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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Festival Anima Mundi chega a Curitiba


Divulgação / Filme Eu Queria Ser um Monstro Filme Eu Queria Ser um Monstro
CINEMA

Festival Anima Mundi chega a Curitiba

Seleção da mostra internacional de animação, segunda maior do gênero no mundo, acontecerá em Curitiba de 21 a 27 de setembro, no Espaço Itaú de Cinema.
Quando a primavera der os ares de sua graça por estas bandas, em 22 de setembro, virá acompanhada de um evento que ajudará Curitiba a entrar em um clima mais festivo. No dia anterior, uma sexta-feira, inicia-se na cidade, em uma das salas do Espaço Itaú de Cinema, a primeira edição local do Anima Mundi, que neste ano completa duas décadas como o segundo maior evento do gênero do mundo, ficando atrás apenas do de Annecy, na França.
Divulgação
Divulgação / Filme Engole ErvilhaAmpliar imagem
Filme Engole Ervilha
Exibição
Mais de 60 filmes serão exibidos pela edição curitibana do festival Anima Mundi.
Programação
Confira a programação completa do Anima Mundi
Realizado em julho passado no Rio de Janeiro, e, logo em seguida, em São Paulo, que também recebe a programação completa, o Anima Mundi, em 2012, ganhou itinerância, caiu na estrada e se estendeu a duas outras cidades. Primeiro a Belo Horizonte e, agora, a Curitiba, que como a capital mineira receberá uma seleção com o melhor do que foi apresentado na versão integral.
Em torno de 60 filmes, entre curtas e longas-metragens, nacionais e internacionais, serão exibidos ao longo de uma semana na edição curitibana. O diretor-geral do Anima Mundi, César Coelho, também um de seus criadores, conta, em entrevista à reportagem da Gazeta do Povo, que os títulos escolhidos foram pinçados tanto entre os premiados pelo júri oficial quanto pelo público, assim como a curadoria também escolheu filmes que deem ao público curitibano um amplo painel do que vem sendo produzido no Brasil e ao redor do mundo em termos de animação, com exemplos de técnicas e temáticas as mais diversas. E é bom lembrar: animação não é só para crianças, e muitos dos filmes são destinados ao público adulto – vão da política ao erotismo.
Entre os curtas que virão a Curitiba, alguns destaques são o holandês Fata Morgana (de Frodo Kulpers) e o britânico Head over Hill (de Tim Reckart). Também serão vistos por aqui os longas To Aru Hiküshi e no Tsuioku (do japonês Jun Shishido), destinado ao público adulto, o infantil A Turma da Selva – Operação Banco de Gelo, dos franceses David Alaux e Eric Tosti. Todos esses títulos foram premiados pelo júri oficial e pelo público do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Resistência
César Coelho contou que quando o Anima Mundi surgiu, há exatos 20 anos, o cinema brasileiro enfrentava sua fase mais nefasta. “Com uma canetada, o presidente Fernando Collor acabou com o que havia em termos de estrutura no país”, referindo-se à extinção da Embrafilme, empresa estatal que atuava como produtora e distribuidora.
O festival ganhou vida para ser uma vitrine do que era produzido em animação no país, na época era pouco conhecido do grande público e muito voltado à publicidade. Com o tempo, o evento passou a formentar também a realização de novos filmes – hoje a produção anual chega a 300 títulos. O Anima Mundi, no entanto, sempre teve o intuito de trazer ao público brasileiro a imensa veriedade de obras feitas mundo afora.
“Neste ano temos filmes fantásticos, como o sul-coreano Noodle Fish, realizado com massa de macarrão oriental, semelhante ao espaguete”, diz Coelho, para quem a itinerância é mais um passo importante na missão do evento de popularizar a animação. “Antigamente, as pessoas achavam que ela se limitava às produções da Disney e da Hanna-Barbera, voltadas ao público infantil.”
Oficina
Durante a primeira edição do Anima Mundi em Curitiba, também haverá oficinas gratuitas, que permitirão aos participantes aprender a fazer filmetes em três técnicas diversas. Na de Pixalização, a “matéria-prima” são os proprios corpos dos participantes, que se transformam em personagens, com direito a adereços e figurinos.
A oficina de Massinha recorre a uma técnica mais tradicional, em que os alunos confeccionam os personagens para filmagem, enquanto a de Zootrópio, muito tradicional e anterior até mesmo à projeção do primeiro filme, feita pelos irmãos Lumière em 1895. Desenhos de papel serão utilizados para criar a ilusão da imagem em movimento.

CADERNO G | 2:18

Animadores homageiam 20 anos de Anima Mundi

Veja os mais diferentes personagens reunidos para celebrar a continuidade do festival

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Renato Aragão demite funcionário que o chama de Didi…


renatoaragao Renato Aragão demite funcionário que o chama de Didi...

Didi é estressado (Foto: Daniel Delmiro/AgNews)
Toda aquela meiguice e espírito de solidariedade que Renato Aragão tenta passar diante das câmeras, principalmente no Criança Esperança, não passam de interpretação. Ele apenas faz a linha bonzinho.
Mas, na vida real, o humorista é completamente diferente (Dedé Santana que o diga...).
Renato é conhecido por sua arrogância.
Ele teve a coragem de dispensar um de seus motoristas que o chamou de Seu Didi. Virou para o funcionário e disse: "Não é Seu Didi, é Doutor Renato". E mandou demiti-lo em seguida.
Ui...

Mãe deu a luz à onze bebês é uma Farsa?


Foto circula pela web mostrando 11 bebês gêmeos que teriam nascido no dia 11/11/2011 na Índia. Mas será que essa história é real? Veja o que descobrimos!
No comecinho de fevereiro de 2012, a notícia apareceu na web! Vários sites e em blogs – além de várias páginas do Facebook – publicaram que uma mulher havia dado à luz 11 crianças de uma só vez!
De acordo com a notícia, a moça seria uma indiana e os partos teriam acontecido todos no dia 11 de novembro de 2011 (11/11/11).
A história inusitada veio acompanhada de uma foto mostrando os 11 rebentos, deitados numa cama. Coisa mais linda!
Indiana deu a luz 11 gêmeos! Será verdade?
Indiana deu a luz 11 gêmeos! Será verdade? (foto enviada por e-mail ao E-farsas)
Será que essa história é verdadeira ou falsa?
É uma história muito bonita, mas é mais uma farsa da web! Para chegarmos a essa conclusão, bastaram algumas perguntas:
  • Qual o nome da super mamãe?
  • Qual o nome de hospital em que ela estava hospitalizada?
  • Por que a notícia só foi aparecer agora, 3 meses depois do ocorrido?
O primeiro site a publicar a falsa notícia foi o Zumart. Lá, podemos ver outras fotos dos recém-nascidos. Ao mesmo tempo, o Tumfweko também publicou a mesma história.

Recorde em nascimento múltiplo

De acordo com o jornal New York Times, uma australiana deu à luz 9 crianças em 1971. Infelizmente, os bebês morreram seis dias depois.
Anos mais tarde, em 1999, uma mulher teve 9 gêmeos na Malásia. Os bebês morreram algumas horas depois de nascidos.
Casos de 11 gêmeos de uma vez, nunca houve!

As fotos

Se a história da mãe (que nem nome tem) é falsa, o que dizer das imagens? Será que são montagens?
As fotos são reais. Ou seja, não houve manipulação digital nas fotografias.
Acontece que, para comemorar o dia 11/11/11, um grupo de médicos juntou 11 bebês que nasceram exatamente naquele dia em um hospital em Surat na Índia. Mas, antes que você fique confuso, explico:
Os 11 bebês são de mães diferentes!
O site de notícias indiano Banglabox explica que as crianças não são da mesma mamãe e que os pimpolhos da foto são muito grandes para serem de uma mesma gestação.

Nascimento programado

O jornal The Times of India afirma que os 11 bebês são “de proveta” e foram programados para que seus nascimentos ocorressem exatamente no dia 11 de novembro. As operações foram feitas pelos doutores Purnima Nadkarni e Pooja Dr Nadkarni . Todas as 11 mulheres que fizeram a inseminação In Vitro (a mais velha tem 43 anos de idade!) insistiram que a cegonha lhes entregasse seu bebê na data especial, dia 11/11/11.

Conclusão

Foto real. História falsa!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Contra as dores, cresce a procura por substituição de articulações


Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo / José Luiz sofre com dores na articulação do quadril desde os 14 anos. Resolveu operar e, em 24 horas, já caminhava com ajuda do andador pelo hospitalJosé Luiz sofre com dores na articulação do quadril desde os 14 anos. Resolveu operar e, em 24 horas, já caminhava com ajuda do andador pelo hospital
CIRURGIA

Contra as dores, cresce a procura por substituição de articulações

Excesso de peso é uma das maiores causas de problemas no joelho. Emagrecer está entre as melhores alternativas.
Se você viver o suficiente – além dos 50 ou 60 anos – há chances de que desenvolva osteoartrite, problema resultante do uso e do desgaste das articulações. E, se a dor ou a rigidez começarem a limitar seriamente sua habilidade de aproveitar a vida e de realizar tarefas cotidianas, provavelmente você pensará em substituir a articulação que está lhe causando problema.
“Pessoas com osteoartrite estão confiando cada vez mais na cirurgia”, diz o reumatologista e epidemiologista da Escola de Medicina da Uni­­versidade de Boston, David T. Fel­­son. “O número de cirurgias do joelho é gigantesco, fo­­ra de proporção, e a operação de substituição está contribuindo para o aumento dos custos dos planos de saúde [nos EUA].”
Saiba mais
A obesidade não provoca osteoartrite, mas pessoas pesadas não só têm mais risco de ter a doença como de ter de forma mais grave.
Veja a seguir as principais causas do problema:
• A idade avançada não é a causa da doença, mas, quanto mais idoso, mais obeso e sedentário, maior o risco de manifestar o problema ou de sofrer por causa dele.
• Pessoas que fazem esforço físico com carga excessiva, como subir e descer escadas, carregar peso nas costas ou na cabeça, podem desenvolver osteoartrite mais cedo.
• A osteoartrite é a maior causa de doença nas juntas e um dos principais motivos de invalidez em pessoas acima de 60 anos de idade.
• Não causa morte, mas pode levar à invalidez.

Fonte: Cartilha para Pacientes da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Limitações
Quem tem dor deve operar para melhorar a qualidade de vida
Kamila Mendes Martins
Normalmente quem desenvolve osteoartrite, com o passar do tempo, sente muitas dores ou limitação dos movimentos, por isso, acaba tomando diversos medicamentos, entre eles os anti-inflamatórios, que sobrecarregam os rins e podem causar até mesmo insuficiência renal. Por isso, principalmente no caso de o problema atingir o quadril, o mais recomendado nesses casos é a realização da cirurgia. “Quando o problema atinge essa região, a pessoa muitas vezes não consegue calçar uma meia, cortar a unha, tem dificuldade para sentar, para entrar no carro”, explica o ortopedista e diretor do corpo clínico do Hospital Marcelino Champagnat em Curitiba, Ademir Schuross. “O ideal seria aguardar, mas, hoje, quando o paciente deixa de ter qualidade de vida e tem de tomar remédio por causa da dor, é melhor operar, porque ela volta a ter uma vida normal. Só não pode mais correr, jogar futebol, ou seja, fica impedido de realizar esportes de impacto.”
Esse é o caso do empresário gaúcho José Luiz de Vargas Neto, de 35 anos. Aos 14 anos, ele sofreu um derrame na cabeça do fêmur e desde então passou a ser um candidato a realizar um implante na região do quadril. “Eu fui convivendo com o problema. Jogava futebol, vôlei e basquete, mas com o passar dos anos, começou a ficar muito difícil realizar essas atividades. Aos 26 anos, parei com elas e continuei fazendo academia seis vezes por semana.”
Infelizmente os movimentos começaram a ficar mais difíceis e a dor aumentou. “O problema era na perna esquerda, mas comecei a me preocupar que ele passasse para a direita também, então resolvi operar.” A cirurgia aconteceu na terça-feira passada e no dia seguinte ele já estava andando pelos corredores do hospital com a ajuda de um andador. “Estou bem satisfeito com o andamento. Assim que puder, vou voltar para a academia, mas sei que não poderei voltar a praticar esportes de impacto.”
Entre 1979 e 2002, o número de cirurgias de substituição da articulação do joelho aumentou 800% entre as pessoas com 65 anos ou mais nos Estados Unidos. Embora o médico de Boston considere a cirurgia de substituição das articulações de quadril altamente efetiva ao aliviar a dor e reestabelecer a função, a de joelho pode ser bem menos útil. “Para 10% a 30% dos pacientes, a melhora nunca vem”, afirma Felson.
Início
Cerca de 27 milhões de norte-americanos têm osteoartrite ao longo da vida, e os números estão crescendo conforme a população vai envelhecendo e engordando. “A cada passo dado, a força exercida nas articulações que suportam o peso é de uma vez e meia o peso do corpo da pessoa”, disse o doutor Glen Johnson, que falou sobre a prevenção e o tratamento de artrite no encontro anual da Associação Nacional dos Treinadores de Atletas em junho, nos Estados Unidos. “Durante a corrida, a força aumenta sete ou oito vezes. Portanto o método mais efetivo para prevenir artrite em joelhos e quadris é emagrecer se está acima do peso e procurar fazer atividades sem impacto para recreação.”
Enquanto a maioria das pessoas pensa que a osteoartrite é um colapso da cartilagem que evita que os ossos entrem em atrito um contra o outro, estudos recentes mostram que essa é uma doença muito mais complicada: ela também envolve tecidos das articulações e os que estão em seu entorno, incluindo o osso e a medula óssea. Inflamações podem ser um fator que contribui, e a genética também tem seu papel. Até agora, três genes já foram identificados como capazes de acelerar o aparecimento de artrite.
Além disso, qualquer tipo de dano ou de cirurgia de articulação aumenta as chances de desenvolvimento de artrite. Essa é a razão pela qual tantos atletas profissionais e de fim de semana tenham apresentado o problema mesmo durante a juventude.
De qualquer forma, existem muitos medicamentos potenciais para aliviar a dor causada pela artrite e para preservar – e talvez restaurar – a função da articulação. Mesmo se uma cirurgia for necessária, ela pode ser adiada por muitos anos com tratamentos já comprovados em testes clínicos qualificados.
Dispositivos
Articulações artificiais usual­mente duram de 10 a 15 anos. Adiar a cirurgia é útil porque quanto mais cedo uma articulação for substituída, maior é a probabilidade de que uma nova troca seja necessária. Além disso, tanto os dispositivos quanto as técnicas cirúrgicas estão constantemente sendo melhorados. Ao adiar a substituição da articulação, o paciente tem maiores chances de passar por uma cirurgia mais simples e colocar um aparelho mais durável.

Tradução Kamila Mendes Martins.

Um novo passo contra a paralisia


Um novo passo contra a paralisia

FDA autoriza o teste em humanos de uma nova técnica cirúrgica que pretende amenizar as consequências de lesões na medula espinhal.
A cura de lesões na medula espinhal ainda é um dos grandes quebra-cabeças da Me­­dicina, por isso, cientistas de várias partes do mundo buscam insistentemente uma solução para o problema. É o caso de pesquisadores do Projeto Miami – centro norte-americano especializado em danos de medula espinhal –, que receberam, no fim do mês passado, a liberação do Food and Drug Administration (FDA) para iniciar a primeira fase de testes em humanos de uma nova técnica cirúrgica que pretende amenizar as consequências dessa complicação.
A prática consiste em transplantar um tipo de célula nervosa da perna para a espinha danificada de pacientes recém-paralisados na tentativa de restaurar algumas funções e sensações. Experimentos iniciais realizados em ratos, porcos e primatas mostraram que, em muitos casos, os animais recuperaram 70% das funções e sensações perdidas.
Cenário nacional
No país há poucas pesquisas sobre lesão medular
“Atualmente, o tratamento das lesões medulares graves continua um desafio para a Medicina, mas já há vários estudos em andamento em grandes centros do mundo, com altos investimentos, que trazem esperança aos pacientes com sequelas neurológicas”, afirma o neurocirurgião dos hospitais Nossa Senhora das Graças, Erasto Gaertner, Cruz Vermelha e São Vicente Rodrigo Leite de Morais. Mas, ainda que muitos pesquisadores estejam debruçados sobre os casos de lesões de medula espinhal para chegar o mais perto possível de um tratamento perfeito, no Brasil o cenário deixa a desejar, conforme explica o professor de ortopedia e traumatologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) Luiz Roberto Vialle. “Ainda não estamos num nível bom. Os dois centros que mais pesquisam aqui [no Brasil] estão na USP [Universidade de São Paulo] e na nossa PUC. Eventualmente, um ou outro trabalho de mestrado é feito, mas os que têm uma rotina de pesquisa e publicação são mesmo poucos. Falta estudo no país”, afirma.
“É um excelente projeto, que traz novas esperanças para a recuperação neurológica do paciente com lesão medular”, afirma o neurocirurgião do Hospital Nossa Senhora das Graças Rodrigo Leite de Morais. Contudo, ele ressalta que as conclusões esperadas não são definitivas, já que por enquanto tudo “não passa de uma pesquisa científica e não está disponível para tratamento, até mesmo porque é necessário aguardar os resultados”.
Já, segundo o professor de ortopedia e traumatologia da PUC-PR Luiz Roberto Vialle, são poucas as perspectivas em relação ao transplante, pois, para ele, a técnica segue a mesma linha de outras já realizadas anteriormente e que pouco influenciaram na reabilitação do paciente. “Isso foi feito com nervos intercostais, com nervos da perna. Eu mesmo tenho paciente que foi fazer uma cirurgia em outro país, com transplante de nervo intercostal, e a experiência não deu certo. Apesar, claro, de que todo projeto é válido”, argumenta.
Comprimidos
Paralelamente ao estudo do Projeto Miami, pesquisa­­dores ligados à Fundação AOSpine (formada por profissionais que se dedicam a estudar a medula espinhal) deverão colocar em prática ainda neste ano a segunda fase de testes de um medicamento já disponível no mercado para tratar degeneração do tecido nervoso e que, agora, eles acreditam poder utilizá-lo em pacientes com lesão medular.
A pesquisa já passou por um projeto piloto que avaliou a eficácia e a segurança da droga e, nesta segunda fase, propiciará o uso do medicamento para pacientes selecionados que tenham sofrido a lesão recentemente. Aqui no Brasil, a perspectiva é de que o Hospital Universitário Cajuru, da PUC-PR, integre a lista de hospitais participantes, informou Vialle, que também é presidente internacional da Fundação AOSpine.
Uso de células tronco tem resultados
Em 2011, uma experiência li­­derada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia em parceria com o Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, con­­se­­guiu recuperar parte dos movimentos das pernas do ex-policial baiano Mau­­rí­­cio Ribeiro, que havia ficado paraplégico.
A técnica consistiu em um transplante de células tronco adultas obtidas do próprio paciente na área de lesão na medula espinhal, como explicou a pesquisadora titular da Fiocruz Milena Botelho Pe­­reira Soares. “Este estudo foi baseado em um anterior, no qual testamos a técnica em cães e gatos que tiveram lesões raquimedulares. Como os resultados no estudo em animais foram promissores, esperávamos obter resultados semelhantes em pacientes. Não foi uma grande surpresa.”
A pesquisa, que está em fase final de análise, tratou 14 pacientes com lesão na medula espinhal, e todos apresentaram graus variados de melhoras sensitivas e motoras. O fato, segundo Milena, pode significar um novo caminho para a recuperação de pacientes com a medula lesionada, embora estudos assim ainda enfrentem um cenário não muito favorável. “Apesar de ter havido investimento considerável nas pesquisas com células tronco no Brasil, esses recursos não são comparáveis aos investimentos feitos em vários países da Europa, Ásia e América do Norte”, diz ela.
Na tentativa de reverter es­­se quadro e ampliar o uso da medicina regenerativa na recuperação de pacientes que dependem do SUS para tratamentos como regeneração do coração, movimento das articulações e tratamento da esclerose múltipla, o Ministério da Saúde prometeu, em abril, que em 2012, R$ 15 milhões seriam investidos em terapia celular. Destes, R$ 8 milhões seriam destinados à conclusão da estruturação de 8 Centros de Terapia Celular responsáveis pela produção nacional de pesquisas com células tronco (um deles na PUC-PR).

Moradias demoradas, do piso ao teto


Henry Milléo/ Gazeta do Povo / Programa habitacional mudou cenário do Guarituba, em Piraquara, mas novos inquilinos reclamam de rachaduras e goteirasPrograma habitacional mudou cenário do Guarituba, em Piraquara, mas novos inquilinos reclamam de rachaduras e goteiras
HABITAÇÃO

Moradias demoradas, do piso ao teto

Etapa que cabe ao governo do programa Minha Casa, Minha Vida se perde na ineficiência e penaliza população mais pobre. Parte a cargo da iniciativa privada vai bem.
As moradias populares do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) voltadas para famílias com renda de até R$ 1,6 mil mensais, chamadas de “faixa 1”, são as que mais demoram para ser concluídas e entregues. O programa é composto por dois pacotes, um lançado há três anos e outro no início de 2011. Nos dois casos, a iniciativa privada, que cuida dos projetos para o público de maior renda, tem sido mais rápida que o poder público na contratação e execução das obras.
Segundo o Ministério das Cidades, o objetivo da parte do programa lançada em 2011 é construir 2 milhões de unidades habitacionais até dezembro de 2014. Até o fim de junho, segundo a Caixa Econômica Federal, já havia 771.354 unidades contratadas em todo país. Dessas, 234.882 são da faixa 1, cujos contratos foram feitos a partir de outubro de 2011. Até agora, apenas 2,1% foram finalizadas, e 1,9%, ocupadas. Entre os empreendimentos voltados para famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil, a taxa de conclusão é de 52%, sendo que 49,8% já foram entregues.

Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Henry Milléo/ Gazeta do Povo / O pintor Ivair Ferreira e o muro: cena comumAmpliar imagem
O pintor Ivair Ferreira e o muro: cena comum
A casa cai?
Programas repetem modelo perverso de moradia popular
As habitações de interesse social, como as de Piraquara, padecem de problemas semelhantes em todo o país: em alguns casos, a qualidade da construção é duvidosa, e em outros, as famílias são levadas para um ponto distante, carente de equipamentos públicos. No Conjunto Madre Teresa de Calcutá, três meses após as primeiras casas terem sido entregues já é possível observar rachaduras nas fachadas.Os moradores também reclamam das goteiras. Além disso, algumas casas que já estão prontas, mas ainda não foram ocupadas, têm vidros quebrados e pichações.
Para Marly Namur, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, o modelo de cidade que o Brasil está adotando é muito perverso. “O maior problema é a má localização dos empreendimentos. Você constrói cidades completamente desligadas da cidade que existe”, argumenta. O preço de terrenos mais distantes normalmente é menor e muitas famílias são transferidas para áreas que não possuem estrutura para dar conta de todas as necessidades da população, além de serem retiradas de seu eixo de convivência.
A professora também lembra que, apesar do baixo custo dessas moradias, é possível diversificar as tipologias das casas, o que apenas exigiria projetos melhores. “É mais fácil repetir esse tipo de projeto carimbo em todo o terreno. A qualidade do ambiente construído é monótona e as pessoas não têm identidade, aí começam a mexer nas fachadas para ficar diferente”, analisa. Na opinião da professora, não é porque existe uma limitação orçamentária que a qualidade da obra tem de ser ruim. “O dinheiro é importante, mas é preciso criatividade e bons projetos”, resume.
Em Prestação
O Minha Casa, Minha Vida passou por reformulações, como a atualização das faixas de renda para obtenção de financiamento e o ajuste dos valores de aquisição das unidades habitacionais. A área do imóvel foi ampliada e houve melhorias no acabamento, como a instalação de aquecedores solares para diminuir os gastos com eletricidade. Uma mudança importante tem relação com o financiamento do imóvel para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. Há subvenção econômica nas prestações por 120 meses. A intenção da medida é evitar a venda antecipada do bem. Além disso, a mulher chefe de família tem prioridade de atendimento e pode firmar contratos independentemente da anuência do cônjuge, exceto nos contratos de FGTS.
Interatividade
Você está esperando um imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida?
Para o ministério, o ritmo das obras da faixa 1 é normal. A pasta argumenta que a maior parte das unidades foi contratada em 2012, o que justificaria o menor índice de conclusão. Além disso, a relação entre unidades contratadas e concluídas nas faixas 2 e 3 (para famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil) seria melhor porque os beneficiários realizam financiamentos pelo FGTS e adquirem imóveis em fases mais adiantadas.
Em relação às obras da primeira fase do programa, iniciado em 2009, foram contratadas 1.005.128 obras em todo o país até dezembro de 2010. Os índices de conclusão são de 81,2% para as faixas 2 e 3 e 61,6% para a faixa 1. As razões para a demora nas obras são problemas com mão de obra e materiais de construção, além de um longo período de chuvas que atrasou o cronograma.
Ritmo lento
No Paraná, os índices de conclusão nos dois pacotes são superiores à média nacional, mas a diferença entre as faixas persiste. Na faixa 1, na primeira fase, o índice de conclusão de casas no estado é de 78,7% contra 91,7% para as faixas 2 e 3. O mesmo se repete na segunda fase do programa, em que 782 unidades, o equivalente a 6,7% da faixa 1, foram concluídas. Para as faixas 2 e 3, 52% das unidades contratadas foram finalizadas.
Para José Matias-Pereira, professor de Administração Pública da Universidade de Brasília (UnB), a análise dos dados mostra que os indicadores do programa são apenas medianos. Ele explica que na primeira fase, para ter um nível de excelência, o ideal seria que os índices ultrapassassem 90%. “Não está bom, mas de alguma forma há algo de concreto”, diz.
Em relação à segunda fase, o professor avalia que há inconsistências. Para Matias-Pereira, um programa dessa dimensão exige um planejamento muito bem elaborado, levando em conta a experiência adquirida com a Minha Casa, Minha Vida da primeira fase. É preciso criar as condições necessárias para garantir um andamento mais rápido. “Esses programas exigem, acima de tudo, uma estrutura de gestão muito bem aparelhada. Há a vontade política do governante. Ele aloca recursos, mas não tem uma estrutura capaz de oferecer essa qualidade”, avalia.
No Guarituba, moradores estão na fase do “muro”
As primeiras casas do Conjunto Madre Teresa de Calcutá, no bairro Guarituba, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, foram entregues para 212 famílias, em maio deste ano. O conjunto habitacional terá 846 casas no total e é uma das obras de habitação que mais se prolongaram no Paraná: desde 2005, há esforços por parte de município e governo estadual para obter a liberação do terreno.
O empreendimento foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 1 e, como não foi concluído no período entre 2007 e 2010, acabou transferido para a fase 2 do programa e incluído no eixo Minha Casa, Minha Vida. Apenas o governo federal está investindo R$ 104,5 milhões no empreendimento. Os primeiros moradores vieram do Jardim Holandês e viviam em situação de risco e vulnerabilidade social.
O auxiliar de serviços gerais Elias Coito Carneiro, 30 anos, conta que a vida de sua família melhorou com a mudança. Apesar da casa pequena – são dois quartos, cozinha e banheiro –, Carneiro diz que está feliz com o espaço. A única modificação que está fazendo no imóvel é a construção de um muro. Os filhos, de 5 e 7 anos, podem frequentar uma escola que fica próxima ao conjunto e há fácil acesso à rede de ônibus na região. “O único problema é o pó. Se limpamos a casa de manhã, de tarde já está tudo sujo de novo”, conta.
Em outra das ruelas do conjunto, o pintor Ivair Ferreira, 47, também construía uma muro para a casa onde sua ex-mulher, Aparecida de Paula Ferreira, de 45, vive junto com o filho do casal, Fábio Junior Ferreira, 26. O muro de Ivair já estava pronto. “É para ninguém se confundir e entrar na minha casa por engano”, brinca o pintor, já que todas as construções são iguais. A família esperava a mudança do Jardim Holandês há três anos, mas sente saudade do antigo lar: na ocupação eles tinham um terreno e moradia maiores.
Segundo Mounir Chao­­wiche, presidente da Com­­panhia de Habitação Popular do Paraná (Cohapar), o processo burocrático entre a con­­tratação da empresa e o início das obras é lento. No caso do Guarituba, as obras começaram a ser aceleradas apenas no ano passado, mas os projetos da Cohapar levam, em média, 12 meses para conclusão. A previsão é que a segunda etapa de entrega de casa no empreendimento ocorra em setembro.

sábado, 25 de agosto de 2012

Aprenda a fazer auto massagem.


Felipe Rosa / Gazeta do Povo /
SAÚDE & BEM-ESTAR

Aprenda a fazer auto massagem.

É possível diminuir o cansaço físico e aliviar as tensões emocionais do dia a dia com as próprias mãos, por meio da automassagem. Por meio da estimulação tátil é liberada endorfina, o que ativa a circulação sanguínea e oxigena o corpo, além de eliminar as impurezas e diminuir as dores musculares.
As professoras Izolete Bajerski e Cibele Savi Stelmach, professoras do Curso Técnico em Massoterapia do Instituto Federal do Paraná (IFPR) indicam as técnicas da massagem Ayurvédica, segundo elas, não apenas uma das mais antigas, mas também uma das mais completas técnicas naturais para restabelecimento do equilíbrio do corpo. “Trata-se de uma massagem profundamente relaxante, que atua no campo físico, emocional, psíquico e energético, tendo a função de purificação e manutenção da saúde corporal”, explicam.
As massoterapeutas ainda explicam que os estímulos agem no sistema linfático, circulatório e energético, nutrem o organismo, rejuvenescem, revigoram e revitalizam. “As manobras e pressões em determinados pontos do corpo liberam a energia vital bloqueada e estagnada”, dizem.
Elas explicam que este tipo de automassagem deve ser feita por movimentos circulares e de deslizamento contínuos ao longo do corpo, pedem que seja realizada pelo menos uma vez por semana e que ela pode ser aplicada inclusive na hora do banho, quando os movimentos são facilitados pela presença do sabonete e do xampu.
Para realizar o passo a passo da automassagem, é necessário seguir as seguintes indicações:
- os movimentos, tanto os circulares quanto os de deslizamento, devem ser repetidos três vezes;
- os movimentos circulares devem ser feitos sempre no sentido horário;
- os movimentos de deslizamento devem ser sempre na direção das extremidades (pés e mãos).

Ministério da Saúde e Facebook fecham parceria para incentivar doação de órgãos


Reprodução / Facebook /
REDE SOCIAL

Ministério da Saúde e Facebook fecham parceria para incentivar doação de órgãos

Uma ferramenta, já disponível no perfil do usuário da rede social, possibilita que ele manifeste o desejo de ser doador.
Uma parceria entre o Ministério da Saúde e a rede social Facebook quer ampliar o número de transplantes feitos no Brasil. Uma ferramenta, já disponível no perfil do usuário da rede social, possibilita que ele manifeste o desejo de ser doador de órgãos. Ainda assim, a doação só poderá acontecer após autorização da família.
Como fazer:
1. Entre em seu perfil no Facebook
2. Clique em Atualizar Status
3. Escolha a opção Evento Cotidiano
4. Em seguida, clique na opção Saúde e Bem-Estar

  • O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a estratégia consiste em usar as redes sociais para aumentar o diálogo com a população brasileira. Ele lembrou que, atualmente, quase 80 milhões de brasileiros têm acesso a internet e quase 40 milhões usam o Facebook.
  • O vice-presidente do Facebook para a América Latina, Alexandre Hohagen, explicou que a nova ferramenta permite aos usuários declararem a intenção de serem doadores de órgãos em apenas alguns minutos e compartilhar a informação com os amigos e membros da família que também têm perfil na rede social.