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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

sábado, 3 de março de 2012

Plano de aula de Português - Jogo da memória de pronomes

Jogo da memória de pronomes

Objetivos

1) Reconhecer a função dos pronomes para a construção de sentidos nas diferentes situações comunicativas.

2) Reconhecer e classificar os pronomes.

Ponto de partida

Sugestão de cartas para o jogo da memória:

Cartas de classificação

PRONOME PESSOAL DO CASO RETO
PRONOME PESSOAL DO CASO OBLÍQUO
PRONOME DEMONSTRATIVO

PRONOME DE TRATAMENTO
PRONOME POSSESSIVO
PRONOME INDEFINIDO

PRONOME INTERROGATIVO
PRONOME RELATIVO


Cartas com exemplos

"Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito."

(Tribalistas)
"Já sei namorar
Já sei chutar a bola
Agora só me falta
Ganhar."

(Tribalistas)
"Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar."

(Chico Buarque)

"Você
É algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava,
baby."

(Tim Maia)
"Meu filho vai ter
Nome de santo
Quero o nome mais
Bonito."

(Legião Urbana
"E o que foi
prometido,
Ninguém prometeu."

(Legião Urbana)

"Quem me chamou
Quem vai querer
voltar pro ninho
Redescobrir, seu
lugar."

(Guilherme Arantes)
"Eu vou contar pra todos a história de um rapaz, Que tinha há muito tempo a fama de ser mal"
(Roberto Carlos)



Observação: Coloquei apenas um exemplo de cada classificação e escolhi trechos de música, mas o interessante é apresentar pelo menos dois exemplos de cada tipo de pronome e escolher trechos de textos trabalhados em aula.

Estratégias

1) Antes do início do jogo, fazer uma breve revisão sobre a função dos diferentes tipos de pronomes (na construção de sentidos em diversas situações comunicativas). Em seguida, organizar a turma em pequenos grupos e entregar o envelope com as cartas do jogo. Se preferir, entregue as folhas e peça que os alunos recortem as cartas e confeccionem os envelopes. No final do jogo, os alunos podem produzir as regras e uma síntese sobre o estudo realizado.

2) Instruções para o jogo (sugestão): colocar todas as cartas com exemplos viradas para baixo e as de classificação no canto da mesa, para serem compradas. Definir quem iniciará o jogo. Em seguida, o aluno deve comprar uma carta com a classificação do pronome e virar uma carta com exemplo. Se o exemplo corresponder à carta de classificação comprada, ele marca ponto e/ou joga novamente. Essas regras podem ser criadas pelos próprios alunos.

Comentários

1) Essa atividade deve ser realizada após estudo sistemático sobre pronomes.

2) O jogo pode ser construído pelos alunos durante o estudo sobre pronomes; eles podem selecionar os exemplos e definir outra forma de jogo sobre o conteúdo estudado.

Ômega 3 ajuda a melhorar o desempenho do cérebro, segundo estudo

  • O salmão e outros peixes são ricos em ômega 3, nutriente importante para o cérebro
    O salmão e outros peixes são ricos em ômega 3, nutriente importante para o cérebro
  • Comer peixe duas vezes por semana reduz risco de doenças cardíacas em mulheres
  • Alimentos têm influência na capacidade mental de idosos, diz estudo
  • Ômega 3 e vitaminas B, C, D e E fortalecem o cérebro de idosos
  • Vitaminas do complexo B e ômega 3 não ajudam na prevenção do câncer
Baixos níveis de ômega 3 no sangue foram associados a um menor volume cerebral e a pior performance em testes de acuidade mental, inclusive em pessoas com demência. A conclusão é de um estudo publicado na revista “Neurology”.
Pesquisadores analisaram a presença de ácidos graxos nos glóbulos vermelhos e analisaram o cérebro de voluntários com exames de ressonância magnética.
“Suspeitamos que o ômega 3 reduz as doenças vasculares e também desacelera o envelhecimento do cérebro”, afirma Zaldy Tan, principal autor do estudo, que é professor de medicina da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Nenhum dos participantes da pesquisa consumia suplementos de ômega 3. Aqueles com maiores níveis eram os que mais consumiam peixes ricos nesse tipo de gordura.

Mistério inca

Ciência

Rodrigo Buendia/AFP
Rodrigo Buendia/AFP / Um dos locais do sítio arqueológico inca descoberto pela pesquisadora Tamara Estupiñan e que pode abrigar a última morada do imperador Atahualpa Um dos locais do sítio arqueológico inca descoberto pela pesquisadora Tamara Estupiñan e que pode abrigar a última morada do imperador Atahualpa
Arqueologia

Mistério inca

Pesquisadora equatoriana descobre sítio arqueológico onde afirma estar o túmulo de Atahualpa, imperador executado pelos colonizadores espanhóis
Publicado em 03/03/2012 | AFP

Muito procurado, mas nunca descoberto, o túmulo de Atahual­­pa, o último imperador inca, se mantém no centro de muitas es­­peculações ao longo dos anos. Ago­­ra, porém, o enigma parece ter sido desvendado no Equador, bem no meio dos Andes.
Fortalezas, palácios e santuários do antigo império pré-colombiano se espalham na região de Sigchos, a 70 quilômetros ao sul de Quito, no sopé ocidental da cordilheira, e seus segredos ainda são numerosos.
Creative Commons
Creative Commons  / Ilustração do imperador Atahualpa Ampliar imagem
Ilustração do imperador Atahualpa
História
Civilização se estendeu da Colômbia ao Chile
A civilização inca construiu um império que dominava regiões desde o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital era a atual cidade de Cusco (em quíchua, “Umbigo do Mundo”), no Peru. O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.
A civilização inca, segundo muitos diversos pesquisadores, foi o resultado de uma sucessão de culturas andinas pré-colombianas, com seu auge no período entre o ano 1200 e a invasão dos conquistadores espanhóis, em 1500. O fim do império se deu com a execução do imperador Atahualpa, em 1533.
Os incas desenvolveram técnicas de irrigação, de construção (com deslocamento e cortes de pedras até hoje desconhecidos), criaram notação numérica (quipos) e códigos de comunicação.
A historiadora equatoriana Ta­­mara Estupiñan aposta que des­­vendou um desses mistérios, localizando, em junho de 2010, após dez anos de trabalhos, um “sítio arqueológico inca” não mui­­to longe do legendário vulcão Cotopaxi.
Para a pesquisadora, do Ins­­tituto francês de Estudos Andinos (Ifea), ninguém duvida que neste amontoado de pedras, junto às margens do rio Machay, no território Malqui, se esconda a última morada de Atahualpa.
“Machay significa gruta, santuário e Malqui, corpo ou múmia de um ancestral, no idioma do povo histórico. Então, Malqui Ma­­chay significaria o local onde foi enterrado seu corpo”, explica ela, recorrendo à linguística.
A hipótese toma cada vez mais corpo, com a descoberta de um monumento arquitetural composto de várias salas retangulares, construído com pedras talhadas e polidas. A entrada da cidade desemboca num “ushno”, espécie de pirâmide truncada onde ficaria o trono do imperador.
Último Tupac, ou imperador do império inca, domínio que se espalhou pela Colômbia atual até o Chile e a Argentina, Atahualpa foi executado pelos colonizadores espanhóis em 1533, mas sua múmia nunca foi encontrada.
O terreno, antes sagrado, pertence atualmente a um criador de galos de briga, uma tradição lo­­cal. E alguns gostam de destacar as coincidências da história. Con­­ta a lenda, por exemplo, que um galo se pôs a cantar após a morte de Atahualpa.
Conservação
As autoridades também di­­zem acreditar na tese da descoberta do túmulo do último rei dos incas, tanto que declararam o lo­­cal zo­­na protegida de escavações futuras. O diretor do Instituto Francês de Estudos Andinos (Ifea), Geor­­ges Lomné, compartilha a certeza da arqueóloga equatoriana, lembrando que o território fazia parte do “domínio pessoal” de Ata­­hual­­pa.
Quanto à sua múmia, “é possível que tenha passado por aí ou tenha permanecido um tempo no santuário”, disse Lomné.
“É uma descoberta capital na história da arqueologia do Equa­­dor e da região”, emenda a ministra equatoriana do Patrimônio, Maria Fernanda Espinosa.
A arqueóloga americana Ta­­mara Brau, da Universidade Way­­ne State no Michigan, que participa também das pesquisas de Sig­­chos, é outra que demonstra estar convencida. “O sítio apresenta um estado de conservação fenomenal, além de possuir uma importância científica considerável”, disse ela.
No local, apenas o proprietário da criação de galos, Francisco Moncayo, mostra-se ainda cético, apesar do entusiasmo geral. “Ta­­mara também recorre à linguística, frisando que Malqui é a mú­­mia do imperador e que Machay é um local de repouso. E como a múmia de Atahualpa nunca apareceu, pode ser que ainda esteja lá ... ou não”, insinua.
As descobertas despertam, em todo o caso, o interesse da comunidade científica internacional. Também interessado, o Instituto Nacional do Patrimônio Cultural do Equador se prepara para fi­­nanciar novos estudos, a partir deste ano. Estes deverão, enfim, revelar, o que esconde verdadeiramente Malqui Machay.

As novas formas de ver, escutar e pensar

Sábado, 03/03/2012

tecnologia

 /
comportamento

As novas formas de ver, escutar e pensar

Dois livros discutem o impacto da abundância de informação na era da internet e chegam a conclusões opostas: para um, é a possibilidade de melhorar a vida interior, para outro, é o fim do pensamento profundo e da capacidade de prestar atenção
Publicado em 03/03/2012 | Breno Baldrati
Considere um dia típico na vida de uma estudante de Psicologia. No Facebook, ela lê uma fotomontagem com um texto de Chico Xavier postado por sua mãe. No Instagram, vê fotos de uma amiga comendo camarão à beira da praia. No YouTube, intercala um vídeo-tributo a Whitney Houston com um debate sobre inato versus adquirido, tema da prova do dia seguinte. No Twitter, opiniões mil sobre a guerra das tribos praia e selva do BBB, programa que ela segue obsessivamente. Ainda lê as últimas novidades de um blog de fotografia, um hobby pessoal, e a manchete do dia falando da investigação sobre a morte de uma menina no parque de diversões Hopi Hari. À noite, assiste ao Jornal Nacional durante o jantar com a família e, antes de dormir, descobre duas músicas novas no Hype Machine.
Aparentemente, a maneira como essa estudante fictícia absorve conteúdo parece caótica e desordenada, desprovida de um sentido maior. Tyler Cowen, economista americano conhecido por seu blog Marginal Revolution e autor do livro Crie Sua Própria Economia – O Guia da Prosperidade para um Mundo em Desordem, tem duas explicações para esse estilo de consumo de informação, o qual defende veementente.
Quando as máquinas dizem o que importa
Você está trocando mensagens com amigos e, para sua surpresa, os anúncios publicitários que surgem no canto da tela têm a ver com a conversa.

A primeira é econômica. Nas últimas décadas e principalmente após o surgimento da internet, a tendência é que grande parte da nossa cultura venha em pedaços mais curtos e menores. Pense no álbum de rock dos anos 1960 trocado por faixas de músicas compactadas no iTunes. “Quando o acesso é fácil, tendemos a favorecer o curto, o doce e o pequeno. Quando o acesso é difícil, tendemos a procurar produções em larga escala, extravaganzas e obras de arte”, escreve Co­­wen. Sob esse ponto de vista, es­­tamos entrando numa nova ordem mundial – de abundância de conteúdo –, na qual a economia da informação deixou de ser um problema de escassez para se tornar uma questão de filtro. Não se trata mais exclusivamente de uma economia de gastar dinheiro, e sim de uma economia de atenção. Uma mudança inclusive que tem impacto na necessidade de remuneração – hoje muito menor do que há 10 anos – porque as possibilidades de experiências proporcionadas pela cultura da web permitem que pessoas comuns possam ter “vidas interiores” tão ricas e extraordinárias quanto Bill Gates ou Warren Buffet, argumenta o autor.
A questão da “vida interior” é parte da segunda explicação de Cowen para como estamos consumindo informação, ligada ao campo intelectual e emocional. Segundo o economista, essa cultura de unidades e pedacinhos cada vez menores e cada vez mais numerosos está aprimorando a nossa existência mental interna e tornando-a mais coesa, e não mais caótica. “A coerência encontra-se no fato de que você está recebendo um fluxo contínuo de informação para alimentar a sua atenção constante. Não importa quão díspares os tópicos possam parecer a quem olha de fora, a maior parte do fluxo se relaciona com as suas paixões, seus interesses, suas afiliações e com a maneira como tudo se coaduna. Na essência, tudo diz respeito a você e isso é, de fato, um tópico favorito para muita gente. Agora, mais do que nunca, você pode reunir e manipular unidades de informação do mundo externo e relacioná-las com suas preocupações pessoais”, defende.
Sociedade autista
Uma parte central do livro de Cowen é, supreendentemente, focado no autismo e na neurodiversidade – as muitas formas de preferências mentais e de estilos cognitivos. Os autistas são o que ele chama de “infóvoros” – adoram reunir, ordenar e processar informação, especialmente pequenos pedaços de informação, para dar sentido e significado à vida. Nós, como sociedade, estamos nos tornando cada vez mais parecidos com os autistas, defende ele. E isso é algo bom. Cowen faz uma radical reinterpretação do que é ser autista, tratando a questão não como uma desordem mental, mas mostrando as muitas forças cognitivas dessas pessoas. Nem todos se beneficiam desse ambiente de fácil acesso e de grande quantidade de informação, diz o economista, mas muitos sim, e isso deve ser celebrado.
O lado negativo
O comportamento de atualizar a caixa de e-mail a cada cinco minutos e seguir compulsivamente as atualizações do Facebook deve, no entanto, ter algum impacto negativo em nossas vidas, afirmam outros estudiosos. Nos últimos anos, vários autores vêm discutindo principalmente dois pontos negativos relacionados à era da internet: a perda da capacidade de atenção e a superficialidade do conteúdo consumido. O maior expoente dos críticos da internet é, possivelmente, Nicholas Carr, autor de A Geração Superficial – O Que a Internet Está Fazendo com os Nossos Cérebros. O livro, recém-lançado no Brasil, é fruto de um artigo publicado em 2008 na revista The Atlantic, intitulado O Google Está Nos Emburrecendo?.
Carr relata a sua própria experiência para explicar como a internet está impactando nosso modo de pensar. “Não era apenas que eu estava despendendo muito mais tempo defronte a uma tela de computador. Não era apenas que tantos dos meus hábitos e rotinas estavam mudando porque me tornei mais acostumado com, e dependente dos, sites e serviços da net. O próprio modo como o meu cérebro funcionava parecia estar mudando. Mesmo quando eu estava longe do meu computador, ansiava por checar os meus e-mails, clicar em links, fazer uma busca no Google. Queria estar conectado”, escreve ele.
Ao longo do livro, Carr faz uma defesa, ecoando o teórico Marshall McLuhan, de que os meios de comunicação modelam o nosso processo de pensamento. Em síntese: o comportamento de saltar de site em site em busca de pedacinhos de conteúdo está condicionando nossos cérebros a receber informações de forma rápida e superficial. O resultado é um encurtamento no período de atenção e menos chances de termos pensamentos profundos.
A discussão sobre o impacto negativo da tecnologia não é novo, co­­mo lembra o neurocientista Jonah Lehrer, autor de diversos artigos a respeito do impacto da internet em nossas vidas. Sócrates, em Fredo, la­­mentou que a invenção dos li­­vros levaria ao esquecimento da alma. “Aqueles que a adquirem vão parar de exercitar a memória e se tornarão esquecidos; confiarão na escrita para trazer coisas à sua lembrança por sinais externos, em vez de fazê-lo por meio de seus recursos internos”, diz o pensador grego, num trecho do livro que foi escrito por Platão.
O nascimento de praticamente todos os outros meios de comunicação que vieram depois provocou previsões igualmente catastróficas. Para Cowen, a posição de Carr subestima o fato de que a internet permite às pessoas acompanhar a mesma história ao longo de muito anos, aumentando o nosso período de atenção, e não diminuindo. “Por exemplo, se eu quero saber alguma novidade sobre o meu atleta preferido, ou ainda sobre o meu economista favorito, ou se desejo me atualizar sobre os debates a respeito do aquecimento global, o Google me põe lá rapidamente. Antes, eu precisava de um contínuo envolvimento pessoal para seguir uma história por anos, mas agora tenho como acompanhá-la de maneira fácil e a uma distância maior. Às vezes, parece que estou impaciente ao descartar um livro que, 20 anos atrás, poderia ter concluído. Mas, ao deixar de lado um livro, geralmente estou voltando minha atenção para uma história contínua que acompanho na web. Se as nossas buscas às vezes são frenéticas ou vão em muitas direções, isso acontece precisamente porque nós temos um grande interesse por algumas histórias contínuas.”

Vida na Universidade - Vestibular - Enem

Contra o tempo

Inep organiza “oficinas” para aumentar banco de questões do Enem

Com medida, órgão quer garantir as duas edições da prova e evitar o vazamento de informações
24/02/2012 | 20:35
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) realizará “oficinas” para aumentar o número de questões que podem ser usadas nas próximas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O objetivo do órgão é aumentar o Banco Nacional de Itens (BNI) que permitirá a realização da promessa do Ministério da Educação (MEC) de realizar duas edições do Enem em 2013 e evitar o vazamento de informações ocorrido na última edição da prova. A notícia foi publicada na edição desta sexta-feira (24), no Diário Oficial da União (DOU).
De acordo com a portaria, as oficinas serão realizadas em “ambientes seguros do Inep ou das instituições de ensino superior credenciadas” e “contarão com a participação dos docentes credenciados no banco de colaboradores do Inep, sob a supervisão de servidores indicados pelo Instituto”. O texto inclui ainda a forma como os professores serão remunerados.

Dois homens registram bebê fertilizado in vitro

Casal de PE é o primeiro a usufruir do direito de dividir a paternidade de uma criança gerada nessas condições, sem necessidade de ação judicial

03 de março de 2012 | 3h 06

ANGELA LACERDA / RECIFE - O Estado de S.Paulo
Pela primeira vez no Brasil, uma criança gerada por fertilização in vitro foi registrada como filha de dois homens. Um deles é o pai biológico, o óvulo foi de uma doadora anônima e a gestação ocorreu no útero de uma prima - que assinou uma escritura pública abdicando de qualquer direito sobre a criança.
Os empresários Maílton Alves Albuquerque, de 35 anos, e Wilson Alves Albuquerque, de 40, registraram como filha Maria Tereza Alves Albuquerque, de 1 mês, na terça-feira passada, no Recife. O juiz da Primeira Vara de Família, Clicério Bezerra e Silva, autorizou o registro com base nos princípios da Constituição Federal: igualdade, dignidade da pessoa humana, não discriminação por raça, sexo ou cor e livre planejamento familiar. É o mesmo juiz que em agosto passado transformou a união estável entre os dois em casamento civil.
Juntos há 15 anos, Maílton e Wilson estão empolgados com a concretização do sonho de formar uma família. Os pré-embriões fecundados por Wilson - ambos cederam espermatozoides para serem fecundados - foram congelados e deverão ser gerados no próximo ano. "Queremos dar um irmão para Maria Tereza", afirmou Maílton.
Ele diz querer que "o nosso caso seja um marco, queremos que o Brasil saiba que há uma nova família em formação no País".
Inspiração. Maílton esteve no Canadá em 2010 e conheceu um casal de homens com três filhos. Todos eles gerados pelo método da fertilização in vitro. Impressionado, ele perguntou se as crianças não enfrentavam discriminação na escola e ouviu a resposta de que no Canadá a família pode ter pai e mãe, pai e pai e mãe e mãe.
Com a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), de 6 de janeiro do ano passado, que permite a reprodução assistida no País "por todas as pessoas capazes", Maílton e Wilson decidiram seguir o exemplo dos amigos canadenses.
"Maria Tereza vai enfrentar uma situação diferente. O Brasil não é o Canadá, mas é um grande avanço e o que importa é que ela vai crescer cheia de amor", destacou o pai biológico. "Ela vai abrir caminhos e queremos que nossa filha seja respeitada e respeite as diferenças."
Eles contam com o apoio das famílias e se preparam agora para batizar Maria Tereza na Igreja Episcopal, que frequentam.

UMA HOMENAGEM A CARLOS DRUMMOND

03 de março de 2012 | 3h 10

O Estado de S.Paulo
A editora Companhia das Letras e o Sesc-SP promoverão no dia 14, às 20 h, o lançamento de novas edições em homenagem ao escritor Carlos Drummond de Andrade. O evento, que ocorrerá na unidade do Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141), terá direção do poeta, músico, professor e ensaísta José Miguel Wisnik, também responsável pela apresentação. Participarão os músicos Arrigo Barnabé, Arnaldo Antunes, Marcelo Jeneci e Emicida e ainda será realizada a exibição de pequenos filmes produzidos pelo Instituto Moreira Salles e pelo diretor Carlos Nader. Entrada gratuita. Ingressos disponíveis a partir desta quinta-feira em qualquer unidade do Sesc.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Portugal sugere alterações em acordo ortográfico da língua portuguesa

Segundo secretário da Cultura do país, propostas podem ser feitas até dezembro deste ano

02 de março de 2012 | 22h 59

LISBOA - No primeiro ano em que o acordo ortográfico da língua portuguesa começa a ser aplicado em Portugal, o secretário de Estado da Cultura do país, o escritor Francisco José Viegas, quer mudanças. Para as modificações, seria preciso reunir representantes dos oito países de língua portuguesa.
Só neste ano os alunos portugueses começaram a aprender a nova ortografia e apenas em janeiro os serviços públicos passaram a ter de usar o acordo nas as comunicações escritas.
A questão foi levantada por Viegas numa entrevista televisiva. Ao Estado, Viegas disse que o problema é o caso da ortografia dupla que passou a existir.
Aplicando a regra de que as consoantes não pronunciadas devem ser eliminadas, se por um lado em vez de “acto” os portugueses passaram a escrever “ato” ou “Egipto” virou “Egito”, surgiram novas divergências entre os dois lados do Atlântico: com a nova ortografia, em Portugal “espectador” passou a ser “espetador”, “recepção” ganhou a forma “receção” e “cacto” se tornou “cato”. Também foram mantidas diferenças em acentos, como em “Antônio” e “António” e “gênero” e “género”.
“Não mencionei a necessidade de alterar o acordo ortográfico. Mencionei incorporar pequenas alterações pontuais, que têm a ver com aquilo que o próprio acordo dispõe, sobre o que é pronúncia culta, pronúncia corrente e a sua correspondente ortografia”, explicou Viegas.
Viegas, formado em linguística, não quis indicar quais as mudanças no acordo seriam necessárias. “Isso não depende do poder político, mas dos especialistas e acadêmicos. Não pode ser o poder político a alterar, são as academias (Brasileira de Letras e das Ciências, de Portugal) que têm de fazer esse trabalho.”
Na entrevista, ele afirmou que a possibilidade de alterar o acordo estava prevista. “Temos um quadro que nos impõe que até 2015 o acordo esteja completamente implementado. Até dezembro de 2012 podem ser feitas algumas sugestões de alterações. Aquilo que eu fiz foi simplesmente abrir uma porta.”
Viegas diz ser a favor do acordo. “A partir de 1.º de janeiro de 2010, eu tinha uma coluna diária no Correio da Manhã que era escrita segundo o acordo ortográfico. Eu fui o primeiro colunista a ter uma coluna diária seguindo o acordo.”
A polêmica atual a respeito do acordo começou depois que o poeta Vasco Graça Moura assumiu o cargo de diretor de uma das mais importantes instituições culturais do país, o Centro Cultural de Belém, em fevereiro. Sua primeira medida foi uma norma suspendendo a aplicação do acordo ortográfico nos serviços sob sua tutela.
Na sequência, surgiu uma petição na internet para que o Parlamento vote o fim do acordo. E o professor Ivo Barroso, da Faculdade de Direito de Lisboa, entrou com um processo pedindo a inconstitucionalidade do acordo ortográfico.
Estranheza. O romancista e presidente da Comissão de Língua Portuguesa do Ministério da Educação (Colip-MEC), Godofredo de Oliveira Neto, encarou com estranheza as declarações de Viegas. “O acordo já foi discutido nas instâncias acadêmicas e políticas competentes. Não faz sentido discutir tudo de novo.” Ele recorda que o Brasil também poderia ter críticas a aspectos pontuais do acordo - como a abolição do trema -, mas decidiu ceder para garantir a adoção da proposta.

Biografia vai fundo na importância do Pink Floyd para a música mundial

Assinada pelo crítico inglês Mark Blake, 'Nos Bastidores do Pink Floyd' chega às livrarias neste mês

02 de março de 2012 | 21h 30

Carlos Eduardo Oliveira - ESPECIAL PARA O ESTADO
Admiradores do Pink Floyd e de sua perene obra-prima têm muito com que se divertir. No fim de março, Roger Waters, baixista, compositor e ex-líder do grupo, traz ao País a turnê de The Wall, chance única de conferir a exibição completa da lendária ópera rock, que terá shows em Porto Alegre, Rio e São Paulo. Além disso, chegam às lojas esta semana os boxes The Wall - Experience Edition, e The Wall - Immersion Edition (este, só importado), parte final do projeto Why Pink Floyd?. Juntos, resgatam uma quase imensurável memorabilia (não apenas musical) de um dos álbuns mais seminais da história do pop. Ao mesmo tempo, sai no Brasil Nos Bastidores do Pink Floyd (Editora Évora, R$ 59,90), biografia do grupo assinada pelo crítico inglês Mark Blake, que lança luz na história da banda como poucas fizeram até aqui.

Roger Waters (à frente) assume as rédeas do grupo em algumas fases e até demite o tecladista - Divulgação
Divulgação
Roger Waters (à frente) assume as rédeas do grupo em algumas fases e até demite o tecladista
Editor-chefe de edições especiais das revistas Q e Mojo, Blake já assinou biografias de Bob Dylan, Queen e Keith Richards, além de um volume sobre a história do punk rock. A chama pelo Pink Floyd, ele diz, foi acesa a partir de um show no Earls Court de Londres, em 1980. Lançada originalmente em 2007, a obra até peca por certo formalismo, mas Blake se sai bem ao costurar apuração e processo investigativo espartanos em texto de bom ritmo. Outro mérito seu foi esquadrinhar exaustivamente o início da banda. Por conta disso, a primeira parte debruça-se sobre a formação do grupo, no fim dos anos 60. Nas entrelinhas das entrevistas com um sem-número de amigos de infância, parentes e ex-colaboradores dos tempos em Cambridge, emerge um Syd Barret (1946-2006, fundador e líder do grupo em sua primeira fase) comparável ao Dorian Gray de (Oscar) Wilde, tamanho o magnetismo de sua estranha personalidade. Na outra ponta da tabela, no auge do sucesso, Blake desnuda um Roger Waters duro, irascível e pouco tolerante com meio mundo, capaz de evidenciar seu completo desprezo à imprensa para depois mandar cartas de próprio punho a jornalistas em que se desculpa por tratar mal "os membros de sua horrível profissão".


Fica claro ao longo da leitura que as antigas feridas que impedem um retorno do grupo provavelmente nunca cicatrizarão. Nos anos 80, durante a batalha legal pelo nome da banda, David Gilmour (guitarra), Rick Wright (teclados) e Nick Mason (bateria) saíram vitoriosos; Waters levou os devidos direitos por The Wall, desde então associado umbilicalmente a seu nome. "Nas últimas décadas, o Pink Floyd tem sido o bebê de David", ironizou o baixista. Em 2005, no evento Live8, em Londres, os quatro músicos remanescentes dividiram um mesmo palco após hiato de 24 anos. O set foi curto, apenas quatro canções. Ainda assim, os bastidores foram tensos - ressentimentos e a queda de braços entre Waters e o guitarrista David Gilmour reapareceram, especialmente quando o primeiro quis executar os sucessos do grupo com os arranjos diferenciados que costuma fazer em seus shows solos. Gilmour contemporizou, dizendo que as pessoas esperavam ouvir as músicas exatamente em suas versões originais. E assim foi feito. Foram apenas 18 minutos. "Mas foi estranho e desconfortável", declararia a amigos, mais tarde.
Passagem das mais aguardadas, um dos highlights do livro é a fase das complicadíssimas gravações de The Wall, com a banda praticamente desfazendo-se no estúdio. Em meio ao clima carregado, e a contragosto dos demais, Waters assume as rédeas, a ponto de despedir o tecladista e cofundador Rick Wright para depois recontratá-lo como músico freelancer. Os poucos shows de The Wall quase levaram a banda à falência, gerando um rombo de perto de US$ 600 mil. Um promotor ofereceu US$ 2 milhões para shows no JFK Stadium, em Nova York, mas Waters recusou, com base em suas convicções de que os resultados artísticos de The Wall ao vivo eram decepcionantes. De acordo com Blake, este foi mais um fator a explicar o apagar das luzes.
Entrevista - Mark Blake - BIÓGRAFO DO PINK FLOYD
À altura de Beatles e Stones
Por e-mail, de Londres, onde mora, o jornalista Mark Blake comenta ao Estado o lançamento no Brasil de Nos Bastidores do Pink Floyd.
O que diferencia seu livro das muitas biografias?
Meu livro atualiza a história do Pink Floyd. Há nele uma infinidade de pessoas que nunca haviam sido entrevistadas antes para falar de sua relação com a banda.
Syd Barret emerge na obra como um dandy, cujo carisma influenciava todos ao seu re-dor, não?
Barrett era um jovem com um imenso e estranho carisma. Quando saiu da banda, inicialmente seus amigos acharam muito difícil continuar sem ele.
O que faz do legado do Pink Floyd tão influente hoje, se comparado aos demais grupos de sua geração?
É tão importante, mas não maior, que o dos Beatles e dos Rolling Stones. É verdade que nunca se tornou um monstro sagrado como esses, mas o que faz com que sucessivas novas gerações descubram o apelo de sua música é o fato de ela lidar com temas universais: medo de crescer, medo de envelhecer, sentimentos de não pertencimento, de ser um outsider. Esse tipo de assunto nunca sai de moda.
The Wall até o último tijolo. Música em profusão, e ainda filmes, documentários, livros de fotos, figurinhas e objetos customizados, como canecas e bolinhas de gude. Difícil imaginar um projeto que saciasse mais a sede de fãs de bolsos, digamos, confortáveis, do que Why Pink Floyd?. A festa começou em setembro de 2011, com a reedição de todo o catálogo do grupo em versões Discovery (remasterizadas) e edições digitais, acompanhados de álbuns de fotografia. Depois vieram a coletânea A Foot in The Door - The Best of Pink Floyd, e edições Experience (remasterizações + extras) e Immersion (discos remasterizados + extras + itens para colecionadores) dos clássicos Dark Side of The Moon e Wish You Were Here. Agora, o ciclo se fecha com o lançamento de The Wall, também em versões Experience e Immersion, lançados mundialmente esta semana. O primeiro, a R$ 89; o segundo, em versão apenas importada, a R$ 860 - com direito a uma infinidade de brindes.
As duas novas edições de The Wall somam nada menos que nove CDs e um DVD. Se por um lado as atuais remixagens elevam a qualidade sonora à estratosfera, difícil é separar o joio do trigo, entre incontáveis demos, esquetes de canções e versões inéditas. Por outro lado, esse cancioneiro revela o grupo em ebulição, em pleno processo criativo, lapidando suas crias até dar-lhes versões definitivas. Há também muito material ao vivo, quesito na qual a versão Immersion é generosa.

CEEBJA AYRTON SENNA DA SILVA


HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

O Estabelecimento foi criado em 25 de julho de 1994, para atender Jovens e Adultos, sob resolução nº 3.755/94, denominado Escola Estadual Alvarenga Peixoto, mantida pelo Governo do Estado do Paraná. Iniciando com duas turmas na modalidade de Período, gradativamente, somente com o Ensino Fundamental – Fase II. Em agosto de 1994, foi alterada a denominação da Escola Estadual Alvarenga Peixoto – Ensino de 1º Grau Supletivo para ESCOLA ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA – Ensino de 1º Grau Supletivo, sob resolução nº 4.291/94. Em janeiro de 1998 foi autorizado o ENSINO MÉDIO, com a denominação de COLÉGIO ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA – Ensino Fundamental e Médio Supletivo, iniciando também gradativamente sob resolução nº 4.356/98. Em 1999 iniciou o Experimento Pedagógico em forma de blocos de disciplinas e durou dois anos, voltando à modalidade de Período. Em 2001 teve inicio a modalidade de ETAPAS. A partir do ano de 2000 este estabelecimento ofertou somente Ensino Médio, denominando-se até então CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos) AYRTON SENNA DA SILVA – Ensino Médio, reconhecido pela resolução nº 1.739/01. Ao final do ano de 2005, houve novamente uma mudança de modalidade e tornou-se COLETIVO E INDIVIDUAL. Passamos então atender alunos jovens e adultos desde a 5º série do Ensino Fundamental, à 3ªsérie do Ensino médio e cessando gradativamente a forma de Etapas.Ficaram 3 turmas, uma que concluiu em julho de 2006 e as outras duas em dezembro de 2006.
Em 2010, o CEEBJA Ayrton Senna da Silva conta com cerca de 700 ( setecentos ) alunos, total que muda quase diariamente, porque nesta nova modalidade, a matrícula pode ser feita a qualquer momento. Este estabelecimento é situado na avenida Emilio Johnson, 1172, no centro de Almirante Tamandaré, no telefone 3657-1198 e é compartilhada com a Escola Municipal Rosilda Kowalski. Neste ano o estabelecimento oferta matrículas no turno TARDE e NOITE.

JUSTIFICATIVA - Organização da EJA e suas especificidades


        
         Considerando as orientações recebidas da SEED/NRE de Francisco Beltrão para organização dos cronogramas dos estabelecimentos de ensino que ofertam a modalidade de Educação de Jovens e Adultos/2012, da Resolução N° 4527/2011 - GS/SEED  que estabelece os critérios para composição das turmas para 2012 (número de alunos por turma) e  orientações para distribuição de aulas para o ano de 2012, nos estabelecimentos estaduais de ensino que ofertam EJA, estas desconsideram a realidade e as necessidades reais de escolarização dos educandos que buscam a escola.
         O CEEBJA de Francisco Beltrão está situado no centro da cidade, no entanto os educandos adolescentes, jovens, adultos e idosos que dela fazem parte provêm tanto do meio rural como urbano, com perfis, expectativas e necessidades ímpares: trabalhadores da indústria e comércio, donas de casa, trabalhadores temporários, com turnos alternados, desempregados, diaristas, agricultores, avicultores, pecuaristas, produtores de leite, necessidades especiais e afastados por invalidez temporária. Enfim, a diversidade e a heterogeneidade estão presentes em todos os turnos e disciplinas.

Nesta perspectiva a escola deve ser receptiva e acolher a todo momento esses educandos que diariamente adentram as portas da escola em busca de escolarização e, consequentemente, da superação das dificuldades que os impedem de estudar no ensino regular e exercer sua cidadania com merecida dignidade.
De acordo com as orientações recebidas da SEED/NRE para organização da oferta dessa modalidade no ano de 2012, há um paradoxo entre o que é proposto (50% coletivo e 50% individual) e o que determina a LDB 9.394/96, nos art. 37.  § 1° “ Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos ou exames”, e § 2° “ O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência  do trabalhador na escola mediante ações integradas e complementares entre si”.
Os eixos articuladores do currículo da EJA constantes nas Diretrizes Curriculares de EJA são a cultura, o trabalho e o tempo. O último eixo expõe: “... cada educando que procura a EJA apresenta, em sua particularidade, um tempo social e um tempo escolar vivido no decorrer da sua vida, o que implica na reorganização curricular, dos tempos e espaços escolares para atender o perfil daqueles que buscam a sua emancipação”.
O Art. 158. III do Regimento Escolar garante “ter assegurado o princípio constitucional de igualdade e de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino”.
No Projeto Político-Pedagógico do CEEBJA, na página 10 consta: “respeitando o perfil do educando da EJA, oportuniza-se ao mesmo a livre iniciativa de escolha de seu atendimento, que pode ser individual ou coletivo, levando em conta o tempo em que parou de estudar e seu tempo real disponível”.
Sendo assim, a organização e oferta de ensino deve ser definido pela própria escola, por conhecer sua realidade e necessidades.
Outro aspecto a ser considerado é referente a fixação do número de estudantes por turma (Resolução 4527/2011-GS/SEED), a qual determina o número mínimo de 20 alunos nas Fases I, II e Ensino Médio.
Baseado no perfil dos educandos acima citados, é certamente inviável um trabalho pedagógico com qualidade, quando se tem diversidade de níveis de aprendizagem. Há casos em que estão inclusos alunos com necessidades especiais: visuais, mentais, auditivos, baixa visão e com sérias dificuldades para aprender e que necessitam de atendimento especial e individualizado, favorecendo a aprendizagem e permanência na escola.
Da mesma forma a organização das Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs devem ser abertas e permanecer até a conclusão do curso, independente do número de educandos concluintes, uma vez que é um direito assegurado pela LDB; sendo esta a única forma de apropriação do saber em decorrência do difícil acesso e condições sócio-econômicas.
Fundamentadas as argumentações acima, afirmamos que a escola deve ter autonomia na organização de seu cronograma de oferta de Ensino Fundamental–Fase II e Médio podendo determinar o percentual de demanda para atendimento coletivo e individual de acordo com sua realidade, uma vez que cada estabelecimento tem características e necessidades pontuais, cabendo a comunidade escolar definir suas estratégias de ação e soluções apropriadas.

Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante! Paulo Freire

Frases de Paulo Freire

Não há vida sem correção, sem retificação.
Paulo Freire
 
Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.
Paulo Freire
 
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão
Paulo Freire
 
A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém.
Paulo Freire
 
Mudar é dificil mas é possivel
Paulo Freire
 
Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.
Paulo Freire
 
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.
Paulo Freire
 
Amar é um ato de coragem.
Paulo Freire
 
Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.
Paulo Freire
 
Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.
Paulo Freire
 
As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde.
Paulo Freire
 
Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina.
Paulo Freire
 
Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes.
Paulo Freire
 
Ninguém nasce feito, é experimentando-nos no mundo que nós nos fazemos
Paulo Freire
 
“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
Paulo Freire
 
A leitura do mundo precede a leitura da palavra
Paulo Freire
 
Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém.
Paulo Freire
 
(...) todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje (...). Temos de saber o que fomos, para saber o que seremos”
Paulo Freire
 
"Mudar é difícil mas é possível"
Paulo Freire
 
Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante!
Paulo Freire

Escolas têm que ficar mais atrativas como alternativa à evasão escolar, diz Mercadante




Ao comentar a decisão de distribuir tablets para professores do ensino médio na rede pública, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (1º) que as escolas precisam ficar mais atrativas para os alunos e que investir nesse tipo de tecnologia pode ser uma alternativa à evasão escolar.

“A escola tem que ficar mais interessante”, ressaltou, explicando que o mercado de trabalho aquecido do país se torna grande atrativo para que os jovens deixem a escola. “A geração nova quer essas informações. Não dá para a gente ficar só com o quadro-negro do século 17”, completou.

Ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Mercadante lembrou que 320 mil professores já foram qualificados por meio de cursos de formação para utilizar o tablet. O próximo curso, segundo ele, deve ter  carga horária de 350 horas.

“Essa luta eu já comprei – vamos ter computadores na escola. O professor vai ter todas as chances de se modernizar se quiser”, disse. “Impensável, no século 21, é ter um professor que não pode entrar no Google”, concluiu.

Cristovam Buarque ministra palestra em Curitiba nesta sexta-feira

Ensino

Sexta-feira, 02/03/2012
Oportunidade

Cristovam Buarque ministra palestra em Curitiba nesta sexta-feira (2)

Evento marca o lançamento de dois títulos do senador pela editora IBPEX

 29/02/2012 | 15:25 | Da redação
O ex-ministro da Educação e senador Cristovam Buarque ministra nesta sexta-feira (2), em Curitiba, a palestra “Educação e Desenvolvimento”, a convite do Grupo Educacional Uninter. O evento marca o lançamento de dois de seus livros pela Editora IBPEX, o recém-lançado “Desafios à Humanidade – Perguntas para o RIO+20”, que lança questões sobre o evento que será realizado no Brasil este ano, e “Da Ética à Ética – Minhas Dúvidas sobre a Ciência Econômica”.
Os interessados em assistir à conferência devem preencher a ficha de inscrição no site da universidade.
As inscrições são limitadas e os participantes receberão certificado de participação.

O Descaso pela EDUCAÇÃO é comum em todo o Brasil


Pelo menos 1.218 estudantes de GO enfrentam problemas de falta de estrutura nas escolasBuraco permite a entrada de qualquer pessoa na escola Machado de Assis, em Santo Antônio do Descoberto (56 km de Brasília)

  • Buraco permite a entrada de qualquer pessoa na escola Machado de Assis, em Santo Antônio do Descoberto (56 km de Brasília)
Pelo menos 1.218 estudantes das redes municipal e estadual de Goiás enfrentam problemas de falta de estrutura nas escolas. Para piorar a situação dos alunos da rede estadual, o ano letivo mal começou e já foi interrompido por uma greve de professores.

No Colégio Estadual Alda Ferreira, que fica no município de São Gabriel, as aulas são ministradas em prédios antigos e mal conservados. Segundo a Seduc-GO (Secretaria de Educação de Goiás), a unidade terá de ser demolida para dar lugar a outra escola nova que será construída no padrão Laje Plana. O projeto de construção já se encontra na Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras) para ser licitado. A unidade atende 121 alunos do ensino médio.

O problema enfrentado pelos 458 alunos das séries iniciais do ensino fundamental na escola Machado de Assis, em Santo Antônio do Descoberto (56 km de Brasília), é um buraco no muro, que permite a entrada de qualquer pessoa no colégio.

Já em Goiânia, os alunos da escola estadual Nazir Safatle estudaram durante praticamente todo o ano passado em uma antiga fábrica de sabão, conforme mostraram reportagens do UOL Educação em abril e agosto.

A escola atende 460 estudantes do ensino médio e 179 do ensino fundamental. Os alunos foram transferidos para outros colégios da região e alguns precisam andar mais de 1 km para estudar. A Agetop, que assumiu a reconstrução da unidade, afirma que 40% da obra já estão concluídos. Mas, ainda não há previsão de finalização.

A Seduc-GO informou que, em 2011, o governo destinou recursos do tesouro estadual na ordem de R$ 3,1 milhões para os conselhos escolares das escolas para a aquisição de material permanente e também para custeio, mas cabe a cada unidade aplicar o dinheiro.


Greve

Segundo o Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás), cerca de 80% das escolas estaduais estão com as atividades paralisadas, integral ou parcialmente. Os professores reclamam que o governo incorporou gratificações por titularidade ao salário para chegar ao valor do piso.

A secretaria de educação, por sua vez, informou uma adesão bem menor: das 1.095 escolas estaduais, 120 estariam com as atividades afetadas pela greve, ou seja, 10% da rede.

A Justiça estadual decidiu pelo fim do movimento em sessão realizada nesta terça-feira, (28), na 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, e determinou o imediato retorno dos professores às salas de aula.

O Sintego afirma que não foi declarada a ilegalidade da greve, e, mesmo com corte no ponto, continuam a paralisação. “Os alunos não terão prejuízo, e, depois da finalização da greve vamos repor tudo que falta para completar os 200 dias letivos e as 800 horas-aula”, afirmou a presidente do sindicato, Iêda Leal.

A Seduc informou que a reposição das aulas perdidas durante a paralisação dos professores será feita em julho, de segunda a sexta-feira, em todas as unidades que aderiram ao movimento grevista. Não haverá aulas de reposição aos sábados ou em horário diferente do turno regular dos alunos prejudicados com a greve.
(Com informações de Suellen Smosinski)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Para quem não viu nada sobre o OSCAR 2012


Oscar 2012 reflete crise na indústria do cinema em Hollywood

Maior premiação do cinema transpareceu a crise criativa de Hollywood entregando o prêmio máximo a um ilme estrangeiro

O Correio do Povo
Publicado 28/02/2012 às 09:33:00 - Atualizado em 28/02/2012 às 09:44:10


Elenco e equipe de “O Artista”, o grande
vencedor do Oscar 2012, com Jean Dujardin (2º a esquerda)  - (FOTO: Reuters)
Em cerimônia marcada por homenagens a filmes clássicos e musicais, a 84ª edição do Oscar, evento organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, realizado no domingo, deixou bem claro que espera a volta do cinema às suas origens. Não foi à toa que a Academia deu as estatuetas de melhor filme e direção, além de outras três (melhor ator para Jean Dujardin, melhor figurino e trilha sonora original), ao filme francês “O Artista”, o primeiro longa de língua não inglesa a levar o grande prêmio.
De maneira semelhante, “A Invenção de Hugo Cabret”, o primeiro longa em 3D do diretor Martin Scorsese homenageia as origens do cinema. O longa indicado em 11 categorias, foi premiado com cinco estatuetas (edição de som, mixagem de som, efeitos especiais, fotografia e direção de arte).
O cinema americano está em crise, prova disso é o uso abusivo de tecnologia de ponta e de filmes em 3D como forma de tentar alavancar a decrescente bilheteria. O ano de 2011 teve a pior arrecadação desde 1995: foram apenas 10,2 bilhões de dólares. Hollywood pede socorro. E foi exatamente esta a sensação transmitida pelo Oscar. O ritmo pessimista continuou com o apresentador oficial deste ano (e de muitos outros), o ator Billy Crystal, que logo em suas primeiras frases chamou o tradicionalteatro Kodak de “teatro da bancarrota”. E Crystal não parou por aí, criticou a crise criativa, a parte comercial, a crise econômica dos EUA, e por aí vai.
A cerimônia também foi um tanto quanto tediosa, além das tradicionais sátiras, houve muitas homenagens e faltaram as apresentações musicais (apenas dois indicados este ano, com uma canção sendo a trilha do filme “Rio” com Carlinhos Brown e Sergio Mendes, que perdeu para “Os Muppets”). O que salvou foi uma apresentação do Cirque du Soleil e justiça seja feita, foram exibidas também cenas de filmes cult, mas a maioria dos trechos eram de filmes populares e que renderam as maiores bilheterias.
Quanto às outras premiações, a disputa pelo Oscar foi bem previsível. Foi o caso do troféu de melhor atriz, que foi para a veterana Meryl Streep por “A Dama de Ferro”, ao invés de Viola Davis em “Histórias Cruzadas”, e o de ator coadjuvante para Christopher Plummer, de 82 anos de idade, por “Toda Forma de Amor”, única atuação que merecia concorrer ao prêmio. Já a vencedora da estatueta de atriz coadjuvante Octavia Spencer foi a que mais se emocionou. Nem o Tapete Vermelho impressionou  os homens com trajes bem tradicionais e as estrelas optaram por vestidos pretos ou em tons claros, com muito branco. Angelina Jolie que até arrancou alguns suspiros, mas estaria bem mais atraente não fosse a magreza excessiva. Já quem optou por vestidos de cores fortes ou dourados, acabou errando no estilo. Fashionistas consideraram
o Oscar bem sem graça. Por fim, que esta edição do Oscar lembre aos americanos que um dia eles já foram os grandes faróis dessa arte, título que se esforçam por manter e que muitos desejam que consigam.
Como mostram os números da bilheteria, não é apenas a academia que espera que Hollywood volte a criar com brilho. O público também espera por isso!

Escolas têm até 12 de março para participar do Censo 2011

O objetivo é coletar informações sobre o rendimento do aluno no final do ano letivo
  Agência Brasil
As escolas de educação básica de todo o país devem participar da segunda etapa do Censo Escolar 2011. O prazo começou na quarta-feira (1º) e vai até 12 de março. O objetivo é coletar informações sobre o rendimento do aluno no final do ano letivo.
Para participar, as escolas precisam acessar o sistema Educacenso no endereço: http://educacenso.inep.gov.br, clicar na opção Situação do Aluno e preencher os dados solicitados. A senha para informar a situação é a mesma utilizada na matrícula inicial.
A partir de 19 de março, os dados preliminares sobre a situação de cada estudante estarão disponíveis para conferência dos gestores municipais e estaduais de educação. O prazo para retificação dos dados vai até 2 de abril. A previsão é que os dados finais sejam divulgados na segunda quinzena de abril.
As escolas que não preencherem os dados podem ficar de fora das estatísticas oficiais que servem de base para o cálculo das taxas de aprovação, reprovação e abandono e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).