O uso de placas fotovoltaicas na Alemanha não para de crescer. Apesar dos bons resultados, o investimento na adoção de uma matriz energética renovável vai pesar no bolso do consumidor alemão.
A energia solar está em franca ascensão na Alemanha. Somente no ano de 2012, cerca de 1,3 milhões de sistemas fotovoltaicos produziram 28 milhões de quilowatt-hora (kWh), fornecendo energia elétrica para 8 milhões de casas.
Segundo dados da Associação da Indústria Solar Alemã (BSW, na sigla em alemão), publicados na terça-feira (02/01), esses números demonstram um aumento de 45% na produção de energia elétrica através das placas fotovoltaicas, em comparação com os do ano de 2011.
"A Alemanha está colhendo os frutos dos esforços para o desenvolvimento da tecnologia de energia solar. A sua parcela no fornecimento energético quadruplicou nos últimos três anos. Nos mesmo período, o preço de novas placas fotovoltaicas caiu pela metade", explicou Carsten König, diretor do BSW.
Segundo dados da Agência Federal Alemã de Redes de Telecomuncações, Eletricidade, Correios e Ferrovias, publicados pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, a quantidade de novos sistemas fotovoltaicos instalados em 2012 é a maior da história. Somente entre janeiro e novembro do ano passado, 7.300 Megwatts produzidos através da energia solar abasteceram a rede de eletricidade alemã.
Metas, investimentos e custo
Ainda de acordo com a BSW, 5% (32.059 Megawatts) de toda a energia elétrica consumida na Alemanha provém da energia solar. A associação estabeleceu metas para as duas próximas décadas: aumentar a participação para 10% até 2020 e pelo menos 20% até o ano de 2030.
Outra meta da BSW é incrementar o uso de baterias para o armazenamento, além de sistemas de administração. Caso contrário, a energia solar ficaria à disposição só durante o dia.
Em contrapartida, o consumidor alemão terá que pagar mais pela energia elétrica em 2013. Para financiar o custo da mudança energética do país para uma matriz renovável, o preço de cada quilowatt-hora passou de 3,59 para 5,30 centavos de euro.
Para um orçamento de uma família de três pessoas, o aumento de 47% no preço da energia elétrica custará 185 euros a mais por ano.
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