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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Apocalipse robótico


Divulgação /
REALIDADE OU FICÇÃO CIENTÍFICA?

Apocalipse robótico

Quais as chances de uma revolta de máquinas inteligentes contra a humanidade? Não muito grandes, mas certamente maiores que as previsões do calendário maia.
A previsão de fim do mundo do calendário maia, marcada para a próxima sexta-feira, contempla algumas dezenas de cenários diferentes: reversão geomagnética dos polos, colisão com um planeta desconhecido chamado Nibiru, invasão alienígena, destruição por uma supernova, explosão da lua, alinhamento galáctico... e a lista continua. Ainda que a probabilidade de esses eventos acontecerem não seja igual a zero, cientificamente esses cenários são bastante improváveis. A comunidade científica tende a concordar com apenas um cenário de fim do mundo, aproximadamente daqui a 5 bilhões de anos. É a data em que o sol deve terminar a sua fase de desenvolvimento e tornar-se uma gigante vermelha, engolindo ou tornando a Terra inabitável.
Cinco bilhões de anos é bastante tempo. Há quem acredite que, muito antes disso, a civilização pode ser destruída por robôs ou ciborgues, um mistura de humanos e robôs. A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, está inclusive criando um novo centro para determinar quais os riscos das máquinas superinteligente para a extinção dos humanos.
Robôs nos filmes
Conheça alguns dos robôs que tentam destruir a humanidade em filmes:
Skynet
No filme O Exterminador do Futuro, Skynet é um sistema de inteligência construído para defesa mas que acaba desenvolvendo uma capacidade de inteligência artificial e tenta destruir a humanidade com uma guerra nuclear. A maioria da população humana é destruída, mas alguns sobreviveram. Eventualmente, os humanos viram o jogo, e a Skynet envia um ciborgue, o Terminator (na foto acima), para tentar reverter o quadro.
NS-5
Os robôs do filme “Eu, Robô”, baseado na obra de Isaac Asimov, um dos principais nomes da literatura de ficção científica, foram criados para obedecer três leis: nunca machucar um humano, sempre obedecer os humanos –desde que não viole a primeira lei –, e proteger a própria existência, desde que não viole as outras duas leis. Eventualmente, a interpretação das leis ganha uma dimensão bastante relativa e os robôs, chamados de NS-5, se revoltam contra a raça humana.
A maior preocupação dos criadores do centro, que será chamado de Centro de Estudo de Risco Existencial (CSER, na sigla em inglês) não é tanto uma atitude hostil de hipotéticos robôs inteligentes contra os humanos, mas sim uma eventual competição por recursos.
“Tome gorilas como exemplo. A razão pela qual eles correm o risco de serem extintos não é porque os seres humanos são ativamente hostis contra eles, mas porque nós controlamos os ambientes de forma que nos convêm, mas que são prejudiciais à sua sobrevivência”, afirmou o filósofo Huw Price, co-fundador do CSER, ao jornal inglês The Register. “Em algum momento, neste século ou no próximo, estaremos diante de uma das grandes mudanças na história humana – talvez até mesmo da história cósmica – quando a inteligência escapará às restrições da biologia”, disse Price.
Fonte de energia
Quem é contrário à tese do apocalipse robô costuma argumentar que o cérebro humano é complexo demais para ser “imitado” por qualquer inteligência artificial, ou coloca as esperanças na resiliência humana. Num tópico sobre essa questão no site Quora, o professor Rick Hyland, da Universidade de Westchester, cita ainda um outro grande problema para os robôs: fonte de energia. “[As máquinas] são atualmente dependentes de nós para fontes de energia – esta é uma grande ‘falha’ em favor da humanidade. Limite o acesso delas à fonte de energia, e você barra qualquer avanço dos robôs para tomar o mundo”, diz. Como ele próprio cita no texto, porém, já há robôs sendo programados para encontrar fonte de energia independentemente.
O PR2, um dos robôs mais avançados já criados, foi programado para encontrar uma tomada por conta própria. Com uma câmera, “ele” encontra e se conecta à eletricidade sempre que a bateria está fraca. Desde 2009, o robô nunca falhou em achar uma tomada. O PR2 é desenvolvido pela empresa de robótica WIllom Garage e já é comercializado.
A possibilidade de uma revolta dos robôs parece mais coisa de ficção científica do que uma probabilidade real. Mas como diz o fundador do centro de Cambridge, Huw Price: “A natureza não previu a humanidade, e nós não devemos subestimar a inteligência artificial”.

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