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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Gripe A provoca corrida por vacina


Antonio More/ Gazeta do Povo /
SAÚDE

Gripe A provoca corrida por vacina

Centros particulares de vacinação chegaram a triplicar as doses aplicadas contra o vírus H1N1. Secretaria Estadual de Saúde afirma não haver risco de epidemia.
O avanço da gripe A [H1N1] neste mês no Paraná – 12 das 13 mortes já registradas no estado ocorreram em junho – tem levado preocupação à população do estado. Na última semana, centros particulares de vacinação de Curitiba chegaram a triplicar o atendimento aos pacientes que estiveram à procura da vacina tetravalente. Com o aumento da procura, o produto já está em falta.
No Frischmann Aisengart, a vacina tetravalente acabou ontem. Na semana passada, o laboratório viu a procura triplicada. Em seis dias, os profissionais chegaram a aplicar 4.986 doses. Na semana anterior, o número de aplicações foi de 1.257.
Tira dúvidas
A rede pública selecionou grupos de risco para a campanha de vacinação deste ano, mas a procura pelas doses na rede particular tem sido intensa. Tire algumas dúvidas sobre a vacinação:
Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
Depende da resposta do organismo de cada pessoa, mas em geral o efeito ocorre entre uma e duas semanas após a aplicação. Quem toma a vacina hoje e é contaminada amanhã desenvolve a doença, porque ainda não houve tempo hábil para o organismo fortalecer os anticorpos que o protegem da gripe. A vacina é trivalente, pois protege contra três tipos de vírus (A [H1N1], H3N2 e B). Ela é feita com vírus inativado e, portanto, não causa sintomas de gripe. Muitas vezes, ocorre de a pessoa vacinada já ter o vírus incubado e ele se manifestar, coincidentemente, após a aplicação.
Quem tomou a vacina no ano passado, precisa se revacinar?
A vacina tem validade de seis a oito meses, aproximadamente. Então, o recomendado é se vacinar todos os anos antes da entrada do inverno, que é o período mais propício à circulação dos vírus.
Quem já foi vacinado no ano passado e for contaminado neste ano pode desenvolver uma forma mais branda da doença?
A doença pode ser mais branda, desde que restem anticorpos contra a doença no organismo. O ideal é o reforço vacinal.
Fonte: Sesa e os infectologistas Alceu Pacheco e Silvia Rossi
Interatividade
Você tem outras dúvidas sobre a vacina contra a gripe A ou a doença?
foi um novo caso confirmado na segunda-feira de uma aluna que foi para a escola com o resultado do exame positivo em mãos.
Risco distante
Conforme o superintendente de Vigilância e Saúde da Sesa, Sezifredo Paz, há 180 casos confirmados da doença no Paraná, registrados em 42 municípios de todas as regiões do estado. Segundo ele, para ser considerada uma epidemia, a gripe A precisaria estar disseminada por todos os municípios.
O médico infectologista Alceu Fontana Pacheco Junior também considera o risco de epidemia distante. “Acho difícil acontecer uma epidemia pela quantidade de pessoas já vacinadas nos anos anteriores”, aponta. Já a médica infectologista Silvia Rossi lembra que os estudos sobre as mutações do vírus ainda são inconclusos e que há riscos de surtos da doença.
Filas em busca da imunização
Ontem à tarde, várias pessoas esperavam para receber a dose contra a gripe A [H1N1] no Centro de Vacinação Paciornick (foto), na Rua Lourenço Pinto. A advogada Cristina de Albuquerque Maranhão Gomide, 41 anos, e os filhos, de 8 e 10 anos, aguardavam na fila à espera da vacinação. A procura deu-se pelo fato de a filha de uma colega de trabalho ter sido diagnosticada como o vírus. “Pela proximidade com o problema, fiquei com medo”, disse. Segundo o médico Claudio Paciornik, a procura aumentou muito na última semana, após a veiculação pela imprensa dos casos registrados no interior do estado. Com atendimento médio de 200 pessoas por dia, a clínica viu a procura quase triplicada nos últimos dias. Ontem o lote acabou e o fornecedor conseguiu liberar outro, com pequeno número de doses. No Centro de Vacinação Paciornik, as vacinas custam R$ 70. No Laboratório Frischmann Aisengart, o valor é de R$ 60.
Colaborou Luiz Carlos da Cruz, correspondente em Cascavel

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