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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Desenvolvimento e desigualdade definem Curitiba.


Antônio More/Gazeta do Povo / ONU destaca o transporte curitibano como um dos mais carosONU destaca o transporte curitibano como um dos mais caros
EXEMPLO

Desenvolvimento e desigualdade definem Curitiba.

Uma cidade exemplo de desenvolvimento em algumas áreas e também marcada por desigualdade social. No relatório das Nações Unidas, Curitiba aparece com projetos referenciais nas áreas de tecnologia, gestão de resíduos e transporte público. Mas aparece também como a 6.ª pior cidade da América Latina em distribuição de renda.
Um dos destaques do estudo da ONU é o Tecnoparque de Curitiba, que incentiva mais de 150 empresas que trabalham com inovações tecnológicas. Juntas, elas geram 16 mil empregos diretos.
Outro ponto positivo é a gestão de resíduos sólidos. O documento conta que Curi­­tiba foi uma das primeiras a implantar a co­­ leta seletiva de lixo, em 1990, e cita programas como o Câmbio Verde, através do qual a po­­pulação de baixa renda troca material reciclável por alimentos.
O transporte público também ganha destaque no capítulo sobre mobilidade urbana. Curitiba é citada como “um caso exitoso de densificação urbana planificada a partir da rede de transporte público”, por conta do sistema implantado a partir da década de 1970, em que os ônibus têm ramais exclusivos para circulação.
O sistema considerado modelo, no entanto, sai caro para os usuários. O custo do transporte coletivo local é apontado como o quarto mais alto entre as principais cidades latino-americanas.
Processo
Para o sociólogo Lindomar Wessler Boneti, professor da­­ Pontifícia Universidade Ca­­tó­­­­li­­ca do Paraná (PUC-PR), a­­­­ con­­­­tra­­dição entre desenvol­­vi­­mento e desigualdade­­ se ex­­­­­­­­plica pelo processo de for­­ma­­ção da cidade. “Curi­­tiba é­­ uma das cidades brasi­­lei­­ras­­ que­­ mais receberam mi­­gran­­­­tes do meio rural. Es­­sa po­­­­­­pu­­­­­­lação ocupou a periferia­­ e­­ nun­­ca foi efetivamente in­­se­­­­rida no espaço urbano, on­­de­­ es­­tão todos esses avanços”,­­ diz.

Música ajuda a trabalhar melhor


Antônio Costa/ Gazeta do Povo / Silvio Silva, da Lumen Design, empresa onde todos os funcionários escutam a mesma música: opção por sintonizar uma rádioSilvio Silva, da Lumen Design, empresa onde todos os funcionários escutam a mesma música: opção por sintonizar uma rádio
NO ESCRITÓRIO

Música ajuda a trabalhar melhor

Quem ouve música durante o trabalho tende a completar as tarefas com mais rapidez e a ter ideias melhores.
O cara no cubículo ao lado está papeando no telefone. Do outro lado da sala, alguém começa a xingar em alto e bom tom a copiadora porque o papel engatou.
De repente, os fones de ouvido na sua mesa começam a ter um grande apelo. Será que alguém se importaria se você ligasse sua playlist do iTunes por um tempinho?
Concentração
15 minutos a meia hora de música já bastam para recuperar a concentração durante o trabalho, de acordo com o médico Amit Sood, da Clínica Mayo. Músicas sem letras costumam funcionar melhor, segundo ele.
Escolhas
Em agência de design, rádio é opção para todos
Da Redação
A agência de design Lumen Design, que conta com cerca de 18 funcionários, tem uma política de uso de alto-falantes, em que todo mundo ouve a mesma música. O ambiente foi projetado para ser todo aberto, permitindo com maior facilidade a comunicação entre os funcionários. Por causa disso, ficar com o fone de ouvido na cabeça não é uma boa ideia. “A nossa opção foi fazer todo mundo trazer a sua música preferida e todo mundo ouvir coletivamente”, diz Silvio Silva Júnior, fundador da empresa. “A regra é que quando um não gosta, ele pode ir até lá e trocar”, diz.
A designer Jaqueline de Bem Hirano, 23 anos, funcionária da agência, diz que uma solução que agradou a todos foi colocar o sistema de som na Rádio Lumen (o mesmo nome é só coincidência). “No começo cada um trazia a sua própria música, mas sempre tinha alguém que não gostava de um som específico. Como a rádio tem um repertório bem variado, inclusive com notícias, que ajuda a descontrair, foi uma solução”, conta ela.
Segundo Silva Júnior, raramente a empresa trabalha sem o som ambiente. “Agora que começou o horário político tem de mudar”, diz.
Alguns funcionários gostam de ouvir música quando percebem que estão perdendo a concentração. Eles podem plugar seus fones para fugir de um ambiente que seja barulhento – ou quieto – demais ou para dar mais vida a um trabalho repetitivo.
Em termos biológicos, sons melodiosos ajudam a encorajar a liberação de dopamina na área de recompensa do cérebro, o mesmo efeito de se comer algo gostoso, olhar para algo bonito ou sentir um aroma agradável, segundo diz o Dr. Amit Sood, médico de Medicina Integrativa da Clínica Mayo.
A mente das pessoas tende a divagar, “e nós sabemos que uma mente que divaga fica infeliz”, disse Dr. Sood. “Na maior parte do tempo, nós acabamos nos concentrando nas imperfeições da vida”. A música pode trazer-nos de volta ao momento presente.
“Ela tira você desses pen­­­­­samentos”, disse Teresa Lesiuk, professora assistente no programa de musicoterapia na Universidade de Miami.
A pesquisa da Dra. Lesiuk se concentra no modo como a música afeta o desempenho no local de trabalho. Em um estudo envolvendo especialistas em Tecnologia da Informação, ela descobriu que aqueles que ouviam música completavam suas tarefas com maior rapidez e chegavam a ideias melhores do que os que não ouviam música, porque ela melhorava seus humores.
“Quando você está estressado, pode acabar tomando suas decisões com maior pressa; você tem um foco de atenção muito pequeno”, disse ela. “Quando você está com um humor positivo, você é capaz de aceitar mais opções.”
A Dra. Lesiuk descobriu que a escolha pessoal de música era muito importante. Ela permitiu que os participantes de seu estudo selecionassem qualquer música de que gostassem e que ouvissem por quanto tempo quisessem. Os participantes com habilidades moderadas em seus trabalhos foram os que mais se beneficiaram, enquanto os especialistas tiveram pouco ou nenhum efeito. Alguns iniciantes foram da opinião que a música lhes distraía.
A Dra. Lesiuk também descobriu que, quanto mais velho o funcionário, menos tempo ele passa ouvindo música no trabalho.
Política interna
Poucas empresas têm políticas sobre ouvir música no trabalho, disse Paul Flaharty, vice-presidente regional da Robert Half Technology, uma agência de RH. Mas ainda assim é uma boa ideia verificar antes com o supervisor, mesmo que veja outros funcionários com fones de ouvido no escritório.
Ele disse que alguns supervisores podem achar que os funcionários usando fones de ouvido não estão plenamente envolvidos com o trabalho e que estão evitando interações importantes “porque estão se isolando em seu próprio mundo”.
“Se alguém não está trabalhando direito”, ele disse, “aí pode vir um dos gerentes e dizer que ele só fica ouvindo música o dia inteiro e isso está atrapalhando a produtividade”.
Para aqueles que escolhem ouvir música, o melhor é estabelecer limites, porque usar fones de ouvido o tempo inteiro pode ser visto como falta de educação por quem estiver por perto.
Concentração
O Dr. Sood, da Clínica Mayo diz que um tempo de apenas 15 minutos a meia hora de música já basta para recuperar a concentração. Músicas sem letras costumam funcionar melhor, segundo ele.
Daniel Rubin, colunista do Philadelphia Inquirer, disse ter o costume de ouvir jazz e concertos de piano durante a maior parte de sua carreira de 33 anos no jornal – mas só quando escrevia próximo do prazo. Ele começou usando um Sony Walkman, mas agora faz uso dos seus 76 dias de música disponíveis na playlist de seu iTunes.
“O colega batucando com os dedos a três mesas de distância e o outro cantarolando do meu lado fazem uma quantidade igual de barulho e é difícil de ignorar”, ele disse.
Trabalho individual
Como colunista, ele quase sempre trabalha sozinho, e as pessoas em seu escritório raramente precisam abordá-lo. Mas quando ele fazia uma equipe com outros repórteres, percebeu que seus colegas ficavam irritados tentando chamar sua atenção. “Era incômodo porque de repente você ouvia ‘Dan... DAN... DAN RUBIN!’ As pessoas gritavam com você porque estavam precisando de você”.
Andrew Enders, de 28 anos, advogado e corretor de seguros de Linglestown, Filadélfia, disse que ele e um colega fizeram amizade por conta de uma estação de rádio local quando trabalharam no escritório do promotor público do condado de Dauphin. Eles desligavam o rádio só quando estavam com um cliente e abaixavam o volume quando o chefe estava por perto.
“Eu trabalho com coisas muito sérias, revisando apólices de seguro e avaliando risco e responsabilidades legais”, disse Enders. “Uma grande parte da minha personalidade é o lado artístico, e a música ajuda a equilibrar como eu sou como um indivíduo com o que eu faço no trabalho”.

89% dos colégios têm falhas estruturais


Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Os problemas mais comuns encontrados nas escolas estaduais do Paraná estão no forro e nas partes hidráulica e elétrica dos prédiosOs problemas mais comuns encontrados nas escolas estaduais do Paraná estão no forro e nas partes hidráulica e elétrica dos prédios
EDUCAÇÃO

89% dos colégios têm falhas estruturais

Falta de manutenção na rede estadual de ensino fez a nota do Paraná cair no Ideb 2011. A situação é considerada crítica em 614 escolas.
Recursos
Fundo rotativo é usado na manutenção de estabelecimento escolar
As escolas estaduais recebem verba mensal da Secretaria de Estado da Educação (Seed) para limpeza, conservação e manutenção dos prédios conhecido como fundo rotativo. No Instituto de Educação César Prieto Martinez, em Ponta Grossa, esse recurso foi usado, junto com a verba da Associação de Pais, Mestres e Funcionários, na compra de revestimento.
Há dois anos e meio, a escola passou por uma reforma que custou R$ 3,5 milhões. A direção adotou algumas medidas para conservar o prédio em bom estado. “Colocamos câmeras na escola. Os alunos agora ficam com receio da vigilância e não danificam o prédio”, explica o diretor da escola Antônio Josué Junior, que utiliza o fundo rotativo para fazer a manutenção. O revestimento, segundo ele, será usado para proteger as paredes dos corredores e das salas de aula. Segundo Josué, a reforma no prédio, antes atingido por infiltrações, deu novo ânimo a alunos, professores e funcionários. “Mudou da água para o vinho, é outra história você estar em uma escola reformada”, diz. (MGS)
Algumas obras não podem esperar
Os colégios estaduais Olinda Truffa e Presidente Costa e Silva (foto), que atendem cerca de 1,8 mil alunos em Cascavel (Oeste do estado), são algumas das escolas que estão passando por reformas no estado. Os estabelecimentos passam por uma revitalização desde abril. “Os trabalhos seguem dentro dos prazos, conforme o cronograma”, afirmou o engenheiro da Secretaria de Estado da Educação (Seed) Mauro Eduardo de Souza, responsável pelas duas reformas, que têm prazo de conclusão previsto para o final do ano.
Em meio ao ano letivo, as obras acabaram atrasando o reinício das aulas neste segundo semestre no Olinda Truffa. Os estudantes retornaram no dia 30 em vez do dia 23, por causa da reforma. Mas, conforme o Núcleo Regional de Educação, os alunos cumprirão um calendário de reposição. No Colégio Costa e Silva, os trabalhos seguem a passos largos e os alunos, inclusive, já estão ocupando parte da nova estrutura. O investimento total nas duas unidades é de R$ 2,6 milhões.
Outro colégio em obras é o Eugênio Malanski, em Ponta Grossa (Campos Gerais). Cerca de R$ 600 mil estão sendo investidos na construção de três novas salas de aula e banheiros com acessibilidade, além da construção da parede do ginásio. As obras são fruto de uma parceria entre a prefeitura e a Seed. A vice-diretora, Gicelis Maria Dias, conta que a obra era esperada há anos. “Nós atendemos um público muito grande e as salas existentes já não eram suficientes. As paredes do ginásio também eram importantes”, conta. (MGS)
Colaborou Emanoelle Beltran, correspondente em Cascavel
1.889 escolas
estaduais sofrem com problemas de infraestrutura, segundo a Secretaria de Estado da Educação e do Ipardes.
Conserto urgente
Você conhece alguma escola estadual que precise de reformas? Onde ela fica e qual é o problema?

Não é por acaso que os problemas de infraestrutura nas escolas estaduais foram apontados como uma das ra­zões para a queda da nota do Paraná (de 4,2, em 2009, para 4,0, no ano passado) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado semana passada. Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Educação (Seed) em conjunto com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Eco­nômico e Social (Ipardes), 89% dos 2.134 colégios da rede estadual têm falhas estruturais, ou seja, 1.889 estabelecimentos. Desses, 614 têm mais de um problema e estão em situação crítica. As escolas estaduais abrigam 1,3 milhão de alunos e 77 mil professores e funcionários.
Educadores são unânimes em afirmar que as condições físicas das escolas interferem no aprendizado. Entre as situações mais comuns estão os problemas no forro e nas partes hidráulica e elétrica dos imóveis. Os prédios têm, em sua maioria, mais de 20 anos de construção. Para tentar amenizar a situação, a Seed selecionou 340 colégios em situa­ção crítica para passar por reformas dentro do programa Renova Escola. Eles serão reformados ou ampliados até 2015. Dentro do cronograma estabelecido, 50 colégios de todo o Paraná devem receber melhorias ainda em 2012, mas as obras também não começaram. Segundo a Seed, as reformas estão em fase de contratação.
Meta tímida
A presidente da APP-Sin­dicato, Marlei Fernandes de Carvalho, diz que a meta de reformar 340 de 1.889 colégios (o equivalente a 18%) em quatro anos é muito tímida. “É quase nada. Fico muito triste porque a escola não pode ser um amontoado de alunos num lugar que não seja condizente com o aprendizado”, opina.
A doutora em Política Educacional e professora da Universidade Estadual de Pon­ta Grossa (UEPG) Esméria Saveli afirma que a má estrutura do prédio escolar dificulta o ensino. “Os problemas de infraestrutura interferem no lado pedagógico porque afetam as condições de trabalho do professor.” Para ela, é evidente que uma sala com quadros desnivelados, janelas quebradas, muito escura ou barulhenta vai prejudicar o conteúdo das aulas.
Marlei assinala que a falta de manutenção dos prédios é histórica. “Não é de hoje que as escolas estão com problemas estruturais. Mas, nos últimos 15 anos, esses problemas vêm se agravando.” O superintendente da Superintendência de Desenvolvimento Edu­cacional (Sude) do Paraná, Jaime Sunyé Neto, concorda: “A estrutura física já é antiga e temos uma demanda reprimida muito grande. Além disso, surgiram demandas novas nos últimos anos, como a questão da acessibilidade e da sustentabilidade nos prédios”.
Ele cita ainda a previsão do governo do estado de construir 500 escolas integrais até o final do mandato. “As escolas com tempo integral exigem adaptação no prédio, com refeitórios, depósitos para os alimentos e a previsão de chuveiros nos banheiros”, afirma.
Reformas em 340 escolas vão custar R$ 40 mi
A reforma ou ampliação em 340 colégios estaduais selecionados pelo programa Renova Escola vão custar R$ 40 milhões. Os recursos vêm de uma parceria com o Banco Mundial, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed). Com esse recurso seria possível erguer 13 escolas novas semelhantes à que será inaugurada neste ano na cidade de Imbaú, nos Campos Gerais. Uma escola estadual, que está em fase final de obras no município, custou R$ 2,9 milhões e tem capacidade para atender 600 alunos dos ensinos fundamental e médio. O programa prevê ainda a compra de equipamentos e mobiliário para 900 escolas, porém, a Seed ainda não tem a previsão de custos.
O superintendente da Su­perintendência de De­sen­volvimento Educacional (Sude), Jaime Sunyé Neto, diz que os projetos do Renova Escola serão elaborados com base nas opiniões da comunidade escolar. “Queremos que pais, professores e funcionários participem, dentro de um processo descentralizado, porque eles sabem quais obras são melhores para suas escolas”, comenta.
Sunyé Neto lembra que o programa é apenas um dos programas de obras da Secretaria da Educação. “Temos mais de R$ 100 milhões no orçamento para intervenções nas escolas estaduais. No ano passado fizemos mais de 500 obras e, até o final deste ano, vamos chegar a 1,5 mil reparos, reformas e ampliações de escolas”, afirma.

sábado, 18 de agosto de 2012


Meu Paraná desvenda os laços entre a 








Islândia e o nosso estado



Conheça a história dos imigrantes islandeses que vieram para cá

Por RedaçãoRPC TV
Você já ouviu falar da Islândia? O Meu Paraná deste sábado (18) vai contar um pouco da história dessa ilha gelada do hemisfério norte e da imigração do povo islandês para terras paranaenses.
Meu Paraná 18.08 (Foto: Reprodução/ RPC TV)Islandeses encontraram refúgio no Paraná
(Foto: Reprodução/ RPC TV)
Vamos conhecer alguns segredos, belezas e curiosidades de um país que costuma aparecer no noticiário, por causa de fenômenos da natureza. Como será a vida nesse ponto tão distante e diferente do globo? E por que será que muitos islandeses resolveram procurar morada em outros lugares? O que trouxe parte deles para o Paraná?
Descubra as grandes realizações, que esse povo, desconhecido para muitos, fez na capital do nosso estado. Descendentes dos pioneiros da Islândia em Curitiba contam a história dos antepassados e tudo o que eles construíram por aqui.
Você vai se surpreender com esse pedacinho da História da Islândia guardado aqui, no Paraná.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Lei eleitoral estabelece limites para doações de pessoas físicas e jurídicas


Empresas podem doar, no máximo, 2% do faturamento bruto declarado à Receita Federal no ano anterior ao pleito. Entendimento do que, exatamente, representa o faturamento bruto da empresa é motivo de polêmica.

Em período eleitoral, os candidatos aguardam doações de verba para ampliar os investimentos na campanha. As diferentes interpretações sobre os limites das doações feitas por pessoas jurídicas ainda geram discussões. O entendimento do que, exatamente, representa o faturamento bruto da empresa é motivo de polêmica.
A lei determina que pessoas jurídicas podem doar, no máximo, 2% do faturamento bruto declarado à Receita Federal no ano anterior ao pleito. Segundo o mestre em Direito Empresarial e Econômico André Luiz Bonat Cordeiro, o Ministério Público Eleitoral (MPE) entende que somente aquilo que foi faturado pela empresa ou a compra e venda de imóveis podem entrar no cálculo.
O advogado explicou que problemas surgem, por exemplo, no caso de uma holding (conglomerado de empresas). “Nesse caso o faturamento resulta também da distribuição de lucros do grupo econômico. Nem sempre é a empresa doadora que fatura”, afirma Cordeiro.
Ainda não há uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a questão e empresas têm recorrido das multas aplicadas pela Justiça Eleitoral. Em caso de descumprimento do teto de 2%, as penalidades são o pagamento de multa entre cinco e dez vezes o valor excedido e impossibilidade de participar de licitação por oito anos. “O TRE-PR tem acompanhado a interpretação do MPE. Temos clientes que recorreram ao TSE, pois consideram que todas as formas de rendimento devem entrar para o cálculo”, diz o advogado.
As pessoas físicas que pretendem contribuir financeiramente com as campanhas dos candidatos também devem ficar atentas à regra imposta pela lei eleitoral. O teto é 10% do rendimento bruto declarado ao Fisco no ano anterior à eleição. Quem descumprir a determinação, também está sujeito à multa que varia entre cinco e dez vezes o valor que excedeu o teto.
Outras sanções são a suspensão do direito de votar e ser votado por um período determinado pela Justiça e impossibilidade de participar de licitações por oito anos. Se condenada, a pessoa também não poderá fazer concurso público.
Doações pela internet
Essa será a segunda eleição após a Lei 12.034/2009 – que regulamenta as doações pela internet - ter entrado em vigor. Segundo Cordeiro, a falta de conhecimento sobre o sistema e o temor de se cometer erros impedem esse tipo de arrecadação seja efetiva no Brasil. “As doações ainda são feitas pelos métodos tradicionais: cheque cruzado e nominal ao candidato ou transferência eletrônica pela conta indicada pelo candidato, partido ou coligação”, explica o advogado.
Candidatos à prefeitura não divulgam nome dos doadores
Outro problema relativo às doações é a falta de transparência. Nenhuma das quatro principais candidaturas à prefeitura de Curitiba apresentou o nome dos doadores de campanha na primeira parcial de prestações de contas, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 6 de agosto.
Indicar os doadores só é exigido por lei após a eleição, mas não é proibido que os nomes constem nas contas antes do pleito. Em ao menos três cidades do país, juízes eleitorais baixaram atos normativos que exigiam a apresentação dos doadores e de quanto cada candidato recebeu. A Lei de Acesso à Informação serviu como base nos casos que ocorreram no Maranhão e no Mato Grosso.
Para especialistas, a apresentação dos doadores antes mesmo da eleição é uma informação importante para ajudar o eleitor a definir seu candidato. “Dessa forma, você sabe com quem seu candidato anda e quais interesses eles representam. Se essa relação fosse estabelecida antes do fim da campanha, ela seria ainda mais útil e importante”, afirma o especialista em transparência Fabiano Angélico.
O secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, concorda que essa informação é fundamental. “Muitos eleitores poderiam conferir quem está bancando o candidato, como consultoras e empreiteiras”, diz. “Os que financiam as campanhas não o fazem por amor à democracia e sim pelo retorno dessas aplicações”, completa.
Para Castello Branco, mesmo sem a obrigação da lei, os candidatos que não apresentam os doadores começam atrás. “Nessa hora, nós que somos eleitores vamos conhecer quem são os candidatos mais transparentes e quem são aqueles que se omitem desde o início”, afirma. “As informações pertencem ao político, se ele quiser disponibilizar, é um ponto positivo”, comenta Angélico.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O poder educativo das imagens


Henry Milleo/Gazeta do Povo / Os alunos da professora de Filosofia Flaviana Lima, do coégio Projeto 21, estão acostumados a escrever textos a partir de imagensOs alunos da professora de Filosofia Flaviana Lima, do coégio Projeto 21, estão acostumados a escrever textos a partir de imagens
METODOLOGIA

O poder educativo das imagens

Gravuras muitas vezes ignoradas são capazes de estimular o raciocínio, a leitura e até a escrita durante as aulas.
Imagens não devem ficar restritas às aulas de Artes. Aquela foto em um livro de História ou Geografia é muito mais útil para o aprendizado de estudantes do ensino fundamental do que se imagina. Se bem discutido e interpretado, esse tipo de material ajuda a desenvolver o raciocínio e estimula a leitura e a produção de textos. Conhecida como leitura de imagem, a atividade faz com que as figuras deixem de ser percebidas como mera ilustração e sejam aproveitadas como recurso pedagógico.
Segundo a professora de Literatura da Universidade Federal do Pa­ra­­ná (UFPR) Marta Morais da Cos­­ta, a lin­­­­guagem visual tem um ritmo pró­­­­prio. Muitos aspectos podem ser analisados nela, como enquadramento, cores, formas, proporção, perspectiva e o que foi destacado. “Uma árvore é mais do que uma paisagem. Pode representar, por exemplo, abrigo ou destruição. Tudo isso tem um significado que precisa ser interpretado pelo aluno.”
Em casa
A partir de livros infantis, os pais também podem estimular os filhos a debaterem sobre as imagens, perguntando o que eles imaginam a partir do que veem. Confira alguns livros:
- Onde vivem os monstros, de Maurice Sendak. Editora Cosac Naify.
- Willy e Hugo, de Anthony Browne. Editora Martins Fontes.
- Willy, o mágico, de Anthony Browne. Editora Martins Fontes.
- Toupi Toca, de David MacPhail. Editora Globo.
Fonte: Yara Amaral, diretora do colégio Projeto 21.
Abrangência
Atividades com figuras são possíveis em diversas disciplinas
Em algumas escolas de Curitiba, a leitura de imagens consegue sair dos planos pedagógicos e ser praticada no dia a dia da sala de aula. Na Escola Anjo da Guarda, por exemplo, livros com figuras – de arte ou não – são deixados no pátio, durante o recreio, para a livre consulta das crianças. Elas podem folheá-los e discutir com os professores.
A diretora pedagógica, Luci Serricchio, conta que, em todas as aulas de Artes, os professores começam as atividades pedindo que os alunos analisem uma imagem. Da mesma forma, docentes de Literatura usam fotografias de jornais e revistas para praticar a interpretação.
No colégio Projeto 21, a interpretação de imagens faz parte das aulas de Filosofia da professora Flaviana Lima. É comum os alunos terem de analisar imagens e escrever uma redação sobre o que foi possível perceber e imaginar diante daquela figura. “A proposta é escrever, construir ideias. Não descrever simplesmente a partir de mera observação”, diz a diretora Yara Amaral. (AS)
Compartilhe a sua experiência
Como você contribui para o desenvolvimento intelectual de seu filho? Imagens fazem parte da sua estratégia?

Entretanto, cabe ao professor esse papel. Para se chegar a um resultado, é preciso que ele estimule o debate da imagem em sala de aula, independentemente da disciplina. Em aulas de História, Geografia, Ciências e Português, por exemplo, a tarefa é mais fácil. Mas, até as figuras dos livros de Matemática podem trazer um significado.
Esse tipo de recurso é bastante usado na pré-escola, antes de a criança ser alfabetizada, já que o contato visual é o primeiro estímulo que a criança tem e é a forma de adquirirem habilidades pré-linguísticas. Porém, embora a leitura de imagens esteja prevista nas diretrizes curriculares do ensino fundamental, especialistas e pedagogos são unânimes em dizer que poucos professores estão preparados para conduzir a atividade com qualidade.
O que muitos ainda estão acostumados a fazer é uma leitura formal das figuras, sem explorar suas várias possibilidades e provocar os alunos a perceberem outros sentidos em tudo o que veem. Como a imagem é mais fácil de ser lida, ela chama mais a atenção do estudante e pode ser a porta de entrada para a leitura de textos, até maiores e mais complexos.
Apelo estético
É mais comum nas escolas a análise de imagens de arte por causa do apelo estético, embora todo e qualquer tipo de figura possa e deva ser analisado. Foi a partir dessa constatação que a professora de Artes Visuais da Universidade de Caxias do Sul (UCS) Maria Elena Rossi criou a coleção de livros didáticos As Imagens Falam, que traz um conjunto de 160 imagens de todos os tipos ao final de cada volume para que o professor estimule os alunos a analisá-las.
“Até os 12 ou 13 anos todos percebem as figuras da mesma forma. Com a mesma leitura ingênua. Conforme consolidam sua formação cultural e conhecimento de mundo, mudam a forma de ver. Se estimulados corretamente, conseguem perceber mais características, o que aumenta a perspicácia, atenção e a capacidade descritiva”, explica.
Auxílio na superação de dificuldades
Adriana Czelusniak
As figuras também são um recurso importante no processo de ensino de crianças que têm alguma dificuldade de aprendizagem. Várias abordagens da pedagogia e da psicologia baseiam-se em ilustrações e quadros de rotina com imagens. Esses materiais enriquecem e possibilitam o aprendizado de estudantes com diferentes diagnósticos, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dislexia, autismo e outros distúrbios que interferem na comunicação.
No caso do TDAH, os recursos visuais são fundamentais, pois facilitam o entendimento e trazem aspectos mais atrativos para o conteúdo. “Essas crianças tendem a se distrair com muita facilidade. O uso de ilustrações para a transmissão do conteúdo pode prender mais a atenção delas, assim, o nível de concentração também aumenta”, explica a psicopedagoga Priscilla Santana Van Kan.
Segundo Priscila, quando o estudante apresenta dislexia e tem muita dificuldade para ler e escrever, as figuras o ajudam a compreender melhor sem depender tanto da linguagem escrita. “Aí ela verbaliza e, dependendo do grau de dificuldade, a escola pode colocar a prova oral como adaptação curricular para a criança. Estudar e aprender não são só leitura. Cada vez mais as próprias crianças precisam dos recursos visuais”, diz.
Pessoas com diagnóstico de autismo têm déficit na linguagem, mas boa parte delas tem memória e percepção visual bem apuradas. Essa característica faz com que métodos que usam figuras, como o Teach e PECs, sejam um importante canal de comunicação e ensino. “Os métodos usam uma habilidade que elas têm para compensar e estimular áreas deficitárias”, diz a psicóloga Manuela Christ Lemos.

Receita deposita restituição do terceiro lote do IR 2012


Foram creditadas restituições para 2.286.395 contribuintes, com correção de 3,06%.

Receita Federal libera nesta terça-feira (15) no banco o dinheiro da restituição do terceiro lote do Imposto de Renda Pessoa Física 2012. A consulta está disponível na internet desde o último dia 8 no endereço www.receita.fazenda.gov.br. O contribuinte pode obter informações ainda por meio do Receitafone (146). Foram creditadas restituições para 2.286.395 contribuintes, com correção de 3,06%.
O lote inclui restituições que caíram na malha fina em 2011, 2010, 2009 e 2008. No total, serão depositados R$ 2,2 bilhões, dos quais R$ 2,134 bilhões se referem ao exercício de 2012.
Para o exercício de 2011 serão creditadas restituições para 16.051 contribuintes, com correção de 13,81%. Do lote de 2010, serão creditadas restituições para 7.664 contribuintes, corrigidas em 23,96%. Em relação ao lote residual de 2009, serão creditadas restituições para um total de 5.427 contribuintes, corrigidas em 32,42%. No caso do de 2008, serão creditadas restituições para 2.582 contribuintes, com correção de 44,49%.
Se a restituição não for creditada no banco, o contribuinte poderá entrar em contato com qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento da instituição por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (pessoas com deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

STF encerra defesas e Joaquim Barbosa inicia voto; assista


Carlos Humberto / Divulgação / STF / Na sessão desta quarta-feira encerra-se a fase destinada à apresentação das defesas do julgamento da Ação Penal (AP) 470, o processo do mensalãoNa sessão desta quarta-feira encerra-se a fase destinada à apresentação das defesas do julgamento da Ação Penal (AP) 470, o processo do mensalão
MENSALÃO

STF encerra defesas e Joaquim Barbosa inicia voto; assista

Os advogados dos réus Duda Mendonça, Zilmar Fernandes Silveira, e José Luiz Alves, foram ouvidos nesta quarta-feira.
O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a na primeira etapa do julgamento do mensalão (Ação Penal 470), destinada à defesa oral dos 38 réus do processo. Nesta quarta-feira (15), o plenário foi ocupado pelos advogados dos réus Duda Mendonça, Zilmar Fernandes Silveira, e José Luiz Alves. Após o intervalo, o ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão, começou a ler o voto dele, que tem mais de mil páginas. A previsão é que ele faça apenas as considerações preliminares nesta quarta e todo o voto leve três dias para ser concluído. Assista abaixo, ao vivo, à sessão, transmitida pelo canal da TV Justiça no Youtube.
O jornalista e colunista André Gonçalves, do blog Conexão Brasília e correspondente da Gazeta do Povo, acompanha diretamente de Brasília os bastidores da sessão, em uma cobertura com análise exclusiva. Você pode interagir com o ele fazendo perguntas e comentários pelo Twitter@conexaobrasilia. Os comentários são publicados no quadro que está abaixo do vídeo.
Votação dos ministros
Antes dos ministros abrirem o plenário para os advogados de defesa nesta quarta, o ministroMarco Aurélio Mello questionou a necessidade do ministro relator do processo Joaquim Barbosacomeçar a ler o voto dele ainda nesta quarta, como está previsto. Para ele, seria mais prudente ouvir as três defesas programadas e retomar o julgamento somente na sexta-feira.
A pedido de Marco Aurélio, o presidente do STF, ministro Ayres Britto, ouviu a opinião de todos os membros do tribunal e, por maioria, decidiu-se manter o início da leitura do voto de Joaquim Barbosa após serem ouvidas as defesas dos réus. Porém, como nos demais dias, haverá um intervalo de aproximadamente 30 minutos durante a sessão, que será realizado após os três advogados apresentarem a defesa de seus clientes.
A votação foi iniciada logo após o fim das defesas. Após várias discussões, os magistrados decidiram que a melhor forma de realizar a votação é apreciar os crimes contra cada um dos réus separadamente. Primeiro a se manifestar, o relator da ação, Joaquim Barbosa, deve demorar três dias para ler seu voto de mil páginas.
A avaliação dos ministros é a de que, com essa fórmula, vão conseguir garantir uma votação sem sobressaltos e a participação do ministro Cezar Peluso em todo o julgamento. Peluso aposenta-se compulsoriamente em 3 de setembro, quando completa 70 anos. Com a votação individual, ele poderá, se necessário, pedir ao presidente do STF, Ayres Britto, autorização para antecipar suas decisões - normalmente, ele é o sétimo a votar. Aos mais próximos, Britto disse que dará aval para a manifestação do colega.
O Supremo terá de julgar 98 condutas criminais atribuídas ao total dos acusados. Nessa conta, estão excluídas as situações em que um réu é acusado por mais de um episódio de lavagem de dinheiro e votos que devem ser apresentados em questões preliminares ao julgamento do mérito. Considerando que são 11 ministros, serão 1.078 votos a serem apresentados pelos magistrados.
Defesas
Os advogados dos três réus defendidos nesta quarta-feira refutaram as acusações do Ministério Público Federal (MPF).
Zilmar Fernandes Silveira, sócia de Duda Mendonça, foi a última a ser defendida no STF. O advogado dela, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que ele tenha cometido crime de lavagem de dinheiro e fosse integrante do esquema do mensalão.
Zilmar é acusada de crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro por ter recebido dívidas da campanha por meio do esquema ilícito montado por Marcos Valério, junto com o publicitário Duda Mendonça. O advogado dele, Luciano Feldens, também refutou a tese de que o profissional tenha lavado dinheiro, como acusou o MPF.
Os advogados atestam que os dois, Duda e Zilmar, receberam por um serviço efetivamente prestado ao PT e que não sabiam da existência de organização criminosa para viabilizar o pagamento. A defesa alega ainda que não houve crime de evasão de divisas porque as transferências seguiram as normas permitidas pelo Banco Central à época.
O primeiro a ser defendido nesta quarta foi o réu José Luiz Alves, que era chefe de gabinete do Ministério dos Transportes entre 2003 e 2004. Ele é acusado do crime de lavagem de dinheiro por ter sacado quantias no Banco Rural em nome do então ministro Anderson Adauto. O saque é confirmado pela defesa, mas os advogados sustentam que Alves não sabia da origem ilegal da verba, de acordo com o defensor dele, Roberto Garcia Lopes Paglius.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Governo inclui duas vacinas obrigatórias para crianças de até 5 anos


O Ministério da Saúde fará uma campanha nacional entre os dias 18 e 24 para distribuir a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomelite.

Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (14) que incluirá duas vacinas no calendário básico de imunização para crianças com menos de cinco anos, a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). O governo informou ainda que fará uma campanha nacional entre os dias 18 e 24 de agosto para aplicar as vacinas.
De acordo com a coordenadora do programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, o objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal e reduzir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas. A expectativa é atingir 14,1 milhões de crianças.
“Temos um calendário complexo, com mais de 14 vacinas, cada uma com duas ou três doses. Muitos pais acham que o esquema está completo, mas não está”, disse. “Esta será a oportunidade de conferir a caderneta da criança e completá-la, caso haja alguma vacina com o esquema incompleto”.
Crianças menores de cinco anos de idade deverão ser levadas a postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) para que a caderneta de saúde seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo com a situação encontrada.
Estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VOP), obrigatórias a partir de agora. A primeira reúne em uma única aplicação a tetravalente (que protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche e a meningite) e a dose contra a hepatite B. A VOP é indicada para crianças que nunca foram imunizadas contra a pólio.
Para a operacionalização desta campanha, serão disponibilizados cerca de R$ 18,6 milhões, transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais. Aproximadamente 34 mil postos fixos de vacinação estarão abertos, além de postos volantes. Haverá o envolvimento de 350 mil profissionais de saúde e a utilização de cerca de 42 mil veículos. O público-alvo nesta faixa etária é de 14,1 milhões de crianças.
Menores de cinco anos que vivem nas regiões Norte e Nordeste, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, ambos em Minas Gerais, também vão receber suplemento de vitamina A. A ação integra o programa Brasil Carinhoso, lançado em maio deste ano, que tem como meta a superação da extrema pobreza na primeira infância.
Segundo a coordenadora de Alimentação e Nutrição, Patrícia Jaime, 2.434 municípios das regiões selecionadas vão distribuir o suplemento. A expectativa é que três milhões de crianças tenham acesso à megadose de vitamina. Cálculos da pasta indicam que aproximadamente 20% dos menores de cinco anos apresentam algum tipo de deficiência de vitamina A. A previsão é que, até final do ano, a distribuição do suplemento chegue a todos os municípios que fazem parte do programa Brasil sem Miséria.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a deficiência de vitamina A está relacionada a problemas como a diarreia e as doenças respiratórias. “Fazer essa distribuição nas regiões mais pobres é um fator importante para reduzir ainda mais a mortalidade na infância e as internações”, concluiu.
Confira no site do Ministério da Saúde as vacinas que integram o Calendário Básico de Vacinação da Criança 2012.