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segunda-feira, 4 de março de 2013

Reuniões que antecedem conclave começam com falta de cardeais


EFE/Osservatore Romano / O encontro teve a presença de 142 dos 207 cardeais do grupo, sendo 103 eleitores na escolha do pontíficeO encontro teve a presença de 142 dos 207 cardeais do grupo, sendo 103 eleitores na escolha do pontífice
SUCESSÃO

Reuniões que antecedem conclave começam com falta de cardeais

A expectativa do porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, é que a data do conclave seja definida nos próximos dias, já que existem opiniões divergentes.
Com a presença de 103 dos 115 cardeais que elegerão o futuro papa, começou na manhã de segunda-feira (4) a Congregação Geral, encontro que antecede o conclave. O grupo passará em revista a atual crise da igreja e definirá quando começa o processo de escolha.
A expectativa do porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, é que a data seja definida nos próximos dias, já que existem opiniões divergentes entre os cardeais. "Como sabemos, tem aqueles [cardeais] que estão com mais pressa, mas existem aqueles que preferem dedicar mais tempo para as congregações [reuniões previas]", disse.
Segundo Lombardi, os 12 ainda ausentes devem chegar entre a tarde desta segunda e a terça-feira (5). Com isso, não haveria mais qualquer impedimento formal para o inicio do conclave.
A reunião desta manhã, ocorrida na Sala Nova do Sínodo, foi meramente introdutória. Os 142 cardeais presentes (39 com mais de 80 anos e por isso sem poder de voto) encontraram os lugares estabelecidos para cada um, por ordem de antiguidade; fizeram um juramento de segredo, se comprometendo a não divulgar o que for discutido ali dentro; e rezaram em latim.
Houve um intervalo de 30 minutos no final da manhã para um café, quando os cardeais puderam ter encontros particulares. Nesses encontros, eles começam a discutir mais reservadamente o que esperam para o futuro, como o perfil do novo pontífice.
"Esse é um momento significativo para contatos pessoais, trocas de informações, até em um nível mais particular", disse o porta-voz do Vaticano.
Vatileaks
Segundo Lombardi, os cardeais não receberão o dossiê secreto do chamado caso Vatileaks, feito por três cardeais a pedido do agora papa emérito, só será conhecido pelo novo pontífice.
Isso não impede, no entanto, que quem estiver interessado pergunte aos colegas informações sobre a crise. "Pode haver o caso de alguns membros do colégio dos cardeais que querem saber informações sobre a situação da cúria e da igreja e ali eles poderão perguntar. É um possibilidade.
Depois deste intervalo, abriu-se espaço para que os cardeais fizessem intervenções. Treze pediram a palavra, mas nada do conteúdo discutido foi divulgado.
Os trabalhos são presididos pelo decano, Angelo Sodano, pelo camerlengo, Tarcisio Bertone [responsável pela administração do Vaticano no período de sede vacante], e pelo secretario do colégio de cardeais Lorenzo Baudisseri.
Por sorteio, ficou estabelecido que três cardeais (Giovanni Battista Re, Crescenzio Sepe e Franc Rode), auxiliarão Bertone pelos próximos três dias, quando um novo sorteio acontece e outros três são novamente escolhidos.
Os cardeais também decidiram enviar uma mensagem ao papa emérito Bento XVI, o que devera ser feito até terça.

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