Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

domingo, 13 de maio de 2012

A falta que o diploma faz na escola


 /
FORMAÇÃO

Quatro em cada dez professores de educação infantil no Brasil ainda não têm curso superior. Para educadores, falta de formação prejudica .

O número de professores da educação básica (que reúne os ensinos infantil, fundamental e médio) com ensino superior no país cresceu 7,6% no último ano, segundo dados do Censo Escolar de 2011. Embora o salto seja significativo, considerando o curto espaço de tempo, a quantidade ainda é insuficiente, principalmente na educação infantil. Em creches e pré-escolas, 43% dos docentes não têm diploma universitário, contra 32% no ensino fundamental I (1º ao 6º ano), 16% no ensino fundamental II (7º ao 9º ano) e 6% no ensino médio.
Para especialistas, a falta de profissionais graduados na educação infantil pode comprometer a formação da criança e torná-la um estudante menos interessado e com baixo desempenho. “Convencionou-se achar que para atuar nessa área bastava ser cuidador, mas não é verdade. Educação infantil também é ensino e precisa de professor capacitado, com formação”, diz a professora de Psicologia da Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Clara Brener Mindal.
Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo / A professora Tatiane Dembicki: sete anos sem graduaçãoAmpliar imagem
A professora Tatiane Dembicki: sete anos sem graduação
Licenciaturas
Qualidade do ensino também depende de formação específica
Mas não basta apenas ter curso superior para dar aula. É importante que essa formação seja feita em graduações específicas para a carreira, como licenciaturas e pedagogia. Por causa da falta de professores com essa qualificação no Brasil, é comum que pessoas diplomadas em outras áreas atuem como docentes.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Direito e Administração, por exemplo, são o sétimo e o nono cursos a empregarem mais professores na educação básica. “Isso acontece porque os brasileiros veem a carreira de professor como um bico. Ou seja, a pessoa não acha emprego na sua área e vai dar aula para compor renda, pois qualquer um que tenha diploma de ensino superior pode dar aula”, diz o consultor educacional Renato Casagrande.
Mesmo que esses profissionais tenham formação superior e conhecimento técnico, falta formação em didática e, portanto, preparo para dar aula, o que é fundamental para a transmissão efetiva do conhecimento.
Eterno aprendizado
Mas somente as graduações específicas sozinhas não garantem um bom desempenho do professor. Especialistas são unânimes em ressaltar que para manter a qualidade em sala a formação continuada é fundamental e tem reflexo direto na aprendizagem do aluno. “Estudar continuamente é papel do professor. Só que não podemos jogar a responsabilidade de complementar o estudo apenas nele. As instituições devem estar atentas também. Em geral, prefeitura e governo do estado fazem bem isso com a oferta cursos de pós-graduação e capacitação”, afirma o professor de Pedagogia da Universidade Positivo (UP) Celso Klammer.
Melhoria salarial é um incentivo
O Paraná aparece no Censo 2011 como o estado com o maior índice de docentes formados: 90%. Apesar disso, a capital paranaense tem uma quantidade de professores diplomados na educação infantil muito inferior (15,9%) aos que só tem magistério (84,1%).
Mas esta é uma situação momentânea, segundo a diretora do Departamento de Educação Infantil da prefeitura de Curitiba, Ida Regina Milleo de Mendonça. Ela diz que mais da metade dos professores sem ensino superior em creches e pré-escolas já estão fazendo a graduação.
Mas o que leva boa parte dos docentes a se interessar pelo ensino superior durante o exercício da profissão não é principalmente a capacitação, mas o salário. Na capital, quem tem magistério ganha R$ 1.347,59 para 40 horas por semana, contra R$ 2.869,18 dos diplomados.
Tatiane Dem­­bicki, professora de educação infantil da Escola Municipal Vereador Hemetério Torres, de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, se interessou em ter um diploma após sete anos em sala de aula. “Para mudar de cargo, como assumir uma coordenação, por exemplo, precisa ter diploma”, explica.
Magistério
Muitos dos professores sem diploma são os que fizeram o antigo curso técnico de Magistério. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), implantada em 1996, estabelecia um período de dez anos para que esses docentes se graduassem em pedagogia ou licenciatura (Letras, Matemática, Física, Química, História, Geografia e Biologia). Como o prazo não foi cumprido porque as políticas de incentivo não deram conta de formar todo mundo, em 2009 um novo artigo determinou que o Magistério poderia continuar como formação mínima para a educação infantil e os quatro primeiros anos do ensino fundamental (1° ao 6º ano).
Porém, segundo o consultor educacional Renato Casagrande, o magistério não é suficiente para capacitar um docente. Falta aprofundamento de disciplinas teóricas como desenvolvimento cognitivo e psicologia, que são tratadas superficialmente. “O estudante do ensino médio não tem maturidade suficiente para ter a formação que a graduação oferece e nem tem a consciência da responsabilidade que tem em mãos”, completa.
Outra razão para a necessidade de formação do professor para atuar na educação infantil é que é na fase entre zero e 5 anos, quando a criança constrói sua personalidade e sua capacidade cognitiva, que ela vai desenvolver suas competências e habilidades. O que aprende neste período é fundamental para o conhecimento que construirá depois. “Para isso precisa de um bom mediador, alguém que estimule sua capacidade de pensar. Por isso a graduação desse profissional é muito importante, inclusive sua formação humana”, explica a professora de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Mari Ângela Calderari Oliveira.

24,5% dos docentes não têm graduação
Nos últimos 15 anos, o governo federal investiu na formação superior de professores, mas o esforço ainda não foi suficiente. Mesmo com o incentivo de acesso à universidade, como as bolsas do Programa Universidade para Todos (Prouni) e as facilidades para conseguir crédito pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), 24,5% dos professores de todo o ensino básico brasileiro ainda não têm uma graduação.
A explicação é que – além de ainda existir dificuldade de acesso à universidade, principalmente nos estados do Norte e Nordeste, que têm respectivamente 65% e 62,4% de professores formados – a desvalorização da carreira faz com que poucos jovens se interessem em segui-la. “Ser professor não é uma profissão estimulante, não oferece nem uma posição de status nem salários atrativos”, diz a professora Sônia Penin, do Departamento de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Quanto à dificuldade de formação, ela sugere aos professores que têm uma jornada de trabalho extensa, geralmente em dois ou três turnos, e pouco tempo para estudar que optem pelo ensino a distância (EAD). Entre 2000 e 2008, a quantidade de alunos no EAD saltou de 1.758 para 786.718.
Apesar disso, a oferta de cursos de licenciatura e pedagogia a distância nas Regiões Norte e Nordeste é a mais baixa do país, com 73 e 155 graduações, respectivamente. No Sudeste, por exemplo, são 391 cursos. Não por acaso, o eixo Norte-Nordeste tem a menor quantidade de professores formados.
Escolha
Sônia acredita que uma das saídas para alterar esse quadro é, além do aumento dos salários, incentivar os estudantes em fase de escolher a graduação a se tornarem professores. “São políticas públicas que vão atrair as pessoas a seguir a carreira. Em Cingapura, por exemplo, em dez anos o número de docentes aumentou muito porque as escolas passaram a estimular os melhores alunos do Ensino Médio a ingressar na área.”

sábado, 12 de maio de 2012

Richa propõe reajuste de 5,1%


O governo do Paraná enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei que reajusta em 5,1% o salário de todos os 151 mil servidores ativos, 72 mil aposentados e 25 mil pensionistas. O porcentual é equivalente à inflação acumulada nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A proposta, encaminhada na quinta-feira, será analisada e votada pelos deputados estaduais a partir da próxima semana e só passará a valer depois de aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB).

Porém, os sindicatos que representam os funcionários estaduais criticaram a política salarial, principalmente porque Richa sancionou no último dia 1.º um aumento de 10,3% ao salário mínimo regional, que vale para trabalhadores sem acordo coletivo de trabalho, como agricultores e empregadas domésticas.
Reajuste
10,3% foi o reajuste do salário mínimo regional, determinado pelo governo e pago pela iniciativa privada a algumas categorias.
“O governo diz: ‘olha patronato, vocês vão ter que dar 10,3%. Mas para meus trabalhadores, eu vou dar 5%’. Estamos decepcionados. Ele devia se auto impor o mesmo índice, até para dar exemplo”, reclamou o coordenador Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, Heitor Rubens Raimundo.
Segundo ele, os servidores estaduais acumulam perdas salariais de mais de 100% desde o governo de Jaime Lerner e conseguiram estabelecer uma política de recuperação gradual durante os oito anos de mandato de Roberto Requião. “Este governo precisa restabelecer um calendário de recuperação. É necessário se preocupar com esta questão”, comentou.
O secretário da Admi­­nistração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, destacou que o estado está fazendo um grande esforço para observar o limite prudencial de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 49% da Receita Corrente Líquida.

Feliz Dia da MÃES para TODOS!!!!!





Obrigado MÃE!!!!!!

MÃE! A Senhora foi exemplo de esposa, exemplo
 de MULHER e exemplo de PESSOA, e claro, o melhor exemplo de MÃE que alguém poderia dar. 
Vou batalhar muito para seguir os seus passos
 e se eu conseguir isso estarei tranquilo,
 pois estarei trilhando o caminho
 da dignidade, bondade, perseverança, disciplina e do AMOR.
MÃE! Todas as palavras que eu poderia dizer-lhe,
não seriam suficiente para exprimir
0 que realmente sinto. Por isso dedico-lhe
todas as minhas ações até o último
 dia de minha vida e prometo nunca desonrá-la,
 serei sempre fiel a tudo que me ensinou.

Seu Filho que te AMA MUITO,
Anderson Luiz Ferreira da Silva.

Aluguéis sobem 13%; inadimplência dispara


Daniel Castellano/ Gazeta do Povo / Apartamento para alugar: imobiliárias investem na conciliação para não deixar imóveis vaziosApartamento para alugar: imobiliárias investem na conciliação para não deixar imóveis vazios
MERCADO IMOBILIÁRIO

Porcentual de mensalidades em atraso foi de 3,2% para 5,2%. Empresários do setor temem ser afetados por um aumento generalizado no calote.

A inadimplência no pagamento de aluguel entre os meses de fevereiro e março aumentou 61,53%. O índice de atraso maior que 30 dias no pagamento passou de 3,2% para 5,2%. Foi a primeira vez o índice cresceu, desde 2010. Para as entidades do setor, aumento foi pontual e ainda não representa uma tendência. No entanto, o atraso no pagamento de outras esferas do varejo pode influenciar o pagamento do aluguel.
De acordo com dados da Serasa Experian, a inadimplência do consumidor entre fevereiro e março também aumentou. A alta foi de 4,9%. Foi a primeira elevação do ano, de acordo com a entidade. “Não somos uma ilha. Se houver inadimplência generalizada, nós também seremos afetados”, comenta Luiz Valdir Nardelli, presidente do Secovi. Para ele, o aumento em um mês não é representativo, mas reflexo de uma situação específica. “Em janeiro e fevereiro há muitos gastos extras, como impostos e viagens, e achamos que o pessoal pode ter se apertado”, comenta.
Precauções
Imobiliárias antecipam cobrança e aumentam rigidez no cadastro
Não foram todas as imobiliárias que sentiram o atraso no pagamento dos aluguéis. A severidade na hora de fazer o cadastro é a medida tomada pela maioria das empresas para evitar a falta de pagamento no futuro. “Nós somos rígidos para aprovar o cadastro e por isso não sentimos qualquer alteração nos últimos meses. Mas estamos preparados. Se a pessoa deixa de pagar o aluguel é porque já está devendo em outros lugares e temos a estratégia de chegar rápido ao inquilino para receber o quanto antes”, conta Marília Gonzaga, diretora da Imobiliária Gonzaga. Na empresa, três dias de atraso já são suficientes para que o setor de cobrança procure o locatário.
O setor de aluguel da Habitec sentiu o atraso no pagamento nos imóveis comerciais. “Foi de fevereiro para março. Alguns clientes que nunca haviam atrasado, que não tem histórico de falta de pagamento acabaram atrasando”, comenta Sariva Lima, gerente de locação da empresa. A imobiliária optou por negociar com os clientes inadimplentes. “Estamos tentando entender o que aconteceu para o atraso, para evitar chegar até o jurídico e manter o contrato”, explica. (TB)
Preço sobe em busca de mais rendimento
Apesar do aumento no preço dos aluguéis, investir em imóveis para locação pode não ser a melhor escolha para quem procura rentabilidade maior. Isso porque, quando comparado com outros investimentos de renda fixa como, por exemplo, títulos públicos do tesouro, fundos de investimento ou debêntures, o aluguel tem se desvalorizado como investimento. Segundo o economista Luciano D’Agostini, doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), a rentabilidade do aluguel – de 0,5% ao mês, que equivale a 6,17% ao ano – em comparação com o preço total do imóvel tem diminuído bastante ao longo do tempo, desvalorizando o investimento de quem compra imóveis para locação. “Uma pessoa que adquire um imóvel por R$1 milhão dificilmente conseguirá alugá-lo por R$ 10 mil, valor que equivale a 1% do valor total”, explica. Para D’Agostini, o aumento dos aluguéis é uma tentativa de elevar essa rentabilidade defasada. “É importante ressaltar que o preço dos aluguéis tem uma importante restrição que vem do salário dos trabalhadores, que não cresceu no mesmo patamar”, diz. O reflexo desse desequilíbrio é o crescente índice de endividamento das famílias, que ocorre paralelamente ao aumento da inadimplência, alerta o economista. (CJ)
O endividamento já compromete 42,87% da renda das famílias, de acordo com dados de 2011 do Banco Central. “A realidade do último mês, levando em conta o pagamento do aluguel, só comprova que a inadimplência está em níveis de alerta. As famílias estão endividadas e não conseguem arcar com todas as despesas”, comenta Luciano D’Agostini, economista e doutor em desenvolvimento econômico. Para ele, a falta de pagamento reforça que o preço do aluguel tem um limite. “A inflação dos aluguéis não combina, a longo prazo, com a inflação dos salários, ou seja, não tem uma relação de equilíbrio. Se a taxa de crescimento da inflação dos alugueis for maior do que o salário dos trabalhadores ano a ano, chegará um momento que não haverá renda salarial suficiente para pagar o aluguel”, explica.
O acumulado dos últimos 12 meses aponta uma elevação de valores que ultrapassam os índices da inflação, da qual o valor do aluguel está indexado. Nas locações de imóveis residenciais, o preço do aluguel subiu 11,04%. Nos comerciais o aumento chegou a 15,91%. A alta dá sinais de arrefecimento. Desde janeiro, esse índice tem sido menor e baixou 1,78% entre março e fevereiro. “Nossa expectativa para 2012 é que os preços se acomodem. Eles aumentaram muito durante o ano passado, porque havia um desajuste com relação ao preço para compra e venda”, explica Nardelli.
A possibilidade de um aluguel caro ter gerado a falta de pagamento não é levada em conta pelo Secovi. “Quem pagou um valor de aluguel em janeiro deveria conseguir pagar em março. Por isso é que a situação não deve ser corriqueira”, defende.
Tendência
No entanto, para o Secovi, apenas se o índice de inadimplência continuar aumentando nos próximos meses é que haverá motivo para preocupação. “Nos últimos dois anos, é a primeira vez que a inadimplência sobe. Se, no próximo mês, não retornar aos patamares costumeiros, aí sim podemos falar que a inadimplência será um problema para o setor de locação”, afirma Nardelli.
A média de inadimplência vem caindo nos últimos três anos. Em 2009, ficou em 3,3%; em 2010, 2,5% e 2,1% em 2011. “Nossa série histórica mostra que a tendência é de estabilidade ou queda. Não é um mês diferente que vai deixar o mercado alarmado”, considera.
A Lei do Inquilinato, que mudou em 2010, tornou mais ágil a ações de cobrança e despejo. “A regra está mais severa e ninguém quer o despejo. Por isso,achamos que a inadimplência não vá continuar”, diz Nardelli.


Noivas movimentam a Rua XV de Novembro


Flávia Alves/Gazeta do Povo / Revista com as fotos será publicada no dia 24Revista com as fotos será publicada no dia 24
CURITIBA

Produção de moda do Viver Bem levou noivas para o calçadão.

O Viver Bem Moda & Beleza, da Gazeta do Povo, movimenta a Rua XV de Novembro nesta tarde de quarta-feira. Noivas fazem pose para o fotógrafo Alexandre Mazzo, que prepara o editorial de capa da revista, com circulação no dia 24 de maio.
As noivas estão com vestidos elaborados por estilistas de Curitiba. A escolha do local para as fotos se deve a comemoração dos 40 anos do fechamento da rua para carros.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ministro espera que Câmara aprove Plano Nacional de Educação este mês


A matéria só precisa ser votada na comissão especial, mas, se houver um requerimento com pelo menos 53 assinaturas, também será apreciado em plenário

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante na Itália

De acordo com o ministro, o trecho mais sensível do projeto de lei é o financiamento da educação. Mercadante disse que o governo propôs atrelar 7% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação, enquanto a comissão quer um valor entre 7,5% e 8%
Rio de Janeiro – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (7) que espera que o Plano Nacional de Educação seja votado e aprovado ainda este mês pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, criada para analisar o projeto de lei. Segundo ele, é importante que o plano seja aprovado na própria comissão, sem que seja necessário ir ao plenário da Casa.
Pelo regimento, a matéria só precisa ser votada na comissão especial, mas, se houver um requerimento com pelo menos 53 assinaturas, o projeto também será apreciado em plenário.
Para Mercadante, caso o projeto de lei precise ir a plenário, a votação do plano – que prevê metas para a educação brasileira até 2020 e foi encaminhado ao Congresso no início do ano passado – sofrerá um grande atraso. Isso porque, segundo Mercadante, muitos deputados federais começarão a focar em suas campanhas eleitorais para prefeituras, o que retardará a pauta na Câmara.
“Se for possível chegar a um entendimento no âmbito da comissão, facilita muito. Se houver recurso ao plenário, as dificuldades são maiores, porque, como é ano eleitoral, tem muitas matérias que trancam a pauta e quanto mais próximo da eleição estivermos, menor será a produtividade do Legislativo. É um plano decenal. Já perdemos 2011, não podemos perder 2012”, ressaltou o ministro, ao participar de uma mesa-redonda durante a palestra do economista James Heckman, vencedor do prêmio Nobel de Economia 2000, na Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
De acordo com o ministro, o trecho mais sensível do projeto de lei é o financiamento da educação. Mercadante disse que o governo propôs atrelar 7% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação, enquanto a comissão quer um valor entre 7,5% e 8%.
Segundo Mercadante, a única forma de passar dos atuais 5% do PIB com gastos em educação para os 7,5%, 8% defendidos pela Comissão da Câmara é usar recursos do petróleo do pré-sal brasileiro. “Se nós vincularmos uma parte substantiva dos recursos do pré-sal à educação, ciência e tecnologia, vamos ter uma fonte segura, de longo prazo.”
Mercadante participou de o ministro também fez um balanço sobre os desafios da educação brasileira. Entre eles está a ampliação da oferta de vagas em creches e pré-escolas do país. Atualmente, as creches atendem 23,6% das crianças, enquanto a pré-escola atende a 80,1%.
A meta do plano nacional é chegar a 50% no caso das creches e a 100% no caso da pré-escola. “O problema é que apenas 3% das crianças em extrema pobreza estão em creches. Ou seja, as crianças que mais precisam não estão na creche. Esse é justamente o foco da presidenta Dilma [Rousseff]”, explicou.
No caso do ensino médio, onde há grande taxa de evasão e distorção idade-série, o governo pretende investir na melhoria da qualidade do ensino. Segundo o ministro, uma das propostas é criar um ambiente de internet dentro das salas de aula. Uma das medidas do governo será distribuir tablets (computadores de mão) para 600 mil professores de todo o país.

Dorinha participa de ato estudantil pelos 10% do PIB para a Educação



 
A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (Democratas/TO) participou nesta quarta-feira, 09, de um ato da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) “PNE já! 10% do PIB para a Educação e 50% do Fundo Social do Pré-sal para Educação, Ciência e Tecnologia”, na Câmara Federal.

O ato foi para pressionar os parlamentares pela aprovação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação na casa desde 2010, com a destinação de 10% do PIB em educação e 50% dos Royalties e do Fundo Social do Pré-sal para Educação, Ciência e Tecnologia.

“O nosso País é muito desigual. É preciso que o Governo entenda que o Brasil precisa de mais recursos para oferecer uma educação de qualidade e mudar esse quadro de desvalorização do professor. Se o Governo realmente quisesse, criaria um pacto no País que vai além de partidos políticos para mudar realmente os resultados da Educação”, disse Professora Dorinha, que fez um chamamento a todas as entidades de organização estudantis e voltadas para a Educação para se mobilizarem pelos 10% do PIB.

Para a União Brasileira dos Estudantes (UBES), o PNE é a principal ferramenta para garantir o acesso a uma educação pública de qualidade, um documento estratégico, que deve ser valorizado, principalmente, por ter sido construído pela sociedade civil e que passou por todas as conferências estaduais de educação, que aprovaram com grande força os 10% do PIB para a Educação.

Pelo relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT), o financiamento direto para a Educação chegará ao limite de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 10 anos. Uma das promessas de campanha da presidente Dilma era alcançar os 7% de investimento na Educação ainda em seu mandato, o que, de acordo com a deputada Dorinha, não será cumprido, uma vez que o PNE tem um prazo de 10 anos. 

Anuário Brasileiro da Educação Básica 2012
Professora Dorinha também participou do lançamento da primeira edição do Anuário Brasileiro da Educação Básica. Formulado pelo movimento Todos Pela Educação – que congrega sociedade civil organizada, educadores e gestores públicos em torno do direito à educação básica de qualidade –, o anuário é um panorama do setor, com compilação de análises e dos dados oficiais mais recentes.

Segundo a parlamentar, o anuário é lançado num momento importante vivido pela Educação brasileira, em meio às discussões do PNE e que servirá de balizador nas questões da área. 

Governo promete corrigir irregularidades no "Minha Casa"


Ministério Público do Trabalho do Interior de São Paulo recebeu uma denúncia dos trabalhadores de uma obra do projeto "Minha Casa, Minha Vida" na última sexta-feira.

O Ministério das Cidades afirmou, em nota, que entrou em contato com a Caixa Econômica Federal sobre a denúncia de mão de obra análoga à escravidão, e que as medidas para correção de todas as irregularidades serão tomadas.
O Ministério Público do Trabalho do Interior de São Paulo recebeu uma denúncia dos trabalhadores de uma obra do projeto "Minha Casa, Minha Vida", na última sexta-feira (4) e agentes fiscais do órgão constataram a situação de exploração da mão de obra.
Segundo a assessoria do MPT, os operários estariam trabalhando mais de 15 horas por dia e sem receber o valor integral de salário.
O Ministério das Cidades afirma também que a fiscalização das verbas destinadas ao projeto do Governo Federal, "Minha Casa, Minha Vida", é feita pela Caixa Econômica.
A Caixa Econômica Federal se posicionou no início da tarde da última quinta-feira, 10, que faz parte de sua política de crédito não conceder verbas às empresas cadastradas pelo Ministério do Trabalho e do Emprego como aproveitadores de mão de obra escrava. Segundo a instituição, a contratação dos funcionários de obras financiadas pelo banco é de responsabilidade da Geccom Construtora Ltda. A CEF afirma que ainda não foi notificada pelo Ministério do Trabalho sobre a situação dos operários em Fernandópolis.