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domingo, 7 de abril de 2013

Lesionados Futebol Clube


Albari Rosa / Gazeta do Povo / Danilo Georgete fraturou o rádio, um osso do braço, jogando futebol:dois meses para voltar aos camposDanilo Georgete fraturou o rádio, um osso do braço, jogando futebol:dois meses para voltar aos campos
COMPORTAMENTO

Lesionados Futebol Clube

Partidas de futebol esporádicas são um ritual saudável e agregador, porém são muitas as agressões que o corpo pode sofrer. Veja como minimizar os riscos.
Se, desde criança, Fernando Mad, 29 anos, ganhasse um troféu a cada vez que se machucou no futebol, a estante de casa estaria lotada. Ao se tornar adulto, ele se quebrou feio em jogos de fim de semana, o que mostra que sem preparo ou itens de segurança a atividade esporádica pode trazer mais lesões do que saúde.
Alguns anos atrás, Fernando fraturou o tornozelo, precisou fazer uma cirurgia e teve que se afastar das quadras por quatro meses. “Foi uma dividida boba. Eu fui mais rápido, mas levei um chute que acertou meu tornozelo em cheio”, lembra. Apesar da dor que sentiu no momento, ele continuou a jogar achando que ela logo iria parar. Foi só no dia seguinte, devido ao grande inchaço e inflamação do pé que resolveu procurar o médico.
Guia de sobrevivência na quadra e no campo
Como um bom soldado prestes a entrar em seu campo de batalha, o legítimo atleta de fim de semana também deve se preparar. Confira as dicas:
1. Aqueça da cabeça ao dedão do pé
Correr 15 minutos antes da partida é o suficiente para aquecer o corpo e relaxar articulações.
2. Não dê “migué” na hora do alongamento
Faça um alongamento decente que contemple a parte da frente e de trás da coxa, a panturrilha, a coluna e os membros superiores (ombro, braço, antebraço, pulso e mão).
3. Passe a acreditar
Essa deve ser a milionésima vez que você lê alguém te informando sobre a importância de beber água. Portanto, passe a acreditar e consuma o bendito líquido. Hidrate-se a cada 30 minutos, pois, durante a partida, o corpo fica mais quente e perde muito líquido e sais minerais.
4. Troque a saideira
Ao invés de ir se atracar na cervejinha e no churrasco logo depois da partida, se alongue novamente. Isso garante uma recuperação mais efetiva para o seu corpo, nos dias que sucedem o futebolzinho.
5. Não perca o seu trabalho
Já que você realizou a grande façanha de se exercitar no fim de semana... Que tal manter o pique até a próxima partida? Faça uma corrida de 20 minutos (aproximadamente 3 km) três vezes por semana. Isso estimula seus músculos a terem um bom desempenho e você começa a melhorar o condicionamento físico.
Danilo Georgete, 22 anos,também destinava o fim de semana ao futebol. Em uma das partidas, levou um empurrão e usou o braço para se proteger na queda. Não deu certo. Fraturou o rádio, um dos ossos que fica entre o cotovelo e a mão, na altura do pulso. “Continuei jogando, mas na hora de ir embora a dor era muito grande”, relembra. No hospital, teve o braço engessado – o que durou 45 dias – e fez fisioterapia por mais 15.
Ainda hoje, os dois batem bola com os amigos. “O risco faz parte da diversão”, conta Fernando.
Principais lesões
Veja como se prevenir dos problemas mais graves:
Canela com proteção “fake”
Caneleiras ajudam a impedir cortes e feridas, mas não evitam a fratura da tíbia. Entre amigos, a tendência é que não haja nem investidas fortes nem jogadas bruscas.
“Vista” seu tornozelo
Tornozeleiras contribuem para dar mais estabilidade e firmeza à articulação do tornozelo. Elas devem ser imprescindíveis até para o atleta de fim de semana. Campos muito irregulares e esburacados costumam causar mais entorses e fraturas nos tornozelos dos jogadores.
Estressados de tanto impacto
Fraturas em ossos, causadas por estresse, ocorrem quando se sofre impacto frequente, como em ossos que compõem o pé. De difícil diagnóstico, não são visíveis em raio-X, mas outros exames detectam o problema.
Seu calcanhar não é de ferro
O rompimento do tendão de Aquiles, geralmente, é fruto de uma tendinite que se agrava para um estágio crôni­co, a tendinose e só então culmina no romper do tendão. Obesos que não se exercitam, são vítimas mais frequen­tes. A pessoa chega ao consultório reclamando que sentiu uma espécie de pedrada no calcanhar.
Coxa e batata da perna
Os problemas campeões de reclamação dos atletas de fim de semana são os de ordem muscular. Quando não há um bom alongamento, a amplitude no movimento é comprometida e não é capaz de suportar tantos chutes e a correria que o jogo requer.
Grama sintética, uma inimiga
Esse tipo de solo costuma prender muito mais o pé do atleta por causa da aderência do solado da chuteira com a grama. As torções rotacionais no joelho, sejam nos ligamentos ou no menisco (cartilagem que amortece o atrito entre o fêmur e a tíbia), costumam ocorrer quando há um movimento combinado de torção do joelho seguido rapidamente por um impacto.
Um médico de pulso
O tratamento para lesões nessa parte do corpo deve ser rigoroso e despender muito cuidado. Erros no reposicionamento ósseo (como desvios, sobressaltos e espaça­mentos equivocados) podem fazer com que desenvolva uma artrose.
Cuidado com a caixola
As batidas de cabeça com cabeça podem acontecer na hora de receber uma bola aérea. Geralmente, traumatismos cranianos são cuidados por neurologistas. O melhor é não dividir bolas aéreas.
Peito e costela
Há poucos casos em que uma partidinha gera fraturas na caixa torácica, a menos que você jogue com brutamontes. Não dê nem receba cotoveladas.
Fontes: Carlos Costa, médico do J. Malucelli e chefe do Grupo de Artroscopia e Traumatologia do Hospital Cajuru/PUCPR.

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