Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

terça-feira, 10 de julho de 2012

Receita libera consulta ao 2º lote de restituição do IR


Valor total do lote é de R$ 2,6 bilhões, o maior da história, que beneficiará 2,4 milhões de contribuintes. Dinheiro poderá ser sacado a partir do dia 16.

Receita Federal libero nesta terça-feira (10), a partir das 9h, a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda 2012, além de restituições residuais de 2008 a 2011. O valor total é de R$ 2,6 bilhões, o maior da história, e beneficiará 2,4 milhões de contribuintes.
As consultas podem ser feitas pelo site da Receita ou pelo telefone 146. O dinheiro poderá ser sacado a partir do dia 16. A restituição ficará disponível no banco por um ano. Depois disso, é preciso fazer pedido pela internet.

O valor liberado nos dois primeiros lotes de restituição é superior ao impacto em um mês do aumento de 14,13% no salário mínimo - que, em janeiro, passou para R$ 622. Pelos dados do Dieese, a elevação do piso vai colocar R$ 47 bilhões na economia em um ano, ou R$ 3,9 bilhões por mês. A restituição também supera em R$ 1,1 bilhão os valores depositados no mesmo período de 2011.
O montante supera em R$ 100 milhões o de junho, que já era recorde. Em junho e julho, o total liberado pelo governo chega a R$ 5,1 bilhões, uma forma de injetar dinheiro na economia e incentivar o consumo em um momento de demanda interna enfraquecida.
No total, são sete lotes de restituição, entre junho e dezembro. Neste segundo lote, o valor permite o pagamento a todos os contribuintes beneficiados pelo Estatuto do Idoso e das pessoas que entregaram a declaração em março, sem erros ou omissões. Segundo o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, o total liberado em junho e julho representa 36,4% dos R$ 14 bilhões que deverão ser restituídos até o fim do ano: "É um valor significativo."
Megarrestituição tem efeito limitado no consumo
Para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), embora recorde, o megalote terá impacto limitado no consumo, por causa do alto nível de inadimplência das famílias. A seu ver, o dinheiro será usado primeiro para pagar dívidas.
"O que impulsionaria a demanda fortemente seria a melhoria das condições de crédito. Mesmo com as quedas nas taxas de juros, num cenário de inadimplência elevado, os bancos estão mais cautelosos", observou.
Adir recomendou que os contribuintes não contemplados neste lote verifiquem se há inconsistências nas informações prestadas ao Fisco. Para isso, é preciso acessar o extrato da declaração, também disponível na página da Receita.
CNC: dinheiro extra para saldar ou renegociar dívidas
Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) acredita que a liberação recorde de recursos por parte da Receita pode auxiliar o comércio. Ele acredita em benefícios mesmo que parte dos contribuintes com restituições utilize o dinheiro devolvido pelo governo para comprar produtos diretamente: "Como há muitas pessoas com um percentual elevado de dívidas, parte das pessoas vai usar seus recursos para saldar financiamentos ou renegociar prestações em atraso. Isso certamente dará um fôlego no orçamento destas famílias, que podem voltar a consumir mais."
O economista e ex-diretor do Banco Central, contudo, acredita que a medida não terá tanto impacto para a indústria, que ainda continua concorrendo muito com os importados.
Mas o professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, avalia que o impacto da restituição recorde pode ser quase imperceptível. "Em geral, as pessoas já planejam o que fazer com o dinheiro da restituição no momento que faz a declaração. Muitos deixam o valor separado para atividades específicas, como pagar seguros anuais ou poupar."

Cardeal Dom Eugênio Sales morre, aos 91 anos, no Rio


Divulgação / Cardeal Dom Eugenio Sales morre aos 91 anos

Dom Eugênio, o mais antigo cardeal da Igreja Católica, morreu por volta das 23 horas por infarto agudo do miocárdio.
Morreu, na noite desta segunda-feira (9), aos 91 anos, na capital fluminense, o cardeal Dom Eugenio de Araujo Sales, arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Dom Eugênio morreu na Residência Assunção, onde morava, na Estrada do Sumaré, na zona norte do Rio. Segundo a Arquidiocese, o mais antigo cardeal da Igreja Católica morreu por volta das 23 horas por infarto agudo do miocárdio.
O religioso será velado a partir do meio-dia desta terça-feira, na Catedral Metropolitana, quando irão soar os sinos de todas as igrejas do Rio. O enterro será no mesmo local, nesta quarta-feira, às 15h.
Por volta das 5h da manhã, o corpo deixou a Residência Assunção, onde estavam reunidas cerca de 15 pessoas entre padres, freiras e funcionários da casa, e seguiu para o bairro de Inhaúma, onde será embalsamado. O enterro ocorrerá após a chegada do bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Karl Romer, que está em Roma, na Itália. O irmão de Dom Eugenio, Dom Heitor de Araujo Sales, arcebispo emérito de Natal, no Rio Grande do Norte, está na Suíça e não conseguiu passagem. O religioso é aguardado para a missa de sétimo dia.
A Arquidiocese informou que, nos últimos dias, a rotina de Dom Eugênio, que não possuía nenhuma enfermidade grave, limitava-se entre o quarto e no gabinete, onde lia jornais e assistia à TV. Natural de Acari, no Rio Grande do Norte, Dom Eugênio chegou a ter o nome cogitado entre os candidatos a Papa, depois da morte de João Paulo I.
Segundo cálculos da Arquidiocese, Dom Eugenio faria 69 anos de sacerdócio, 58 de episcopado, 43 de cardinalato, em seus quase 92 anos de vida. Ele sagrou 22 bispos e ordenou 215 sacerdotes.
Em nota divulgada na madrugada desta terça-feira, o governador do Rio, Sérgio Cabral, lamenta a morte de Dom Eugenio Sales e decreta luto oficial de três dias no estado. "Dom Eugenio Sales era amado pelo povo do Rio de Janeiro. Nas últimas décadas, a sua liderança religiosa foi a mais importante do nosso Estado. Vamos decretar três dias de luto", afirma Cabral.
O prefeito Eduardo Paes também decretou luto de três dias na cidade. Em nota, ele disse que Dom Eugenio "zelou por nossa cidade durante décadas. Grande homem de Deus, ele será sempre lembrado por sua sabedoria, a força de seus ensinamentos, a perspicácia com que comunicava e defendia sua fé e o exemplo de caridade nos anos mais difíceis da história brasileira".
As homenagens a Dom Eugenio
Além de ter decretado luto oficial de três dias, Cabral disse por meio de nota que Dom Eugenio Sales era amado pelo povo do Rio de Janeiro e que, "nas últimas décadas, a sua liderança religiosa foi a mais importante do nosso estado". O prefeito Eduardo Paes também lamentou a morte por meio de nota, dizendo que "o grande homem de Deus será sempre lembrado por sua sabedoria, força de seus ensinamentos, perspicácia com que comunicava e defendia sua fé e o exemplo de caridade nos anos mais difíceis da história brasileira".
O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, também comunicou a morte de Dom Eugenio, por volta das 0h40m, por meio do Twitter: "Nosso querido Cardeal Dom Eugênio faleceu. Pedimos orações pelo seu descanso eterno!" O religioso também lamentou a morte por meio de nota: "É uma tristeza anunciar essa notícia nesse momento. Mas ele era um homem de Deus e serviu a Jesus Cristo. Sempre esteve presente nos momentos importantes do Brasil principalmente na questão dos refugiados e na defesa dos perseguidos e teve presença marcante na igreja do Brasil e do Vaticano. Trabalhou em educação de base e na evangelização nas arquidioceses do Rio, Natal e Bahia. Viveu quase 92 anos principalmente pelo sua presença significativa na igraja e no Brasil. Ele foi alguém que sem dúvida soube viver dando continuidade aos ensinamentos."
Já a Arquidiocese, ao informar a morte do cardeal, lembrou que, fundamentado na Carta de São Paulo aos Coríntios, o lema do religioso foi: "Impendam et Superimpendar" (2Cor 12,15: "De mui boa vontade darei o que é meu, e me darei a mim mesmo pelas vossas almas, ainda que, amando-vos mais, seja menos amado por vós").
Presidente do Tribunal de Contas do Município (TCM), Thiers Montebello, por meio de mensagem divulgada também durante a madrugada, disse que o cardeal "era uma pessoa muito querida, especial como religioso, deixou uma marca muito significativa como o chefe da Igreja Católica do Rio de Janeiro. Foi uma autoridade religiosa que acolheu perseguidos políticos, mas sem deixar de ser respeitado pelo poder público. Foi uma perda significativa para a Igreja e o povo".
Uma história dedicada à Igreja
Nascido em 8 de novembro de 1920, em Acari (RN), o cardeal teve o nome entre os candidatos a Papa depois da morte de João Paulo I. Conhecido como o homem do Vaticano no Brasil durante os 30 anos em que esteve à frente da Arquidiocese do Rio, o cardeal continuou sendo querido pelo Papa, mesmo afastado das funções eclesiásticas no estado fazia quase uma década. O arcebispo emérito do Rio chegou a ser surpreendido, às vésperas de completar 90 anos, por uma carta de felicitações assinada por Bento XVI. Para Dom Eugenio, o documento não foi sinal de prestígio, mas o reconhecimento de uma vida dedicada à fé.
Em 67 anos de vida dedicada à Igreja, o cardeal foi rotulado tanto como líder conservador quanto "bispo vermelho", por ter, no início do sacerdócio, ajudado a criar os primeiros sindicatos rurais no Rio Grande do Norte. Um capítulo importante da vida de Dom Eugenio remonta à ditadura, quando atuou de maneira silenciosa, abrigando no Rio mais de quatro mil pessoas perseguidas pelos regimes militares do Cone Sul, entre 1976 e 1982, especialmente argentinos. A história da participação sem alarde do arcebispo foi contada, 30 anos depois, pelos principais meios de comunicação. Discretamente, o cardeal cultivava delicadas relações com os militares e ajudou a salvar vidas.
Para dar conta de tanto pedidos, autorizou o aluguel de quartos e depois apartamentos. A ajuda incluía dinheiro para gastos pessoais, assistência médica e auxílio jurídico. Em entrevista ao GLOBO em 2008, Dom Eugenio contou por que agiu nos bastidores: "Se eu anunciasse o que estava fazendo, não tinha chance. Muitos não concordavam, mas eu preferia dialogar e salvar", disse. "Eu não tinha nem nunca tive interesse em divulgar nada disso. Queria que as coisas funcionassem, e o caminho naquele momento era esse, o caminho de não pisar no pé (do governo)."
Além de ter ser considerado um bom articulador e um defensor incansável da doutrina católica, Dom Eugenio era citado como grande empreendedor. Ao assumir a Arquidiocese, na década de 70, mandou construir nos fundos do Palácio São Joaquim um prédio de dez andares para reunir num só lugar serviços da Igreja espalhados pela cidade. Também criou dezenas de pastorais, entre elas a Pastoral Penal, a das Favelas e a do Menor.
Dom Eugenio passou parte da infância no sertão nordestino. A vocação para o sacerdócio surgiu no início dos anos 30, após ser matriculado em colégio marista de Natal. Antes de optar pela Igreja, pensou em ser engenheiro agrônomo. Foi ordenado em 21 de novembro de 1943.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Telescópio Hubble capta explosão de gás em estrela


Divulgação/Nasa / Enquanto começa a ficar com pouco combustível, está se tornando instávelEnquanto começa a ficar com pouco combustível, está se tornando instável
ESPAÇO

Telescópio Hubble capta explosão de gás em estrela

A cada milhares de anos, U Camelopardalis expele uma camada quase esférica de gás.

A imagem registrada pelo telescópio espacialHubble, e divulgada pela Nasa nesta segunda-feira (9), mostra uma estrela brilhante rodeada por uma tênue camada de gás. U Camelopardalis, como foi batizada, é uma estrela que está perto de chegar ao fim da sua vida. Enquanto começa a ficar com pouco combustível, está se tornando instável. A cada milhares de anos, ela expele uma camada quase esférica de gás.
O gás ejetado na mais recente erupção da estrela é claramente visível na imagem como uma bolha leve em torno da estrela. U Cam (nome abreviado) é um exemplo de uma estrela de carbono. Este é um tipo raro de estrela cuja atmosfera contém mais carbono do que oxigênio. Localizado na constelação de Camelopardalis (A Girafa), perto do Pólo Norte Celeste, U Cam em si é realmente muito menor do que aparece na imagem do Hubble. 

Exército deixa complexos da Penha e do Alemão


 Vanderlei Almeida/AFP Photo / Soldados mostra parte das 37 mil armas apreendidas nos complexos da Penha e do AlemãoSoldados mostra parte das 37 mil armas apreendidas nos complexos da Penha e do Alemão
RIO

Exército deixa complexos da Penha e do Alemão

Ocupação durou um ano e sete meses. Efetivo de 1,3 mil homens vem sendo substituído gradaticamente pela PM.
As tropas do Exército deixaram os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, na manhã desta segunda-feira (9), pouco mais de um ano e sete meses depois da ocupação. A saída dos homens foi acompanhada de uma solenidade com a presença do Ministro da Defesa, Celso Amorim e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).
 / O ministro Celso Amorin e soldados que ocuparam os morros do Alemão e da Penha, durante a cerimônia de troca de poder, nesta manhãAmpliar imagem
O ministro Celso Amorin e soldados que ocuparam os morros do Alemão e da Penha, durante a cerimônia de troca de poder, nesta manhã
As tropas entraram nas comunidades no dia 26 de novembro de 2010 com o objetivo de tomar os territórios controlados por traficantes e permitir a instalação de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).
Com um efetivo médio de 1,3 mil homens, o Exército começou a deixar a área em março deste ano, sendo substituído gradativamente pela Polícia Militar, que agora passa a ficar responsável pelo policiamento.
De acordo com informações do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, 8.764 militares participaram da ocupação desde 2010. No período, marcado por conflitos com moradores e confrontos com criminosos, a operação contabilizou em apreensões 215 kg de entorpecentes, 302 automóveis, 197 motos, 131 máquinas caça-níquel, 102 eletroeletrônicos, 42 armas diversas, 2.015 munições, 79 carregadores, 13 granadas e R$ 170 mil; e 733 prisões e detenções.

Aprovados no Prouni devem apresentar documentos até sexta.


O Ministério da Educação 

divulgou na semana passada a lista com os 90 mil pré-selecionados em primeira chamada para receber uma bolsa de estudos do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os estudantes aprovados devem comparecer às instituições de ensino superior até a próxima sexta-feira para apresentar a documentação que garante o benefício e providenciar a matrícula.
A lista de documentos pode ser consultada pela internet. Cerca de 456 mil estudantes disputaram bolsas integrais ou parciais para o segundo semestre deste ano.

E quando a leitura é obrigatória?


André / Especial para o Diário do Vestiba
André / Especial para o Diário do Vestiba /
Sentir-se no dever de fazer alguma coisa não é uma das melhores tarefas do mundo. E quando se trata de leitura obrigatória para o vestibular?
Pode ser entediante e cansativa, mesmo que exista o hábito e o gosto por leitura. Outras vezes, o livro se torna interessante em uma segunda ou terceira leitura. Há quem pense que o estudo de matérias que não são atrativas deveria bastar, pois já é realizar algo sob pressão. Claro que há a feliz possibilidade de encontrar um livro que entretenha e incentive o estudante a continuar, mas não é possível contar sempre com um episódio parecido. É frustrante ler uma obra, a qual você não possui afinidade – além de muitas vezes não compreender, e ter que solucionar uma questão que apresente apenas uma linha correta sobre ela (correndo o risco de não ter uma questão, é uma roleta russa que somos coagidos a enfrentar). Logo, o candidato se pergunta: como transformar uma obra literária, que pode ser um fardo, em um acréscimo de cultura, que é o seu verdadeiro propósito?
Livros como “São Bernardo”, “Macunaíma” e “Vidas secas” têm adaptações cinematográficas, portanto é uma ótima maneira de entreter e adquirir conhecimento. Filmes e peças teatrais servem como complemento para entender a estrutura e dramaticidade da obra, ajudando a fixar elementos do enredo – inclusive há uma obra teatral como leitura obrigatória no processo seletivo 2012/2013 da UFPR: “Os Dois ou o Inglês Maquinista”, de Luís Carlos Martins Pena.Resumos ou resenhas podem ajudar a formar sua opinião acerca do livro e entender pontos não esclarecidos, além de estimular a leitura. É sempre bom observar uma obra por diversos ângulos, para apanhar uma conclusão fundamentada, além de possibilitar a análise do contexto histórico, o que ajuda a compreender o estilo utilizado pelo autor e a escola literária deste. Além das alternativas citadas acima, as aulas específicas de literatura são essenciais, caso você estude em cursinho.
Porém é importante reafirmar e destacar a necessidade da leitura completa da obra, pois um detalhe ou outro sempre é perdido através de um resumo ou adaptação. E você, tem alguma dica para a leitura obrigatória se tornar mais atrativa?

Depressão tem alta taxa entre os estudantes


Marcos Mello / Ilustração /

Doença provoca baixo desempenho acadêmico e pode levar a problemas mais graves, que vão da evasão até a dependência química.
Metade dos universitários brasileiros vivenciou algum tipo de crise emocional no ano passado. A depressão foi a mais representativa: atingiu cerca de 15% dos estudantes, enquanto a média geral entre jovens de até 25 anos fica em torno de 4%. Os dados sobre os universitários são daAssociação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Para psicólogos e professores, a principal causa dessas crises é a mudança da adolescência para a vida adulta, que ocorre bem na fase em que o jovem está na graduação. Por causa das cobranças, o estudante se sente pressionado e confuso e o resultado é a falta de motivação para estudar, dificuldade de concentração, baixo desempenho acadêmico, reprovação, trancamento de disciplinas e, na pior das hipóteses, evasão.
Perigo
Segundo o 1º Levantamento nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e outras drogas, feito pelo governo federal em 2011, os universitários são os maiores consumidores dessas substâncias no país. Uma das causas é a depressão, pois, para aliviar os sintomas da doença, eles recorrem à bebida e aos entorpecentes.
Sintomas
Irritabilidade, perda de energia, desmotivação, falta às aulas, isolamento, dificuldade de concentração, alteração no sono, ideias de suicídio e baixa autoestima são alguns dos sintomas comuns aos universitários que estão com depressão.
Participe de chat
Tire suas dúvidas e saiba como contornar a doença em um bate-papo on-line com Adriana Garcia Stefani, psicóloga da Unidade de Apoio Psicossocial da UFPR. O encontro será a partir das 10h30 desta terça-feira (10) aqui no site do Vida na Universidade.

  • “É o período em que o estudante vai consolidar sua personalidade e ganhar características do curso que escolheu. Essa formação de identidade, somada à necessidade de corresponder às expectativas dos outros, gera estado depressivo”, explica o professor e coordenador da Clínica de Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Luiz Henrique Ramos.
Cobrança
Nem sempre o sofrimento é causado apenas pela tentativa de mostrar à família e aos amigos que dá conta da vida adulta. A cobrança de si mesmo por um bom desempenho também é responsável por causar ansiedade nos universitários. Segundo Ramos, algumas situações específicas durante o curso podem desencadear o problema. No caso dos cursos de Saúde, a hora de atender o paciente pode gerar medo, insegurança e causar situações de ansiedade e depressão.
Os estudantes de Medicina estão entre os grupos mais atingidos, segundo o psiquiatra e professor de Medicina da Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Dagoberto Hungria Requião. Além do medo do início do atendimento, o contato com corpos nas aulas de Anatomia também pode causar tristeza e desânimo. “Ele chega ao curso superior entusiasmado e se depara logo com a morte. Nem todos estão preparados e têm maturidade para isso.”
Formada há três anos, a médica Amanda – que não quis ser identificada – lembra que passou por um estado de depressão no primeiro ano da faculdade. Depois de poucos meses de aula, começou a faltar. “Não ia mais e nem fazia provas. Simplesmente ficava em casa vendo televisão. Hoje sei que o que senti foi medo de comparação com as notas dos colegas, pois tinha acabado de passar pela pressão do vestibular e não aguentava mais aquilo.” Após quatro meses em casa, ela procurou um médico, tomou remédio e em pouco tempo estava de volta à sala de aula.

Ator Ernst Borgnine morre aos 95 anos em Los Angeles


Actor Ernest Borgnine morre aos 95 anos | © DR

LOS ANGELES (Reuters) - O ator norte-americano Ernest Borgnine, cujo tipo físico o levou a ficar célebre por papéis de durão no cinema, morreu no domingo, aos 95 anos, segundo seu assessor de imprensa, Harry Flynn. Embora tenha ficado famoso por interpretar tipos maus, como no filme "A um Passo da Eternidade", ele ganhou um Oscar pelo papel de um solitário sensível em "Marty".
O ator faleceu no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, de acordo com Flyyn.
Veterano da Marinha dos EUA, Borgnine se tornou nome conhecido nos anos 1960 pelo papel de um comandante de um barco de patrulha durante a Segunda Guerra Mundial, em "McHale's Navy", seriado cômico da TV norte-americana.
Borgnine continou a trabalhar até bem pouco tempo atrás e foi o artista mais velho a receber um Oscar, segundo Flynn, que informou que ele se recuperava de uma cirurgia não especificada feita havia um mês. No entanto, sua saúde piorou depois de um check-up na terça-feira no hospital.
Seu último papel foi o de um paciente de um asilo em um filme que vai estrear no fim do ano, "The Man Who Shook the Hand of Vicente Fernandez". Por essa atuação, ele ganhou um Oscar no Festival de Cinema de Newport Beach Film Festival, onde o filme fez a pré-estreia, em abril, disse Flynn.
Com uma aparência robusta, voz rouca e um jeito duro de olhar, no começo da carreira Borgnine estava prestes a se tornar o mau sujeito dos filmes, depois de uma série de boas performances como o durão em filmes como "Johnny Guitar", em 1954, e "Conspiração do Silêncio", em 1955.
A mais memorável interpretação de Borgnine como um cara ameaçador foi seu papel de estreia em "A um Passo da Eternidade", como o sádico sargento 'Fatso' Judson, que aterroriza e acaba matando o soldado Angelo Maggio, interpretado por Frank Sinatra.

Pedro, filho do cantor Leonardo, terá alta do hospital nesta segunda


Pedro quer sair de hospital com Leonardo e comer galinhada da mãe

Ele continuará com as sessões diárias de fisioterapia e fonoaudiologia. A alta do cantor sertanejo, filho do também cantor Leonardo, está prevista para as 14h e será uma surpresa para ele.
Após mais de dois meses internado, o cantorPedro Leonardo receberá alta na tarde desta segunda-feira, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele continuará com as sessões diárias de fisioterapia e fonoaudiologia. A alta do cantor sertanejo, filho do também cantor Leonardo, está prevista para as 14h e será uma surpresa para ele. Pedro será informado somente no momento de deixar o hospital, segundo a assessora de Leonardo, Ede Cury.
Pedro Leonardo sofreu um acidente de carro na madrugada do dia 20 de abril. O veículo que ele dirigia após um show em Uberlândia, Minas Gerais, capotou próximo à cidade de Itumbiara, Goiás. O rapaz voltava de show para sua casa em Goiânia e estava sozinho no carro. Ele forma uma dupla com o primo Thiago. Ele ficou um mês em coma.
A mãe dele está no hospital. O pai é quem irá buscá-lo na tarde desta segunda-feira. "Ainda não dissemos nada ao Pedro para que ele não fique ansioso", disse Edy Cury.

41% das casas no PR não têm calçamento


Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / Rua São Pedro, em Almirante Tamandaré, sem pavimentação, esgoto, meio-fio e calçadaRua São Pedro, em Almirante Tamandaré, sem pavimentação, esgoto, meio-fio e calçada
URBANIZAÇÃO

41% das casas no PR não têm calçamento

No Paraná, no topo dos problemas, está a ausência de calçadas e meio-fio, que superam a média brasileira.
Imagine-se morando em uma casa cuja rua é escura e não tem asfalto, calçada, meio-fio, boca de lobo, árvores e sequer um nome. Essa é a realidade de milhares de domicílios paranaenses e foi apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa do entorno dos domicílios do Censo Demográfico 2010, divulgada no fim do último mês de maio.
No Paraná, no topo dos problemas, está a ausência de calçadas e meio-fio, que superam a média brasileira. No total, 41% das casas paranaenses não estão atrás de passeios públicos ante 31% da média nacional e 25% não têm a famosa sarjeta contra 22% do país.
Sem estrutura
Cidades carecem de asfalto, meio-fio, rampa de acesso e árvores
As prefeituras da maioria dos mu­­nicípios que estão no topo­­ dos problemas urbanísticos apontadas pelo levantamento do IBGE reconheceram os problemas, mas afirmaram que tra­­balham em projetos para me­­lhorar o entorno dos domicílios. Porém, a população dessas cidades ainda têm de encarar muitas dificuldades.
Quem vive em Diamante do Sul­­ e Santa Maria do Oeste, por exemplo, tem de dividir espaço­­ nas ruas com carros, motos e todo tipo de meio de transporte. Isso porque 95% das casas dos dois municípios não têm calçadas e 88% não têm meio-fio. Nos dois casos, as prefeituras informaram que já têm projetos em andamento, mas não estipularam prazos para conclusão.
Mas pior do que não ter meio-fio­­ ou calçada é morar em rua não-pavimentada, realidade de­­ 88% das casas de Doutor Ulysses (região metropolitana de­­ Curitiba) em 2010. “Essa infe­­lizmente ainda é nossa realidade. Estamos tentando recursos com o PAC 2, mas só para depois das eleições”, diz José Bi­­tencourt, assessor da prefeitura.
Em Campina do Simão (centro-sul) o que falta são árvores dentro da cidade. Questionados se a rua em que moravam era arborizada, apenas três moradores responderam de forma positiva. Segundo Sérgio Bortolanza, técnico da prefeitura, a cidade já é rodeada de área verde e a falta de árvores nas ruas é culpa da população. “O povo arranca tudo”, disse.
A ausência de vegetação, porém, não atinge só os municípios menores. Em Curitiba, cidade que ganhou o título de capital ecológica do país, moradores de 23% das casas disseram não ter árvores em suas ruas. Ponta Grossa lidera o ranking das maiores cidades do estado no quesito falta de acessibilidade, com 96% da população afirmando não ter rampas de acesso em calçadas.
Apesar de perder para a média nacional em apenas dois indicadores, nos outros oito a situação paranaense não é animadora. Mais de 277 mil casas (33% da população) estão em ruas sem nome e quase um milhão (35%) não têm boca de lobo, equipamento essencial para escoar a água das chuvas. Além disso, 481.688 lares estão em ruas sem pavimentação, 89.811 não têm iluminação pública e mais de 600 mil não contam sequer com uma árvore no logradouro.
Ainda de acordo com o IBGE, se não bastassem esses problemas, 122 mil casas (4,4%) ainda convivem com esgoto a céu aberto, quase a mesma quantidade das que estão em ruas com lixo espalhado, indicativo de que a coleta de lixo não é satisfatória. No país inteiro, 11,8% dos domicílios estão próximos a esgoto a céu aberto e 5,8% ao lixo.
Segundo Dalea Antunes, pesquisadora do IBGE, os indicadores de circulação são os que mais afetam as cidades pequenas do interior. “Em municípios com até 20 mil habitantes, onde a circulação é menor, o porcentual de presença desses indicadores era de apenas 40%”.
Melhor do Sul
Dalea ressalta que o Paraná é o melhor estado da Região Sul em seis dos dez indicadores pesquisados, mas lembra que há problemas localizados, principalmente em cidades cuja população tem menor poder aquisitivo. Na pequena Santana do Iraré, onde 43% da população ganha até meio salário mínimo, 58% dos domicílios convivem com esgoto a céu aberto.
Já em Antonina, moradores de 2,3 mil domicílios, metade da cidade, disseram viver em ruas que têm lixo espalhado, indicativo de ineficiência da coleta seletiva. No município, 36% da população ganha até meio salário mínimo.
De acordo com Carlos Hardt, diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR, os dados do IBGE mostram que as piores estruturas urbanas, de modo geral, estão em municípios pequenos e com baixa capacidade de investimento. O urbanista ressalta, porém, que há exceções e que a falta de recursos não pode ser utilizada como desculpa para todos os casos.
“A gestão municipal tem de ter competência para aplicar o pouco recurso que tem de forma adequada. Bastam bons projetos para serem captados”, argumenta Hardt.
Governo fez repasse de R$ 73 milhões para recapeamento de vias
O governo do Paraná afirma ter repassado R$ 402 milhões aos 399 municípios paranaenses nos últimos 18 meses. Boa parte dessa verba foi financiada via Serviço Social Autônomo ParanaCidade e Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedu), que conta com recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano.
Segundo a Sedu, R$ 284,6 mi­­lhões foram disponibilizados pelo ParanaCidade para cons­­truir, entre outros, escolas, postos de saúde e hospitais. “Mas a maior quantidade de recursos foi liberada para pa­­vimentação”, disse o secretá­­rio Cezar Silvestre. A fundo perdido, a pasta diz ter repassado R$ 73 milhões para 261 municípios recapearem suas vias.
A pasta afirmou ainda que, em parceria com o Pa­­ra­­naCidade, disponibilizou R$ 45 milhões para compra de equipamentos rodoviários e recuperação de vias urbanas.
A destinação desses recursos é posterior ao levantamento do IBGE e, portanto, seu reflexo ainda não pode ser mensurado. O governo afirma que os números apresentados são os maiores dos últimos dez anos e que deve investir mais R$ 600 milhões nos próximos 18 meses.

domingo, 8 de julho de 2012

Fluxo de granéis está acima do limite


Felipe Rosa / Gazeta do Povo / Sobrecarga do porto faz com que alguns navios passem mais de um mês esperando para atracarSobrecarga do porto faz com que alguns navios passem mais de um mês esperando para atracar
O FUTURO DO PORTO

Fluxo de granéis está acima do limite

Movimentação anual de soja, milho, açúcar e fertilizantes já é quase 30% superior à capacidade do terminal de Paranaguá – o que eleva a necessidade de investimentos.
A importação e a exportação de granéis fizeram o Porto de Paranaguá ultrapassar seus limites neste ano e prometem continuar crescendo. Apesar de outros portos do país estarem ampliando a recepção de fertilizantes e o embarque de grãos, a demanda regional tem fôlego extra e pode agravar a sobrecarga, conforme avaliação Associação dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e da área de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura.
Soja, milho, açúcar e fertilizantes são os produtos que mais exigem investimentos para elevar a movimentação de cargas, mostra o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá (PDZPO), estudo realizado pelo Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans/UFSC) que deve orientar a execução de projetos orçados em R$ 2 bilhões. São essas commodities que têm provocado filas de mais de 100 navios, com espera de até 40 dias para atracação.
Antônio More / Gazeta do Povo
Antônio More / Gazeta do Povo / O Terminal de Contêineres de Paranaguá, que hoje usa 83% de sua capacidade máxima, deve ter impulso da indústria de carneAmpliar imagem
O Terminal de Contêineres de Paranaguá, que hoje usa 83% de sua capacidade máxima, deve ter impulso da indústria de carne
Avicultura
Produção de frango é suficiente para abarrotar terminal de contêineres
Com demanda ainda abaixo da capacidade instalada, o embarque de contêineres pelo Porto de Paranaguá pode crescer 8%, de acordo com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento, o PDZPO. Segundo o documento, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) usa 83% de sua capacidade. Mas essa “folga” é pequena, demonstram os principais clientes do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP): os frigoríficos de frango.
Se usasse apenas do Porto de Paranaguá, a avicultura paranaense ocuparia sozinha 100% da estrutura do TCP. O desempenho do terminal de contêineres deve melhorar neste ano, em razão de mudanças internas e investimentos em carregadores. Em maio, por exemplo, o número de movimentos por hora (mph) chegou a 70, o dobro do registrado um ano antes.
Na avaliação do superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, a tendência de crescimento na produção de carne de frango tende a evitar uma piora na sobrecarga do embarque de grãos. Isso porque, na teoria, uma parte maior da produção de soja e milho seria consumida no próprio estado, usada na ração dos animais, em vez de ser exportada. “Os projetos de expansão de abatedouros existentes e de novas indústrias, em regime de integração, deverão cada vez mais absorver a produção [de grãos] do Paraná”, afirma Dividino.
Ele pondera, no entanto, que o alívio para o corredor de exportação de grãos será pequeno se considerada a tendência de aumento no cultivo e nos embarques de milho. O cereal ganha espaço no inverno e no verão, quando rende o dobro do volume de soja por hectare. As exportações eram rasas até dez anos atrás, mas hoje representam quase metade do volume da soja, o principal produto de exportação do estado. A tendência é de que o Paraná remeta ao exterior 3 milhões de toneladas de milho ao ano, conforme as estatísticas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“Paranaguá vai continuar recebendo soja de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso [apesar da estruturação de outros portos] porque continua oferecendo a melhor condição de frente de retorno, para o navio carregar soja e retornar com insumos.”
Luiz Henrique Dividino, superintendente do Porto de Paranaguá.
Na soma desses quatro produtos, a demanda atual, de 21,2 milhões de toneladas por ano, é 4,7 milhões de toneladas superior à capacidade do porto – ou seja, há um déficit de capacidade de cerca de 28%. Considerando-se todo o movimento do porto, que chega a 41 milhões de toneladas ao ano, a sobrecarga é de 11%. Trata-se da evidência mais concreta de que a demanda deve dobrar em 20 anos, conforme a Gazeta do Povo mostrou nas duas primeiras reportagens da série “O futuro do porto”.
Mesmo perdendo participação nos embarques nacionais, Paranaguá vai enfrentar demanda regional crescente, sustenta o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino. Sem área significativa para ampliar suas lavouras, o estado ainda pode crescer em produtividade e ampliar particularmente a produção de milho e a de açúcar, avalia.
As duas regiões brasileiras que mais crescem na produção agrícola – o circuito de Mato Grosso, no Centro-Oeste, e a zona que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o MaToPiBa, no Centro-Norte – estão estruturando os portos em Itacoatiara, na região de Manaus, Suape, próximo a Recife, e Itaqui, em São Luís. Há forte investimento também nos corredores rodoferroviários que facilitam o escoamento da safra do Centro-Oeste pelo Porto de Santos.
Mesmo assim, o superintendente do porto paranaense aponta que as elevadas cotações internacionais e a desvalorização do real face ao dólar estimulam investimentos no campo e “aumentos substanciais” nos embarques.
“O grande salto de exportação deverá ocorrer por conta dos ganhos em produtividade que ainda estão por vir”, aposta. Para produzir mais grãos nas áreas atuais e ampliar as exportações, o agronegócio precisa também importar mais fertilizantes.
Apesar da estruturação de terminais exportadores em outras regiões do país, Paranaguá tende a atender nas próximas décadas uma zona produtiva maior que a atual, conforme o coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques. “À medida que melhorarem as condições de infraestrutura, deve haver sem dúvida uma expansão da área de abrangência.” Por outro lado, Gasques considera que o desempenho local é que vai determinar a sobrecarga. “O aumento da produtividade no estado será um fator decisivo.”
O crescimento da demanda estadual e a expansão da área de abrangência podem fazer com que a área disponível para ampliação do porto – equivalente a 50 campos de futebol – ganhe destino rapidamente.
Para driblar dificuldades, empresas investem por conta própria
Carlos Guimarães Filho
As empresas e cooperativas que operam no Porto de Paranaguá têm optado pelos investimentos próprios em estrutura para minimizar os problemas gerados pela sobrecarga no terminal. Essa tem sido a solução, mesmo que paliativa, diante das dificuldades de investimentos do setor público para aumentar a movimentação de cargas, principalmente granéis.
A Coamo, de Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), investiu na construção de um armazém de 100 mil toneladas e na instalação de duas correias que fazem o transporte de carga da indústria aos armazéns. A cooperativa opera no litoral paranaense desde 1994. “Quando compramos, eram dois armazéns de 42 mil toneladas e duas correias que ligavam os armazéns aos navios. Tivemos muitas dificuldades e foi preciso modernizar”, relata José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo.
No momento, a cooperativa não tem planos de novos investimentos. Porém, Gallassini sabe que, em breve, terá que ampliar a capacidade de operação, até porque a cooperativa continua crescendo: está construindo oito unidades armazenadoras – cinco no Paraná e três em Mato Grosso do Sul –, um moinho de trigo e um laboratório industrial, entre outras melhorias na sua estrutura. “No momento, não temos em vista [novos investimentos no porto]. Mas como hoje estamos operando no limite, sabemos que será necessário investir”, diz.
Oura empresa que cansou de esperar por melhorias e abriu a carteira para ampliar suas operações foi a Rocha Top, que movimenta fertilizantes no terminal. A empresa investiu R$ 80 milhões para implantar uma nova esteira que permitirá dobrar a velocidade de descarga de adubo, de 6 mil para 12 mil toneladas por dia.

O sol nasce para todos, mas o Brasil não aproveita


Roberto Custódio / Jornal de Londrina / Aquecedores solares de água em conjunto habitacional de Londrina: país aproveita pouco a luz solarAquecedores solares de água em conjunto habitacional de Londrina: país aproveita pouco a luz solar
ENERGIA

O sol nasce para todos, mas o Brasil não aproveita

Apesar da grande incidência de luz solar em todo o território brasileiro, uso dessa fonte para eletricidade e aquecimento de água é irrisório. Especialistas dizem que incentivos do governo ainda são insuficientes.
Não falta sol no Brasil, mas o aproveitamento de sua energia é uma possibilidade que ainda desponta muito timidamente no horizonte do país. Na geração de eletricidade, por exemplo, há apenas oito “usinas” solares, nada perto das 985 centrais e usinas hidrelétricas do país.
No mercado de aquecimento solar de água, apesar de ocupar a sexta posição do ranking mundial elaborado pela Agência Internacional de Energia, em números absolutos a capacidade brasileira se distancia – e muito – da chinesa, a primeira colocada. Enquanto a China tem capacidade de 117,6 mil megawatts térmicos (MWth, unidade utilizada para medir a potência térmica), o Brasil conta com apenas 4.278 MWth.
Iniciativas
Confira algumas iniciativas para viabilizar o uso de fontes renováveis de energia, em especial a solar:
• Megawatt Solar
A Eletrosul está implantando em sua sede, em Florianópolis, a primeira usina de geração solar com 1 megawatt de potência. O sistema será integrado ao edifício-sede da empresa, usando a área do telhado e dos estacionamentos. A energia será para consumo próprio e o excedente, distribuído na rede elétrica. O projeto tem financiamento do banco alemão KfW e deve entrar em operação até o fim do ano. Outros projetos da estatal preveem a instalação de paineis solares nas coberturas dos estádios do Mineirão, em Belo Horizonte, e de Pituaçu, em Salvador.
• Chamada 13
O projeto estratégico “Arranjos técnicos e comerciais para inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira” – a “chamada 13” da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – foi lançado no ano passado com objetivo de diversificar a matriz energética brasileira. Dezoito projetos foram selecionados, dois deles do Paraná – estes receberão juntos cerca de R$ 75 milhões. Um envolve a instalação de células de energia solar na Arena da Baixada.
• Compensação de Energia
Resolução publicada pela Aneel em abril permite que qualquer pessoa possa gerar energia de casa usando métodos alternativos (como a energia solar) e, em troca, ganhar créditos na conta de luz. O que não for consumido será “injetado” na rede elétrica. As distribuidoras têm prazo de 240 dias após a publicação da resolução para fazer as adequações necessárias.
• Minha Casa, Minha Vida
A Portaria 325, de 7 de julho de 2011, estabelece que todos os projetos compostos por unidades unifamiliares deverão contemplar sistemas de aquecimento solar.
• Projeto de Lei
Além de estabelecer que imóveis ficam obrigados a ter sistemas de eficiência energética, o Projeto de Lei 005-00245/2007 cria um desconto no IPTU para quem utilizá-los em Curitiba. O projeto ainda está em análise na Câmara Municipal.
No Paraná
De acordo com o professor Eloy Casagrande Jr., da UTFPR, o Paraná tem potencial para aproveitar a energia solar. “Curitiba tem cerca de 1,7 mil horas de sol por ano, o mesmo que as cidades de Santos e São Paulo, por exemplo”, diz. E o mercado local também tem espaço para crescer. Na área de aquecimento solar, por exemplo, apenas quatro nomes em todo o estado figuram na lista de empresas qualificadas pelo Qualisol Brasil, um selo de qualidade fornecido pela Abrava, em parceria com o Inmetro e a Eletrobrás.
“O desenvolvimento de fontes de energia renováveis ocorre de forma mais rápida onde não há outras opções”, explica Lucio Teixeira, diretor de Finanças Corporativas da Ernst & Young Terco. “No Brasil, temos uma oferta muito grande de recursos hídricos, discrepante em relação a outros países. Assim, é natural que se foque nesse tipo de energia”, complementa.
Porém, tão abundante quanto os rios é a presença do sol no país tropical. De acordo com artigo publicado na revista Solar Energy, o local com o pior grau de irradiação no país ainda é 40% superior ao melhor da Alemanha – onde o uso de energia solar é muito mais desenvolvido.
Para desenvolver o mercado, informam os especialistas, ainda faltam incentivos. “Para sermos competitivos, devemos investir em inovação e criar facilidades para pesquisadores e investidores”, analisa Eloy Casagrande Jr., doutor em Engenharia de Recursos Minerais e Meio Ambiente e coordenador do Escritório Verde da UTFPR.
Para Teixeira, três pontos têm de ser considerados para atrair investidores. “O primeiro deles é a tecnologia, que precisa ser disponível. E isso já temos. Depois, é preciso um ambiente de contratação favorável, isto é, o poder público precisa criar mecanismos para incentivar os investimentos – como os leilões do setor elétrico”, continua. Nos últimos meses, o governo aprovou algumas medidas para incentivar o uso de energias renováveis e sistemas de eficiência energética (veja quadro nesta página), mas, para o analista, elas ainda não são suficientes. Por fim, Teixeira destaca que a viabilidade econômico-financeira precisa ser encontrada. Para isso, diz, é necessário o desenvolvimento da indústria nacional, já que a compra de equipamentos brasileiros baratearia financiamentos e tornaria o negócio mais atraente aos olhos dos investidores.
Benefícios
Os benefícios do uso da energia solar envolvem aspectos ambientais e econômicos. “Cada metro quadrado de energia solar evita 56 metros quadrados de área inundada por hidrelétrica”, diz Marcelo Mesquita, gestor do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol), ligado à Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).
Usar aquecimento solar em vez de energia elétrica para a água do banho pode levar a uma economia de cerca de 30% na conta de energia elétrica. Um estudo divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) na última terça-feira revela que a energia elétrica solar já é viável para 15% dos lares brasileiros.

Fábrica chinesa quer abrir 5 mil lojas no país
O número é alto: 5 mil lojas no Brasil nos próximos cinco anos. Equivale a quase uma loja por município – o país tem 5.565 cidades. Supera, as mais de 600 lojas que a rede de fast food McDonald’s tem no país e até o número de franquias do Boticário, o maior franqueador do país, com 3.337 unidades.
O plano foi anunciado durante a Rio+20 por Huang Ming, presidente da Himin Solar, gigante chinesa da área de aquecimento solar. A ação é parte da estratégia de popularizar as climate marts, lojas no estilo de franquia que oferecem produtos ligados à energia solar, com objetivo de tornar as tecnologias mais acessíveis. A previsão é de abrir 50 mil lojas em todo o mundo.
A justificativa é “verde”: “Se houver 50 mil climate marts, a energia renovável vai se espalhar mais amplamente, e haverá esperança para a melhora do clima”, disse Ming na conferência. No mercado brasileiro, a Himin já tem uma parceira, a curitibana Nadezhda, empresa recém-criada pelo empresário Fernando Buffa.
O mercado de aquecimento solar no Brasil cresceu a uma média de 15% nos últimos três anos, de acordo com o Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol). Em 2011, movimentou cerca de US$ 500 milhões. “É importante que haja diversidade”, comenta Marcelo Mesquita, gestor do Dasol, sobre a possível vinda da Himin. “O consumidor tem que ter bons produtos e se uma empresa está se propondo a oferecer isso, é bem vinda.”
Mesquita destaca, porém, que é difícil fazer qualquer análise, uma vez que não se sabe se os planos da empresa serão mesmo concretizados. Se isso ocorrer, a franquia chinesa teria mais lojas que o total de empresas de aquecimento solar hoje existentes no Brasil – são cerca de 2 mil.
A Himin Solar foi criada em 1995 e sua fábrica tem mais de 4 mil funcionários. É Huang Ming o idealizador do Solar Valley, maior base de produção de energia solar do mundo, localizado na China. Ele funciona como uma cidade, com hotéis, fábricas, centros de pesquisa e convenções.

FBI poderá desconectar mais de 300 mil computadores no próximo dia 9/7


O FBI, polícia federal norte americana, emitiu um comunicado oficial que irá desconectar na próxima segunda-feira dia 9 de julho, computadores que estejam infectados com um malware, que cria no computador diferentes rotas de acesso á internet, sendo então possível o seu “controle” por outras pessoas.

É possível identificar se o seu computador está infectado através desses dois links :

Caso o usuário de internet possuir esse malware instalado no computador, e não removê-lo até o próximo dia 9 de julho, poderá ficar sem conexão à internet até que assim o faça.

freedigitalphotos
freedigitalphotos /
O FBI estima que mais de 300 mil computadores poderão ser atingidos por essa operação.
Comunicado do FBI