemos, Rose Litro e Teruo Kato, além dos deputados federais Alex Canziani e Francischini.

Em visita da Fifa e do COL, detalhes sobre obras na Arena continuam escassos


Atlético ainda precisa apresentar garantias para receber empréstimo do BNDES. Promessa é de inaugurar o estádio em março de 2013
08/03/2012 | 12:43 | André Pugliesi

Iniciada na manhã desta quinta-feira (8), a visita de monitoramento de representantes da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) à Arena da Baixada não representou nenhuma novidade quanto ao andamento dos trabalhos para a Copa do Mundo de 2014. No pronunciamento da comitiva, faltaram detalhes sobre a obra e sobrou otimismo.
“O prazo exigido pela Fifa de entrega do estádio em dezembro de 2013 é plenamente factível. Nós estamos tranquilos, aguardando a assinatura das garantias (fornecidas pelo Atlético, para a liberação da verba do BNDES)”, declarou Ricardo Trade, diretor executivo de operações e competições do COL.
O secretário municipal para a Copa do Mundo, Luiz de Carvalho, foi ainda mais longe e assegurou que a Arena estará pronta em março de 2013, para o aniversário do Furacão, dia 26, e de Curitiba, dia 29. “Permanece o cronograma. Temos certeza que a obra estará concluída”.
No entanto, nem mesmo o financiamento do BNDES já saiu. O Rubro-Negro espera receber a primeira parcela dos R$ 123 milhões que virão do banco para concluir a praça esportiva ainda este mês. Além deste montante, o clube terá de gastar cerca de R$ 40 milhões do próprio bolso.
Da mesma maneira, ainda não há uma definição sobre a garantia que será dada pelo Atlético à Fomento Paraná (autarquia responsável por repassar o empréstimo do BNDES), além dos títulos de potencial construtivo, avaliados em torno de R$ 100 milhões. No próximo dia 14, uma reunião do Conselho Deliberativo do Furacão tratará do tema, e o CT do Caju deve ser escolhido para ser penhorado.
Após a entrevista coletiva que, além de Ricardo Trade, contou ainda com Fúlvio Danilas, diretor do escritório da Fifa no Brasil, os profissionais de imprensa tiveram acesso ao estádio. De lá, puderam acompanhar alguns membros da comitiva circulando pelo gramado. Em seguida, toda a delegação posou para uma foto. Mais tarde, os técnicos tratariam de temas como ingressos, marketing, mídia, tecnologia, transporte e segurança.
Curitiba foi incluída na segunda etapa de monitoramento de estádios para o Mundial, entre as cidades que ficaram fora da Copa das Confederações. São Paulo e Porto Alegre foram visitadas antes. Cuiabá, Manaus e Natal ainda estão na programação.

Para acompanhar o filho,mãe mora no hospital

Quinta-feira, 08/03/2012
Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo /
Afeto

Para acompanhar o filho,mãe mora no hospital

Há quatro anos, um quarto de hospital de 35 m² é o lar de Tazir dos Santos, que não vê a hora de se mudar para a nova casa
Publicado em 08/03/2012 | Paola Carriel
Qual a medida do amor de uma mãe? Para a dona de casa Tazir Dinair dos Santos, 29 anos, o amor materno ultrapassa todas as barreiras. Há quatro anos ela mora no Hospital Pequeno Príncipe para acompanhar seu filho, Guilherme de Souza, 8 anos, portador de uma grave doença degenerativa que exige rigoroso cuidado e a presença constante de um respirador.
Quando Guilherme nasceu, Tazir e o marido moravam em São Bento do Sul, em Santa Catarina. Já nos primeiros meses de vida, o menino, portador da doença mielomeningocele, iniciou o acompanhamento no Pequeno Príncipe. Aos quatro anos, a saúde dele piorou com uma meningite e ele passou quase um ano na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Depois vieram as difíceis notícias de que Guilherme precisaria de um respirador para o resto da vida e que também tinha hidrocefalia. A frágil saúde exigiu que Tazir viesse morar em Curitiba para acompanhar o filho.
Novo lar
A família de Guilherme irá morar em uma casa da Cohab que está sendo adaptada para atender todos os requisitos médicos do menino. Estão sendo feitas mudanças nas portas, janelas, no quarto, no banheiro e nas instalações elétricas.
Em São Bento, a família tinha uma vida estável, sem luxo, mas com uma casa própria. A falta de alternativas de um lugar para ficar na capital paranaense fez com que Tazir passasse a morar com o filho no quarto onde ele fica internado. A casa em Santa Catarina foi vendida e o dinheiro da venda não foi o suficiente para comprar uma casa em Curitiba.
Para ficar mais perto da família, o pai de Guilherme se demitiu do emprego de técnico em telefonia em São Bento e virou caminhoneiro na capital. O trabalho exige viagens longas e ele dorme a maior parte do tempo na cabine do caminhão. Aos fins de semana, fica com a mulher e o filho no quarto do hospital. Parte do salário da família é destinada para o pagamento do plano de saúde de Guilherme. Na hora de escolher entre uma casa e a saúde do filho, a dona de casa não teve dúvidas e escolheu oferecer o melhor tratamento possível para o menino.
Novo lar
No quarto do hospital, com cerca de 35 metros quadrados, Tazir dorme em um sofá-cama ou em uma poltrona. O banheiro é também lavanderia para as poucas peças de roupas da família. A única coisa que faz volume no quarto são os DVDs de Guilherme, que, apesar de não se comunicar, gosta de assistir a desenhos. Com o plano de saúde, a dona de casa consegue fazer as refeições diárias no hospital.
Os cuidados diários do filho ficam por conta dela, que dá banho e organiza as refeições, feitas por uma sonda. Como não há espaço, as visitas dos familiares são raras.
Esperança
Diante da situação, Tazir entrou na fila da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). Após um ano de espera, o menino foi sorteado. A casa está sendo adaptada para atender todos os requisitos médicos do menino. Passam por reforma portas, quarto, banheiro e instalações elétricas. O plano de saúde da família irá montar uma estrutura no local, com respirador e outros equipamentos, além de possibilitar o atendimento médico também na residência.
A mãe espera que a casa fique pronta dentro de 30 a 60 dias. O novo lar é a esperança de uma vida melhor para toda a família. “Tento esquecer a doença e viver um dia de cada vez. O sorriso dele é o mais importante. É o lado positivo”, diz a mãe.

A curitibana está feliz com a vida amorosa, revela pesquisa

Reprodução / A maioria das mulheres está contente com sua vida amorosa A maioria das mulheres está contente com sua vida amorosa
Semana da Mulher

A curitibana está feliz com a vida amorosa, revela pesquisa

A mudança na relação com os companheiros, que hoje dividem as tarefas do lar, contribui para a satisfação, mas mesmo quem está solteira anda de bem com o coração. Confira a pesquisa exclusiva do Viver Bem e participe do live bloggin logo mais
08/03/2012 | 10:12 | Érika Busani

Na Semana da Mulher, o Viver Bem se propôs a entender melhor a curitibana. O que ela faz, com quem mora, como anda a sua relação com a feminilidade, sua autoestima, enfim, quem é. Com essas perguntas em mente, encomendamos ao instituto Paraná Pesquisas um levantamento sobre seus hábitos, rotina e comportamento. De segunda-feira a quinta-feira, mostramos para você os resultados desta pesquisa, que contou com 410 entrevistas com mulheres acima dos 18 anos, entre os dias 21 a 24 de fevereiro, em Curitiba.
Neste Dia Internacional da Mulher o Viver Bem realiza live blogging para falar sobre o papel da mulher na sociedade e o perfil da curitibana.

Feliz com a vida amorosa
Para a psicóloga Bárbara Snizek Ferraz de Campos, o percentual de satisfação com a vida amorosa é muito bom. “Talvez aponte para uma desmistificação de que os relacionamentos são conturbados”, diz.
Outro dado da pesquisa, para Bárbara, pode explicar um pouco desse contentamento. É o que aponta que quase 70% dos companheiros costumam ajudar nas tarefas domésticas. “Os papéis estão se dissolvendo, ambos os cônjuges cumprem funções parecidas. Isso torna a relação mais satisfatória para a mulher”, avalia.

Até porque é difícil alguém ser feliz assumindo tudo sozinha. “A vida doméstica é muito trabalhosa”, lembra.
Mas ela faz uma ressalva: muitas entrevistadas podem estar satisfeitas justamente por estarem solteiras ou sozinhas.
Quanto às 26% que se dizem insatisfeitas, mais as 13% que responderam “mais ou menos”, a psicóloga, que trabalha para uma agência de casamentos, acha que reflete a idealização da vida amorosa. “Muitas vezes não parece satisfatória porque é comparada aos contos de fadas. Na agência vejo muito isso. As mulheres juram que vão encontrar um príncipe.”
Para as desencantadas, Bárbara recomenda uma revisão de conceitos “para ver se sua vida é que está insatisfatória ou se você está esperando demais”.
A mulher curitibana
A maioria trabalha, é casada ou amigada, mora com maridos e filhos e não tem empregada doméstica. Você sabia disto? Veja mais sobre a
E a Semana da Mulher não termina aqui. Nesta quinta-feira o tema é o novo papel econômico da mulher. E ainda nesta quarta vamos dar dicas de como aproveitar melhor a data. Não perca!

Tamandaré tem lançamento do projeto Atleta do Futuro





 Tamandaré tem lançamento do projeto Atleta do Futuro
Parceria da Prefeitura com o sistema Sesi/Senai irá oferecer oficinas para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade

    Com o projeto Atleta do Futuro, mais um programa sócio educativo de cunho esportivo irá atender crianças e jovens de 7 a 17 anos do município. A parceria com a Prefeitura de Almirante Tamandaré compreende cursos de iniciação e aperfeiçoamento em diferentes modalidades esportivas e teve nesta manhã(28) um evento de lançamento realizado na ASSEMAT com representantes do Sesi/Senai e dos secretários de esporte e Lazer, Antenor Machado, e de planejamento e gestão Sandro Miguel Mendes.

    Além do lançamento do projeto, 17 jovens de Almirante Tamandaré e Rio Branco participaram de uma palestra seguida de capacitação que terá a duração de 4 dias. Na capacitação, os jovens serão instruídos sobre o projeto e receberão uma formação para atuar nas oficinas que atenderão crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.

    “Parcerias como essa são muito importantes para a cidade uma vez que a administração possui poucos recursos e precisa priorizar os investimentos”, afirma Sandro Miguel Mendes, superintendente de planejamento e gestão, ressaltando ainda que a administração não irá medir esforços para continuar e ampliar a parceria com o Sesi/Senai. Para o gerente da unidade do Sesi/Senai de Rio Branco do Sul, Laertes Vieira, além de descobrir talentos, o projeto faz com que outros potenciais dos jovens sejam descobertos e invectivados.

Monarquias Rainha Elizabeth completa 60 anos no trono


José Renato Salatiel*

Reis e rainhas fazem parte do imaginário popular como símbolos de poder absoluto no continente europeu. Na maior parte das monarquias remanescentes, entretanto, a nobreza exerce mais uma função cerimonial do que política. É este o caso da rainha Elizabeth 2a, que no dia 6 de janeiro completou seis décadas no trono do Reino Unido.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

Monarquia é uma forma de governo em que o poder é concentrado em uma pessoa, o rei ou a rainha, que se mantém no cargo até morrer ou abdicar ao trono. A sucessão, na maioria dos casos, é hereditária, ou seja, a coroa passa de pais para filhos.

Na Europa, essa tradição predominou desde a queda do Império Romano até por volta do século 18. Após esse período, as monarquias foram substituídas por repúblicas ou por uma versão mais moderna, chamada monarquia constitucional, em que o monarca é limitado pela Constituição ou restrito a um papel simbólico.

Atualmente, 44 países preservam o regime monárquico. Na Europa, todas as monarquias são constitucionais (com exceção da cidade do Vaticano) e plenas democracias, como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Suíça e Reino Unido. Países asiáticos, como Japão e Tailândia, também conservam esse antigo modelo de governo.

Já no Oriente Médio, reis ainda detêm poderes absolutos, como em Brunei, Omar e Arábia Saudita. Desde o final de 2010, os reinados árabes são confrontados por protestos inéditos na região, mas nenhum rei até agora foi deposto, apenas presidentes.

O maior reino do mundo é o Commonwealth Realm (Comunidade do Reino Unido). Ele é formado por 16 nações independentes que reconhecem a rainha Elizabeth 2a como chefe de Estado: Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Ilhas Salomão, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lucia, São Vicente e Granadinas, Tuvalu e Reino Unido (Inglaterra Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte). No total, 135 milhões de pessoas vivem no Commonwealth Realm.
 

Jubileu de Diamante

A rainha Elizabeth 2a, 85 anos, é a mais longeva da história da Inglaterra e a segunda em tempo de reinado, superada apenas pela rainha Vitória, que ficou 63 anos no trono (1837-1901). Ela é também a monarca há mais tempo no poder na Europa e a segunda no mundo, atrás apenas do rei Bhumibol Adulyadej, da Tailândia, que ocupa o cargo desde 1946.

Elizabeth Alexandra Mary foi coroada em 6 de fevereiro de 1952, há 60 anos, após a morte do pai, o rei Jorge 6o. Desde então, superou escândalos familiares, crises políticas e tendências antimonarquistas na Grã-Bretanha.

Na prática, a função da rainha é restrita a cerimoniais e outras formalidades, como nomeação do premiê e concessão de títulos a cidadãos ingleses. Para isso, recebe salários que somam R$ 20 milhões ao ano. O poder político, de fato, é exercido pelo Parlamento, composto pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns, e pelo Primeiro-Ministro e seu gabinete.

A rainha é casada desde 1947 com o príncipe Philip, com quem teve quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward. O Príncipe Charles é o primeiro na linha de sucessão, seguido pelo neto da rainha, o Príncipe William.

No Jubileu de Diamante, Elizabeth 2a reafirmou seus compromissos com a realeza britânica, afastando a hipótese que poderia abdicar em favor do Príncipe Charles. Os ingleses, no entanto, preferem que o trono britânico seja ocupado pelo príncipe William, que em 29 de abril do ano passado se casou com Catherine Middleton, numa cerimônia acompanhada por dois bilhões de pessoas em todo o mundo.

A razão da impopularidade do Príncipe Charles foram os escândalos que cercaram o casamento com a princesa Diana, em um dos períodos mais difíceis do reinado de Elizabeth 2a. A crise atingiu o auge quando a princesa Diana, muito querida entre os ingleses, morreu em um acidente de carro em 31 de agosto de 1997.

Na ocasião, a rainha estava de férias na Escócia, com o filho e os netos. A ausência da família real em Londres e o silêncio da rainha – que relutou em emitir um comunicado oficial sobre a morte da ex-nora – motivaram críticas da opinião pública (situação retratada no filme “A Rainha”).

Hoje, ela recuperou a boa reputação entre os ingleses, amparada pela complacência da imprensa britânica e a repercussão positiva do casamento do neto.
 
Direto ao ponto volta ao topo
A rainha Elizabeth 2a, 85 anos, completou no dia 6 de janeiro seis décadas no trono do Reino Unido. Ela é a mais longeva da história da Inglaterra e a segunda em tempo de reinado, superada apenas pela rainha Vitória, que ficou 63 anos no trono (1837-1901).

Ela é também a monarca há mais tempo no poder na Europa e a segunda no mundo, atrás apenas do rei Bhumibol Adulyadej, da Tailândia, que ocupa o cargo desde 1946.

Elizabeth Alexandra Mary foi coroada em 6 de fevereiro de 1952 após a morte do pai, o rei Jorge 6o. Desde então, superou escândalos familiares, crises políticas e tendências antimonarquistas na Grã-Bretanha.

Na prática, porém, a função da rainha é restrita a cerimoniais e outras formalidades, como nomeação do premiê e concessão de títulos a cidadãos ingleses. O poder político, de fato, é exercido pelo Parlamento, composto pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns, e pelo Primeiro-Ministro e seu gabinete.

Atualmente, 44 países preservam o regime monárquico. Na Europa, todas as monarquias são constitucionais (com exceção da cidade do Vaticano) e plenas democracias. O Commonwealth Realm (Comunidade do Reino Unido) é o maior reino do mundo. Ele é formado por 16 nações independentes que reconhecem a rainha Elizabeth 2a como chefe de Estado.

Mulheres sem teto iniciam Dia Internacional invadindo prédio em SP

Movimentos pretendem realizar uma marcha até a comando da PM nesta quinta-feira

08 de março de 2012 | 3h 13

Pedro da Rocha e Ricardo Valota, do estadão.com.br

SÃO PAULO - Cerca de 200 mulheres ligadas a vários movimentos de luta por moradia popular invadiram, à 0h15 desta quinta-feira, 8, um prédio de 10 andares abandonado, na Praça João Mendes próximo à Rua Quintino Bocaiuva, no centro da capital paulista.
Por volta das 20 horas de quarta-feira, 7, três grupos se reuniram e formaram um bloco único com o objetivo de entrar no imóvel, particular, uma ação que pretende, neste Dia Internacional da Mulher, chamar a atenção das autoridades municipais e estaduais para vários coisas, entre elas a necessidade de se construir moradias para pessoas que não tem imóvel nem condições de pagar aluguel.
Policiais militares chegaram em frente ao prédio minutos antes da invasão e, segundo a liderança do movimento, tentaram dialogar com o objetivo de evitar a invasão, mas as mulheres não se intimidarem e entraram no imóvel. Essa ocupação pretende ser temporária e durar somente esta quinta-feira, quando grupos de sem-teto devem fazer uma passeata pela capital paulista.
Em nota, a liderança do movimento afirma: "Nós, mulheres dos movimentos populares e da luta pela reforma urbana, neste dia 08 de março de 2012, ocupamos o prédio para reivindicar políticas públicas inclusivas e democráticas, para denunciar a violência nos despejos, a falta de habitação, a criminalização das lutas e das lutadoras do povo, a falta de condições mínimas de vida nas cidades e a subtração de direitos conquistados pela luta popular".
Nesta quinta-feira, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) pretende realizar uma grande manifestação no centro de São Paulo. As famílias de várias ocupações organizadas pelo MTST na Região Metropolitana de São Paulo se reunirão às 9 horas em frente à estação da Luz.
De lá a marcha acessa a Avenida Tiradentes, passando pela sede das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA), da PM, encerrando o ato na sede do Comando Geral da PM de São Paulo. O objetivo do MTST, segundo os manifestantes, é denunciar os estupros praticados por policiais da Rota durante o despejo do Pinheirinho, em São José dos Campos, e exigir punição aos policiais. "O segundo objetivo é deixar claro à Polícia Militar e ao Estado que não aceitaremos um novo massacre, tal como ocorreu em São José", acrescenta o movimento.
Já em relação às mulheres, esse grupo de 200 que ocupou o prédio deve aumentar para duas mil pessoas. Elas querem realizar um panelaço à tarde e fazer uma passeata com manifestação em frente ao Tribunal de Justiça e, na sequencia, na sede da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Numa "carta aberta" escrita pelo movimento feminino sem teto, as líderes afirmam que "somente em São Paulo, mais de 2 milhões de pessoas moram em favelas, mais 2,5 milhões sobrevivem em loteamentos irregulares, mais de 600 mil pessoas moram em cortiços, cerca de 18 mil pessoas 'moram' nas ruas em condições de profunda degradação social. Na cidade de São Paulo existem cerca de 450 mil domicílios vazios, prédios abandonados e terrenos ocioso e cerca de 90% do déficit habitacional esta concentrado na população de baixa renda (de 0 a 3 salários mínimos)".