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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Belas Artes terá novo prédio.


Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Instituição desenvolve atividades em três prédios alugados, um deles na Rua Benjamin ConstantInstituição desenvolve atividades em três prédios alugados, um deles na Rua Benjamin Constant
EDUCAÇÃO

Belas Artes terá novo prédio.

A Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) vai ganhar um novo prédio em 2013. Pelo menos essa é a expectativa do governo estadual depois de uma série de reuniões com a equipe da instituição de ensino. O projeto teve início em novembro deste ano, quando o vice-governador e secretário estadual de Educação, Flávio Arns, visitou a Embap prometendo uma maior aproximação com as escolas estaduais (leia texto ao lado).
A sede própria, segundo a diretora da Embap, Maria José Justino, é uma “luta antiga” de alunos e professores. Atualmente, a instituição se divide em três prédios – um na Rua Comendador Macedo, outro na Benjamin Constant e um terceiro na Francisco Tor­­res –, todos alugados a um custo de quase R$ 100 mil mensalmente.
Capacitação
Parceria promoverá palestras, cursos e espetáculos
Além de viabilizar a nova sede da Embap, a aproximação entre o governo estadual e a instituição de ensino ainda deve render cursos e oficinas permanentes na área de artes com professores e alunos da Embap em escolas na rede estadual.
Segundo a coordenadora de Extensão e Cultura da Embap, Jackelyne Correa Veneza, o projeto ainda está em fase de elaboração, mas a ideia é que professores e alunos da Embap comecem um projeto piloto, ainda no primeiro semestre do ano que vem, trabalhando apenas em algumas escolas estaduais escolhidas previamente. “Nesse primeiro contato, vamos ver quais as necessidades dos professores e estruturar o projeto de maneira a validá-lo para ser ampliado nos semestres seguintes”, afirma Jacklyne.
O projeto funciona em uma via de mão-dupla. Para a Secretaria Estadual de Educação, ele é importante por oferecer capacitação para professores da rede estadual que se formaram há muito tempo e podem se aperfeiçoar com esses eventos. Para a Embap, é a oportunidade de conhecer a realidade das escolas e melhorar os cursos de licenciatura.
O principal benefício, segundo a coordenadora, é romper as barreiras que ainda existem em relação ao ensino de Artes na escola. “As aulas não são somente para quem ser músico ou pintor. A arte faz parte da formação humana, melhora o relacionamento entre os colegas, ajuda na compreensão de outras disciplinas e amplia os horizontes de alunos e professores”, destaca.
Interatividade
O que você acha que deve ser feito com o prédio histórico da Embap?

“Hoje, precisaríamos de investimento em laboratórios, como de música eletrônica e videoarte, mas não temos estrutura para isso. Qualquer reforma nos prédios alugados custa cerca de R$ 120 mil e o Tribunal de Contas (do Paraná) não aprova porque os prédios não são nossos”, explica a diretora.
Um dos prédios, segundo ela, tem um problema ainda maior: o dono está pedindo a devolução do imóvel e a estrutura da Embap deve ser removida nos próximos meses se não houver acordo. A expectativa é que a mudança de endereço resolva problemas como este.
“Estamos com um curso em Museologia aprovado no Conselho Estadual de Edu­cação, mas não temos espaço para abrigá-lo. Enquanto continuarmos fragmentados em três prédios, ficamos comprometidos,” afirma Maria José.
Há algumas semanas são feitas visitas a locais que poderiam receber a estrutura da Embap e a resposta definitiva deve sair no máximo até o começo do ano que vem. Segundo Arns, a expectativa é que o local escolhido seja próximo ao Museu Oscar Niemeyer.
“O objetivo é encontrar um lugar com estrutura melhor. No dia da visita (à Embap), a orquestra estava ensaiando e havia audição de piano na sala ao lado, então era preciso alternar os ensaios e um só executava sua música no intervalo do outro”, afirma o vice-governador.
Restauração
A ideia do governo estadual é que o prédio histórico da Emiliano Perneta, que já foi utilizado pela Embap e pertence ao poder público, passe por uma restauração e seja preservado no Centro da cidade. Para Maria José, o ideal seria que o prédio se tornasse um espaço de valorização da cultura da cidade, com salas culturais e exposições de arte e outras atividades artísticas.
“Hoje, temos locais importantes da cidade desapropriados e transformados em shopping centers ou igrejas. Nada contra essas instituições, mas precisamos de espaços de preservação, seja ambiental ou cultural, na cidade”, defende.

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