Ilustração conceitual mostra telescópio NuStar no espaço
Espaço
Um inovador telescópio espacial de raios-X partiu na quarta-feira a bordo de um foguete não tripulado para uma missão de dois anos com o objetivo de encontrar buracos negros e outros fenômenos celestes de alta energia, segundo a Nasa.
O Equipamento Telescópico Nuclear Espectroscópico, apelidado de NuStar pelas iniciais em inglês, entrou em órbita a bordo do foguete Pegasus XL, que segundos antes havia sido lançado de um avião que já voava a 40 mil pés (12,2 mil metros) sobre o oceano Pacífico, na região das ilhas Marshall.
Circulando na órbita da Terra, o telescópio fará emissões cósmicas de raios-X que ajudem a revelar, por exemplo, como as galáxias se formaram. Numa etapa posterior, ele examinará aglomerados de galáxias, explosões de supernovas e certas regiões do espaço onde partículas são aceleradas até quase a velocidade da luz, como ao redor dos buracos negros.
A investigação das supernovas é especialmente importante, porque elas servem de régua para medir o ritmo de expansão do universo. Isso porque os astrônomos acreditam que elas têm uma luz uniforme, então seu brilho indica sua distância - assim como uma lâmpada parece mais fraca quando vista à distância.
"Com essas observações, teremos uma ideia melhor sobre a física das explosões das supernovas", disse Daniel Stern, cientista do projeto NuStar, ligado ao Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia.
Já o estudo dos raios-X de alta energia, que podem atravessar gases e poeira, também devem revelar a localização dos buracos negros, segundo os cientistas.
"Temos bastante certeza de que toda grande galáxia tem um buraco negro superenorme no seu centro, e os modelos preveem que a maioria dos que estão ativamente agregando material e ficando muito brilhantes está sendo escondida por gás e poeira ao seu redor", disse Stern.
O NuStar conseguirá detectar quantos buracos negros estão escondidos, que tamanho eles têm, e onde ficam.
O NuStar complementa o observatório de raios-X Chandra, da Nasa, e o telescópio europeu XMM-Newton. Ambos estudam raios-X cósmicos em faixas de onda de baixa energia.
O novo telescópio consiste de 133 espelhos côncavos e concêntricos, feitos de vidro flexível, igual ao que é usado diante das telas de notebooks. Como os raios-X precisam de uma grande área para o foco, o NuStar tem uma mastro de 10,5 metros, que deve ser aberto em 20 de junho.
O telescópio, que custou 180 milhões de dólares, e o foguete Pegasus foram fabricados pela empresa Orbital Sciences Corp.
Telescópio que caça buracos negros entra em órbita
Circulando na órbita da Terra, o telescópio
fará emissões cósmicas de raios-X que ajudem a revelar, por exemplo,
como as galáxias se formaram
Um inovador telescópio espacial de raios-X partiu na quarta-feira a bordo de um foguete não tripulado para uma missão de dois anos com o objetivo de encontrar buracos negros e outros fenômenos celestes de alta energia, segundo a Nasa.
O Equipamento Telescópico Nuclear Espectroscópico, apelidado de NuStar pelas iniciais em inglês, entrou em órbita a bordo do foguete Pegasus XL, que segundos antes havia sido lançado de um avião que já voava a 40 mil pés (12,2 mil metros) sobre o oceano Pacífico, na região das ilhas Marshall.
Circulando na órbita da Terra, o telescópio fará emissões cósmicas de raios-X que ajudem a revelar, por exemplo, como as galáxias se formaram. Numa etapa posterior, ele examinará aglomerados de galáxias, explosões de supernovas e certas regiões do espaço onde partículas são aceleradas até quase a velocidade da luz, como ao redor dos buracos negros.
A investigação das supernovas é especialmente importante, porque elas servem de régua para medir o ritmo de expansão do universo. Isso porque os astrônomos acreditam que elas têm uma luz uniforme, então seu brilho indica sua distância - assim como uma lâmpada parece mais fraca quando vista à distância.
"Com essas observações, teremos uma ideia melhor sobre a física das explosões das supernovas", disse Daniel Stern, cientista do projeto NuStar, ligado ao Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia.
Já o estudo dos raios-X de alta energia, que podem atravessar gases e poeira, também devem revelar a localização dos buracos negros, segundo os cientistas.
"Temos bastante certeza de que toda grande galáxia tem um buraco negro superenorme no seu centro, e os modelos preveem que a maioria dos que estão ativamente agregando material e ficando muito brilhantes está sendo escondida por gás e poeira ao seu redor", disse Stern.
O NuStar conseguirá detectar quantos buracos negros estão escondidos, que tamanho eles têm, e onde ficam.
O NuStar complementa o observatório de raios-X Chandra, da Nasa, e o telescópio europeu XMM-Newton. Ambos estudam raios-X cósmicos em faixas de onda de baixa energia.
O novo telescópio consiste de 133 espelhos côncavos e concêntricos, feitos de vidro flexível, igual ao que é usado diante das telas de notebooks. Como os raios-X precisam de uma grande área para o foco, o NuStar tem uma mastro de 10,5 metros, que deve ser aberto em 20 de junho.
O telescópio, que custou 180 milhões de dólares, e o foguete Pegasus foram fabricados pela empresa Orbital Sciences Corp.
Lançamento do telescópio NuStarampliar
Engenheiros preparam telescópio NuStar antes de sua partida AFP PHOTO / NASA / VAFB / Randy Beaudoin
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