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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Só as pessoas podem mudar as cidades


Mesa sobre "Como se desenha uma cidade" mostra que a maior dificuldade para deixar as cidades mais inteligentes é o comportamento dos cidadãos.

O conceito de cidades inteligentes é bastante amplo, tem várias definições, e focam no melhoramento das metrópoles por meio de tecnologias, inovação, aprendizado e muito mais. Mesmo assim, direcionamento é quase sempre à estrutura. Na opinião da equipe do C.E.S.A.R - Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife - que participou da mesa "Como se desenha uma cidade inteligente?" neste sábado (28) na edição de Recife da Campus Party, há mais coisas a se observar, como a atuação das pessoas nesses ambientes.
"São as pessoas que definem o uso das coisas", resume Kiev Gama, engenheiro de Sistemas Sênior do C.E.S.A.R. Ele, juntamente com Felipe Ferraz e Eduardo Araujo Oliveira, estudam na organização como as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) poderiam ajudar a resolver os problemas das cidades, como engarrafamentos, segurança, lixo, energia e outros. "Estimativas da ONU apontam que até 2050 cerca de 70% da população do planeta viverá em cidades. No Brasil, esse número já é de cerca de 80%", afirma Oliveira.

O conceito de cidade inteligente exige o pensamento em diversos setores, como segurança, armazenamento de dados, internet das coisas, análise de contexto, segurança e armazenamento de dados. No C.E.S.A.R. o trabalho está apenas no começo e os engenheiros fizeram até o momento um grande levantamento para completar um quadro de "estado da arte" do que está sendo feito no mundo. Em termos de aplicações mais práticas, adiantam que estão desenhando um projeto que visa o monitoramento do consumo em residências para que empresas do ramo de energia possam direcionar de forma mais eficiente o fluxo de eletricidade para bairros e regiões no período em que há mais necessidade. "Estamos começando a pensar nessas soluções para que num futuro possamos levar para o mercado", diz Oliveira.
Os exemplos de iniciativas e práticas usadas para esse melhoramento são diversos e espalhados. Mas ainda isolados. "Nós estamos estudando uma arquitetura para esse tipo de organização de forma mais global", conta Gama. Os exemplos são, portanto, diversos, e vão de aplicativos como Wazee, um serviço que mistura geolocalização no celular com indicações do fluxo e problemas de trânsito via smartphones, até governamentais, como Centro de Operações da prefeitura do Rio de Janeiro, que integra órgãos que produzem informações úteis sobre a cidade. "No caso do Rio, a maior dificuldade não era tecnológica, mas de pessoas e departamentos conversarem entre si", complemente.
No entanto, é preciso observar, que nada disso é útil se não for pensado o comportamento do cidadão, mesmo enquanto exercício de cidadania, enfatiza o mediador da mesa e pesquisador, H.D. Mabuse. Seja na hora do voto ou fiscalizando o governo e a iniciativa privada. Todos podem pensar em cidades mais inteligentes, "começando por tornar mais inteligentes sua própria empresa, seu condomínio, seu canto."

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