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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Edital de Licitação do Col Est. Ambrósio Bini


A SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED, inscrita no CNPJ nº 76.416.965/0001-21, por sua Superintendência de Desenvolvimento Educacional - SUDE, com sede e foro na Capital do Estado do Paraná, à Rua dos Funcionários, 1323, esquina com a Rua Recife, Bairro Cabral, torna público que promoverá nas condições enunciadas neste Edital, a licitação na modalidade Concorrência Pública tipo “Menor Preço, em regime de empreitada por preço unitário.
Protocolo nº 11.712.413-4







CAPÍTULO I
1. OBJETO

O objeto desta licitação é a execução de reforço estrutural das fundações, reparos gerais e melhorias no Colégio Estadual Ambrósio Bini, sito à Rua Bertolina Kendrik de Oliveira, 869, fone: (41) 3657-1333, no município de Almirante Tamandaré, Estado do Paraná, de acordo com o estabelecido neste Edital e Elementos Técnicos Instrutores.

1.1. ELEMENTOS TÉCNICOS
Os elementos técnicos instrutores fazem parte integrante do Edital e contêm: 01 (um) CD com projetos, planilha de serviços e cronograma físico-financeiro, registrados na SUDE/DEPO/COR sob 0473/2012, providenciados pela Diretoria de Engenharia, Projetos e OrçamentosDEPO da SUDE/SEED.

CAPÍTULO II
2. GENERALIDADES

2.1. SUPORTE LEGAL

Esta licitação será regida pelo presente Edital, todos seus anexos e documentos nele mencionados, Modelos, Elementos Gráficos e Especificações, pela Lei Estadual nº 15.608, de 16 de agosto de 2007, aplicando-se subsidiariamente a Lei Federal 8.666, de 21 de junho de 1993, pela Lei Complementar Federal 123, de 14 de dezembro de 2006, com alterações de seus dispositivos pela Lei Complementar Federal nº 139/11, de 10 de novembro de 2011, pela Lei Federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, pela Lei Federal nº 12.440, de 07 de julho de 2011, pela Lei Federal nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977, pela Lei Federal nº 12.378, de 30 de dezembro de 2010, pelo Decreto Estadual 4.889, de 31 de maio de 2005, pela Resolução do CONAMA 307, de 5 de julho de 2002, pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (SEIL), de acordo com a Lei Estadual 16.841, de 28 de junho de 2011 e seu Regulamento, aprovado pelo Decreto Estadual 2.706, de 21 de setembro de 2011 e pelas Condições Gerais de Contratos aprovadas pela Resolução 032, de 10 de outubro de 2011, publicada no Diário Oficial do Estado 8572, de 19 de outubro de 2011.

2.2. PRAZO DE EXECUÇÃO E VIGÊNCIA DO CONTRATO

O prazo de execução é de 210 (duzentos e dez) dias corridos e a vigência do contrato será 420 (quatrocentos e vinte) dias corridos, ambos contados a partir da data de aceite da Ordem de Serviço.

2.3. PREÇO MÁXIMO ADMITIDO

O preço máximo admitido para os serviços é de R$ 2.179.852,19 (dois milhões, cento e setenta e nove mil, oitocentos e cinquenta e dois reais e dezenove centavos), sendo R$ 442.674,81 (quatrocentos e quarenta e dois mil, seiscentos e setenta e quatro reais e oitenta e um centavos), compreendendo 67,56% (sessenta e sete vírgula cinquenta e seis por cento) referente a materiais e 32,44% (trinta e dois vírgula quarenta e quatro por cento), referente à mão de obra para os serviços de melhorias e R$ 1.737.177,38 (um milhão, setecentos e trinta e sete mil, cento e setenta e sete reais e trinta e oito centavos ), compreendendo 68,73% (sessenta e oito vírgula setenta e três por cento) referente a materiais e 31,27% (trinta e um vírgula vinte e sete por cento) referente à mão de obra  para os serviços de reparos.

Link para o Edital completo

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terça-feira, 16 de abril de 2013

Com diploma e sem português


Ilustração/ Benett /
REDAÇÃO

Com diploma e sem português

Prova do Enade expõe a falta de domínio da escrita e de regras básicas da língua portuguesa por parte dos universitários.
Falha linguística tem origem na educação básica
Enquanto a nota do Enem é usada como forma de verificar o aprendizado nas escolas e classificar estudantes para o ingresso em universidades públicas, o Enade analisa o rendimento dos alunos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos seus cursos. A prova, porém, não é classificatória nem eliminatória. Mesmo quem tirar zero ou deixar o exame em branco não será impedido de colar grau. Isso ocorre apenas se o estudante não comparecer ao exame.
A partir do desempenho na prova, o Inep elabora a avaliação de cada curso, levando em consideração também a infraestrutura da faculdade e o corpo docente. No Conceito Preliminar de Curso (CPC), por exemplo, a faculdade precisa ter, ao menos, nota 3 para ser considerada satisfatória. A escala vai de 1 a 5. Todo ano, diferentes faculdades são avaliadas.
Para os cursos com conceito insatisfatório, o MEC estabelece medidas obrigatórias, como ingressos interrompidos, redução de vagas e assinatura de compromisso e plano de melhorias detalhado.
Medida paliativa
Pós-doutor em Linguística Aplicada e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jerônimo Rodrigues de Moraes Neto considera gravíssimo o exercício de qualquer profissão sem o conhecimento da língua portuguesa.
Uma pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios mostrou que erros de português são o principal motivo de reprovação em processos seletivos de estágio. No estudo, que avaliou 7.219 alunos de níveis superior e médio, 28,8% perderam oportunidades por isso. Para corrigir as deficiências, universidades oferecem cursos de reforço.
Para a professora Cibele Yahn de Andrade, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Unicamp, nivelar o ensino superior é necessário. Mas, para ela, o centro do problema está nos ensinos fundamental e médio. “Não é possível superar essas deficiências acumuladas, de modo satisfatório, em curto prazo. São habilidades que deveriam ser adquiridas ao longo da vida escolar, na sequência de atividades de leitura e escrita diversificadas e com desafios crescentes.”
Dê a sua opinião
Jovens saem da faculdade sem dominar o português. A quê você atribui essa falha?

Não é apenas no Exame Na­­cio­­nal do Ensino Médio (Enem) que os estudantes cometem erros absurdos de ortografia. No Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), alunos que estão se formando no ensino superior cometem desvios tão ou mais graves como “egnorancia”, “precarea” e “bule” (bullying).
Esses e outros exemplos foram repassados por uma corretora do Enade 2012, que avaliou concluintes de cursos como Direito, Comunicação Social, Administração, Ciên­­cias Econômicas, Relações In­­ternacionais e Psicologia. O material foi entregue pessoalmente, mas, por ter assinado contrato de sigilo com o Ministério da Educação (MEC), a professora não pode ser identificada.
Em dez respostas a uma questão discursiva sobre violência, há erros, sobretudo, de estrutura frasal, imprecisão vocabular e fragmentação de sentido. O enunciado pedia que, a partir da análise de charges e da definição de violência formulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o candidato redigisse um texto sobre a violência atual, contemplando três aspectos: tecnologia e violência; causas e consequências da violência na escola; e proposta de solução para a violência na escola.
Um formando escreveu: “A violencia e causada muitas vezes pela falta de cultura e pela egnorancia dos seres humanos, cuja a tecnologia sao duas grandes preocupação para a sociedade, causando violencia nas escolas”. Outro estudante respondeu: “As escolas tem que orienta e ajuda estas crianças que são violêntas e pratica o bule por enquanto são crianças por que só assim elas terão chacer de melhora e ser uma pessoa melhor e mas calma”.
“Os critérios são benevolentes, mandam não pesar a mão para manter média 5. Precisa se dar à opinião pública a ideia de que o ensino está melhorando. Mas não está. As faculdades formam profissionais analfabetos funcionais. Esse é o final do filme”, diz a corretora.
Avaliação
Em nota, o Instituto Na­­cional de Pesquisas Edu­­ca­­cio­­nais Anisio Teixeira (Inep) rebate com veemência as críticas, afirmando que “são completamente infundadas as suspeições levantadas pela suposta corretora de que ocorreu orientação para ‘aliviar’ nas correções”. De acordo com o órgão, responsável pela aplicação da prova, “isso não acontece, nem aconteceu, no Enade, Enem, ou em qualquer outro exame sob responsabilidade do Inep/MEC”. O comunicado esclarece ainda que quaisquer erros tão grosseiros como os citados nesta reportagem certamente teriam “baixíssima avaliação”.
Segundo o Inep, as correções do Enade 2012 são feitas por bancas constituídas de um professor doutor como presidente e membros com titulação de doutorado ou mestrado vinculados há, pelo menos, cinco anos em instituições de ensino superior.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Curitiba terá vacinação contra a gripe em shoppings e mercados no sábado


Felipe Rosa/Gazeta do Povo / Enquanto no ano passado, no Paraná, 1,9 milhões de doses foram aplicadas, em 2013, 2,8 milhões de pessoas vão receber a vacinaEnquanto no ano passado, no Paraná, 1,9 milhões de doses foram aplicadas, em 2013, 2,8 milhões de pessoas vão receber a vacina
CAMPANHA

Curitiba terá vacinação contra a gripe em shoppings e mercados no sábado

Campanha teve início nesta segunda-feira (15) e segue até dia 26. Vacinação em dias normais ocorre nas unidades básicas de saúde.
A campanha de vacinação contra a gripe do Ministério da Saúde começou nesta segunda-feira (15) e as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários devem procurar as unidades básicas de saúde. A imunização segue até 26 de abril.
Em Curitiba, quem não puder comparecer a esses locais, poderá se vacinar em shoppings, supermercados e algumas escolas no próximo sábado (20), data do mutirão chamado Dia D.
Saiba mais sobre a campanha de vacinação contra a gripe:
Período: de hoje até o dia 26 de abril.
Locais: unidades básicas de saúde.
Efeitos: a vacina concede imunidade apenas 15 dias após a aplicação.
Contraindicação: a vacina só é contra­­indicada para pessoas que já apresentaram reações adversas em campanhas anteriores ou que tenham alergia a ovo.
Quem pode se vacinar: pessoas com mais de 60 anos, crianças entre 6 meses e 2 anos de idade, gestantes, indígenas, trabalhadores de saúde, presidiários, portadores de doenças crônicas e mulheres até 45 dias após o parto.
Doentes crônicos: deverão comprovar que têm direito à vacina apresentando prescrição médica de indicação da dose ou receita do medicamento de uso contínuo utilizado em seu tratamento. Caso o paciente não tenha nenhum desses documentos, a orientação é que vá à unidade de saúde onde recebe tratamento e solicite que o profissional de saúde verifique seu cadastro nos programas de acompanhamento do SUS.
Trabalhadores de saúde: a vacina será ofertada apenas para os profissionais que atendem pessoas com suspeita de gripe. Para este grupo, será exigido um documento assinado pelo médico responsável pelo serviço de saúde a que o trabalhador está vinculado.
Gestantes: devem comprovar a gravidez com a carteirinha do pré-natal ou atestado médico. Já as mães que deram à luz recentemente terão de apresentar a certidão de nascimento de seus filhos.
Crianças: a vacina é aplicada de forma intramuscular e em apenas uma única dose para quase todos os grupos. A exceção é o grupo das crianças, que recebem duas doses, sendo a segunda aplicação 30 dias após a primeira.
Cada município organizará a campanha do Dia D, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Fora dessa data, a vacinação ocorre somente nas unidades básicas de saúde. Uma tenda também será montada na Boca Maldita, no Centro da capital.

A Sesa prevê que serão aplicadas 2,8 milhões de doses no estado - 900 mil a mais que em 2012. A vacina protege contra três tipos de vírus da gripe, entre eles o H1N1.
Mulheres em período de pós-parto – que tiveram bebê 45 dias antes de tomar a vacina -, doentes crônicos - com enfermidades respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas, neurológicas, imunodeprimidos, com obesidade de grau três e transplantados – e presos em delegacias serão incluídos nos grupos prioritários que serão vacinados gratuitamente contra a gripe neste ano.
Outros grupos que têm direito à imunização gratuita são os idosos com 60 anos ou mais, gestantes, crianças com idade entre seis meses e 2 anos incompletos (1 ano, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, indígenas e população do sistema penitenciário e cadeias públicas.
Doentes crônicos
As pessoas que visitam o Paraná devem estar atentas às regras de vacinação no estado. No caso de doentes crônicos, a pessoa deve apresentar atestado médico com a indicação da doença, a qual deve ter sido incluída na lista elaborada pelo estado.
Os doentes crônicos paranaenses também deve apresentar atestado. A orientação é para que as pessoas vacinem-se nas unidades de saúde em que fazem tratamento, pois será possível acessar o histórico do paciente.
Confira a listagem da Sesa com as doenças crônicas e condições clínicas com indicação da vacina:
- Doenças respiratórias crônicas: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquioecstasia, fibrose cística, doenças intersticiais do pulmão, displasia broncopulmonar, hipertensão arterial pulmonar e crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
- Doenças cardíacas crônicas: doença cardíaca congênita, hipertensão arterial sistêmica com comorbidade, doença cardíaca isquêmica e insuficiência cardíaca.
- Doenças renais crônicas: doença renal nos estágios 3,4 e 5, doença nefrótica e paciente em diálise.
- Doenças hepáticas crônicas: condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica. Nesses casos, considerar as necessidades clínicas individuais de pacientes, como AVC, paralisia cerebral, escleroses múltiplas e condições similares.
- Diabetes: tipo I e II, em uso de medicamentos.
- Imunossupressão: imunodeficiência congênita ou adquirida, imunossupressão por doenças ou medicamentos.
- Obesidade grau III.
- Transplantados: órgãos sólidos e medula óssea.


Vacinação em Curitiba no sábado:
Fonte: Prefeitura de Curitiba.

“Se a criança pergunta, tem o direito de saber”


Gilberto Abelha/ Jornal de Londrina /

Mary Neide Damico Figueiró, psicóloga e autora do livro “Educação sexual no dia a dia”.
“De onde vim e como fui parar na barriga da minha mãe?” Quem tem filho sabe que essa é uma das primeiras perguntas embaraçosas a que os pais são submetidos. E como respondê-la sem apelar ao recurso da cegonha ou da plantação de repolhos? Para a psicóloga e professora universitária Mary Neide Damico Figueiró, o ideal é contar a verdade, sempre.
No livro Educação sexual no dia a dia, lançado no início do mês, Mary Neide narra situações do cotidiano e analisa pontos positivos e falhos no comportamento do adulto ao lidar com as dúvidas de crianças e adolescentes sobre sexualidade. O livro surgiu a partir das experiências relatadas por educadores da rede pública de ensino nos Grupos de Estudos Sobre Educação Sexual (GEES), um projeto de extensão criado em 1995 pela psicóloga, na Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O livro pretende ensinar os fundamentos básicos da educação sexual para pai, mãe, educadores e estudantes de graduação. Nele, vou entremeando os fatos com a teoria da educação sexual. Trabalho questões como: quando a criança pergunta, devemos só responder o que ela perguntou? Eu já digo que não precisa ser isso, eu posso esticar a conversa. Se eu vejo que a criança está interessada, eu posso fazer um diálogo, conversar um pouco mais.Qual o objetivo do livro?
E se deve responder sempre com a verdade?
Sempre. Quando o adulto não sabe, ou está com dificuldade, é melhor ele dizer: “desculpa, eu não consigo te explicar, em outro momento te explico”, ou “vou me informar”. Mas não enrolar ou mentir. Se o adulto não explica, a criança, insatisfeita, vai atrás da resposta. Hoje as crianças têm a internet e podem perguntar aos amigos. E, normalmente, o jeito que o amigo explica é mais malicioso. Não é uma explicação de uma sexualidade tranquila, positiva. Se a criança faz a pergunta, ela tem o direito de ter a resposta.
A senhora diz que a vida sexual é para “gente grande”. O que define isso é a idade?
Não tem uma idade específica para que a gente fale “é a partir de agora, a partir dos 15, dos 14 anos, dos 18”. É muito difícil e não cabe a nós estabelecermos. Mas acho que, assim como a criança não vai trabalhar quando é pequena, ter uma vida sexual a dois também exige um mínimo de idade e maturidade, tanto física quanto psicológica. O que fazemos na educação sexual é trabalhar com os adolescentes, ensiná-los a pensar, a refletir sobre esses temas, para que eles se preparem.
Na escola, como o professor faz para explicar questões sobre sexo sem que isso se choque com crenças familiares?
A professora tem que adotar o conhecimento científico, oportunizar que os alunos possam trocar ideias, refletir sobre o tema. Óbvio, a criança vai ter valores que a família defende e tudo vai fazer parte de uma discussão na sala de aula. Com o tempo, a criança vai amadurecendo e escolhendo os seus próprios valores.
E as questões de gênero, de diversidade sexual, como o professor pode tratar o assunto em sala de aula?
Esse é um tema que eu trato no livro. Eu explico o que é homossexual, o que é travesti. Falo porque as pessoas são homossexuais, o que é uma pergunta constante. São questões que fazem parte da nossa realidade e é natural que a criança queira entender. E ela precisa entender, para aprender a respeitar. Vejo que a professora precisa trabalhar muito as questões de gênero, de igualdade, para combater o racismo, o sexismo, que é essa divisão estanque “homem faz isso, mulher faz aquilo”. A educação sexual requer uma luta pela igualdade dos sexos, que deve ser trabalhada com as crianças desde a infância.
Como a educação sexual é tratada nas grades curriculares? Existe uma disciplina específica ou deveria existir?
Desde 2006, o MEC criou os Parâmetros Curriculares Nacionais, os chamados PCNs. E eu acho a proposta deles excelente, que é de tratar o tema de forma transversal, perpassando cada disciplina. Não é só o professor de Ciências que pode falar sobre isso, mas o de História também, trabalhando questões de gênero e igualdade em relação a homem-mulher. Uma professora de Geografia, que vai estudar estatísticas, pode estudar estatísticas de aborto, de nascimentos entre meninas adolescentes, fazer um gancho e abrir um espaço pra conversar.
E essa abordagem está funcionando na prática?
Acho uma iniciativa feliz, mas não está sendo aplicada. O Paraná, principalmente, foi contra o PCN. A documentação própria do Paraná colocou todo o ensino da sexualidade dentro de Ciências novamente. Acho uma pena. Conheço duas professoras de Matemática que se destacaram muito porque eram procuradas espontaneamente pelos alunos, para tirar dúvidas sobre sexualidade. Se os alunos rendessem bem, elas reservavam uma aula por semana para conversar sobre o tema. E aí os alunos tiveram um rendimento em Matemática muito maior do que em outras turmas.
Esse comportamento dos alunos, por exemplo, demonstra uma carência de falar sobre sexualidade em casa?
Esse é um ponto fundamental, que eu batalho bastante com os professores. Vamos imaginar que a gente tenha uma sala de 40 alunos de sétima série, e que todos tenham em casa uma educação sexual nota 10 com os pais. Então, eles não precisam que a escola trabalhe esse assunto? Errado. A escola precisa falar sobre isso mesmo assim. Porque na escola tem algo que não tem em casa e que é fundamental na educação sexual: os colegas, a diversidade de opiniões. Você não educa sexualmente sem isso. Você doutrina, se quiser. Mas, para educar, tem que abrir diálogo para discussões.

SAEP vai avaliar 300 mil alunos da rede pública


Seminário do Sistema de Educação Básica do Paraná, realizado em fevereiro.<br />
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A Secretaria de Estado da Educação fará nesta terça-feira (16) a segunda prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná (Saep). O sistema serve para medir a aprendizagem dos estudantes, na formulação de ações de educação e para subsidiar os professores na prática docente. 

A nova avaliação será aplicada em todas as escolas da rede estadual de educação, para cerca de 300 mil alunos do 6º ano do ensino fundamental (antiga 5ª série) e do 1º ano do ensino médio. 

Os estudantes deverão responder 26 questões objetivas da disciplina de matemática e outras 26 de português. Cada estudante responderá às questões no seu turno de aula. O tempo de aplicação da prova é de três horas. 

Além das questões de conhecimentos das disciplinas, a avaliação também terá questões pedagógicas e de gestão escolar, que serão respondidas por diretores e professores das disciplinas de matemática e português, que somam mais de 17 mil profissionais.

Este ano a Secretaria fará duas avaliações. A segunda acontecerá em novembro e poderá conter outras disciplinas. 

Um dos motivos que levou o Paraná a desenvolver um sistema próprio de avaliação da qualidade do ensino das escolas públicas é o fato de que os resultados das avaliações atuais, feitas pelo governo federal, demoram muito para chegar às mãos dos professores e pedagogos.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), por exemplo, é divulgado pelo Ministério da Educação cada dois anos. Além disso, outros estados já possuem sistemas próprios de avaliação. 

“O sistema próprio permitirá ações mais rápidas e pontuais para melhorar a qualidade da educação no estado. Ele também é mais fiel pois leva em consideração as diretrizes curriculares do nosso estado”, afirma a superintendente de Educação, Eliane Rocha.

Outra. No caso do Saep, além da nota geral do estado, aparecem resultados por Núcleos Regionais de Educação, municípios, escola, turmas e por aluno. 

Com esse nível de detalhe, o Saep pode subsidiar cada escola com dados específicos da sua realidade e informações para que possa desenvolver metodologias de ensino diferenciadas, que atendam as necessidades identificadas no sistema.

RESULTADOS – A primeira avaliação do sistema próprio da Secretaria foi aplicada em novembro passado para 250 mil estudantes do 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Os dados serão disponibilizados para as escolas, por meio do portal da Secretaria: www.educacao.pr.gov.br

Cada escola terá uma senha para acessar individualmente seus resultados. Qualquer integrante da comunidade escolar, como responsáveis que queiram saber do desempenho dos estudantes, pode procurar a direção e solicitar as informações.

“Não queremos competição. Queremos que cada escola reflita seus resultados para corrigir problemas e avançar”.

SERVIÇO

Prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná
Data: 16 de abril, quarta-feira
Horário: No turno em que o aluno estuda
Manhã - 8h30 às 11h30
Tarde - 14h às 17 h
Noite - 19h20 às 22h20

Local: escolas da rede estadual de educação

Participação: Alunos do 6º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio e do ano de conclusão do curso técnico do ensino médio integrado das escolas da rede estadual de ensino.

Material para a prova: Lápis, borracha e caneta esferográfica preta ou azul