Os dinossauros adultos do "Bicentenário" teriam entre 2,5 e 3 metros de comprimento, eram ágeis e magros e, pela forma de seus dentes e a presença das garras, teriam sido caçadores
CIÊNCIADescoberta na Argentina uma nova espécie de dinossauro carnívoro
A nova espécie, apresentada por pesquisadores do Museu Argentino de Ciências Naturais (MACN) de Buenos Aires, foi batizada de "Bicentenário Argentino".
Pesquisadores argentinos anunciaram nesta terça-feira (26) a descoberta de uma nova espécie de dinossauro carnívoro, que pode contribuir para novos estudos sobre a evolução dos grandes répteis.
A nova espécie, apresentada nesta terça-feira por pesquisadores do Museu Argentino de Ciências Naturais (MACN) de Buenos Aires, foi batizada de "Bicentenário Argentino" e seus restos foram achados na província de Rio Negro.
"É muito provável que seja o primeiro representante encontrado de uma nova linhagem dentro da família dos 'celurossauros', dinossauros que eventualmente deram origem às aves", disse em comunicado o Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina, do qual faz parte o MACN.
O chefe do museu e pesquisador independente do Conicet, Fernando Novas, afirmou que, apesar de a espécie dos celurossauros incluir membros como o Tiranossauro Rex e o Velociraptor, "não se sabe muito sobre as formas primitivas, os primeiros celurossauros".
Os dinossauros adultos do "Bicentenário" teriam entre 2,5 e 3 metros de comprimento, eram ágeis e magros e, pela forma de seus dentes e a presença das garras, teriam sido caçadores. "Podemos suspeitar que se alimentavam de pequenos dinossauros, herbívoros e filhotes de dinossauros", afirmou Novas.
Os pesquisadores acreditam que o dinossauro teria o corpo coberto por penas.
As rochas que continham os ossos do "Bicentenário" tem cerca de 90 milhões de anos e correspondem ao período Cretáceo Superior, de um período de 65 milhões há 98 milhões de anos atrás.
"Os fósseis de celurossauros primitivos são raros, e portanto esta nova espécie é muito importante", disse Steve Brusatte, da divisão de Paleontologia do Museu Americano de História Natural, dos Estados Unidos.
Para Brusatte, o achado do "Bicentenário" não só ajuda a compreender melhor as origens das aves e seus parentes mais próximos, mas também "indica que os continentes da América do Sul, África, e também na Austrália, tiveram uma maior diversidade de pequenos dinossauros acima do normal".
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