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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

No Dia da Bandeira, historiadores defendem maior discussão dos símbolos nacionais


Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo / Dia da Bandeira é comemorado em 19 de novembroDia da Bandeira é comemorado em 19 de novembro
SÍMBOLO

No Dia da Bandeira, historiadores defendem maior discussão dos símbolos nacionais

O 19 de novembro foi instituído Dia da Bandeira em 1889, logo depois da Proclamação da República.
Hasteada nos mais distintos locais, a Bandeira Nacional, um dos principais símbolos do Brasil, reúne uma série de detalhes obrigatórios que devem ser obedecidos, de acordo a com a legislação. O tamanho, a precisão nas cores, a disposição das estrelas e da faixa central devem ser seguidos à risca, assim como a forma como ela é homenageada e guardada. O 19 de novembro foi instituído Dia da Bandeira em 1889, logo depois da Proclamação da República.
No ensino fundamental, são obrigatórias as aulas sobre os símbolos nacionais, mas os historiadores defendem a ampliação da discussão sobre o tema. Eles sugerem que assuntos relativo aos símbolos – a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional –, como as razões que os motivaram, sejam aprofundados.

O coordenador do Departamento de História do Centro Universitário de Brasília (Uniceub), professor Deudedith Rocha Júnior, disse à Agência Brasil que é essencial ensinar aos estudantes não apenas os aspectos visuais, técnicos e simbólicos, mas, sobretudo, o que representam os símbolos e porque são importantes.
“Os símbolos nacionais representam um marco da identidade brasileira. Cada um tem seu significado e importância. A Bandeira Nacional, por exemplo, passou por várias etapas para chegar à atual. O sentido de nação está diretamente ligado aos símbolos, mas também é importante observar que as mudanças na sociedade fazem com que eles sejam redesenhados”, explicou o historiador.
Para ele, eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem ser usados como incentivos à discussão. “O ritual de hastear a Bandeira Nacional, de cantar os hinos [Nacional e da Bandeira Nacional] é importante, mas é interessante também que cada um que participa da situação conheça e reconheça nos símbolos algo que diga respeito a si”, acrescentou o professor.
Em Brasília, a principal cerimônia envolvendo o assunto é a da troca da Bandeira Nacional, que ocorre a cada primeiro domingo do mês. No próximo dia 2, às 9h, a Marinha será responsável pela solenidade, pois há um sistema de rodízio entre as Forças Armadas e o governo do Distrito Federal na coordenação do evento.
No dia da cerimônia, a Bandeira Nacional é hasteada no mastro da Praça dos Três Poderes. Com 280 metros quadrados, a bandeira é a maior do país.

Do sonho dos positivistas nasceu a Bandeira Nacional
A Bandeira Nacional, como é conhecida hoje, foi criada a partir de um grupo de positivistas (corrente filosófica que defende o conhecimento baseado apenas nos princípios científicos), depois de ter sido antecedida por outras. As estrelas representadas na bandeira são cuidadosamente descritas e correspondem à constelação. Ordem e Progresso, um dos princípios do positivismo, virou o lema.
A posição das estrelas no círculo azul da Bandeira do Brasil representa as constelações e reproduz o aspecto do céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8h30 do dia 15 de novembro de 1889 - Dia da Proclamação da República. As 27 estrelas correspondem aos estados e um ponto mais abaixo ao Distrito Federal.
O azul da Bandeira Nacional representa o céu do Brasil, a faixa branca simboliza a idealização da linha zodiacal e a paz, enquanto o verde são as matas e o amarelo o ouro e as riquezas. O lema Ordem e Progresso deve ser escrito em verde.

sábado, 17 de novembro de 2012

Diabetes mata mais que aids e trânsito no Brasil


Diabetes mata mais que aids e trânsito no Brasil

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a doença matou cerca de 54 mil brasileiros em 2010.
Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (13) indicam que 54 mil brasileiros morreram em 2010 em decorrência do diabetes. Isso significa que a doença matou quatro vezes mais do que a aids (12 mil óbitos) e superou o total de vítimas de trânsito (42 mil) no país.
A pasta alertou que o total de mortes provocado pelo diabetes é ainda maior quando se considera que a doença age como fator de risco para outras enfermidades, como câncer e doenças cardiovasculares. Em 2010, o diabetes esteve associado a 68,5 mil mortes, o que totaliza cerca de 123 mil mortes direta e indiretamente.
De 2000 a 2010, a doença foi responsável por mais de 470 mil mortes em todo o Brasil, enquanto a taxa de mortalidade avançou de 20,8 para 28,8 casos para cada 100 mil habitantes.
As mulheres são as principais vítimas e responderam, em 2010, por 30,8 mil mortes contra 24 mil entre os homens. Em 2000, 20 mil mulheres morreram por causa do diabetes, ante 14 mil homens.
A faixa etária com o maior número de mortes, em 2010, é acima dos 80 anos, totalizando 15,7 mil. O número mais que dobrou quando comparado ao ano 2000, quando 6,7 mil mortes foram notificadas na mesma faixa etária.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o diabetes constitui um problema contemporâneo. Ele lembrou que, atualmente, 15% da população brasileira são obesos e que o quadro é um facilitador para a doença.
“Esta é a hora de revertermos a possibilidade do nosso país ser cada vez mais um país de diabéticos”, disse, ao citar mudanças como melhoria dos hábitos alimentares e aumento da atividade física. “É um momento fundamental para que o conjunto da população brasileira, sobretudo os profissionais de saúde, tenham atitudes em relação à prevenção”, completou.
No ano passado, o governo federal lançou o Plano de Ações para o Enfrentamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que inclui medidas para a redução de casos e de mortes por diabetes.
A meta é alcançar queda de 2% ao ano nas mortes prematuras provocadas por doenças crônicas, a partir da melhoria de indicadores relacionados ao consumo de álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade, fatores considerados de risco para o diabetes.

E os cocheiros descobriram o Brasil


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Divulgação / Curitiba antiga: diligências ligavam às cidades dos Campos Gerais, às quais se chegava em quatro dias de viagem, com pernoites e trocas de cavalosCuritiba antiga: diligências ligavam às cidades dos Campos Gerais, às quais se chegava em quatro dias de viagem, com pernoites e trocas de cavalos
TRANSPORTE

E os cocheiros descobriram o Brasil

No tempo das diligências, abastados usavam o coche para visitar o rei. A caminho, descobriam paisagens luxuriantes e alargavam fronteiras do país.
Foi por causa do ego do rei Dom João VI que o primeiro transporte público de pessoas foi criado no Brasil. Em 1817, por aviso régio, surge a primeira linha feita por diligência no Rio de Janeiro, para uma condução mais cômoda àqueles que quisessem ter a honra de beijar a mão de Sua Alteza. A linha levava as pessoas do centro do Rio aos palácios da Boa Vista, no bairro São Cristóvão.
A facilidade de locomoção impressionou tanto que, depois disso, os mais abastados largaram mão de viajar a cavalo e começaram a contratar o serviço de diligências para percursos mais longos. “A disputa dos passageiros era pelo lugar ao lado do cocheiro, pois do alto da diligência era possível ter uma visão panorâmica das regiões por onde se viajava”, explica o historiador Arnoldo Monteiro Bach que acaba de lançar o livro Diligências. Ele é autor de outros livros que falam do transporte no Brasil como Carroções, Vapores e Trens.
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Divulgação / <b>Serviço:</b> Diligências, de Arnoldo Monteiro Bach. R$ 90 (preço aproximado)Ampliar imagem
Serviço: Diligências, de Arnoldo Monteiro Bach. R$ 90 (preço aproximado)
No Paraná
Giovanni Rossi chamou diligências de “carroças”
Foi graças às diligências que os anarquistas, ao chegarem ao Paraná, de trem, no século 19, conseguiram chegar a Palmeira, onde fundariam a Colônia Cecília. Giovanni Rossi, líder dos anarquistas, descreveu a viagem em um de seus relatos e chamou o veículo de “instrumento de tortura”. O historiador Arnoldo Bach conta esse episódio em seu livro Diligências. “Era um troler, que aguentava as viagens pelas estradas esburacadas do interior. Rossi dizia que as diligências do Brasil em nada se pareciam com as europeias. Chamou-as de verdadeiras carroças”, conta Bach.
Além de sofrer com o sacolejar da viagem, Rossi e os anarquistas tiveram a ingrata surpresa de ver a diligência quebrar no meio da viagem, por isso tiveram de fazer o restante do percurso a pé. “Andaram com velas nas mãos, porque era noite, e com as calças erguidas até o joelho, porque estavam sujos de tanta lama”, conta Bach.
A dificuldade de se chegar até o rei para simplesmente lhe beijar a mão era grande: as carruagens puxadas por quatro cavalos saíam do Centro às 4 horas da madrugada e chegavam à Fazenda Real às 9h30, após quatro mudanças de cavalos durante o trajeto. A volta também era sofrida: partia-se às 17h30 para se chegar ao Centro às 22h30. Em 1849, jornais noticiavam que nenhuma diligência havia restado nas cocheiras, porque todas estavam empenhadas em levar a população aos bailes ofertados pela família real.
Dias e dias
No Paraná, a primeira linha ligava Curitiba a Castro, passando por Campo Largo, São Luiz do Purunã, Palmeira e Ponta Grossa. Gastava-se quatro dias para se vencer o trajeto e havia duas pernoites: uma na Casa de Estrela, em São Luiz do Purunã, e outra em Palmeira. “As estalagens eram referência para as viagens, pois ali ocorria a troca de cavalos e as pessoas podiam descansar”, conta Bach.
A segunda linha ia de Curitiba à Lapa, passando pela cidade de Iguaçu (atual Araucária). O historiador lembra que as diligências começaram a ser usadas no estado graças a João José Pedroso, o primeiro paranaense a assumir a presidência da província.
Em Curitiba, as diligências foram usadas também para a população se locomover pela cidade. Havia nove cocheiras (que era o espaço onde ficavam os cavalos e as carruagens) e a Estação Central das Diligências ficava na Rua Marechal Deodoro. Em 1880, com a vinda de dom Pedro II ao Paraná, foi graças às diligências que o imperador conseguiu se locomover pelo estado. “Elas também serviam para levar as pessoas à ferrovia. É importante lembrar que os trens chegaram ao Paraná em 1894, mas muitas cidades ficaram incomunicáveis com a ferrovia e as pessoas, então, só conseguiam chegar até lá com as diligências ou andando a cavalo”, explica Bach.
Pioneiras
As primeiras diligências surgiram na Europa, principalmente na Inglaterra, por volta de 1670. Ganharam fama quando o ex-presidente norte-americano Thomas Jefferson comprou da França a região de Louisiana e ali resolveu instalar diversas estalagens. “Tempos depois, o cinema viu que a região seria um grande filão para as cenas dos filmes do Velho Oeste”, conta o historiador Arnoldo Bach.
Em Pelotas
Assim que se encerrou a Revolução Farroupilha, em 1845, o francês Carlos Ruelle estabeleceu em Pelotas a primeira fábrica de carruagens da região. O imperador dom Pedro II fez questão de conhecer a fábrica, motivado, provavelmente, pela boa impressão do local expressa pelo conde D’Eu, marido da princesa Isabel, no livro, Viagem militar ao Rio Grande do Sul, escrito em 1865: “Carruagens esplêndidas percorriam as nossas ruas, largas e bem alinhadas, constituindo-se num fenômeno único em toda a província e transmitindo a ideia de uma população opulenta.”

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Proclamação da República



Deodoro da Fonseca: executor de uma mudança construída ao longo do tempo.
O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.

Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.

Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava.

Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.

O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.

No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.

A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.

O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Filmes nacionais que querem ser vistos


Divulgação
Divulgação / Gonzaga, de Pai para Filho foi um dos filmes do Projeta Brasil.Gonzaga, de Pai para Filho foi um dos filmes do Projeta Brasil.
Não é somente impressão, mas algo constatado em dados: O Brasil recebe mal os seus filmes. Um dos maiores portais cinematográficos do país, o Filme B, que realiza levantamentos constantes sobre o mercado contata que os maiores faturamentos de bilheteria, por exemplo, vão sempre para produções estrangeiras, principalmente os blockbusters.
Mas, algumas medidas dão a entender que, se incentivado, o brasileiro assiste e gosta das produções nacionais. Um exemplo disso é a iniciativaProjeta Brasil, da rede exibidora Cinemark. Nasegunda-feira (12), filmes nacionais tomaram a programação do Cinemark, com ingresso único de R$ 3. Segundo o Cinemark, 155 mil espectadores estiveram nos 58 complexos, um aumento de 17,24% em relação ao ano passado.
Em Curitiba, a procura foi grande: a sessão de Gonzaga, de Pai para Filho do início da noite, ficou praticamente lotada. No final, o filme foi muito aplaudido e comentado pelos presentes.
Pelo o que pude perceber na fila e na quantidade de pessoas no cinema, as outras sessões também tiveram uma lotação expressiva.
A iniciativa do Cinemark é louvável, mas ainda pontual: afinal, a rede realiza o projeto somente uma vez ao ano, e é a única a fazer algo do tipo. Talvez, a sala cheia e o público crescente seja sinal de que é preciso discutir a necessidade de subsídio à exibição do cinema nacional, algo que já acontece em vários países europeus, por exemplo. Com preços mais acessíveis e atraentes, a plateia passaria a observar a evolução das produções brasileiras, e se livrar do preconceito em relação aos filmes nacionais.
Apesar de bons títulos, os longas-metragens disponíveis no Projeta Brasil ainda são limitados. A maioria deles são comédias que já têm levado um público bastante expressivo aos cinemas. Talvez, fosse a hora de incluir mais filmes que têm qualidade, que fazem sucesso em festivais de cinema, por exemplo, mas que encontram uma dificuldade enorme de distribuição posteriormente.
Outra observação que parece banal, mas que é um desrespeito com o consumidor, era o preço da pipoca. Assim como o ingresso mais barato, a pipoca neste dia para quem via filmes do Projeta Brasil era R$ 4. Porém, os atendentes vendiam a pipoca "normal" do complexo, cujo valor mais barato é de quase R$ 7. Quem conseguiu o valor mais em conta foi quem questionou ou estava bem informado. Se fosse pelos atendentes, a maioria pagaria - e pagou - o preço mais caro.

Cientistas decifram DNA do camelo


AFP PHOTO/STR /
CIÊNCIA

Cientistas decifram DNA do camelo.

Uma equipe de cientistas chineses anunciou nesta terça-feira (13) ter decifrado o DNA do camelo bactriano, passo fundamental para conhecer o metabolismo deste animal emblemático dos desertos da Mongólia e ameaçado de desaparecimento em estado selvagem.
O camelo bactriano (Camelus bactrianus) teve 28.821 genes codificados, incluindo muitos ligados ao metabolismo, o que explicaria suas extraordinárias faculdades de resistência em condições extremas , disse Meng He, da Universidade Jiaotong em Xangai.
Para se adaptar às condições do Deserto de Gobi, com temperaturas extremas, o camelo bactriano desenvolveu a capacidade de sobreviver muito mais tempo sem comida e água, armazenando gordura em seu abdômen e nas duas corcovas.
O organismo do camelo bactriano é capaz de suportar uma temperatura interna que oscila entre 34° e 41° ao longo do dia, seu nível de açúcar no sangue é duas vezes mais elevado que nos demais ruminantes e ele pode consumir oito vezes mais sal, sem sofrer de diabetes ou hipertensão.
Os geneticistas descobriram no DNA do camelo numerosos genes envolvidos nos mecanismos de diabetes do tipo 2 e da insulina. Também encontraram no camelo onze cópias do gene CYP2J, relacionado à tensão arterial e a uma alimentação muito salgada. O cavalo e o homem têm apenas um exemplar deste gene.
Os pesquisadores, que publicam o genoma na revista britânica Nature Communications, também identificaram no camelo uma série de genes que poderão explicar a presença de anticorpos de alta eficiência: uma forma de imunoglobulina, menor e mais estável, que apenas os camelídeos possuem.

Pelé se recupera bem de cirurgia, diz boletim médico


AFP / Pelé foi internado para cirurgia na região do quadrilPelé foi internado para cirurgia na região do quadril
SAÚDE

Pelé se recupera bem de cirurgia, diz boletim médico

A informação de que o Rei estava internado foi divulgada somente nesta terça. Ele passou por cirurgia no quadril.
Hospital Albert Einstein divulgou no final da tarde desta terça-feira (13) o primeiro boletim médico de Pelé, que passou no último sábado por uma cirurgia no quadril. Segundo o documento assinado pelo cirurgião ortopédico Roberto Dantas Queiroz, responsável pelo procedimento, o ex-jogador se recupera bem da operação.
A informação de que Pelé estava internado em São Paulo foi divulgada apenas nesta terça-feira. Inicialmente, o hospital não deu detalhes sobre o caso, atendendo a um pedido da família do ex-jogador. No final da tarde, porém, o boletim médico confirmou a realização da "cirurgia de artroplastia total de quadril direito".
Ainda segundo o boletim médico, Pelé está hospitalizado em um quarto do Albert Einstein. "O paciente está em recuperação pós-operatória em bom estado de saúde e permanece internado em observação, acompanhamento médico e fisioterápico", diz o documento, que não revelou a previsão de alta para o ex-jogador.
Com 72 anos, Pelé mantém uma agenda cheia de compromissos mundo afora, graças aos incríveis feitos que alcançou ao longo da brilhante carreira como jogador. E também costuma ser presença constante na Vila Belmiro para acompanhar os jogos do Santos, seu time do coração.

Assembleia aprova Comissão da Verdade no Paraná


Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo / Comissão Nacional se reuniu no teatro da reitoria da Universidade Federal do ParanáComissão Nacional se reuniu no teatro da reitoria da Universidade Federal do Paraná
DITADURA MILITAR

Assembleia aprova Comissão da Verdade no Paraná

Curitiba recebeu ontem a primeira audiência pública da comissão nacional na Região Sul do país. Encontro teve depoimentos breves, mas emocionantes.
Foi realizado ontem à tarde o sétimo encontro da Comissão Nacional da Verdade no país, o primeiro na região Sul. A comissão se reuniu em Curitiba, no teatro da reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), instituição que teve alunos presos durante a ditadura militar, no episódio conhecido como Chácara do Alemão. O dia foi apertado para tantos depoimentos, o que acabou causando mal-estar entre alguns participantes, já que eles tiveram de conter as emoções e ir direito ao ponto, apenas citando o nome dos torturadores e deixando de lado a história pela qual cada um passou. Outro motivo de constrangimento foi o pequeno público presente no evento: diversas cadeiras do teatro ficaram vazias.
A boa notícia, porém, chegou no fim do dia, quando a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, em segunda votação, a criação da Comissão da Verdade no estado. Outras instituições locais estudam o assunto e coletam testemunhos, como o Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça, além da Comissão da Verdade da UFPR e da OAB-PR.
Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo / Júlio, filho do ex-preso político Ildeu Manso Vieira: traumaAmpliar imagem
Júlio, filho do ex-preso político Ildeu Manso Vieira: trauma
Depoimentos
A Comissão poderá ouvir novos depoimentos, ainda sem data marcada. Uma das pessoas que os integrantes gostariam de escutar é o capitão do exército Francisco Paulo Manhães, acusados de estar diretamente envolvido em vários casos de tortura. O problema é que ele tem quase 90 anos e seria muito senil para tal testemunho.
Paulo Sérgio Pinheiro, membro da Comissão Nacional da Verdade, lembrou que o Paraná foi um dos primeiros a abrir os arquivos do Departamento de Ordem Política e Social (Dops). “É a primeira vez que estamos no Paraná, mas a comissão não vai começar do zero, porque há muitas informações coletadas pelo Centro da Memória que existe aqui”, explicou. A comissão deve entregar em 15 de maio de 2014 um relatório sobre o que conseguiu levantar. “Podemos investigar autores e circunstâncias em que ocorreram os delitos, mas não cabe a nós processar ou julgar”, salientou.
Um dos coordenadores do Fórum, Roberto Elias Salo­mão, disse que é inadmissível que ainda hoje existam no estado ruas, escolas e edifícios com nomes de torturadores. “É preciso nomear aqueles que participaram da repressão e não permitir que recebam esse tipo de homenagem”, diz.
Testemunhos
Pela manhã, ex-alunos da UFPR e da antiga Uni­­ver­­sidade Católica (hoje PUCPR) contaram episódios da repressão, como a prisão de 40 paranaenses no Con­­gresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna, as torturas sofridas por eles e as pesadas condenações estabelecidas pela Justiça Militar.
À tarde, os depoimentos mais emocionantes, apesar de breves, foram os dos dois filhos de Ildeu Manso Vieira, um dos líderes do PCB no Paraná, que escreveu dois livros sobre seu período na prisão. “Meu pai foi levado quando eu tinha 14 anos. Quando soube que seria solto, subi no muro para vê-lo, e o que eu enxerguei lá embaixo [no quartel da polícia] foram homens que pareciam ter ido a campos de concentração”, contou Júlio Manso Vieira.
O filho mais velho, Ildeu Manso Vieira Junior, chorou em quase todo o depoimento. Ele foi preso junto com o pai e recordou que recebeu um óculos preto para não ver o que ocorria, mas que conseguiu movê-lo com as sobrancelhas. O pouco que enxergou foi suficiente para nunca mais ser esquecido. “Vi estas pessoas serem duramente torturadas”, diz.
Episódios
Confira alguns atos e palcos da repressão no Paraná:
Ocupação da Reitoria
Em 1968, a Reitoria da UFPR foi palco das mais significativas manifestações dos estudantes contra o ensino pago e contra a ditadura militar. Os estudantes ocuparam a Reitoria e arrastaram o busto do reitor Flávio Suplicy Lacerda. O câmpus acabou cercado pela PM.
Chácara do Alemão
Logo após a promulgação do AI-5, em dezembro de 1968, alunos da UFPR e da antiga Universidade Católica do Paraná tentaram organizar um congresso de estudantes da UNE na chamada Chácara do Alemão, no bairro Boqueirão, em Curitiba. Mas foram surpreendidos pelo Exército: 42 acabaram detidos e cinco deles condenados à prisão (três homens e duas mulheres).
Operação Marumbi
Fez parte da ofensiva desencadeada nacionalmente pelos órgãos de repressão contra militantes do PCB, em 1975. Recebeu esse nome no Paraná e “Operação Barriga Verde” em Santa Catarina. A chamada Clínica Marumbi foi local de violentas torturas contra militantes. Ainda não se sabe sua exata localização porque os presos eram levados para lá encapuzados.
Presídio do Ahú
A Prisão Provisória de Curitiba também teve salas de tortura no seu subsolo.
Estrada do Colono
Em 1974, seis militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) foram atraídos na Argentina por um agente infiltrado do Exército. Cinco foram assassinados e enterrados no quilômetro seis da estrada (pede-se à comissão para que eles sejam encontrados e tenham um enterro digno). O sexto foi morto no dia seguinte e seu corpo estaria hoje debaixo do Lago de Itaipu, em Foz.

Coleta seletiva reage na capital


Antônio Costa/ Gazeta do Povo / Os 13 parques de reciclagem são responsáveis pelo aumento no volume de material coletadoOs 13 parques de reciclagem são responsáveis pelo aumento no volume de material coletado
LIXO QUE NÃO É LIXO

Coleta seletiva reage na capital

Curitiba recolhe atualmente 2,7 mil toneladas de material reciclável por mês. Há quatro anos, média não passava de 1,5 mil tonelada.
O volume de material reciclável coletado em Curitiba voltou a aumentar após anos de estagnação e atingiu a melhor marca mensal desde 1999, segundo a pesquisa anual da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). Em 2012, a média de coleta já atingiu 2,7 mil toneladas por mês, ante as 2,3 mil toneladas de 13 anos atrás. A recuperação começou em 2010, quando a pesquisa verificou a coleta de 2,2 mil toneladas mensais. Antes, entre 2002 e 2008, o índice não passou de 1,5 mil tonelada.
A participação das cooperativas de catadores, por meio do programa Ecocidadão, é apontada como a responsável pelo aumento da coleta seletiva na capital. Apro­ximadamente 70% do que é reciclado na cidade hoje é oriundo do trabalho dos catadores.
Abrangência
14% dos municípios do país separam o lixo
Apenas 14% dos municípios bra­­­­si­­leiros, segundo levan­­ta­­men­­to do Cempre, têm programas públicos de coleta seletiva – o que representa 766 cidades. Apesar disso, houve ume evolução de quase 40% em compa­­ração com os 443 municípios registrados em 2010. A maioria das cidades com programas de reciclagem está nas regiões Sul (257) e Sudeste (401).
“A nossa ideia é justamente mapear onde estão as dificuldades de se implantar a coleta seletiva, para que sejam adotadas medidas necessárias”, explica o diretor-executivo do Cempre, André Vilhena. Aprovado em 2010, o Plano Nacional de Resí­­duos Sólidos propõe, além da eliminação dos lixões até 2014, a implantação de coletas seletivas em todo país. (DA)
70%
de tudo o que é reciclado hoje na capital paranaense é oriundo do trabalho de coleta e separação das cooperativas de catadores via programa Ecocidadão.
O Ecocidadão, que funciona desde 2007, propicia aos trabalhadores de reciclagem um es­­paço adequado para manuseio do lixo coletado. Dali, eles ven­­dem os recicláveis diretamente para a empresa processa­­dora, aumentando a margem de lucro. “A nossa renda melhorou. De R$ 300 passei a ganhar perto de R$ 1,5 mil”, diz o catador Saturnino Lemes, 31 anos, que coleta por mês cerca de seis toneladas de material.
Hoje, Curitiba tem 13 par­­ques de reciclagem. Em 2013, um convênio de R$ 26 mi­­lhões entre a prefeitu­­ra do município e o Banco Na­­cio­­nal de Desenvolvimento Eco­­nômico e Social (BNDES) vai financiar a abertura de mais 13 parques.
Segundo o diretor-executivo do Cempre, André Vilhena, Curitiba voltou a ser referência nacional no programa de reciclagem. “A parceria com os catadores aumenta a eficácia do volume de material recolhido”, afirma.
O vice-presidente da Asso­ciação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana (ABLP), João Gianesi Netto, acredita que a parceria com os catadores não pode ser considerada a única solução. “É preciso fornecer condições adequadas aos catadores, como a construção de uma indústria de reciclagem, que possa ampliar a renda desses trabalhadores”, salienta.
Segundo a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, a cidade está nesse caminho. Em julho deste ano foi inaugurada uma usina de beneficiamento de garrafas pet. “Além disso, temos o projeto de instalar até o ano que vem um centro comercial integrado entre as associações do programa. Assim a venda será direta para as indústrias e a renda dos catadores tende a aumentar”, explica.
Separação de recicláveis em Londrina cai 72% nos últimos 4 anos
Em Londrina, no Norte do estado, a média de coleta seletiva de lixo por mês caiu 72% de 2008 para este ano. A cidade recolhe hoje 1 mil toneladas mensais de material reciclável, contra 3,5 mil toneladas registrados há quatro anos. Os dados são do levantamento do Cempre.
Segundo a coordenadora da coleta seletiva da cidade, Eliene Moraes, a Ecosystem, uma das empresas que fazia a coleta de recicláveis em 55 mil domicílios, não renovou o contrato com a prefeitura no início deste mês.
Mas, de acordo com ela, esse não é o motivo para a queda do volume recolhido. “Não há uma explicação para isso”, diz. O diretor-executivo do Cempre, André Vilhena, diz que a cidade sofreu com problemas na gestão do lixo neste ano. “Houve algumas falhas de gestão, que estão sendo corrigidas”, afirma.
Compactador
Iniciado em 2 de abril, o contrato emergencial com a Ecosystem não foi renovado porque a empresa utilizava um caminhão compactador para coletar os recicláveis, o que geraria perdas e dificultaria o trabalho de triagem da cooperativa que recebe o material.
De acordo com Eliene, outras duas cooperativas realizam a coleta seletiva na cidade. Cada uma é responsável pela coleta em 37% da cidade. Juntas, abrigam cerca de 280 catadores de lixo reciclável.

Antes de viajar, é melhor fazer algumas contas


Vanderlei Almeida/AFP / Paisagem da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro: viagens de turismo bem planejadas podem custar bem menosPaisagem da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro: viagens de turismo bem planejadas podem custar bem menos
BOA VIDA

Antes de viajar, é melhor fazer algumas contas

Despesas com hospedagem, deslocamentos, alimentação, entretenimento e compras devem ser previstas com antecedência.

Para muitos brasileiros, fim de ano é hora de viajar. Mas, para isso, é importante lembrar de preparar as finanças. Assim, é maior a chance de restarem boas lembranças. A orientação dos especialistas é, “antes da viagem, coloque na ponta do lápis alguns itens”.
Sites de busca
As ferramentas virtuais ajudam o viajante nas buscas por passagens aéreas, hospedagem e locação de veículos. A maior parte reúne diferentes empresas de um mesmo segmento e faz comparações de preços e disponibilidade de reservas. Quando encontra o que procura, o internauta é encaminhado para o site da companhia para efetivar as reservas. Alguns portais oferecem a opção de compra no próprio site. Também há serviços que incluem dicas e avaliações dos destinos e produtos.
Dicas e planejamento
Hostels
Locação de veículos
Hotéis e passagens aéreas
São eles: despesas com hospedagem, que podem ser reduzidas com casa de amigos ou pousadas; deslocamento (passagens ou combustível); transporte no local (táxis ônibus e metrô); alimentação (restaurantes ou compras no mercado); entretenimento e compras.
Há a opção de contratar pacotes prontos das agências de viagens, mas é preciso verificar se eles cobrem todos os itens e comparar os preços com a viagem avulsa. Muitos gastos podem ser reduzidos se comprados com antecedência.
Para as compras, é interessante separar uma verba e não se deixar levar pelas boas ofertas. “Não caia naquela de estar muito barato e comprar mesmo que não precise. Aí você vai ter surpresas”, diz o professor da FGV Alexandre Canalini.
A melhor opção é fazer uma lista do que quer comprar antes de viajar e já pesquisar os preços para separar o dinheiro. “O fundamental é antever o que você vai fazer na viagem”, diz o educador financeiro Mauro Calil.
Outro item importante é decidir como levar o dinheiro. As opções mais comuns hoje são cartão de crédito, pré-pagos e dinheiro vivo. “O dinheiro é bom para quem não tem a menor ideia de quanto está gastando”, diz Calil. Mas facilita o controle e não tem o efeito “câmbio surpresa” e o IOF, como os cartões de crédito. Os cartões pré-pagos são mais fáceis de controlar e têm IOF menor.
Alguns especialistas recomendam levar um pouco em cada meio. Seja qual for a forma, é essencial anotar os gastos para manter o controle.

Banda Nazareth vai parar na delegacia após confusão.


Gazeta do Povo/ Reprodução / O vocalista, Dan McCafferty, se protege de lata na saída do showO vocalista, Dan McCafferty, se protege de lata na saída do show
CAMPO MOURÃO

Banda Nazareth vai parar na delegacia após confusão.

O show da banda de rock es­­­­cocesa Nazareth ter­­minou na delegacia de polícia em Campo Mourão, na madrugada de ontem. Os músicos subiram ao palco com 40 minutos de atraso e, após duas músicas, voltaram ao camarim. Segundo explicações da produção da banda, o vocalista, Dan McCafferty, 66 anos, levou choques ao segurar o microfone enquanto cantava.
Sem acordo com a banda para retornar ao palco, os proprietários do Espaço Unique, onde o show era realizado, acionaram a polícia. Os músicos deixaram o local sob escolta da Polícia Militar e foram levados até a delegacia. Na saída, McCafferty foi atingido na cabeça por uma lata de cerveja atirada por uma pessoa não identificada.
Os integrantes do grupo ainda foram submetidos a uma revista, já que havia informações de que eles estariam sob efeito de drogas. A polícia não localizou qualquer substância com a banda. No hotel, mais problemas: um revoltado grupo de fãs aguardava os músicos. Uma van deixou a cidade sob escolta e os músicos foram para Maringá, a 90 km de Campo Mourão, onde passaram a noite. O cachê para o show foi de R$ 30 mil. A banda devolveu R$ 25 mil à casa de shows.
Oxigênio
Miécio Tezelli, sócio do Espaço Unique, contou que ao chegar na cidade, na tarde de domingo, a produção da banda solicitou a presença de um médico no hotel e a disponibilização de um cilindro de oxigênio. “Eles estavam agindo de forma estranha e falavam palavras desconexas”, diz Tezelli. A banda Nazareth fez sucesso na década de 70 com a música “Love Hurts”.

Plínio de Arruda defende o fim das escolas privadas


Plínio de Arruda defende o fim das escolas privadas

Candidato do PSOL à presidência quer tornar sistema educacional totalmente público
plinio-arruda-psol-casa-julia-chequer-06.05.2010-450x338Julia Chequer/06.05.2010/R7
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL): as escolas devem ser desapropriadas

Ensino privado
O candidato à presidência da República pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, disse em entrevista ao R7 que o fim das escolas particulares é um dos primeiros passos para o fim da desigualdade social no país. O socialista conversou com a reportagem antes do início da campanha eleitoral e falou sobre alguns de seus projetos para a educação no país, caso seja eleito. Veja a seguir os principais trechos:
Plínio de Arruda diz que os imóveis das escolas particulares devem ser desapropriados para que o acesso ao centro se torne universal.
- Desapropria e paga o atraso. Um colégio como o Santa Cruz, por exemplo, tem um superprédio. Isso tem um valor. Então, desapropria o imóvel, paga a congregação que fez isso [mantenedora], mas o colégio vira público. Quem morar nas cercanias pode frequentar o colégio. Seria o correto em uma educação pública. Do mesmo modo como a saúde. Enquanto houver hospital privado, o rico vai receber [atendimento] na hora e o pobre vai levar seis meses para conseguir uma consulta.
Indagado sobre como faria a sociedade apoiar essa medida, o candidato disse que “é uma questão de convencimento”, e que planeja usar seu tempo de propaganda eleitoral na televisão para explicar esse processo ao eleitor.
Remuneração de professores
Para o candidato do PSOL, além de não haver escola privada, os professores devem receber o mesmo salário.
- Todas as escolas têm que ser públicas. Todos os professores têm que pertencer a uma carreira e eles têm que ter um salário igual para trabalho igual. Então, um professor de física de uma escola pública aqui de São Paulo e um da escola pública de uma cidadezinha no Piauí têm que receber a mesma coisa, para poder ter professor competente lá também, senão o menino do Piauí sempre vai perder para o de São Paulo. Então, acho que a educação deveria ser inteiramente pública.
ProUni
O candidato apoia o ProUni (Programa Universidade Para Todos), desenvolvido pelo governo federal, mas afirma que é preciso dar mais atenção ao ensino básico antes de investir muito no universitário.

- [O programa de bolsas] expande o ensino universitário, mas de uma categoria menor. Para seguir a universidade é preciso ter uma base. Senão, você faz um universitário com “pé de barro” – que sempre terá insegurança porque não tem base [educacional].
Cotas nas universidades
- [Ter cotas nas universidades] É de certo modo, um mal necessário. Dada a distância tão grande que se criou nessa sociedade injusta, entre o menino rico e o pobre, é preciso que haja cota. Na verdade não deveria ser racial, deveria ser de pobreza. O menino pobre deveria ter direito de entrar. Aqui se fez com esse aspecto [racial] que eu acho complicado, mas é necessário porque senão não consegue vencer o atraso [educacional]. Numa sociedade justa isso não vai existir.
Educação no campo
Plínio se especializou na questão agrária, e trabalhou em programas de reforma agrária na ONU (Organização das Nações Unidas). Para ele, o sistema de ensino gerido pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) é um exemplo de como a educação deve ser feita no campo.
- Nunca vi, não conheço nenhum sistema educativo mais eficaz do que o do MST. E tenho testemunhas, porque acompanhei esse pessoal por muitos anos.
Ele cita como exemplo uma moça que, segundo o candidato, poderia "se tornar professora universitária" entre a primeira e a última vez que Plínio a encontrou. 
- Ela poderia entrar na universidade. E aprendeu [estudou] no MST.
Religião nas escolas
Para o candidato, as escolas deveriam ser obrigadas a fornecer um curso do pensamento religioso. Os estudantes seriam obrigados a participar, e os pais dos alunos pequenos deveriam ter direito de escolher a religião do professor.
- Nessa aula, os alunos se dividem. O resto é tudo junto: filho de pobre, filho de rico. E é por localização. O menino mora aqui e é filho da cozinheira, ele estuda com o filho do doutor. E o filho do pai ateu convive com o filho do pai religioso. É para ter igualdade no país.
Questionado se a religião poderia tornar-se um tema de segregação entre o povo brasileiro, Plínio admitiu que o risco existe, “mas também existe o intercâmbio” de cultura.
- Na verdade, a educação religiosa é em função da família, não da escola. O que acho que a escola não pode é tentar impor ao aluno a ideologia do Estado.
E acrescentou que a liberdade do pensamento religioso deve ser mantida. O menino ateu e marxista, por exemplo, teria direito de estudar os fundamentos do ateísmo.

Sustentabilidade


Conceito de sustentabilidade 
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.