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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

domingo, 29 de julho de 2012

Os limites tênues das manifestações


Marcos de Mello / Ilustração /
POLÊMICA

Os limites tênues das manifestações

Protestos como greves e ocupações de prédios públicos podem ser legítimos ou não. O julgamento depende do respeito a direitos fundamentais.
Até onde vai o direito de greve? E o direito de ocupar prédios públicos? Na verdade, não existe uma regra fixa: tudo depende das circunstâncias. Há casos em que seria lícito, inclusive, usar armas. Em outros, no entanto, a manifestação de uma minoria sem representatividade seria um ato abusivo.
Depois de 17 dias ocupado, o prédio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi liberado na última sexta-feira por alunos ligados ao Comando de Greve, movimento estudantil solidário à paralisação dos professores e servidores federais. Para a sociedade que assistiu ao fato, é difícil avaliar as consequências do ato e se a ação é justificável.
Um por todos, todos por Um
A divisão entre a democracia direta e a representativa
Um detalhe interessante na ocupação da reitoria da UFPR é que o diretório Central dos estudantes (DCE) não considerou o ato legítimo por não contar, segundo o órgão, com o apoio da maioria dos alunos. Como resposta, os ocupantes do prédio dizem acreditar mais na democracia direta do que na representativa. Ou seja, valorizam mais a vontade dos alunos expressa nas votações realizadas nas assembleias do Comando de Greve, do que as decisões tomadas com os representantes do DCE eleitos pelos estudantes da instituição.
O choque é entre uma concepção rousseauniana de “soberania popular” e os princípios de um Estado Constitucional. A diferença básica entre os dois é que a soberania popular não é absoluta no segundo caso, mas segue uma série de regras predeterminadas em sociedade para defender os direitos de todos.

  • Os ocupantes alegam que a direção da UFPR não quis negociar reivindicações específicas dos discentes por melhores condições de ensino. Do outro lado, a instituição argumenta que a ocupação ocorreu durante a quinta reunião de negociação da pauta apresentada pelos alunos, interrompendo, assim, de forma unilateral, a discussão.
Sem a pretensão de dar razão a um dos lados, um pouco de filosofia política pode ajudar a analisar o fato. O Estado Democrático de Direito tenta resolver, a duras penas, vários dilemas da vida em sociedade. Instrumentos, como as leis e o sufrágio universal, procuram proteger e promover os direitos fundamentais de cada pessoa. Os parâmetros democráticos possuem a difícil tarefa de defender o pluralismo, sem cair no relativismo dos direitos fundamentais. Por exemplo, o direito de expressão não é relativo, pois, se fosse vetado a alguém, feriria o pluralismo. O mesmo se pode dizer do direito à vida, à liberdade religiosa, ao trabalho e outros previstos na Constituição.
Legitimidade
Nesse sentido, qualquer manifestação é legítima desde que não prejudique os direitos mínimos de outras pessoas. Um protesto extremo, explica Dircêo Torrecillas Ramos, presidente da Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, só é lícito quando foram esgotados os meios pacíficos. “A greve e a manifestação são direitos. Mas quem decidiu parar de trabalhar não pode interromper serviços essenciais, o que seria um abuso.”
Gustavo Bambini, professor de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), afirma ainda que outro indício da legitimidade da ocupação é ver se essa decisão conta com o apoio da maior parte dos estudantes interessados. “Tudo isso deve ser construído com consen-
so, com o apoio da classe estudantil, em assembleias nas quais apareça a vontade da maioria e não de pequenos grupos”, pondera.

Quadro de medalhas






ouro




prata




bronze




TOTAL
China64212
Estados Unidos35311
Itália2327
Coréia do Sul2125
França2114
Coréia do Norte2013
Cazaquistão2002
Austrália1113
Brasil1113
Hungria1113
11ºHolanda1102
12ºRússia1034
13ºÁfrica do Sul1001
13ºGeórgia1001
15ºJapão0235
16ºGrã-Bretanha0112
17ºColômbia0101
17ºCuba0101
17ºPolônia0101
17ºRomênia0101
17ºTaipei Chinois0101
22ºAzerbaidjão0011
22ºBélgica0011
22ºCanadá0011
22ºEslováquia0011
22ºMoldávia0011
22ºNoruega0011
22ºSerbia0011
22ºUcrânia0011
22ºUzbequistão0011

sábado, 28 de julho de 2012

CFM vai à Justiça para proibir venda de medicamentos em gôndolas


Para o presidente do Conselho Federal de Medicina, medida da Anvisa é “irresponsável” porque estimula a automedicação e coloca a população em risco.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) pretende recorrer à Justiça para tentar reverter decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que liberou a venda de medicamentos isentos de receita médica em gôndolas das farmácias. Para o presidente da entidade, Roberto Luiz d'Avila, a medida é “irresponsável” porque estimula a automedicação e coloca a população em risco.
“É um retrocesso depois de todos os argumentos que a gente tem defendido ao longo dos últimos anos sobre o uso racional dos medicamentos, essa notícia derruba todos os esforços”, disse.

A decisão da Anvisa, publicada hoje (27) no Diário Oficial da União, tomou por base um estudo da equipe técnica do órgão que concluiu que a proibição da venda de remédios nas gôndolas não contribuiu para diminuir o número de intoxicações no Brasil. O levantamento constatou também uma maior concentração de mercado e prejuízo ao direito de escolha do consumidor. Para o CFM, o estudo é pouco consistente e considerou um curto período de tempo para a análise dos resultados.
O presidente do CFM argumenta que todos os tipos de medicamento trazem algum risco, mesmo aqueles que são vendidos sem exigência de receita médica. Por isso, o conselho alerta para a necessidade de haver sempre uma orientação e prescrição para a venda. Caso contrário,. “a farmácia vira um supermercado de remédios”.
“A revogação pode induzir à automedicação e ao uso irracional de medicamentos, onerar o SUS [Sistema Único de Saúde] com o aumento de internações hospitalares evitáveis, aumentar o número de casos de intoxicações medicamentosas e banalizar o consumo de medicamentos por meio de estratégias mercadológicas de ampliação de vendas”, diz a nota divulgada pela entidade, em conjunto com o Conselho Federal de Farmácia (CFF).

Primeiro transplante de ovário do Brasil termina com sucesso


A cirurgia durou cerca de duas horas e foi comandada pelo médico Gilberto Almodin. As irmãs que partiparam do transplante passam bem, segundo a família.

Terminou com sucesso o primeiro transplante de ovário do Brasil, que ocorreu na manhã deste sábado (28), em Maringá. O procedimento durou cerca de duas horas no Hospital São Marcos e foi conduzido pelo médico e pesquisador Carlos Gilberto Almodin. Ele é conhecido por ter viabilizado a primeira gestação de mulher com menopausa do país.
Segundo Marcelo Batista, marido de Mariana Gerep de Morais, que recebeu o ovário da irmã gêmea, Elisa Gerep de Morais, a cirurgia foi tranquila. Ele disse que, por volta do meio-dia, as irmãs já haviam almoçado e caminhavam pelo quarto do hospital.

A reportagem tentou contato com o médico
Carlos Gilbeto Almodin, mas não obteve retorno.“Toda família está muito feliz. Isso [o transplante] é a esperança de uma vida nova para todos nós”, afirmou à Gazeta Maringá.
Transplante
O trabalho é resultado de uma pesquisa iniciada em 1999 para restaurar a fertilidade em mulheres com menopausa precoce decorrente de falência ovariana (seja de origem genética ou causada por tratamento quimio e/ou radioterápico). Em princípio, a técnica desenvolvida foi feita experimentalmente em ovelhas e os resultados foram apresentados em Seattle, nos Estados Unidos, em outubro de 2002.
Apesar da técnica já ter sido aplicada em vários países com sucesso, a equipe de Almodin (que também é formada pelos médicos Rafael Radaelli e Paula Almodin) nunca conseguiu fazer o transplante no Brasil por não ter acesso às pacientes.
Apesar de jovem, Mariana Gerep de Morais teve falência ovariana precoce e entrou em menopausa perdendo toda atividade hormonal e a fertilidade. Para viver normalmente, ela teria de fazer reposição hormonal e não poderia conceber filhos. Com a nova técnica, Mariana receberá parte de um dos ovários de Elisa, podendo recuperar a função hormonal e engravidar naturalmente.
Em comunicado repassado para a imprensa, Almodin explicou que apesar de ter sido aplicada com sucesso em vários países, como Bélgica, França e Estados Unidos, a técnica ainda é considerada experimental e não se pode prever com exatidão os resultados. “A maior preocupação seria de não ter como mensurar por quanto tempo o transplante funcionará”, informou em nota. O objetivo da equipe médica era transplantar parte do ovário doado e congelar outra parte para uso futuro.
Técnica premiada
A técnica ganhou o prêmio The Best Video Award – Basic Science Category no American Society for Reproductive Medicine Meeting e publicada posteriormente nos Estados Unidos e naInglaterra. Em 2004, a equipe de Almodin obteve a autorização do Ministério da Saúde para a realização do procedimento em humanos.

Diego Hypólito amarga novo fracasso olímpico


Dylan Martinez/ Reuters / Diego Hypólito caiu novamente e está eliminado dos Jogos de LondresDiego Hypólito caiu novamente e está eliminado dos Jogos de Londres
LONDRES-2012

Diego Hypólito amarga novo fracasso olímpico

Ginasta não consegue chegar à final de solo e põe em dúvida sua presença na Rio-2016.
Na sua segunda experiência olímpica, mais um fracasso. Se em Pequim-2008 Diego Hypólitodecepcionou na final do solo ao cair durante sua apresentação e ficou em sexto lugar, em Londreso ginasta nem sequer passou da fase eliminatória. Hypólito terminou em 38º e não conseguiu um lugar entre os finalistas. "Foi meu segundo fracasso olímpico", admitiu o ginasta, que novamente sofreu uma queda e teve pontuação de 13,766.
Com 26 anos, Hypólito pôs em dúvida, inclusive, sua ida aos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. "Querer eu quero, mas tem um grupo jovem chegando. Se na minha segunda Olimpíada eu não consegui nem chegar à final, não sei se não vou ficar para trás até lá", comentou.
Dylan Martinez/ Reuters
Dylan Martinez/ Reuters / Decepção estampa rosto de Hypólito após quedaAmpliar imagem
Decepção estampa rosto de Hypólito após queda
Nem mesmo o histórico de lesões foi apontado por Hypólito como causa para o desempenho ruim. Este ano, Hypólito submeteu-se à quinta cirurgia de joelho da sua carreira. "Todo atleta se machuca. Seria muita pretensão minha apontar isso como causa para o resultado", resignou-se.
Brasileiros vão para a final
O começo da ginástica artística do Brasil teve duas boas surpresas. Os dois estreantes em olimpíadas Arthur Zanetti e Sergio Sasakiconseguiram passar para as finais em duas categorias diferentes.
Sergio Sasaki, de 20 anos, passou bem pelos aparelhos, sem muitas falhas, e conseguiu 89.132 pontos na disputa individual geral. O atleta ficou em 11º lugar na classificação geral e irá disputar a final na segunda-feira (30).
Arthur Zanetti também teve uma exibição, mas em um aparelho específico: as argolas. Ele conseguiu 15.616 pontos, com o 4.º lugar, e também tentará medalha na final, que acontece no próximo domingo (6). 

Sábado rende três medalhas ao Brasil


Fotos: AFP:Franck Fife/ REUTERS:David Gray /Kim Kyung-Hoon / Medalhistas do Brasil no sábado: Sarah Menezes, Thiago Pereira e Felipe KitadaiMedalhistas do Brasil no sábado: Sarah Menezes, Thiago Pereira e Felipe Kitadai
LONDRES-2012

Sábado rende três medalhas ao Brasil

Dia que sucedeu a abertura dos Jogos foi bom para o país, que garantiu um ouro, uma prata e um bronze.
Pela primeira vez na história olímpica do Brasil, um representante do país ganhou uma medalha de ouro no dia seguinte à abertura oficial de uma Olimpíada.
Essa honra foi da judoca Sarah Menezes, campeã na categoria ligeiro (48 kg), neste sábado (28), em Londres. O país conquistou ainda uma prata com o nadador Thiago Pereira nos 400 metros medley e um bronze com o judoca Felipe Kitadai, também pela categoria ligeiro (60 kg).
As três conquistas garantiram ao Brasil a melhor estreia nas Olimpíadas desde a primeira participação do país, na Antuérpia (Bélgica), em 1920.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Brasil leva susto, mas vence Egito por 3 a 2 em estreia


Daniel Castellano / Gazeta do Povo - enviado especial / Leandro Damião marcou o segundo gol brasileiro diante do EgitoLeandro Damião marcou o segundo gol brasileiro diante do Egito
FUTEBOL MASCULINO

Brasil leva susto, mas vence Egito por 3 a 2 em estreia

Seleção chegou a abrir 3 a 0, no entanto, diminuiu o ritmo na etapa final. Mesmo assim, garantiu a vitória.
futebol masculino brasileiro não começou tão bem a Olimpíada de Londres quanto a equipe feminina, mas também venceu. O time bateu o Egito na estreia por 3 a 2, em Cardiff, no País de Gales.
Oscar, novo contratado do Chelsea, foi o melhor jogador brasileiro na partida. Ele deu duas assistências para gols ainda na primeira etapa. Leandro DamiãoRafael e Neymar marcaram para o Brasil. Apesar de ter feito o terceiro gol, Neymar teve atuação apagada.
Destaque
O primeiro tempo brasileiro foi o ponto alto do jogo. Com toques rápidos e precisos, Oscar conseguiu mostrar que o Brasil pode ter um camisa dez a altura da história da seleção brasileira. Ele joga simples e não inventa. Na segunda etapa, outro destaque apareceu. O atacante Salah, do Egito, não merece estar no banco de reservas. Ele foi o responsável pela maioria das jogadas de ataque do Egito.

  • Na próxima rodada, no domingo (29), às 11h, o Brasil enfrenta a Bielorrússia, que também venceu na estreia. O Egito joga contra a Nova Zelândia.
O jogo
O começo do jogo brasileiro, nesta quinta-feira (26), foi nervoso. O time masculino demorou para acordar no jogo, no entanto, quando acordou, aos 16’, Oscar fez bela jogada pela direita e deu um passe milimétrico para o lateral-direito Rafael, que bateu forte de perna esquerda. O camisa 10 também cruzou a bola para o paranaense Leandro Damião fazer o segundo aos 25’.
Logo depois, ainda no primeiro tempo, Neymararrancou sozinho e passou para Hulk na esquerda. O jogador do Porto devolveu de cabeça para o craque santista e ele balançou as redes egípcias. A primeira parte do jogo foi quase perfeita para o Brasil.
Queda de rendimento
O jogador Salah, do Egito, entrou no segundo tempo e deu um gás novo para o adversário brasileiro. Com a queda de rendimento, Salah caiu pelo lado direito, nas costas do lateral Marcelo. Por ali, ele criou várias jogadas. Em um bate e rebate na defesa brasileira, Aboutrika conseguiu completar para fazer o primeiro gol egípcio, aos 6' do segundo tempo.
Aos 30', Salah, em belo drible em cima do zagueiro Juan, bateu firme tirando o goleiro Neto do lance. Apesar da reação e do susto que levou aos brasileiros, a pressão egípcia não foi tão forte para chegar ao empate.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sindicato indica que professores aceitem a contraproposta do governo


No Paraná, a decisão afeta apenas o IFPR. Já a UFPR e a UTFPR dependem da Andes, que decidirá até o fim do dia se aprova a contraproposta apresentada pelo Ministério do Planejamento.

A Federação que reúne os sindicatos de professores dos Institutos Federais no Brasil, o Proifes, decidiu nesta quarta-feira (25) indicar aos professores em greve nessas instituições que aceitem aproposta do governo apresentada na terça-feira (24). O Conselho Deliberativo da entidade entendeu que a proposta do governo contempla as principais reivindicações da entidade.
No Paraná, a deliberação afeta apenas o Instituto Federal do Paraná (IFPR). Nos próximos dias, professores desta instituição votarão se aprovam a indicação do Proifes por meio de um plebiscito. “Faremos assim para garantir que todos os professores possam dar a sua opinião, mesmo que não consigam ir à assembleia”, afirmou Nilton Brandão, presidente do Sindiedutec, sindicato dos professores do IFPR e diretor do Proifes.

De acordo com Brandão, a proposta do governo é aceitável. “Não era tudo o que queríamos, mas, dada a conjuntura atual, é a melhor até agora porque leva em consideração todas as reivindicações que o Proifes apresentou”, afirmou. “Todos os professores terão, ao menos, reajuste salarial de acordo com a inflação até 2015. O governo retirou ainda alguns pontos que feriam a nossa autonomia, que serão estudados em mesas de trabalho conjuntas”.
Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), vinculadas a outro sindicato, a Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), esperam a decisão de uma assembleia que acontece nessa quarta-feira no Comando de Greve, em Brasília, e que ainda não terminou. A presidente da Andes, Marinalva Oliveira, já adiantou que os professores não gostaram da contraproposta do governo, mas que a entidade só tomará alguma posição oficial no fim do encontro. Depois que a Andes se posicionar, os sindicatos locais dos professores de cada instituição terão até o dia 1º de agosto para votar se aceitam a proposta, data em que já está marcada outra reunião de negociação dos sindicatos com o Ministério do Planejamento.
Em nota, o Conselho Deliberativo do Proifes declarou que "a aceitação da nova proposta também reflete uma preocupação com o prazo de até 31 de agosto para que o governo envie Projeto de Lei ao Congresso Nacional". Do contrário, continua o texto, "não haverá reajuste em 2013 e todos os avanços da negociação iniciada em setembro do ano passado serãom desconsiderados".

Atleta grega é excluída dos Jogos Olímpicos por comentário racista no Twitter


AFP / Voula Papachristou foi excluída dos Jogos por comentários racistas no TwitterVoula Papachristou foi excluída dos Jogos por comentários racistas no Twitter
LONDRES-2012

Atleta grega é excluída dos Jogos Olímpicos por comentário racista no Twitter

Atleta do salto triplo, campeã nacional na modalidade, escreveu mensagem dirigida aos africanos, principalmente aos egípcios.
A atleta grega Voula Papachristou foi excluída da equipe olímpica de seu país, por publicar um comentário racista no Twitter, ato considerado "incompatível com os valores olímpicos", segundo o Comitê Olímpico Grego.
A atleta do salto triplo, campeã nacional na modalidade, fez comentários dirigidos aos africanos, principalmente aos egípcios: "Com tantos africanos na Grécia, pelo menos os mosquitos do Nilo comerão comida caseira!".
O comentário foi feito em um momento no qual o país de Papachristou é amplamente afetado pela crise econômica e financeira, com aumento significativo de incidentes racistas.
A atleta quis se justificar nesta quarta-feira (25), dizendo que só "retuitou", uma mensagem postada anteriormente no site. "Não quis ofender ninguém. Respeito todos sem levar em conta a cor da pele. Não tenho qualquer relação com a política, só me interessa o atletismo", disse ao site "Contra.gr". EFE

Brasil goleia Camarões por 5 a 0 na estreia na Olimpíada


Reuters
Reuters / Brasileiras dançam após mais um gol da seleção contra CamarõesBrasileiras dançam após mais um gol da seleção contra Camarões
LONDRES-2012

Brasil goleia Camarões por 5 a 0 na estreia na Olimpíada

Marta - duas vezes – Renata Costa, Cristiane e Francielle marcaram os gols brasileiros na partida disputada em Cardiff.
A estreia da seleção brasileira olímpica de futebol feminino ocorreu sem sustos e com uma goleada. Contra o fraco time de Camarões, o Brasil venceu por 5 a 0 na primeira partida naOlímpiada de Londres.
Em dez minutos de jogo, Francielle e a paranaense Renata Costa já haviam marcado dois gols para a seleção no Millenium Stadium, em Cardiff, no País de Gales.
Destaques
A bola parada de Francielle e a habilidade de Cristiane foram a grande cartada brasileira no jogo desta quarta-feira (25) A fragilidade de Camarões, um time com qualidade muito inferior a brasileira, também facilitou o trabalho. Marta, mesmo com dois gols, não conseguiu fazer uma boa partida.
Além do ótimo resultado na estreia brasileira, a seleção tem agora a maior artilheira da história olímpica do futebol feminino. Cristiane marcou o quarto gol brasileiro e chegou a 11 em Olímpiadas. Ela passou a alemã Birgit Prinz, que não jogará em Londres, já que a seleção da Alemanhã não se classificou.
Com o resultado, o Brasil lidera o grupo, com três pontos e quatro gols de saldo a mais do que a seleção da Grã-Bretanha, principal adversário brasileiro do grupo. A seleção britânica venceu a Nova Zelândia por 1 a 0.

O jogo
A seleção brasileira começou o jogo errando alguns passes na saída de bola, o que acabou gerando contra-ataques para as “leoas indomáveis”, apelido das camaronesas. Nos primeiros minutos de jogo, as brasileiras não conseguiam passar do meio de campo sem chutões. Aos 6’, na primeira jogada que funcionou no ataque verde e amarelo, a veterana Formiga recebeu falta perto do bico esquerdo da grande área de Camarões. Na cobrança, Francielle bateu colocado e marcou.
O primeiro gol brasileiro deu calma às jogadoras que partiram para cima. Três minutos depois, em um escanteio cobrado por Francielle, Renata Costa completou sozinha de cabeça no meio do gol.
Depois do segundo gol, o Brasil relaxou, chegando somente com chutes de fora da área e em jogadas de bola parada com Francielle e Marta.
A segunda estapa da estreia brasileira também começou morna. O Brasil só mudou a postura quando Marta sofreu um pênalti duvidoso aos 27’ após um cruzamento de Cristiane, substituta de Thaisinha, pela ponta esquerda. A camisa 10 não bateu muito bem, mas marcou o terceiro.
Com a goleada aberta e a fragiliadade camaronesa, Cristiane devolveu ao Brasil os dribles que Marta não acertava. No quarto gol brasileiro, ela recebeu um passe na medida de Marta, driblou a goleira e mandou para rede, se tornando a maior artilheira da história olímpica.
Mesmo com uma atuação abaixo da média, Marta conseguiu fazer mais um gol após outra jogada individual de Cristiane. A artilheira do Brasil em Olímpiadas driblou cinco jogadoras pela equerda, tirou a goleira e cruzou para a Marta completar.

Crianças até 4 anos são novo alvo da vacinação


Vida e Cidadania

Quarta-feira, 25/07/2012
Walter Alves/ Gazeta do Povo
Walter Alves/ Gazeta do Povo /
GRIPE A

Imunização contra o vírus H1N1 começou ontem em Curitiba. Em uma semana, casos da doença aumentaram 18,2% no Paraná e duas novas mortes foram registradas.

Começou ontem a vacinação de crianças entre 2 e 4 anos de idade contra a gripe A (H1N1) na capital paranaense. Segundo a Secretaria de Saúde de Curitiba (SMC), só na capital a meta é que 70 mil pessoas nessa faixa etária sejam vacinadas. O número de casos da doença no Paraná aumentou 18,2% na última semana. Segundo o novo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta segunda-feira, o estado registrou 139 novos casos e duas outras mortes em decorrência da gripe A entre os dias 14 e 20 de julho. No total, o Paraná já contabiliza 899 ocorrências e 25 óbitos provocados pela doença.
Em Curitiba, por enquanto, as unidades de saúde estão trabalhando com as doses do estoque que restou do período de imunização dos grupos definidos pelo Ministério da Saúde – idosos, crianças até 2 anos e profissionais de saúde. A assessoria de imprensa confirmou que há doses para todas as crianças na nova faixa etária selecionada, já que, com a liberação de 400 mil novos lotes de imunização para o Paraná na próxima quinta-feira (feita pelo Ministério da Saúde) será possível cobrir todos os grupos de risco.
Falecimento
Ponta Grossa registra mais um óbito causado pelo vírus H1N1
Maria Gizele da Silva, da sucursal, e Rafaela Bortolin
A Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, divulgou ontem que foi confirmada a segunda morte por gripe A no município neste ano. Um homem de 55 anos, que estava internado com um quadro agudo de pneumonia, faleceu na semana passada.
Os exames confirmaram na última sexta-feira a presença do vírus H1N1. O caso não consta no relatório publicado ontem pela Sesa porque ainda deve ser analisado pela secretaria. Caso seja realmente confirmada a doença como causa da morte, ela vai entrar no boletim da próxima semana.
Em Ponta Grossa, outras 11 pessoas estão internadas com suspeita de gripe A, cinco delas em unidades de terapia intensiva (UTI). A Vigilância Epidemiológica monitora o estado de saúde de 654 pessoas no município. Elas estão com suspeita de terem contraído o vírus, mas se recuperam em suas casas.
Tira-dúvidas
Saiba mais sobre a imunização de crianças contra a gripe A no Paraná:
Quem pode tomar?
Qualquer criança entre 2 e 4 anos. Somente aquelas que estão com febre ou com sintomas de gripe (febre alta, dor de cabeça, cansaço excessivo, tosse e dores pelo corpo) não devem receber a vacina. O ideal é que a criança não tenha tomado nenhuma outra vacina nos últimos 15 dias para garantir a imunização.
Onde estão sendo aplicadas as vacinas?
Em Curitiba, em qualquer unidade de saúde da rede municipal, no horário normal de atendimento (para ver o endereço de cada uma delas, basta acessar o site da prefeitura). Não se esqueça de levar a carteira de vacinação da criança, mas fique atento: os CMMUS não fazem esse trabalho. Nas cidades do interior, cada secretaria municipal ficou responsável por definir um cronograma e os locais de vacinação.
Até quando?
Não há uma previsão de quando será encerrada a campanha para crianças. Em princípio, enquanto houver doses disponíveis, deve ser feita a aplicação, mas é importante que os pais não deixem para a última hora para que a imunização seja feita o quanto antes.
Imunização
Você conseguiu vacinar seu filho contra a gripe A na rede pública de saúde?
Ontem, a Sesa confirmou que a vacinação desse novo público será estendida para todas as cidades do interior. O cronograma com as datas e os locais de aplicação das vacinas deve ser divulgado pelas secretarias municipais nos próximos dias. “Estamos priorizando esse grupo porque é uma parte vulnerável à doença e em quem as complicações tendem a inspirar muito mais cuidado”, diz o superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Sezifredo Paz. Por enquanto, não há prazo para o encerramento da vacinação.
Ele esclarece que, neste ano, outros grupos não devem ser beneficiados pelas vacinas na rede pública. “Com essa ampliação para o público entre 2 e 5 anos incompletos, encerramos a questão da vacina para este ano. Mas pretendemos rediscutir isso com o Ministério da Saúde no ano que vem, para conseguirmos mais doses e atingirmos outros grupos”, diz.
Casos
Segundo Paz, com 139 novos casos e duas mortes registradas no estado na última semana, o Paraná teve um aumento pequeno em relação à semana anterior. “Isso indica uma tendência de queda nos registros, inclusive no número de mortes, o que esperamos que se mantenha nos próximos boletins.”
Ele atribui o menor crescimento à conscientização das pessoas quanto aos cuidados de prevenção, ao aumento do público-alvo que está recebendo as vacinas e à aplicação imediata do medicamento Tamiflu nos casos suspeitos da doença, o que agiliza o tratamento e evita complicações.
Sobre as mortes, Paz explica que elas dizem respeito a dois moradores da Região Metropolitana de Curitiba – uma em Almirante Tamandaré e outra em Araucária –, mas que os pacientes já tinham doenças pré-existentes que potencializaram a evolução da doença. “Um deles tinha tuberculose e DPOC [Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica] e o outro era portador de imunodeficiência.”
Para o superintendente, mesmo com a diminuição no número de novos registros, é importante que a população não se descuide e continue mantendo hábitos de prevenção, como preferir ambientes arejados, lavar bem as mãos e fazer uso de álcool gel. “Além da H1N1, temos a gripe sazonal, que também pode causar óbito. Nesse ano, já foram 402 casos e seis mortes por causa dela.”
Tranquilidade no 1. º dia da vacina
O balanço final do primeiro dia de imunização das crianças em Curitiba deve sair hoje, mas as unidades de saúde da cidade não registraram problemas nos atendimentos realizados ontem. A médica Ligiana Maffini, autoridade sanitária da unidade Mãe Curitibana, confirmou que o movimento aumentou, mas as filas ficaram pequenas e a espera não passava de 15 minutos. Até o meio da tarde, 65 doses tinham sido aplicadas na unidade. Um dos imunizados foi Felipe Jesmiel Leite, de 3 anos (foto). O pai, Jesmiel Leite, disse que a sogra escutou na tevê que as vacinas já estavam disponíveis.

Escolas contornam a pobreza


Ensino

Quarta-feira, 25/07/2012
Divulgação/Prefeitura de Sobral
Divulgação/Prefeitura de Sobral / A Escola Municipal Emílio Sendim é uma das 27 instituições de Sobral, no sertão do Ceará, que despontam entre as que driblaram a pobreza com o estudoA Escola Municipal Emílio Sendim é uma das 27 instituições de Sobral, no sertão do Ceará, que despontam entre as que driblaram a pobreza com o estudo
DESTAQUE

Escolas contornam a pobreza

82 instituições públicas do país despontam entre as que oferecem ensino de qualidade a alunos de baixa renda.
O Brasil ainda está distante da meta de garantir a toda criança um ensino de qualidade, mas há, dentre as mais de 40 mil escolas públicas do país, um pequeno grupo que se destaca pela excelência. São colégios que, além de figurar entre as primeiras posições de rankings educacionais, conseguem atender alunos de baixíssima renda e deixá-los com indicadores de qualidade compatíveis aos de nações desenvolvidas.
Um levantamento feito pelo economista Ernesto Martins Faria, da Fundação Lemann, em parceria com o jornal O Globo, mostra que há no país 82 estabelecimentos públicos que – mesmo aten­dendo alunos que se encontram entre os 25% mais pobres do Brasil – conseguem atingir no Ideb, principal avaliação federal de qualidade do ensino, média igual ou superior a 6 na primeira etapa do ensino fundamental (1.º a 5.º ano). A nota é considerada pelo Ministério da Educação (MEC) como o patamar de países de primeiro mundo.
Apoio de pais e de professores faz a diferença
Jorge Olavo
Situada em área rural, a escola paranaense Imaculada Conceição de Maria, da rede municipal de Rebouças, no Sudeste do estado, é a única da Região Sul do país na lista das 82 instituições que oferecem ensino de qualidade a alunos em situação de extrema pobreza. Com nota 6,4 no Ideb de 2009, a escola antecipou em uma década a meta de 6,3 pontos traçada para o município em 2019. “Ter apenas uma escola do Sul não é nenhum aspecto negativo. Esse tipo de escola que pesquisamos tem mais incidência no Norte e no Nordeste”, explica o economista Ernesto Faria, autor do estudo.
O bom desempenho da escola é creditado pela diretora da instituição, Elismara Gempka, ao envolvimento de toda a equipe pedagógica, à proximidade entre professores e famílias dos estudantes e à preocupação dos pais com o desenvolvimento dos filhos. “O mérito está no esforço de cada professor e na união de todos. Apesar de ser uma região pobre, as famílias têm estrutura e passam valores às crianças”, afirma.
Baixo rendimento escolar, faltas excessivas, mau comportamento e déficit de atenção são situações acompanhadas de perto pelos professores, que trabalham com reforço escolar em contraturno sempre que necessário. Hoje, a escola atende 115 crianças de 4 a 10 anos de cinco comunidades rurais da região.
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Que lições essas escolas dão ao sistema de ensino brasileiro como um todo?

Para identificar esse grupo de escolas, Faria calculou um indicador do nível socioeconômico de cada estabelecimento. As 43.574 escolas públicas para as quais foi possível fazer o cálculo foram ranqueadas por dois critérios: 1) de acordo com o nível de pobreza dos estudantes e 2) pelo desempenho no Ideb. Do confronto entre os dois rankings, destacam-se colégios que ganham mais de 40 mil posições. Ou seja, trabalham com os alunos da rabeira do ranking de pobreza, mas levam-nos ao topo do aprendizado.
Acaso?
Nas estatísticas e em visitas a localidades improváveis – como o interior amazonense, a periferia de Alagoas ou o sertão do Ceará – foi possível identificar que o bom resultado não é fruto do acaso. Nessas escolas, é notável o esforço da direção e dos professores em não deixar que nenhum aluno fique para trás e de corrigir as deficiências na aprendizagem e os problemas de frequência assim que eles são detectados.
Estudos no mundo inteiro têm comprovado que o nível socioeconômico dos pais é o que mais influencia o aprendizado. Ao comparar as características das 82 escolas, Faria identificou que essas instituições conseguem cumprir uma parte muito maior do currículo previsto. Nelas, os professores relatam em maior proporção que se sentem motivados pelo diretor e que há um clima de colaboração na equipe. Os problemas de indisciplina são muito menores e há, por fim, maior zelo na tarefa de não deixar que alunos evadam ou comecem a faltar às aulas.
Para o diretor-executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, mesmo sendo raras, essas escolas demonstram que é possível dar um ensino de qualidade para crianças mais pobres. “Precisamos escolher se vamos tratar a educação pública como ferramenta que mantém as desigualdades ou que ajuda a compensá-las. O exemplo dessas escolas prova que isso é possível”, afirma Mizne.
Ser possível, no entanto, não significa ser simples. Para o pesquisador Francisco Soares, da Universidade Fede­ral de Minas Gerais, autor de vários estudos sobre escolas eficazes, a dificuldade enfrentada por colégios com alunos de baixo nível socioeconômico é que, além da desvantagem por atender filhos de pais menos escolarizados, essa condição vem às vezes associada a problemas como a violência dentro e fora de casa.
Rede de ensino
Cidade cearense tem 27 instituições com bom desempenho
A cidade sertaneja de Sobral (CE) se destaca por ter a rede escolar municipal com o melhor Ideb do Nordeste. Além disso, das 82 escolas do país que contornam a pobreza e garantem aprendizado de primeiro mundo aos alunos, 27 são de lá. Esse dado mostra que a oferta de uma educação de qualidade não se restringe a casos isolados. É possível que isso ocorra em um grupo inteiro de escolas.
A partir da adoção de uma série de políticas públicas, o município conseguiu zerar o índice de evasão escolar, praticamente acabar com a defasagem idade-série e fazer o porcentual de crianças que não sabiam ler e escrever cair de 48% para 3%. A uniformidade nos resultados da rede pode ser vista até em escolas rurais, que costumam ter, em todo o país, indicadores educacionais muito piores.
Investimento
Segundo o secretário municipal de Educação, Júlio César Alexandre, não são os recursos que explicam o bom resultado de Sobral. O município destina ao setor 26% de suas receitas, um ponto porcentual acima do mínimo constitucional. Além de abolir as indicações políticas para cargos de direção, o município se esforçou para acabar com salas multisseriadas, oferecer qualificação aos professores – que têm reajuste salarial 5% superior ao das demais categorias – e reconheceu financeiramente os docentes com turmas que se destacam em avaliações mensais.