Maria Clara mostra ao jogador de futebol Alex como o macacão a ajuda a caminhar
SOLIDARIEDADEPrimeiro passo com macacão espacial
Menina de 5 anos, com dificuldades motoras, consegue caminhar graças à ajuda do equipamento que foi doado recentemente ao Hospital Pequeno Príncipe.
Expectativa
Outras duas crianças estão na fila para usar o pediasuit no hospital infantil
O macacão especial pediasuit hoje é usado somente por Maria Clara, porque ele é individual. Para os próximos meses, mais duas crianças estão na fila. O custo do tratamento ainda é caro, mas a intenção é conseguir atendimento gratuito a outros pacientes que não têm recursos.
Solidariedade
A mãe da menina, Lania Romanzin Xavier, que é médica no hospital há 20 anos, diz que poder ajudar os outros foi a grande motivação para buscar o patrocínio e a instalação da gaiola no Pequeno Príncipe.
A chegada do aparelho na fisioterapia do hospital e o progresso da filha no tratamento fazem os olhos dela se encherem d’água a todo instante.
“Em oito dias ela ficou firme só com a ajuda do aparelho e caminhou. Ela olhou para a irmã, Maria Eduarda, e disse: ‘Dada, agora eu também posso’. Não tem emoção maior”, conta. O casal tem, além das gêmeas, outro filho, o Renan. (AF)
Graças a um macacão desenvolvido pela agência espacial russa, e depois adaptado para fins terapêuticos nos EUA, Maria Clara conseguiu dar, na última quarta-feira, seus primeiros passos sozinha. O pediasuit (nome do macacão) funciona assim: são quatro peças (blusa, bermuda, joelheira e sapato), que ligadas por elásticos fixados a garrotes, são presas a uma gaiola de sustentação. Ali, é possível trabalhar as habilidades motoras e o alongamento do paciente, de acordo com a necessidade. “O tratamento é feito por quatro horas, em cinco dias da semana, durante um mês. Depois desse período, o paciente descansa e volta para fazer manutenções e a fisioterapia em si”, explica a fisioterapeuta do Hospital Pequeno Príncipe Adriana Maria Barreto Domingues.
Os pais de Maria Clara souberam do método por um artigo de internet. No Brasil, o pediasuit existe nas cidades de Cascavel, Blumenau, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Curitiba, há um no Centro Universitário Campos de Andrade. Ao saber dessa possibilidade de tratamento para a filha, o empresário Cassiano Xavier, de 45 anos, e a médica especialista em arritmia cardíaca infantil Lania Romanzin Xavier, de 43, procuraram patrocínio para conseguir um aparelho e instalá-lo no Hospital Pequeno Príncipe. Dessa forma, beneficiariam a filha que faria o tratamento no hospital a que já estava habituada e, futuramente, outras crianças poderiam se tratar ali. Era necessário trazer a gaiola com os elásticos dos Estados Unidos. A ajuda para isso veio da Turquia.
Foi Alex, ex-jogador do Coritiba que atualmente está no Fenerbahçe, quem doou o dinheiro. Ele soube do caso de Maria Clara por meio de Jean, um amigo dele e também do pai da menina. Após algumas ligações de Jean, o jogador, que já faz trabalhos sociais, decidiu ajudar a família e o hospital. Com o dinheiro recebido, o Pequeno Príncipe pode, ainda, reformar uma das salas da fisioterapia para acomodar o pediasuit.
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