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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Henry Milléo / Gazeta do Povo
Henry Milléo / Gazeta do Povo / A mãe de Anna Carolina, Erenise Bortolini, acertou uma transição escolar suave para a filha, com informações sobre o novo colégioA mãe de Anna Carolina, Erenise Bortolini, acertou uma transição escolar suave para a filha, com informações sobre o novo colégio
FILHOS

Os desafios da transição escolar

Mudar de escola ou de ano pode ser motivo de estresse e ansiedade para pais e filhos. Especialistas recomendam paciência e rotinas de estudo.
As primeiras semanas de aula nunca são fáceis. Depois das férias, pais e alunos levam algum tempo até se adaptarem aos horários da rotina estudantil. Isso fica mais difícil se a criança está enfrentando uma nova escola ou um ano de transição, como o primeiro, o sexto e o início do Ensino Médio.
As mudanças escolares costumam ser acompanhadas por um período de ansiedades e estresse dos alunos. Algo natural, pois muda o ambiente de sala de aula, os professores e, às vezes, os amigos, no caso de uma troca de escola. Se as crianças ou os adolescentes demoram muito a se adaptar, os pais também acabam sofrendo.
Henry Milléo / Gazeta do Povo
Henry Milléo / Gazeta do Povo / Dora começou a primeira série com uma rotina de estudo em casa preparada pela mãe, Natália AcciolyAmpliar imagem
Dora começou a primeira série com uma rotina de estudo em casa preparada pela mãe, Natália Accioly
Em casa
Especialistas recomendam que os pais sigam alguns passos para enfrentar anos de transição escolar com os filhos
Confiança
A confiança dos pais nas escolas é fundamental para a adaptação dos alunos, que precisam de segurança para encarar a nova realidade escolar.
Informação
Conhecer a rotina da escola pode facilitar a orientação das crianças e adolescentes nos primeiros dias de aula.
Autonomia
Incentivar o estudo sem interferir muito, ajuda no amadurecimento escolar dos filhos, que assumem diferentes responsabilidades em anos de transição.
Rotina
A criação de um espaço adequado para estudos e a delimitação de horários ajuda na disciplina e estabelece uma cultura escolar importante.
Os especialistas recomendam que as pessoas mantenham paciência e confiança na escola que escolheram para seus filhos. Esse é o primeiro mandamento para pais nessas situações, diz Maísa Panutti, professora do curso de Psicologia na Universidade Positivo.
“A criança sente se os pais não acreditam na capacidade da escola e elas também ficam inseguras. Os professores precisam dessa segurança para ensinar”, afirma.
Além da paciência, os pais podem ajudar os filhos nessas fases com soluções dentro de casa, como conhecer o novo ambiente escolar, criar rotinas de estudo e conversar bastante para avaliar se a criança não está sentindo falta de antigos colegas ou estranhando a nova escola.
Foi o que fez a servidora pública Erenise Bortolini ao trocar o colégio das filhas há quatro anos, hoje elas estudam no Sion. “Busquei muitas informações e até fiz visitas com elas para ter certeza de que estava tomando a decisão certa”, conta. Anna Carolina, 12 anos, enfrentou em 2012 o sexto ano (antiga quinta série), fase em que o número de professores cresce, o ritmo de estudos acelera e a cobrança aumenta. Apesar de o ritmo ser “mais puxado”, a mãe incentivou uma rotina de leitura depois das aulas, o que facilitou a transição.
Primeiro ano
Dora, de 5 anos, está empolgada com as aulas do primeiro ano que começaram em 14 de fevereiro, também no Sion. “Ela só fala disso”, afirma a mãe, a empresária Natália Accioly.
Para Dora, a nova realidade escolar deve representar um aumento nas cobranças e avaliações. Para conter a ansiedade, os pais também prepararam uma rotina de estudo. Tudo com a paciência recomendada por psicólogos e pedagogos.
“Queremos que essa transição seja suave, mas que ela entenda as novas responsabilidades”, diz o pai, o advogado Othon Accioly. Com as aulas e a rotina de estudos, Dora fica livre para dar conta do resto.

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