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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Governo libera R$ 533 milhões para implantação de centro de alerta de desastres naturais


A lei, com a destinação dos recursos, foi publicada nesta sexta-feira (11) no Diário Oficial da União.

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Os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Defesa e da Integração Nacional vão receber crédito extraordinário de R$ 533,5 milhões para a implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais e ações de defesa civil. A lei, com a destinação dos recursos, foi publicada nesta sexta-feira (11) no Diário Oficial da União.
O diário também traz publicada portaria autorizando a transferência de recursos para ações de defesa civil ao governo da Bahia, no valor de R$ 10 milhões, para a execução de ações de socorro e assistências às vítimas da estiagem. Os recursos também serão empregados no restabelecimento de serviços essenciais e serão repassados em parcela única.
Outra portaria autoriza repasse ao município de Coração de Jesus (MG), no valor de R$ 250 mil, para a execução de obras de recuperação de danos causados por desastres. Conforme cronograma de desembolso, a liberação será feita em duas parcelas.

Dilma é a 2º mãe mais poderosa do mundo, segundo Forbes


Presidente fica atrás somente da secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

A presidente Dilma Rousseff apareceu em segundo lugar numa lista das 20 mães mais poderosas do mundo. O ranking, divulgado na quinta-feira (10), foi elaborado pela revista americana "Forbes". Dilma fica atrás somente da secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
No perfil, a Forbes destaca que Dilma, de 64 anos, é divorciada e tem apenas uma filha. Paula Rousseff Araújo nasceu em 1976 e é mãe do pequeno Gabriel, que nasceu durante a campanha presidencial de Dilma, em setembro de 2010. A lista da revista é divulgada em homenagem ao Dia das Mães, que tanto nos EUA como no Brasil é celebrado no segundo domingo de maio.
Roberto Stuckert Filho/Arquivo PR
Roberto Stuckert Filho/Arquivo PR / Dilma segura o neto, Gabriel, ao lado da filha, Paula, em evento realizado no ano passadoAmpliar imagem
Dilma segura o neto, Gabriel, ao lado da filha, Paula, em evento realizado no ano passado
"Mães poderosas precisam desenvolver estratégias únicas para ter sucesso tanto nas salas de reunião quanto nos quartos de brinquedos", lembra a Forbes. "Muitas das mães da lista reconheceram publicamente as dificuldades decorrentes de ser mãe e profissional".
A indiana Indra Nooyi, presidente-executiva da Pepsi, é a terceira na lista. A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, aparece na sétima colocação.


A cidade do conhecimento é logo ali


Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo / No Parque da Ciência, os estudantes visitam espaços temáticos, como o do sistema solarNo Parque da Ciência, os estudantes visitam espaços temáticos, como o do sistema solar
EDUCAÇÃO

Parque Newton Freire Maia, em Pinhais, apresenta o encantador universo da ciência para alunos de escolas públicas e particulares.

Ao ultrapassar um corredor de vidro, o visitante se vê em frente à reprodução de uma rua formada por pequenos espelhos. O caminho sugere um passeio no tempo e espaço utilizando-se de fatos históricos e músicas de época. A interferência artística disposta no Parque da Ciência Newton Freire Maia, localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, resume o objetivo da criação do local em 2002: encantar, fomentar a curiosidade e colocar em prática as teorias aprendidas sobre tecnologia, ciência e sustentabilidade.
Opinião
A emergência da cultura tecnológica
O Parque da Ciência Newton Freire Maia é uma iniciativa com potencial transformador da cultura. Explico: ao se criar um museu ou parque de exposições, está se criando um elemento que permite a interação de diversos setores da sociedade – estudantes, pesquisadores, professores e curiosos. E dessa interação podem surgir comportamentos culturais não previstos inicialmente. Ou seja, ocorre o que na teoria dos Sistemas Complexos se convencionou chamar de “emergência”. A “emergência” ocorre toda a vez que a partir de interações simples desenvolvem-se padrões complexos.
O parque permite uma experiência lúdica com o universo das ciências e da tecnologia e aproxima estudantes de temas complexos que, muitas vezes, tendem a ser encarados como pouco atraentes. A experiência sensorial que ele proporciona tem potencial transformador do indivíduo. Entretanto, para que da visitação do museu, ocorram padrões complexos – como a ampliação da cultura científica da sociedade – é preciso haver investimentos.
E os investimentos necessários não se reduzem a recursos financeiros ou humanos para manter o parque. É preciso investimentos para ampliar o número de visitações. Para que os padrões complexos emergentes ocorram é preciso ampliar astronomicamente o público visitante. O público precisa passar dos 75 mil anuais para as centenas de milhares. Quem sabe, de um parque como o Newton Freire Maia, pode imergir uma cultura tecnocientífica sofisticada na sociedade. Isso é desejável num país que tem déficit de mão de obra qualificada na área tecnológica.
Rhodrigo Deda, é advogado, jornalista e editor-executivo de Vida Pública.
São 15 mil metros quadrados divididos em cinco pavilhões que contemplam temas como Astronomia, Biologia, Geografia, Matemática, História, Física e Química. Para Sérgio Barreto de Faria, 62 anos, diretor do espaço há nove, o objetivo é levar a comunidade escolar, acadêmicos e interessados a entender na prática quais são os impactos sociais, culturais e ambientais do progresso científico e tecnológico. O espaço segue o modelo do Parque de Lavitte, exemplo de exposição e discussão científica francesa, encravado no setor industrial de Paris.
As visitas gratuitas são monitoradas e devem ser agendadas previamente, tanto para escolas como para o público em geral. Para as escolas municipais, estaduais e particulares, por exemplo, o calendário para o segundo semestre será aberto na última semana de maio. A comunidade tem preferência para o agendamento de sábado. A idade mínima para participar é a partir dos 7 anos e os grupos são montados com até 25 pessoas. Cada escola pode inscrever 75 alunos por período.
Faria lembra que o Parque da Ciência recebe também visitantes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, interior de São Paulo e Minas Gerais. A meta para esse ano é atingir um público de 75 mil pessoas. No ano passado, 70 mil se aventuraram pelos corredores do parque. “Somos um dos maiores museus com exposição de ciência do país”, diz Faria, antes de lembrar que o espaço necessita de mais monitores, estagiários e responsáveis pelas áreas. “Precisamos também atualizar as intervenções, que datam de 2002. Em 10 anos, muito coisa mudou”.
Atrações
Entre os grupos de visitantes do parque ontem, estavam os alunos do 6.º ano do Colégio Militar do Paraná. Em um dos espaços que reproduz um sítio arqueológico, no Pavilhão Água, cerca de 20 meninos e meninas fixavam os olhos, curiosos, nas demonstrações do monitor. Para a professora de Ciências, Rita de Cássia dos Santos, a experiência é única. “É a oportunidade de verificar o conteúdo aprendido em aula e despertar vocações”, lembra.
Ao lado, uma música caipira ambientava a história do sertão nordestino. O professor de Biologia, Diego Café, dedilhava o violão e cantava em prosa e verso as dificuldades dos retirantes da seca e as características inóspitas da região. Ao fundo, a reprodução em fotos do bioma brasileiro mostrando a floresta amazônica, o cerrado e o pantanal.
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Espaços
Ao ultrapassar as portas de vidro do Parque Newton Freire, um mundo de ciência e tecnologia se descortina. Conheça cada um dos espaços:
Pavilhão Introdução: a visita começa com a discussão de temas como Cosmologia, Astronomia, Biologia e pensamento científico. Por exemplo, os alunos podem entender a dimensão e disposição dos planetas com o manuseio de bolas coloridas.
Pavilhão Cidade: painéis fotográficos, objetos e meios de interação com som, espelhos e vídeo mostram o planejamento, história e curiosidades sobre as cidades, relacionando os temas com conceitos de Geografia, Matemática, História, Física e Astronomia.
Pavilhão Energia: na entrada, os visitantes são recebidos pelo busto de Albert Einstein. Nesse espaço são encontradas as diferentes formas de energia presentes na natureza. Por meio de experimentos, paineis e fotos, o observador entende como se dá a transformação de uma forma em outra. Inclui o planetário no qual é mostrada a interpretação da Astronomia pelos índios brasileiros.
Pavilhão Água: há um sítio arqueológico destinado ao estudo da Paleontologia e reproduções de pinturas rupestres no teto de uma caverna. No mesmo espaço, a Biologia é mostrada através de temas como a anatomia de animais pré-históricos e a Química, em um laboratório reservado para experimentos.
Pavilhão Terra: o espaço Você sabe onde pisa? apresenta as características dos biomas brasileiros, suas peculiaridades e curiosidades, e o conhecimento dos diversos tipos de minérios e pedras brasileiras.
Palco Paraná: no ambiente externo é reproduzido uma maquete do Paraná com os principais rios e estradas dos 399 municípios.


VIDA E CIDADANIA | 2:29

Conheça o Parque da Ciência

Localizado em Pinhais, o Parque da Ciência Newton Freire Maia oferece ao visitante um espaço exploratório e vivencial sobre a ciência e a tecnologia. São 15 mil metros quadrados de educação, onde é possível vivenciar na prática o que é ensinado na teoria.

Felicidade constitucional


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ESPECIAL

Decisões do STF já levam em conta o princípio à busca da felicidade. PEC da Felicidade pretende incluir explicitamente o direito na Carta.

Alcançar a felicidade pode ser meta individual, sonho de família, lema de empresa ou mesmo promessa de igreja. Os caminhos que cada um escolhe para chegar lá são tão variados quantos os estilos de vida, crenças e ideologias existentes na nossa sociedade. No Brasil, até a mais alta corte tem expressado preocupação com a almejada felicidade do povo. Decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) levaram o direito à busca deste sentimento ou estado de espírito em consideração. E até uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do senador Cristovam Buarque, conhecida como a PEC da Felicidade, quer incluir a expressão “busca da felicidade” na Constituição.
Ao anunciar seu voto favorável ao reconhecimento de uma união homoafetiva como entidade familiar, em 2006, o ministro Celso de Mello do STF, relator do processo, incluiu entre os princípios fundamentais citados na sua argumentação justamente a busca da felicidade.
Direitos Humanos
A evolução dos Direitos Humanos vai desde as liberdades elementares até conceitos mais subjetivos como direito à busca da felicidade.
1ª Geração
Liberdade: direito de ir e vir, direitos civis e políticos e não interferência do Estado na vida dos indivíduos.
2ª Geração
Igualdade: direitos econômicos, culturais e sociais, como saúde, educação e horas extras remuneradas. O Estado passa ter mais obrigações ao atuar.
3ª Geração
Fraternidade: Estado democrático de direito, direitos coletivos e difusos, inclusive voltados para as futuras gerações, como o direito à preservação meio-ambiente.
- O direito à busca da felicidade é considerado por alguns juristas um desdobramento dos direitos humanos de 3ª Geração. Uma corrente defende que o direito à busca da felicidade pode abrir espaço para uma nova geração de direitos.
Índice
ONU quer medir desenvolvimento a partir da felicidade
Atualmente, o indicador utilizado para medir a riqueza de um país é o Produto Interno Bruto (PIB). Porém, já existem nações que estão utilizando outros índices, levando em consideração a felicidade da população, para medir o desenvolvimento. No Butão, em 1972, o rei Jigme Singye Wangchuk criou o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB). O indicador avalia o bem-estar da população e aponta os rumos da nação a partir de quatro pilares: desenvolvimento sustentável, proteção do meio ambiente, preservação da cultura e bom governo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também está incentivando os países a terem métricas de felicidade e bem-estar. Um relatório produzido durante evento da ONU em Nova York, cujo nome é “Felicidade e Bem-Estar: Definindo um novo paradigma econômico”, está na pauta do que será discutido na Rio+20, em junho. Em abril, a ONU divulgou o Relatório de Felicidade Global, com um ranking de 156 países, em que o Brasil apareceu como o 25º mais feliz. Na primeira posição está Dinamarca, seguida de Finlândia, Noruega, Holanda e Canadá. No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) também está elaborando um índice para medir a felicidade e o bem-estar. O FIB do Brasil será elaborado pelo núcleo de Estudos de Felicidade e Comportamento Financeiro da FGV, com gestão de Fábio Gallo e Wesley Mendes. A intenção é criar um indicador complementar ao PIB e ao IDH, que leve em consideração a satisfação das pessoas com questões que influenciem sua vida, como transporte, saúde, segurança, educação, acesso à cultura, trânsito, barulho. Por enquanto, os pesquisadores estão na fase do desenvolvimento de metodologia, e pretendem lançar o FIB nos próximos 18 ou 24 meses.
(JN, com colaboração de Rayani Mariano, especial para a Gazeta do Povo)
O ministro utilizou uma argumentação semelhante ao apresentar uma decisão que determinava que o governo de Pernambuco deveria cobrir os custos de uma cirurgia de implante de marcapasso diafragmático muscular para um rapaz que ficou tetraplégico após sofrer um assalto. O entendimento foi de que o Estado, ao ter falhado na garantia de segurança pública, era responsável pelas consequências do crime. Sem a cirurgia, a vítima ficaria presa a aparelhos, reclusa em um quarto sem condições mínimas para ser feliz.
Em seu voto, Mello defendeu o “direito de buscar autonomia existencial, desvinculando-se de um respirador artificial que o mantém ligado a um leito hospitalar depois de meses em estado de coma, implementando-se, com isso, o direito à busca da felicidade, que é um consectário do princípio da dignidade da pessoa humana”.
O advogado constitucionalista Saul Tourinho Leal, que está construindo sua tese de doutorado sobre este princípio, considera que a atuação do Judiciário, que leva em conta o direito à busca da felicidade, é a mais arrojada. Ele observa que a sociedade atual é muito complexa e as demandas e litígios ocorrem em uma velocidade superior à velocidade das casas legislativas.
Isso leva o Judiciário a assumir um maior protagonismo para lidar com inúmeros campos da vida que não são devidamente regulados ou não estão explícitos na lei, como direito à busca da felicidade. No Brasil, Leal considera o STF o “centro irradiador” da ideia do direito à busca da felicidade e que “qualquer juiz, qualquer tribunal, quando analisar um caso concreto, pode também aplicar essa fundamentação em suas decisões”.
Os juristas entusiastas do direito à busca da felicidade consideram que ele está diretamente ligado ao princípio da dignidade humana expresso na Constituição, assim como aos direitos sociais, que constam no artigo 6º do texto constitucional. De acordo com esta linha de pensamento, ao se garantir uma vida digna, com as condições mínimas, de acordo com os preceitos constitucionais, se está também garantindo as condições para que as pessoas busquem a felicidade.
Segundo Leal, porém, é necessário ter parcimônia para aplicar este princípio. “Não se pode banalizar. O juiz pode decidir o que quiser evocando a busca da felicidade, mas sempre amarrando a algum outro dispositivo constitucional”, frisa. Já para a professora de Direito Constitucional da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Vera Karam, ainda que o direito à busca da felicidade esteja implícito na Constituição, utilizá-lo em uma decisão jurídica é pouco eficaz, pois seria “um argumento fraco, frágil, pouco robusto em relação a outros”.
O professor de Direito Constitucional do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba) Dalton José Borba considera que o direito à busca da felicidade é um conceito muito amplo, que pode ser utilizado para embasar decisões diametralmente opostas. “É um terreno muito delicado, qualquer argumento serve para fundamentar a busca da felicidade. Dá margem à subjetividade. Qual o parâmetro para medir felicidade?”, questiona.
Tramitação
PEC quer garantir que direito fique explícito na Constituição Federal
O direito à busca da felicidade, por enquanto, está apenas implícito na Constituição. Mas uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 19/10), de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), propõe uma modificação no artigo 6º, que passaria a explicitar que os direitos sociais são “essenciais à busca da felicidade”. O objetivo da proposta, segundo o autor, é humanizar a Constituição e dar aos cidadãos a consciência de que os direitos sociais são fundamentais na tentativa de serem felizes.
O senador reconhece que a felicidade é subjetiva e individual, mas defende que cabe ao Estado garantir os meios mínimos para esta busca. “Se há inflação e não há saúde pública, nem educação, atrapalha a felicidade. O Estado tem de eliminar os entulhos que atrapalham as pessoas na busca da própria felicidade”, diz.
A PEC já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça. A expectativa de Buarque é que a proposta seja analisada pelo plenário ainda neste semestre. O senador diz acreditar que a PEC será aprovada facilmente, apesar de, segundo ele, “ter sido ridicularizada pela mídia” ao receber o apelido de “PEC da felicidade”. O parlamentar frisa a importância da palavra “busca”, pois a felicidade em si não poderia ser garantida no texto constitucional.