Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O que você quer ser quando crescer?


Hugo Harada/ Gazeta do Povo / A professora Jemima Prado dos Anjos: filha, sobrinha e neta de professorasA professora Jemima Prado dos Anjos: filha, sobrinha e neta de professoras
PROFISSÃO

O que você quer ser quando crescer?

Pesquisa do Linkedin mostra que é grande o número de pessoas que permanecem na vida adulta com a mesma escolha profissional desejada quando crianças.
Interesses profissionais costumam se transformar no decorrer da vida, afinal, ninguém nasce talhado para exercer um ofício. Em alguns casos, no entanto, a resposta para a inevitável pergunta “o que você quer ser quando crescer” ultrapassa a infância e se concretiza em uma carreira bem-sucedida na fase adulta.
Pesquisa realizada pela rede social de trabalho LinkedIn perguntou a oito mil pessoas sobre as aspirações profissionais que tinham na infância e quantos exercem essas atividades atualmente. Um em cada três usuários ao redor do mundo (30,3%) afirmou que trabalha atualmente naquilo que sonhou quando criança ou segue em uma área relacionada. O resultado surpreendeu Marcelo Cassales, diretor da Coach Consultoria em Desenvolvimento Humano, que acreditava em um índice menor de indivíduos capazes de seguir a escolha primária na vida adulta.
Profissão da mãe influenciou decisão
Filha, sobrinha e neta de professoras, Jemima Prado dos Anjos poderia ter escolhido outra profissão, mas foi praticamente inevitável não admirar e querer seguir a atividade que a mãe desenvolveu com tanto empenho e zelo. “Minha mãe é de uma família numerosa. Das oito irmãs dela, sete se formaram professoras. Era algo que estava muito presente na minha vida”, conta Jemima, que desenvolveu cedo a paixão por ensinar. Quando decidiu fazer vestibular, nenhuma outra profissão a atraiu tanto quanto os cursos com habilitação para dar aulas. Sem imposição e com o total apoio do pai – a mãe se manteve neutra - ela escolheu Letras Português/Inglês. Desde que se formou, em 1998, Jemima sempre havia lecionado em escolhas particulares, mas o grande sonho era dar aulas em escolas públicas e tentar despertar nos alunos o interesse pela segunda língua. Em 2010, ela passou em um concurso para a rede municipal de ensino e hoje dá aulas de inglês para alunos de 11 e 12 anos. “Gosto da escola privada porque, em muitos casos, se consegue desenvolver um trabalho melhor. Mas o desafio da escola pública é o que eu mais gosto. Amo minha profissão e quero fazer isso para o resto da vida”.
“O normal é que se troque de opinião várias vezes na medida em que a gente vai se inteirando sobre as profissões e ampliando os horizontes, experimentando outras coisas”, destaca Cassales, confirmando outro dado da pesquisa: a grande maioria (43,5%) assinalou a afirmativa “Conforme fui ficando mais velho, acabei me interessando por uma carreira diferente” como principal razão para atuar em uma área diferente da que pensava quando pequeno.
De acordo com Simoni Missel, consultora de carreira e diretora da Missel Capacitação Empresarial, são diversas as razões que levam as pessoas a mudar a opção profissional. As mais frequentes são influências do meio em que vivem, oportunidades inesperadas e grandes decepções ao longo da carreira, que podem gerar conflitos e bloqueios internos em relação a determinadas atividades.
No ranking das escolhas dos profissionais brasileiros, a Engenharia está no topo da lista das preferências masculinas. Para Marcelo Cassales, da Coach Consultoria em Desenvolvimento Humano, esse resultado faz todo o sentido. “Os usuários do Linkedin são formados, na sua maioria, por integrantes das gerações X e Y. Ou seja, a ‘geração Lego’, que brincou muito de construir e desconstruir”. Quando se trata das preferências femininas, a profissão que se destaca é a de professora.

Nenhum comentário: