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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sexta-feira confirma recorde de medalhas do país em Jogos Olímpicos


Daniel Castellano / Gazeta do Povo - enviado especial
Daniel Castellano / Gazeta do Povo - enviado especial / Ida do vôlei masculino à final garantiu recorde de medalhas do país em uma mesma edição de OlimpíadaIda do vôlei masculino à final garantiu recorde de medalhas do país em uma mesma edição de Olimpíada
LONDRES-2012

Sexta-feira confirma recorde de medalhas do país em Jogos Olímpicos

Com a confirmação do vôlei masculino do Brasil na final, o país garante 16 medalhas em Londres, uma a mais do que em Pequim-2008 e Atlanta-1996.

Olimpíada de Londres será lembrada como os Jogos com mais medalhas conquistadas peloBrasil. Nesta sexta-feira, a seleção de vôlei masculino bateu a Itália por 3 sets a 0 e confirmou vaga na final, a exemplo de Pequim-2008, quando o time ficou com a prata. Com isso, o país garantiu a 16.ª medalha nesta Olimpíada: uma a mais do que em Pequim-2008 e Atlanta-1996(veja abaixo).
Até agora, os brasileiros já colocaram 12 medalhas no peito. Foram dois ouros com Arthur Zanetti, nas argolas da ginástica artística, e Sarah Menezesno judô. Duas pratas, de Thiago Pereira, nos400m medley da natação, e Emanuel e Alison, no vôlei de praia masculino.
Pequim 2008 – 15 (3 ouros, 4 pratas, 8 bronzes)
Maurren Higa Maggi (ouro no Atletismo - Salto em Distância)
Cesar Cielo (ouro na Natação - 50m livre)
Vôlei Feminino (ouro)
Vôlei Masculino (prata)
Futebol Feminino (prata)
Bruno Prada e Robert Scheidt (prata na Vela - Star)
Fabio Luiz e Márcio Araújo (prata no Vôlei de Praia)
Ketleyn Quadros (bronze no Judô - Leve)
Leandro Guilheiro (bronze no Judô - Leve)
Tiago Camilo (bronze no Judô - Super-Médio)
Cesar Cielo (bronze na Natação - 100m livre)
Natália Falavigna (bronze no Taekwondo - 67kg)
Fernanda Oliveira e Isabel Swan (bronze na Vela - 470)
Emanuel e Ricardo (bronze no Vôlei de Praia)
Futebol Masculino (bronze)
Atlanta 1996 - 15 (3 ouros, 3 pratas, 9 bronzes)
Jaqueline Silva e Sandra Pires (ouro no Vôlei de Praia)
Marcelo Ferreira e Torben Grael (ouro na Vela - Star)
Robert Scheidt (ouro na Vela - Laser)
Adriana Samuel e Mônica Rodrigues (prata no Vôlei de Praia)
Gustavo Borges (prata na Natação - 200m livre)
Basquete Feminino (prata)
André Domingos, Arnaldo Oliveira, Edson Luciano e Robson Caetano (bronze no Atletismo - 4x100m)
Futebol Masculino (bronze)
André Johannpeter, Doda, Luiz Felipe de Azevedo e Rodrigo Pessoa (bronze no Hipismo - Salto por Equipes)
Henrique Guimarães (bronze no Judô - Meio-Leve)
Aurélio Miguel (bronze no Judô - Meio-Pesado)
Gustavo Borges (bronze na Natação - 100m livre)
Fernando Scherer (bronze na Natação - 50m livre)
Kiko Pelicano e Lars Grael (bronze na Vela - Tornado)
Vôlei Feminino (bronze)
Atenas 2004 - 10 (5 ouros, 2 pratas, 3 bronzes) – melhor no número de ouros
Rodrigo Pessoa (ouro no Hipismo - Salto Individual)
Robert Scheidt (ouro na Vela - Laser)
Marcelo Ferreira e Torben Grael (ouro na Vela - Star)
Emanuel e Ricardo (ouro no Vôlei de Praia)
Vôlei Masculino (ouro)
Adriana Behar e Shelda (prata no Vôlei de Praia)
Futebol Feminino (prata)
Leandro Guilheiro (bronze no Judô - Leve)
Flávio Canto (bronze no Judô - Meio-Médio)
Vanderlei Cordeiro de Lima (bronze no Atletismo - Maratona)
Além disso, são oito bronzes. Um deles foi conquistado nesta sexta com o pugilistaYamaguchi Falcão, que perdeu nas semifinaisdo boxe na categoria até 81 kg. Os outros sete são: Juliana e Larissa (vôlei de praia feminino), Adriana Araújo (boxe até 60 kg), Felipe Kitadai (judô até 60 kg), Rafael Silva (judô mais de 100 kg), Mayra Aguiar (judô até 78 kg), Cesar Cielo (natação 50m livres), e Robert Scheidt e Bruno Prada (vela classe Star).
Outras quatro medalhas estão garantidas, mas ainda não tem a cor definida - podem ser ouro ou prata: futebol masculino, vôlei masculino efeminino e Esquiva Falcão, no boxe, categoria até 75 kg.
Se os brasileiros conquistarem três dos quatro ouros em disputa, igualarão ainda o melhor desempenho "dourado" em Olimpíadas. Em Atenas-2004, o Brasil conquistou cinco medalhas de ouro (veja quadro ao lado). Se os brasileiros ficarem em primeiro lugar nas quatro disputas, superam a marca.
Até agora, as 12 medalhas conquistadas colocam o país na 28º colocação no quadro de medalhas. Veja a lista completa .
Boxe
Os irmãos Falcão fizeram história no boxe brasileiro nesta sexta-feira. O capixabaEsquiva Falcão conseguiu a inédita vaga em uma final olímpica na modalidade para o Brasil. Ele venceu o britânico Anthony Ogogo, por 16 a 9, e será o primeiro representante do esporte nacional a disputar a medalha de ouro.
“Estou muito feliz. No último round, dei o meu gás, senti a energia das pessoas aqui e lá no Brasil e, agora, vou confiante para a final”, declarou o boxeador. Na final, o brasileiro enfrentará o japonês Ryota Murata nesta sábado às 17h45 (horário de Brasília).
Yamaguchi Falcão não conseguiu repetir o feito de seu irmão e ficou com a medalha de bronze. Ele perdeu nas semifinais do boxe, na categoria até 81 kg, para o russo Egor Mekhontcev por 23 a 11. Assim, ele iguala as melhores conquistas da modalidade até agora. Servílio de Oliveira havia conquistado a medalha de bronze em 1968 e, nesta semana, Adriana Araújo também subiu ao terceiro lugar no pódio.
Atletismo
O time feminino do Brasil no revezamento 4 x 100 metros rasos disputou a final da prova nesta sexta e ficou com a sétima colocação na prova, que teve quebra de recorde mundial pela equipe norte-americana. Os Estados Unidos completou o percurso em 40s82. As brasileiras, Ana Claudia Lemos, Franciela Krasucki, Evelyn dos Santos e Rosângela Santos , fizeram 42s91, inferior aos 42s55 da primeira fase, apenas à frente de Trinidad e Tobago, que foi desqualificada por uma falha na troca de bastão.
No masculino, o Brasil não passou da fase classificatória no revezamento 4x100 metros. Por seis centésimos de segundo, a equipe formada por Aldemir da Silva, Sandro Viana, Nilson André e Bruno de Barros, não foi à final. O grupo nacional fez a prova em 38s35. O último classificado por tempo foram os holandeses com 38s29. A final será neste sábado. No revezamento 4x400m feminino, o Brasil também foi eliminado.
Outros resultados
Na vela, Ana Barbachan e Fernanda Oliveiraterminaram em 6.º lugar na classe 470. Elas finalizaram a última regata na 6.ª colocação e não conseguiram ficar entre as três melhores na classificação geral. Ana e Fernanda tinham chances de conquistar o bronze.
Já na canoagem, Ronilson Oliveira vai disputar à final B do C-1 200m. Nesta sexta-feira ele completou a prova em 42s216, fechando com a quinta posição na sua bateria. Na semifinal, o brasileiro repetiu a posição, porém com um tempo pior: 42s560. A final B do C-1 200m está marcada para este sábado (11), às 5h45. No C-2 1.000m, ele e Erlon Silva terminaram em segundo, equivalente ao décimo lugar na soma com a bateria em que foram disputadas as medalhas.
No ciclismo, Squel Stein sofreu uma forte queda na disputa da semifinal do BMX feminino nesta sexta-feira (10). A catarinense, de 21 anos, caiu na primeira subida da prova e bateu a cabeça na pista. A brasileira foi atendida no local e precisou sair imobilizada do complexo, sendo levada ao hospital da Vila Olímpica, mas passa bem.

População indígena cresce 205% em duas décadas no Brasil


Os índios no Brasil somam 896,9 mil pessoas, de 305 etnias, que falam 274 línguas indígenas, segundo dados do IBGE.

Os índios no Brasil somam 896,9 mil pessoas, de 305 etnias, que falam 274 línguas indígenas, segundo dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira vez que o órgão coleta informações sobre a etnia dos povos. O levantamento marca também a retomada da investigação sobre as línguas indígenas, parada por 60 anos.
42,3% dos índios vivem fora de terras reconhecidas
Em números absolutos, são 379 mil índigenas fora das áreas demarcadas. Dado indica a necessidade de ampliação e criação de novas reservas, mas também aponta para a migração em busca de educação e de renda, segundo especialistas. 

Leia a matéria completa
Com base nos dados do Censo 2010, o IBGE revela que a população indígena no País cresceu 205% desde 1991, quando foi feito o primeiro levantamento no modelo atual. À época, os índios somavam 294 mil. O número chegou a 734 mil no Censo de 2000, 150% de aumento na comparação com 1991.
A pesquisa mostra que, dos 896,9 mil índios do país, mais da metade (63,8%) vivem em área rural. A situação é o inverso da de 2000, quando mais da metade estava em área urbana (52%).
Na avaliação do IBGE, a explicação para o crescimento da população indígena pode estar na queda da taxa de fecundidade das mulheres em áreas rurais, apesar de o índice de 2010 não estar fechado ainda. Entre 1991 e 2000, essa taxa passou de 6,4 filhos por mulher para 5,8.
Outro fator que pode explicar o aumento do número de índios é o processos de etnogênese, quando há “reconstrução das comunidades indígenas”, que supostamente não existiam mais, explica o professor de antropologia da Universidade de Campinas (Unicamp), José Maurício Arruti.
Os dados do IBGE indicam que a maioria dos índios (57,7%) vive em 505 terras indígenas reconhecidas pelo governo até o dia 31 de dezembro de 2010, período de avaliação da pesquisa. Essas áreas equivalem a 12,5% do território nacional, sendo que maior parte fica na Região Norte - a mais populosa em indígenas (342 mil). Já na Região Sudeste, 84% dos 99,1 mil índios estão fora das terras originárias. Em seguida vem o Nordeste (54%).
Para chegar ao número total de índios, o IBGE somou aqueles que se autodeclararam indígenas (817,9 mil) com 78,9 mil que vivem em terras indígenas, mas não tinham optado por essa classificação ao responder à pergunta sobre cor ou raça. Para esse grupo, foi feita uma segunda pergunta, indagando se o entrevistado se considerava índio. O objetivo foi evitar distorções.
A responsável pela pesquisa, Nilza Pereira, explicou que a categoria índios foi inventada pela população não índia e, por isso, alguns se confundiram na autodeclaração e não se disseram indígenas em um primeiro momento. "Para o índio, ele é um xavante, um kaiapó, da cor parda, verde e até marrom", justificou.
A terra indígena mais populosa no país é a Yanomami, com 25,7 mil habitantes (5% do total) distribuídos entre o Amazonas e Roraima. Já a etnia Tikúna (AM) é mais numerosa, com 46 mil indivíduos, sendo 39,3 mil na terra indígena e os demais fora. Em seguida, vem a etnia Guarani Kaiowá (MS), com 43 mil índios, dos quais 35 mil estão na terra indígena e 8,1 mil vivem fora.
O Censo 2010 também revelou que 37,4% índios com mais de 5 anos de idade falam línguas indígenas, apesar de anos de contato com não índios. Cerca de 120 mil não falam português.
Os povos considerados índios isolados, pelas limitações da própria política de contato, com objetivo de preservá-los, não foram entrevistados e não estão contabilizados no Censo 2010.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Primeiro condenado pelo escândalo dos Diários Secretos pega 15 anos de prisão


Juíza entendeu que o ex-funcionário da Assembleia Daor de Oliveira foi fantasma e desviou R$ 1,4 milhão em salários. Ele ainda cooptou parentes para o esquema.

A Justiça condenou a 15 anos e 6 meses de prisão um dos envolvidos com o esquema de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa do Paraná mostrado pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens Diários Secretos. É a primeira condenação de um acusado pelo escândalo que veio à tona em março de 2010.
O ex-funcionário da Assembleia Daor Afonso Marins de Oliveira foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e pelo desvio de cerca de R$ 1,4 milhão dos cofres do Legislativo estadual. A Justiça inocentou Daor da acusação de falsidade ideológica. A pena total foi de 15 anos, 6 meses e 10 dias de detenção. Como a sentença é de primeira instância, cabe recurso ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ).
Entenda o caso
Relembre os principais momentos do escândalo dos Diários Secretos:
2010
15 de março – Série de reportagens da Gazeta do Povo e da RPC TV revela um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia por meio da contratação de funcionários fantasmas e laranjas.
24 de abril – Operação prende dez pessoas, entre elas os então diretores da Assembleia Abib Miguel, o Bibinho (diretor-geral); José Ary Nassiff (diretor administrativo); e Cláudio Marques da Silva (diretor de pessoal). Bibinho é acusado de chefiar a quadrilha.
3 de maio – O MP propõe a primeira ação criminal contra os ex-diretores por formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. Depois disso, os promotores ajuizaram sete ações de improbidade contra os ex-diretores e contra deputados que ocuparam a presidência e a primeira-secretaria da Assembleia.
11 de junho – Beneficiado por uma liminar do STF, Bibinho e os outros dois ex-diretores da Assembleia deixam a prisão.
26 de agosto – O STF volta atrás e anula a decisão que colocou Bibinho, Nassiff e Marques da Silva em liberdade.
8 de novembro – Começa o julgamento do primeiro processo criminal contra Bibinho e os ex-diretores.
18 de dezembro – Bibinho deixa a prisão, beneficiado por uma decisão do STF.
2011
29 de agosto – Advogados de Bibinho ganham na Justiça a suspensão dos dois processos criminais contra Bibinho, alegando que seu cliente sofre de distúrbios psiquiátricos.
11 de novembro – Perícia médica mostra que Bibinho apresenta quadro depressivo, mas que tem condições de comparecer às audiências judiciais.
2012
6 de março – Bibinho é preso novamente. Desta vez, sob a acusação de atrapalhar o processo judicial.
8 de maio – Bibinho é solto.
14 de maio – Duas novas ações são ajuizadas, pedindo bloqueio de bens de vários acusados e ressarcimentos dos valores aos cofres públicos.
Processos criminais
Expectativa é de que outras sete ações sejam julgadas ainda neste ano
Depois da publicação da série Diários Secretos, que revelou em março de 2010 o esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa, o Ministério Público (MP) entrou com duas ações criminais e outras sete de improbidade administrativa contra envolvidos no caso. As duas ações criminais foram desmembradas pela Justiça em oito processos. A reportagem apurou que os processos criminais estão mais próximos de uma sentença do que as ações de improbidade. A perspectiva é de que, até o fim do ano, elas sejam julgadas. O processo contra Daor de Oliveira foi o primeiro a ter um desfecho.
O MP ainda requereu na Justiça a devolução de mais de R$ 100 milhões que teriam sido desviados e o bloqueio de R$ 1,2 bilhão dos bens dos envolvidos para garantir a restituição aos cofres públicos.
Processos criminais
Expectativa é de que outras sete ações sejam julgadas ainda neste ano
Depois da publicação da série Diários Secretos, que revelou em março de 2010 o esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa, o Ministério Público (MP) entrou com duas ações criminais e outras sete de improbidade administrativa contra envolvidos no caso. As duas ações criminais foram desmembradas pela Justiça em oito processos. A reportagem apurou que os processos criminais estão mais próximos de uma sentença do que as ações de improbidade. A perspectiva é de que, até o fim do ano, elas sejam julgadas. O processo contra Daor de Oliveira foi o primeiro a ter um desfecho.
O MP ainda requereu na Justiça a devolução de mais de R$ 100 milhões que teriam sido desviados e o bloqueio de R$ 1,2 bilhão dos bens dos envolvidos para garantir a restituição aos cofres públicos.
R$ 200 milhões foi o valor desviado da Assembleia Legislativa por meio do esquema dos Diários Secretos. A estimativa é do Ministério Público Estadual.
A condenação de Oliveira foi determinada, no último dia 1.º, pela juíza Ângela Regina Ramina de Lucca, da 9.ª Vara Criminal de Curitiba. Ela entendeu que o acusado fazia parte de uma organização criminosa “instalada no seio da Assembleia”. O esquema, segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MP) acatada pela juíza, utilizava funcionários fantasmas para desviar dinheiro da Assembleia. O esquema, de acordo como MP, desviou R$ 200 milhões.
Parentes cooptados
O chefe desta quadrilha, segundo a investigação, era o ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel, o Bibinho. Também faziam parte do esquema os ex-diretores José Ary Nassiff (Administrativo) e Cláudio Marques da Silva (de Pessoal).
Dentro da organização, segundo a denúncia confirmada pela juíza, Oliveira administrava os imóveis de Bibinho e era o responsável por umas das funções “mais relevantes para o esquema criminoso, (...) ‘angariar’ pessoas que pudessem figurar como funcionários comissionados da Assembleia”. Entre os “cooptados” por Oliveira estavam dez parentes dele: a mulher, três filhos, a irmã, três sobrinhos e as esposas de dois deles.
Os documentos pessoais dos parentes do acusado foram usados para que eles fossem contratados para cargos em comissão na Assembleia e para abrir contas bancárias em seus nomes. Todos eles, segundo a Justiça, receberam salários, mas nunca deram expediente na Assembleia – inclusive o próprio Oliveira. Um dos filhos, por exemplo, chegou a receber vencimentos mensais de R$ 32,6 mil. Só em salários pagos aos familiares de Oliveira, o desvio foi de R$ 13,2 milhões. O ex-servidor, sozinho, recebeu R$ 1,4 milhão em vencimentos.
Em depoimento, os familiares de Oliveira disseram que, a pedido dele, tiveram até de assinar um talão de cheques em branco. “Apurou-se, também, que todos ou quase todos somente tiveram acesso aos cartões dessas contas bancárias após os fatos terem sido divulgados na mídia”, escreve a juíza na sentença. O MP suspeita que Bibinho é quem ficava com os cartões e movimentava as contas.
A investigação do MP rastreou o dinheiro depositado pela Assembleia na conta desses funcionários fantasmas. Foi a partir daí que Oliveira foi condenado por lavagem de dinheiro. Na sentença, a juíza relata que parte da verba pública desviada com a participação de Oliveira (R$ 53 mil), segundo o MP, foi investida em uma das fazendas de Bibinho em Goiás. Outra parcela, não especificada na sentença, foi destinada à compra de carros antigos registrados em nome de terceiros mas que faziam parte da coleção de Abib Miguel.
Detido
Daor de Oliveira é o único dos acusados pelo caso dos Diários Secretos que está preso. A prisão foi decretada porque, durante a fase de investigações do MP, ele ficou foragido e a Justiça entendeu que ele poderia tentar fugir novamente. Oliveira está detido no Centro de Triagem II, em Piraquara, na Grande Curitiba.
Advogado diz que houve cerceamento de defesa
O advogado Nilton Ribeiro de Souza, que defende Daor de Oliveira, diz que vai recorrer da condenação ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). Um dos argumentos que ele pretende alegar é o cerceamento de defesa. Souza alega que não foram ouvidas testemunhas em favor de Oliveira e que provas usadas em outros processos do caso dos Diários Secretos não poderiam ser anexadas à ação contra seu cliente. “Uma situação como essa só poderia acontecer se fosse impossível colher novas provas, como ouvir uma testemunha que já morreu, por exemplo”, diz ele.
Durante o processo, Oliveira negou os crimes. Disse que trabalhava na Assembleia e que nunca esteve foragido, tendo permanecido em casa, sob cuidados médicos. Mas, segundo a sentença, ele admitiu em juízo “que forneceu os documentos de sua esposa e demais filhos para que eles figurassem na folha de pagamento sem que precisassem exercer qualquer atividade laboral em prol da Assembleia Legislativa”.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Manifestação de estudantes em Santiago termina em confusão com a polícia.


Eliseo Fernandez/ Reuters / Ônibus do transporte público é incendiado durante protestos por mudanças na educação pública, em SantiagoÔnibus do transporte público é incendiado durante protestos por mudanças na educação pública, em Santiago
CHILE

Manifestação de estudantes em Santiago termina em confusão com a polícia.

A polícia chilena dissolveu nesta quarta-feira (8) no centro de Santiago uma concentração de estudantes do ensino médio que pretendiam marchar por um trajeto não autorizado pela prefeitura, o que gerou violentos distúrbios, inclusive a queima de dois ônibus do transporte público.
Os estudantes queriam marchar pela Alameda, principal avenida da capital, mas a prefeitura desprezou essa solicitação e propôs dois percursos alternativos que foram rechaçados pela Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino médio (ACES), organizadora da passeata.
Com a intenção de transitar pela Alameda, os jovens se concentraram a partir das 10 horas locais (11 horas de Brasília) nas calçadas da Plaza Itália, ponto nevrálgico de Santiago, e a tensão se elevou quando os estudantes começaram a ocupar a calçada e interromper o trânsito.
Segundo relato presencial, no momento em que os estudantes tentavam avançar rumo à Alameda, os policiais usaram jatos de água e gás, além de guardas montados em cavalos, para dispersar a multidão, que por sua vez contra-atacava com pedras e outros objetos.
Nos arredores da Plaza Itália, dois ônibus do transporte público foram totalmente queimados, sem que se saiba ainda se o incêndio começou com algum ocupante em seu interior.
Faltando cálculos oficiais, a estimativa é que a frustrada passeata tenha reunido cerca de cinco mil pessoas.
A mobilização foi respaldada pelos universitários, agrupados na Confederação de Estudiantes do Chile (Confech).
A última grande manifestação, a terceira deste ano organizada pela Confech, reuniu no último dia 28 de junho mais de 100 mil pessoas em Santiago.
Os jovens protestam contra o sistema imposto em 1981, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu a participação do Estado na educação, e pedem um modelo público, gratuito e de qualidade.

Vacinas


Vacinas oferecidas apenas pela rede privada também merecem ser tomadas.

Nem todas as vacinas liberadas no Brasil estão contempladas no Programa Nacional de Imunização, ou seja, nem todas são gratuitas. Segundo o governo, para que uma vacina seja incluída no calendário oficial, é preciso que os benefícios obtidos compensem os gastos, que são altos, uma vez que grande parte das vacinas são produzidas por laboratórios privados. Especialistas afirmam, porém, que, se a pessoa tiver condições de arcar com as despesas de vacinar-se na rede privada, é interessante investir e prevenir-se.


HEPATITE A
A doença: Protege contra a hepatite – que gera a inflamação e necrose do fígado – causada pelo subtipo A do vírus. A transmissão se dá pela ingestão de alimentos e água contaminados, ou de uma pessoa para outra.


Por que se vacinar: Com a melhoria das condições sanitárias, mais de 50% das pessoas nunca se expôs ao vírus e, portanto, não criou anti-corpos para a doença. Caso essa exposição ocorra num momento em que o sistema imunológico está debilitado, pode evoluir para a hepatite fulminante, que mata.


Vacinação: Uma dose no 12º mês de vida e um reforço no 18º


Preço: De R$ 75 a R$ 100 (No caso da dose para adultos, o preço varia de R$ 85 a R$ 140).


CATAPORA
A doença: Também chamada de varicela, é causada por um vírus e gera lesões na pele que se transformam em bolhas de líquido, provocando coceira. É transmitida pelo contato direto com as inflamações ou com as secreções do doente.

Por que se vacinar: Embora benigna, gera desconforto, ataca fortemente o sistema imunológico durante sua manifestação (dando brechas para doenças mais graves) e pode infeccionar, gerando febre e até mesmo internações.


Vacinação: A partir do 12º mês de vida e entre os 4 e 6 anos


Preço: De R$ 110 a R$ 125.


HPV
A doença: Chamado de papiloma vírus humano, o HPV é responsável por verrugas nos genitais em homens e mulheres e pelos cânceres do aparelho reprodutor feminino, principalmente o de colo de útero. É transmitido através de relações sexuais e do contato com objetos contaminados.

Por que se vacinar: As verrugas genitais são muito desconfortáveis e dolorosas, além de contagiosas. Já o câncer de colo de útero atinge 18 mil brasileiras a cada ano, matando 50% delas.


Vacinação: Homens e mulheres dos 9 aos 26 anos, antes do início da vida sexual


Preço: R$ 330 a R$ 400. São três doses no total - um reforço após os dois meses e outro após seis meses da primeira dose.


COQUELUCHE
A doença: Causada por uma bactéria, a contaminação se dá pelo contato com secreções do doente ao falar, tossir ou espirar. É uma doença que afeta o sistema respiratório.

Por que se vacinar: Também protege contra tétano e difteria, só é gratuita para crianças na primeira infância e aos quatro anos. Aos sete, porém, a produção de anticorpos diminui, e a pessoa volta a ficar vulnerável. Embora benigna na maior parte dos casos, pode evoluir e provocar sequelas pulmonares e neurológicas.


Vacinação: A partir dos 7 anos


Preço: De R$ 115 a R$ 130 a dose (são três).


MENINGITE
A doença: A vacina meningocócica quadrivalente protege contra a meningite causada pelos meningococos dos sorogrupos A, C, Y e W-135, que atacam as meninges (membranas do encéfalo, medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central). É transmitida por uma bactéria.

Por que se vacinar
A vacina gratuita hoje só protege contra o tipo C. A meningite é uma doença que pode evoluir rapidamente e causar septicemia. Caso não tratada, pode evoluir para óbito.


Vacinação: Entre os 11 e os 55 anos


Preço: De R$ 225 a R$ 250 a dose única.

O desafio de educar filhos únicos


Daniel Castellano / Gazeta do Povo / Filha única, Rafaella tem quase tudo o que quer. Os pais Gustavo e Gisella procuram impor limites para que ela valorize o que ganhaFilha única, Rafaella tem quase tudo o que quer. Os pais Gustavo e Gisella procuram impor limites para que ela valorize o que ganha
FAMÍLIA

O desafio de educar filhos únicos

A permanência em escolinhas contribui para a socialização das crianças. Pais devem evitar medidas super protetoras.
Nos últimos 50 anos, a média de filhos por família passou de seis para menos de dois, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, a cada três mães, uma tem filho único. Há duas décadas, essa era a realidade de apenas uma mulher em um grupo de dez. Isso não significa que a vontade de ter uma família maior tenha diminuído: questões financeiras e de tempo para a Educação se tornaram fundamentais na hora de os pais programarem quantos filhos terão.
A designer Gisella Conci Pereira e o publicitário Gustavo Gasparin, ambos de 31 anos, avaliaram tanto essas questões que ficaram com uma única filha – Rafaella, de 12 anos. “Quando ela nasceu, éramos muito novos. O tempo passou e nos estabilizamos, mas mesmo assim decidimos não ter mais filhos. Educar está cada vez mais difícil, em todos os sentidos”, conta Gisella.
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal / Milene e Sérgio Antonievicz só tiveram Níccolas, 8 anos, e não pretendem ter outro filho: ideia é concentrar na educação deleAmpliar imagem
Milene e Sérgio Antonievicz só tiveram Níccolas, 8 anos, e não pretendem ter outro filho: ideia é concentrar na educação dele
Sozinho no ninho
Não há segredos ou manual de instruções referentes à educação do filho único. Confira algumas dicas:
Socialização
Não basta receber amiguinhos­­ da escola em casa ou fazer pas­­­­seios com primos de vez em quando. Para que a socialização aconteça e traga benefícios, é preciso que essas experiências levem a um aprendizado nobre saber respeitar, dividir, esperar a vez, aceitar a brincadeira do outro. A atenção de um adulto que atue como um mediador dos conflitos e orientador ajuda.
Concentração
Ao mesmo tempo que o filho único recebe mais atenção, também ganha uma carga extra de expectativas dos pais. Aos adultos cabe aceitar que o filho tem personalidade e vontade próprias, o que possivelmente o levarão a caminhos que não haviam sido planejados para ele, sejam medalhas em competições ou a escolha de uma carreira.
Modelo de comportamento
Em casa, filhos únicos têm como modelo o comportamento dos adultos da família. Para que não pulem etapas, perdendo vivências específicas da infância, é preciso que eles tenham a chance de serem crianças, com brincadeiras próprias, espaço para erro e aprendizagem, além de acesso a passeios, arte e cultura adequados à idade.
“Quero um irmãozinho”
É comum haver fases em que se ouve a criança dizendo que não quer um irmão de jeito nenhum e outras em que o que ele mais pede é um companheirinho para as brincadeiras. Avalie se em algum desses momentos ela não pode estar se sentindo solitária ou insegura com relação à atenção vinda dos pais.
A chegada dos meio-irmãos
Com o crescimento de famílias formadas por pessoas que já foram casadas, crianças e adolescentes passam a conviver e encontrar, dentro de casa, outras crianças que tiveram uma criação diferente. Esse é o momento de reforçar o que já deve ter sido ensinado: o respeito aos outros e a flexibilidade. Entre filhos únicos, o desafio pode ser ainda maior, por isso pais precisam ser pacientes e compreensivos.
Fonte: Redação, com especialistas.
Compartilhe a sua experiência
Você tem filho único? Quais os maiores obstáculos à educação dele?
Sem problemas
O casal conta que a filha não tem problemas de adaptação, egoísmo ou fragilidade, o que seria consequência da educação recebida com regras e limites. “O único ponto negativo de a família ficar pequena é que, no futuro, toda a responsabilidade vai ficar para a Rafaella”, diz a mãe.
Segundo a empresária Milene Patrão Antonievicz, 33 anos, mãe de Níccolas, 8, apesar de a questão financeira ser determinante, a liberdade que os pais vão ganhando à medida que o filho cresce também interfere na decisão. “Com a liberdade que já recuperamos com o crescimento dele, desistimos totalmente de encomendar outro”, afirma.
Dificuldades
Há mais de um século, o psicólogo norte-americano Granville Stanley Hall publicou em um livro que filhos únicos seriam pessoas mimadas, pouco sociáveis e problemáticas. De lá para cá, os filhos únicos deixaram de ser raridade, mas os mitos acerca deles continuam vivos. Apesar disso, há estudos que sugerem que crianças criadas sem irmãos são mais felizes, por não terem de dividir a atenção dos pais e se isentarem das brigas que podem ser diárias e por motivos corriqueiros, como a quantidade de guloseimas, o controle da tevê ou o videogame. Em outra linha, também há especialistas que afirmam que não há diferenças significativas no desenvolvimento emocional de crianças com ou sem irmãos.
Superproteção
Segundo a psicóloga Carla Cramer, mestre em Psicologia Clínica, os pais precisam cuidar para não serem superprotetores dos filhos únicos. “Estimular a autonomia, respeitando a faixa etária da criança é importante, pois, por mais prazeroso que possa ser estar perto e fazer as coisas por ela, corre-se o risco de tirar da criança a oportunidade de se sentir competente”, diz.
A psicóloga lembra também que, mais importante que a configuração da família – seja de um filho ou mais, pais casados ou separados –, o que vale mesmo na educação dos filhos únicos é o investimento que se faz nas relações familiares. “O filho precisa ser preparado para a vida, para saber ouvir ‘nãos’, esperar e responsabilizar-se por suas ações”, conta.
Envolvimento
A convivência deve ser estimulada
A questão das relações sociais de filhos únicos deixou de ser um problema. Hoje, a maioria das mães trabalha fora e as crianças entram na escola mais cedo, em um ambiente favorável ao desenvolvimento da socialização. “Como qualquer criança pequena, eles chegam à escolinha com dificuldades de dividir brinquedos, por exemplo. Esse é o espaço ideal para socializar, aprender a pedir emprestado e se controlar”, conta a pedagoga e educadora brinquedista Andressa Machado Teixeira. Também é importante que os pais estimulem as crianças a conviver com primos e amiguinhos. Para a psicóloga Paula Pessoa Carvalho, não ter irmãos é bom para a criança inicialmente, pois ela se sente protegida e sem risco. “Isso pode acarretar insegurança quando não está na presença dos pais.” Níccolas, 8 anos, por exemplo, às vezes precisa da ajuda da mãe para enfrentar conflitos. “Como não precisa disputar a atenção dos pais ou brinquedos, às vezes ele arruma briga com amiguinhos por sentir que estão invadindo seu espaço”, diz a mãe, Milene Antonievicz.

Os seis passos para achar o berçário ideal.


Ensino

Quarta-feira, 08/08/2012
Walter Alves/Gazeta do Povo
Walter Alves/Gazeta do Povo / A atenção individual para cada criança influenciou Cibele Cruz na escolha de onde deixaria o filho PedroA atenção individual para cada criança influenciou Cibele Cruz na escolha de onde deixaria o filho Pedro
INFÂNCIA

Os seis passos para achar o berçário ideal.

Com o fim da licença-maternidade, que pode durar até seis meses, é hora de a mãe voltar ao trabalho e enfrentar a primeira separação. Com isso, vem a difícil tarefa de escolher um berçário que acolha bem a criança e dê a ela a mesma atenção e carinho oferecidos em casa. Os medos são muitos, assim como são muitas as dúvidas sobre os critérios a serem considerados. Com alguns cuidados é possível fazer uma boa escolha e evitar transtornos no primeiro contato da criança com o ambiente escolar. Confira algumas dicas dadas por especialistas:
Hora certa
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Que aspectos você leva em consideração para decidir onde deixar o seu filho?
Não existe uma regra que determine quando os pais devem iniciar a busca por um berçário. Entretanto, a pedagoga Andrea Mara Bella Cruz lembra que, quando o bebê vai para a escola, ele deixa de ser amamentado pela mãe ou ela terá de ir até lá algumas vezes por dia para alimentá-lo. Os dois casos implicam uma mudança de rotina e requerem um tempo de adaptação. “Em média, indicamos que o bebê vá para a escola pelo menos uns 15 ou 20 dias antes de acabar a licença-maternidade. Assim, a mãe acompanha de forma gradativa a adaptação do filho ao novo ambiente”, afirma Andrea, que é diretora da Escola Infantil Ursinho Pimpão.
Estrutura
Um ambiente extremamente limpo, arejado e com boa iluminação é importante para qualquer criança, mas para os bebês – que estão com o sistema imunológico em formação – é fundamental. Portanto, é preciso prestar atenção se há boa ventilação e se o piso é claro e sem carpete. O ideal é que o chão seja emborrachado e antialérgico para que o bebê possa engatinhar. O local deve ter berços individuais e salas amplas e com pouca mobília. As janelas precisam ter rede de proteção para prevenir quedas. A pedagoga Fabiana Oliveira Leal, diretora do Centro de Educação Infantil Ponto a Ponto, lembra que é bom estar atento ao fraldário, que deve estar próximo, mas não junto da sala onde ficam as crianças. Ele precisa estar separado por uma parede e ter pia. O banho deve ser dado em casa pelos pais, que precisam manter esse contato físico com os filhos.”
Sem nada a esconder
Berçário que não permite a entrada dos pais possivelmente tem algo a esconder. Portanto, cheque se é permitida a entrada dos pais durante a fase de adaptação e em qualquer outro momento. “Ir lá, vez ou outra, para ver meu filho me deixou mais segura. Eu olhava como estava o ambiente, se ele estava feliz com a professora”, conta a mãe de Pedro, de 1 ano, a professora Cibele Cruz. A especialista em Desenvolvimento Humano Jocian Machado Ribeiro adverte que deixar pai e mãe entrar na escola à vontade, na hora que quiser, também pode atrapalhar a rotina dos bebês e deixá-los mal acostumados. “Eles precisam entender que vão passar um tempo na escolinha, sem a família. As visitas devem ocorrer apenas esporadicamente.”
Formação
Cada sala do berçário deve ter pelo menos um profissional formado em Pedagogia. Os outros, de acordo com os especialistas, não precisam ser formados, mas podem estar cursando ou ter feito Magistério. Para a pedagoga Andrea Mara Bella Cruz, os pais não devem ter receio de perguntar a formação de quem vai cuidar do seu filho. Isso, aliado à experiência do profissional, é indispensável para que a família saiba se o berçário tem qualidade. Além da formação, vale verificar a quantidade de professoras por criança. O ideal é ter um cuidador para cada dois bebês, embora a proporção seja de um para três na maioria das escolas.
Lactário
Atenção redobrada para o local onde a comida é preparada. A escola precisa ter um lactário – só para fazer mamadeira e preparar frutas e papinha – separado da cozinha. A dica é observar as condições de higiene e ver se os funcionários estão paramentados. O berçário também deve ter uma nutricionista que coordene as trocas de alimentos que os bebês fazem, como a mudança do líquido para o sólido. “A comida não é igual para todos, pois as recomendações dos pediatras variam. É bom perguntar se o berçário tem funcionário e disposição para atender à individualidade de cada bebê”, explica a pedagoga Fabiana Oliveira Leal. Essa atenção voltada a cada criança foi decisiva para a professora Cibele Cruz. O filho Pedro, que hoje tem 1 ano, entrou no berçário com 4 meses. Como ele nasceu prematuro, precisava de alguns cuidados especiais, como com a alimentação.
Estímulo
O berçário também deve ser um ambiente que estimule o convívio com outras crianças e as capacidades motoras e cognitivas. É importante verificar se a escola conta com brinquedos pedagógicos, barra para aprender a andar e livros grandes, coloridos e emborrachados. Segundo regulamentação da prefeitura de Curitiba, os bebês podem ficar em uma mesma sala até terem um ano e meio. Porém, a especialista em Desenvolvimento Humano e professora da Universidade Tuiuti Jocian Machado Ribeiro acredita que eles se desenvolvem melhor se conviverem com bebês que estão na mesma fase. “Nos seis primeiros meses, a criança tem mais risco de ter infecção. É bom que fique longe dos maiores, que se movimentam e colocam coisas na boca.”
Pais devem ficar atentos ao comportamento
Mesmo depois de escolher o berçário, muitos pais ainda se preocupam e ficam ansiosos para saber se acertaram na decisão. Os principais medos costumam estar ligados ao cumprimento do que foi prometido pela escola e ao comunicado verdadeiro da professora sobre como o bebê se comportou durante o dia. Uma maneira de obter a resposta é observar o comportamento da criança quando ela chega e quando sai da escola.
“Na hora de entregá-la às mãos da professora, tem dever se ela vai feliz, se chora e se agarra no colo dos pais. O mesmo vale para a saída. Se ela estiver muito ansiosa e ficar extremamente contente ao ver a família, pode ser indício de que algo está errado, que não ficou bem durante o dia”, diz a professora de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Maria Elizabeth Haro.
Porém, esses sinais podem confundir no começo. Os bebês levam pelo menos 15 dias para perceber que têm uma nova rotina. Nesse tempo é possível, portanto, eles chorem mais do que o normal.
Maria sugere que pai e mãe também fiquem atentos à postura da professora em uma situação de choro excessivo na hora de entrar no berçário. O ideal é que ela seja carinhosa e demonstre paciência e tato para tirá-la do colo da família.
Opção por babá também deve ser cogitada
Quando precisam voltar ao trabalho, nem todas as mães optam pelo berçário. Algumas decidem deixar a criança em casa, com uma babá. Nos dois casos existem vantagens e desvantagens e é preciso contrapô-las para ver o que se adapta melhor à família. De acordo com a psicóloga e diretora do projeto Criança em Foco, Fernanda Roche, os pais devem pensar em contratar uma babá em duas situações: quando a criança nasce prematura ou quando a mãe teve depressão pós-parto.
Nos dois casos, o bebê ficou mais tempo recebendo cuidados de outras pessoas e, por isso, com quatro meses ainda precisa estabelecer um vínculo com a mãe. “Uma das funções da babá é fortalecer essa ligação porque cuida no mesmo local que a mãe e trata da criança em casa, não dividindo atenção com mais de um bebê”, diz Fernanda.
Em outras situações, a família pode escolher entre deixar o filho com um profissional que dê atenção só para ele ou permitir que a criança conviva com outras e aprenda desde cedo a dividir brinquedos e atenção.
Preço
Os gastos são semelhantes. A mensalidade de um berçário varia entre R$ 800 e R$ 1,4 mil e o salário de uma babá fica em torno de R$ 1 mil.

MP consegue barrar candidatos que tiveram contas rejeitadas


A medida foi obtida apesar de recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de exigir para o registro de candidatura apenas a simples apresentação das contas, independentemente se foram aprovadas ou rejeitadas.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP) conseguiu na Justiça a impugnação de candidatos que tiveram suas contas de campanha rejeitadas em sentença transitada em julgado. A medida foi obtida apesar de recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de exigir para o registro de candidatura apenas a simples apresentação das contas, independentemente se foram aprovadas ou rejeitadas.
A decisão foi do juízo da 205ª Zona Eleitoral, da capital, que impugnou registros de candidaturas referentes à eleição municipal de 2008.
O procurador regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Maurício da Rocha Ribeiro, considerou que a decisão poderá ser bem-sucedida nas demais instâncias da Justiça, pois não representa retroação de sentença em sentido desfavorável ao réu. Na Justiça brasileira, a lei nunca pode retroagir em prejuízo do réu.
“É uma tese mais do que defensável. Porque na eleição de 2008 se exigia a efetiva aprovação das contas de campanha. Não é uma questão de retroagir para prejudicar. Só se fala em retroação em caso de direito penal. Condição de elegibilidade é o simples requisito para o aspirante a um cargo público ser candidato ou não. Então não existe retroatividade neste caso”, disse Ribeiro.
De acordo com o MP do Rio, a tese também está sendo adotada por promotores eleitorais de outros estados, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Piauí, Paraná, Rondônia e Mato Grosso do Sul. A matéria deverá começar a ser julgada nas próximas semanas pelos tribunais regionais eleitorais.

IPCA: inflação oficial acelera para 0,43% em julho


Taxa é superior às registradas no mês anterior (0,08%) e em julho de 2011 (0,16%). Inflação acumulada neste ano é de 2,76%. Em 12 meses, alta marca 5,2%.

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,43% em julho deste ano. A taxa é superior à registrada em junho (0,08%). Já em julho do ano passado, havia sido observado um índice de 0,16%.

O dado foi divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (
IBGE). No ano, a inflação oficial acumula taxa de 2,76%. Já a inflação acumulada em 12 meses chega a 5,2%, de acordo com o IBGE.O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa entre 0,30% e 0,53%, porém acima da mediana projetada, de 0,38%.

Senado aprova cota de 50% para estudantes da rede pública em universidades


Serão beneficiados pela reserva os estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas.

O Senado aprovou na noite desta terça-feira (7) projeto de Lei que prevê que 50% das vagas em universidade federais sejam reservadas para quem cursou o ensino médio integralmente em escolas públicas, unificando assim a divisão das vagas por cotas sociais e raciais. De autoria da deputada federal Nice Lobão (PSD-MA), a proposta, já aprovada na Câmara, ainda tem de passar pela sanção da presidente Dilma Rousseff, que é entusiasta do projeto.

Em São Paulo, por exemplo, aproximadamente 30% da população se declara negra, parda ou indígena. Já na Bahia, esse número chega aos cerca de 70%. No caso de não preenchimento dessa cota racial as vagas remanescentes serão ocupadas por estudantes que fizeram todo o ensino médio na rede pública.
Dessa porcentagem, metade será destinada a estudantes cuja renda familiar é igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa. Paralelamente, para os 50% de todas as vagas da instituição de ensino, serão aplicados também critérios raciais. Estudantes autodeclarados negros, pardos e indígenas terão cotas proporcionais ao número desse grupo de pessoas que vivem no Estado onde está localizada a universidade, com base em dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não importando a renda per capita do aluno.
Assim que sancionada pela presidente Dilma, a lei modificará todo o sistema de divisão de vagas das universidades federais. Atualmente, quase todas elas utilizam algum sistema de cota social, racial ou de gênero, que deixarão de lado para adotar este modelo único. A lei não modifica em nada o sistema de adesão nas universidades estaduais nem nas particulares, que poderão continuar a escolher se adotam ou não algum sistema de cotas. Segundo o texto aprovado pelo Senado, a aplicabilidade desse sistema será revisada em dez anos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

SOBRE O LIMITE DE GASTOS DE CAMPANHA

  O limite de gastos com campanha eleitoral é estabelecido por lei específica ou, na ausência desta, o limite deverá ser estabelecido pelo partido político para cada cargo eletivo em que apresente candidato próprio. Os limites deverão ser informados à Justiça Eleitoral no ato de registro das candidaturas (Lei nº 9.504/97, art. 17-A).

No caso de coligação, cada partido político que a integra fixará, por cargo eletivo, o limite de gastos dos seus respectivos candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 18, § 1º).

Gastar recursos além do limite fixado por cargo eletivo pelo partido sujeitará o candidato a multa no valor de 5 a 10 vezes o valor em excesso, podendo ainda o responsável responder por abuso do poder econômico (Lei Complementar 64/90, art. 22).

Após registrado na Justiça Eleitoral, o limite de gastos dos candidatos só poderá ser alterado mediante solicitação justificada, na ocorrência de fatos supervenientes e imprevisíveis, cujo impacto sobre a campanha inviabilize o limite de gastos fixado previamente. O pedido de alteração do limite de gastos deverá ser encaminhado ao relator do processo do registro de candidatura.