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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Planalto anuncia medida para retirar 2,5 milhões da miséria


Antonio Cruz/ABr / Presidente Dilma Rousseff em discurso no anúncio da ampliação do Bolsa Família Presidente Dilma Rousseff em discurso no anúncio da ampliação do Bolsa Família
PROGRAMAS SOCIAIS

Planalto anuncia medida para retirar 2,5 milhões da miséria

Novo benefício social, que começará a ser pago em março por meio do cartão do Bolsa, irá transferir dinheiro extra suficiente para que a pessoa supere a linha oficial de miséria, de R$ 70O governo anunciou no final da manhã de hoje uma nova ampliação do Bolsa Família que tirará da miséria os 2,5 milhões de pessoas que ainda constam como extremamente pobres no Cadastro Único -o banco de dados federal com informações de famílias de baixa renda.
O novo benefício social, que começará a ser pago em março por meio do cartão do Bolsa, irá transferir dinheiro extra suficiente para que a pessoa supere a linha oficial de miséria, de R$ 70. Exemplo: se a pessoa ganha R$ 50, receberá do governo ao menos mais R$ 21. A nova transferência terá um custo anual de R$ 928,4 milhões.
Antonio Cruz/ABr
Antonio Cruz/ABr / A nova transferência de renda terá um custo anual de R$ 928,4 milhõesAmpliar imagem
A nova transferência de renda terá um custo anual de R$ 928,4 milhões
Com isso, o governo diz que terá retirado da extrema pobreza todos os 22,1 milhões de pessoas que, no início do governo Dilma, constavam como miseráveis no Cadastro Único.
No entanto, diferentemente do que a publicidade oficial dá a entender, para que a presidente cumpra sua promessa de erradicar a miséria, mesmo que sob critérios apenas monetários, ainda é preciso incluir ao menos 700 mil famílias (ou cerca de 2,5 milhões de pessoas) no cadastro, como a Folha mostrou no sábado.
A promessa agora é que, até o final deste ano, essas pessoas serão encontradas e cadastradas, para só então começarem a se beneficiar dos programas sociais federais.
Sem esse novo benefício, o Bolsa Família já custa em torno de R$ 20 bilhões.
A mudança de hoje é a sexta realizada pela gestão Dilma para erradicar a miséria. A medida, assim como as outras cinco, será feita por meio de uma medida provisória.
Desde que a presidente assumiu, os programas sociais sofreram repetidas mudanças, sempre buscando aumentar o número de pessoas atendidas.
Três das medidas ocorreram naquele ano e fizeram com que 3,1 milhões dos extremamente pobres deixassem essa condição: reajustes do Bolsa Família, ampliação dos benefícios do programa e a previsão de que gestantes e nutrizes pudessem recebê-lo.
No ano passado, o Brasil Carinhoso, que prevê um repasse suficiente para que a pessoa deixe a miséria, afetou um total de 16,4 milhões de cadastrados. Primeiro, ele alcançava famílias com filhos de até 6 anos. Depois, foi ampliado para famílias com filhos de até 15 anos.

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