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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Temos boa musica no Paraná?


Da coluna Acordes Locais, publicada às quartas-feiras, na Gazeta do Povo (com o acréscimo das opiniões enviadas pelo Facebook):


Antonio More/Gazeta do Povo
Antonio More/Gazeta do Povo / Karol Conká é uma MC que, antes de se iniciar no hip hop, pensava que seria cantora de MPB e atriz de comédia. Agora, começa a ganhar reconhecimento nacionalKarol Conká é uma MC que, antes de se iniciar no hip hop, pensava que seria cantora de MPB e atriz de comédia. Agora, começa a ganhar reconhecimento nacional
Na próxima terça-feira, a Gazeta do Povopromove mais uma edição do Papo Universitário. Será no teatro Paiol e desta vez o tema será a produção musical de Curitiba. Foram convidados os músicos e produtores Paulo Juk (Blindagem), Rodrigo Lemos (A Banda Mais Bonita da Cidade e Lemoskine), Heitor Humberto (Banda Gentileza) e a cantora e compositora Karol Conká. Garanta seu ingresso antecipado e gratuito no Papo Universitário pelo site

Eles debaterão com o público, com base em três perguntas previamente formuladas:
1) As bandas que começam na universidade dão certo?
2) A falta de grandes espaços para shows interfere na produção musical?
3) A música feita no Paraná é de qualidade?
Pois fiz essas perguntas lá no Facebook. A unanimidade veio nas respostas à terceira pergunta. Aqui, como em todo lugar, tem música boa e música ruim. Vamos agora dar uma passada nas outras duas perguntas.
Para mostrar que as bandas que começam nas universidades dão certo, poderia citar a Sabonetes, que nasceu no Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFPR e está em carreira ascendente no país. Mas para cada uma que “dá certo”, existem dezenas que não chegam à formatura. O baterista e compositor da banda Terceiro Estado, Clodoaldo Paivalevanta uma questão que deveria ser fundamental a qualquer banda: “O fato de estarem juntos por um único objetivo, que é se divertir e fazer algo que se gosta, já quer dizer que deram certo!”.
No entanto, o próprio Paiva põe outra questão, que é a profissionalização. “Com o passar do tempo, o sonho aumenta e você almeja isso como uma possibilidade de ganhar a vida. Mas aí vem 2 pesos e 2 medidas: largar uma faculdade, seja lá qual for, que você teve o apoio da sua família e vê um caminho de SOBREVIVÊNCIA, ou começar do zero uma nova carreira, sem apoio de ninguém, e iniciar uma CONVIVÊNCIA mais sadia consigo mesmo em primeiro lugar e com pessoas da sua confiança que possam partilhar do mesmo desejo de viver daquilo! O fato é... Quando se faz o que Ama e com verdade, não importa como nem quando nem onde, JÁ DEU CERTO!”
O jornalista, produtor e músico Fernando Tupan vê problemas na sobrevivência de bandas jovens, universitárias ou não: “No Paraná, temos poucos programas para os jovens na rádio e na tv e hoje a internet é a única válvula de escape. O que realmente interfere na formação de novos grupos é a falta de perspectiva profissional.” E ele relata tentativas de criar mercado pela ação de fóruns, cooperativas e da Rádio Música Curitibana.
A cantora Rogéria Holtz arremata: “Acredito que a proporção das que podem dar certo começando em uma universidade e das que não começam lá está ligada aos mesmos fatores de talento, persistência e sorte. Aliás, já esqueci o que é ‘dar certo’.”
Quanto à segunda pergunta, se a falta de grandes espaços para shows interfere na produção musical do estado, há polêmica.
Para a música e poeta Estrela Leminski, “em Curitiba falta espaço no sentido mais amplo da palavra espaço! Falta espaço, bar, teatro, divulgação, crítica e etc. Isso está mudando por conta de várias iniciativas. Mas ainda falta.”
O músico e advogado Andre Wlodarczyk concorda: “Faltam espaços e espaços adequados, que influencia em tudo A difusão ao vivo é elemento fundamental na cadeia criativa e produtiva da música.” Samuel Iago, empresário, produtor e radialista (Radiocaos) faz coro: “A falta de pequenos e médios lugares interferem negativamente.” E o artista plástico e radialista Neri da Rosa também reclama: “Se tivéssemos espaços grandes e estruturados para as bandas locais mostrarem seu trabalho a resposta seria muito mais positiva.”
O músico e jornalista Rafael Moro Martins, põe lenha na fogueira de vaidades: “Se tivéssemos espaços maiores, será que eles seriam destinados a artistas locais? Não defendo reserva de mercado para a arte, mas o fato é que a produção musical mais interessante da cidade sempre esteve nos porões. Então, será que haveria público maior simplesmente com espaços maiores? Já cansei de ver bons artistas tocando pra 5 ou 10 pessoas em lugares que ficam lotados com 50.”
O psicólogo André Alves de Oliveira, afirma que essa falta de grandes espaços pode não influenciar diretamente, mas, para ele, essa falta quebra um ciclo cultural da cidade. “Indiretamente, a maior incidência de shows, grandes festivais e atrações internacionais aumentaria a produção local.”
A discussão continua.
Veja todas as opiniões
Rogéria Holtz
Vou me arriscar...1) Não acredito que tudo ligado a música seja somente dom divino e inspiração. Claro que isso é um primeiro incentivo, mas um bom estudo, boa técnica só podem contribuir para um provável crescimento nesta arte. Acredito que a proporção das que podem dar certo começando em uma universidade e das que não começam está ligada aos mesmos fatores de talento, persistência e sorte. Aliás, já esqueci o que é "dar certo". 
2) Acho que esse fator só desanima os músicos e produtores. Nos sentimos um pouco mais excluídos do que já somos. Não fazemos parte do grande circuito de shows. Se houvesse uma "obrigatoriedade" de artistas locais abrirem os grandes shows, aí interferiria diretamente. 
3) Claro que, como em todo o lugar, temos muitas coisas de qualidade e muitas ruins. O legal é que temos artistas surgindo cada vez mais e em todos os estilos. Acho que a quantidade gera a qualidade. Temos qualidade sim! É só nos mantermos atentos e abertos às novidades.
Angelo Stroparo 
‎1) Elas devem dar tão certo quanto às bandas que não começam na universidade. Dentro de um panorama histórico nacional, elas dão “pouco certo”, acredito...
2) Interfere na mesma medida em que os artistas não se aproximam, de fato – sem conversa fiada -, do público. No meu caso: já pensei inúmeras vezes em montar um show simples e básico, com a finalidade de tocar em qualquer canto, qualquer boteco que se disponha em ceder algum espaço. Definitivamente: grandes espaços possuem sua importância dentro do processo. Não obstante, a origem sempre estará no pequeno, no átomo. Onde está a origem dos músicos autores? Com certeza não começa em um superpalco de um grande evento.
3) Sim e não, talvez... quando diz “qualidade” você toma o quê!?, exatamente, como referência? Essa abordagem deve oferecer muita matéria para discussões intermináveis, sem dúvida, mas, qual é a finalidade?, neste seu apontamento: discutir qualidade musical.
Dartagnan Baggio 
Não acredito que faltem grandes espaços. Simplesmente faltam espaços. Sejam lugares pequenos, mas bons lugares. Uma casa noturna que garanta um som de qualidade, uma boa divulgação ao público interessado em ouvir música autoral e que dê a oportunidade às bandas autorais. Isso pode começar acontecendo uma vez por semana, em um circuito das boas casas noturnas da cidade. Não adianta ter o espaço, e sempre as mesmas bandas tocarem. Precisamos abrir esse espaço e proporcionar o crescimento de outras bandas. As rádios e os jornais que incentivam e divulgam as produções autorais locais, devem estar mais receptivas aos novos sons, buscando levar estas novas informações ao conhecimento de um maior número de pessoas possíveis. Uma matéria no blog, a divulgação da música no programa da rádio, etc... 
Temos muitas bandas e muito som autoral de qualidade em Curitiba, inclusive com músicas gravadas e vídeos clipes, mas muitos destes não conseguem mostrar seus trabalhos na nossa cidade. Sabemos de bandas curitibanas fazendo sucesso na Argentina, EUA, África e que na própria Curitiba é pouco conhecida. Os pequenos concursos e festivais locais precisam ser incentivados. Ex: Kaiser Sound Festival, Concurso Scartaris, etc... Essas ações movimentam a internet, as redes sociais, as casas noturnas e colaboram com a divulgação das bandas e suas músicas, aquecendo e movimentando o cenário local. Isso seria a base para o crescimento e desenvolvimento das bandas. Com incentivo e com o surgimento das oportunidades, aumenta-se o interesse do investimento em produção, (estúdios, produtores, videos-clipes, cds. shows,etc...). Caso contrário, para que sair da garagem? A união de todos esses elos é que realmente importa! Abraços aos amigos da RMC!!!
Estrela Leminski 
‎1) As bandas que começam na universidade dão certo? São raras. Essa pergunta se complica mais em Curitiba, onde temos quatro universidades com cursos de música, que já formaram algumas bandas: Caçarola, Trapobanda, Sicopé. O meu grupo é todo de gente da FAP, embora nem todos tenham começado a tocar juntos ali.
2) A falta de grandes espaços para shows interfere na produção musical? Em Curitiba falta espaço no sentido mais amplo da palavra espaço! Falta espaço, bar, teatro, divulgação, crítica e etc. Isso está mudando por conta de várias iniciativas. Mas ainda falta.
3) A música feita no Paraná é de qualidade? Não toda ela claro, mas temos grandes talentos que são superiores a muito do que é badalado pelas mídias nacionais (mídias independentes ou de majors).
Andre Wlodarczyk ‎
1. Ajuda a dar certo pelo vínculo que se forma na faculdade, mas as bandas em que todos os músicos aprendem a tocar junto e descobrem a música juntos, tem mais chance de prosperar, na minha visão. 
2. faltam espaços e espaços adequados, que influencia em tudo. A difusão ao vivo é elemento fundamental na cadeia criativa e produtiva da música. 
3. Ôoo..e como tem qualidade!!
Rafael Moro Martins ‎
1 - O que é dar certo?
2 - Se tivéssemos espaços maiores, será que eles seriam destinados a artistas locais? Não defendo reserva de mercado pra arte, mas o fato é que a produção musical mais interessante da cidade sempre esteve nos porões. Então, será que haveria público maior simplesmente com espaços maiores? Já cansei de ver bons artistas tocando pra 5 ou 10 pessoas em lugares que ficam lotados com 50.
3 - Temos grandes músicos e grandes bandas por aqui. Sempre tivemos.
Andre Alves de Oliveira 
1 - É ...dar certo realmente é relativo .....mas, por exemplo, A Banda Mais Bonita da Cidade, vários se conheceram na faculdade....
‎2- Com certeza.... não diria diretamente, porém essa falta quebra um ciclo cultural, digamos assim, da cidade.... indiretamente, a maior incidência de shows e festivais grandes e atrações internacionais aumentaria a produçao local
há 20 minutos ·
Rodrigo Ferreira Do Amaral 
‎1- Normalmente, dão certo, pois se transforma em interesse comum. As conversas dentro do campus acabam tendo mais comprometimento. Mas, pode haver conflito de interesses. Entretanto, na sua maioria dão certo sim. 
2 - Não interfere. 
3 - Se for qualidade artística, o caminho sempre estará sendo trilhado, e cabe a cada um decidir o que é melhor para seu ouvido (para quem ouve!). Já a técnica (produtor musical), ha quem diga que está boa. Eu acho que não está. No meu ponto de vista, a qualidade musical sempre estará ligada à dedicação do músico e ao compromisso com ele mesmo. Se a sua verdade está estampada na sua música terá qualidade. Do contrário, será uma cópia de outro.
Alex Gregorio 
‎1) A MPB, o rock dos anos 80 e agora o sertanejo universitário tiveram grande apoio dos universitários, mas não é possível dizer que isso é determinante para o sucesso. Especialmente no Paraná, poucas bandas ou quase nenhuma fez sucesso nacionalmente, mesmo tendo sido criada nos corredores da UFPR.
‎2) Lembro-me que uma das promessas de campanha do ex-Prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi era mudar o nome do bairro Rebouças e criar alí um espaço para apresentações musicais, especialmente o rock ( na mesma época em 1998 a Veja chegou a publicar que Curitiba era uma das cidades que mais tinham bandas de rock no Brasil, considerando-a como a Seattle brasileira). Curitiba merece um grande festival anual para músicas autorais e transformar isso num mega evento. 
‎3) A música feita no Paraná é tão boa quanto a feita do Rio Grande do Sul, No RJ ou em SP...
Luciano J. Reichert Cordoni 
Música feita no Paraná é boa. Mas as rádios não tocam. Existe algo estranho. Ou é jabá ou preferem música estrangeira. Tem algum antropologista por aí para nos explicar?
Gunther Furtado 
Não sou antropologista, sou economista, então: as rádios comerciais não se vêm como veículos de cultura, e, sim como aplicações para o capital. Este capital está lá para ser aumentado, no mínimo, a uma certa taxa desejada, TODAS as decisões dentro da rádio visam alcançar este objetivo, inclusive as "manobras" político/eleitoreiras. O resto, é completamente incerto e dispensável. O que acontece é que é precisamente este resto que nos interessa aqui. Quanto às rádios não comerciais ou semi-comerciais, meu palpite, enquanto esperamos os antropólogos, é que o conteúdo que elas transmitem é menos importante que os arranjos institucionais e interpessoais internos.
Luciano J. Reichert Cordoni 
Mas e no Rio e na Bahia? Como funciona uma lady gaga da vida? Jabá?
Grandes espaços. Acho q precisamos começar com os pequenos espaços. Como nós aqui da Rádio Música Curitibana. Estamos reativando o TUC. Apareçam.
Gunther Furtado 
As decisões são do mesmo tipo, não querem assustar nem ajudar ninguém. Querem tocar o que lhes garanta que ninguém vai mudar de estação só por que um comercial entrou no ar, tudo tem que soar muito parecido, só, talvez, um pouquinho mais alto nos reclames.
Neri Rosa 
‎1 - 90% das bandas universitárias quebram antes da formatura de seus integrantes. Mas geralmente a universidade serve de start para formação se bandas.
2 - Sim, se tivéssemos espaços grandes e estruturados para as bandas locais mostrarem seu trabalho a resposta seria muito mais positiva.
3 - Tem qualidade, sim!

Radiocaos Samuel 
1- Dão certo ou errado igual a aquelas que começam em outros lugares.
2- A falta de pequenos e médios lugares interferem negativamente.
3- Sim , é de qualidade e mais que isso, é de uma diversidade imensa. Diferente de outros locais onde um estilo predomina e dá a "cara" da música local. Acho isso ótimo.
Mickey Fiuza 
Bom dia a todos..ja que falaram de espaço...vão conhecer o teatro HSBC na Rua XV...é bem legal e esta superviável o preço do espaço/som/luz....é só ligar de terça a sexta a tarde no 3777 6525 ou no 7815 3219
Jansen Luiz 
‎1 - já tive uma banda quando estava na Universidade. Não deu certo mas os integrantes tocam em bandas conhecidas na cidade de diversos estilos como o Denis Mariano e o Ariel Mujica. 
2- Acho que sim, apesar de achar que a classe músical deveria ter um teto mínimo de cachê. 
3- Tem qualidade, mas faltam produtores e uma estrutura mais profissional para que os músicos consigam viver apenas de música. Isso seria ótimo. Chega de músico ser tratado como vagabundo. É um trabalho como outro qualquer e precisa ser respeitado como tal. Pela profissionalização da classa artística!
Clodoaldo Paiva 
‎1) O fato de Estarem juntos por um único objetivo que é se divertir e fazer algo que se gosta já quer dizer que deram certo! Mais como dizia minha avó: "A vida não é feita só do que se gosta". Com o passar do tempo, a vontade do sonho aumenta e você almeja isso como uma possibilidade de ganhar a vida. Mais ai vem 2 pesos e 2 medidas, largar uma faculdade seja lá o que for que você teve o apoio da sua família e vê um caminho de SOBREVIVÊNCIA, ou Começar do Zero uma nova carreira sem o apoio de ninguém para uma inicial CONVIVÊNCIA mais sadia com sigo mesmo em primeiro lugar e com pessoas da sua confiança que possam partilhar do mesmo desejo de viver daquilo!
O fato é... Quando se faz o que Ama e com verdade não importa como nem quando nem onde! JÁ DEU CERTO!
2) Não creio que na produção diretamente, quem quer produzir seja no ramo que for, não pode olhar para as dificuldades, você tem um sonho e a ferramenta principal que é você. Então é simples é focar e produzir. Somos brasileiros e demos a habilidade de lidar com poucos recursos, mais erramos ao agir como brasileiros, quando nos preocupamos em achar a dificuldade das coisas. Perdemos muito tempo com a bunda na cadeira tentando criticar os outros e esquecemos de crescer com as qualidades dos outros!
Sofremos na arte de um modo geral um problema mais grave que é a distribuição do que criamos e produzimos isso sim nos afeta diretamente e isso só vai se resolver quando conseguirmos nos unir enquanto classe artística e não ficar discutindo EGOS e sim soluções vivemos em um “democracidio”, onde ninguém consegue ceder quando mexe diretamente no seu EGO!
3) Acho que estamos colhendo os frutos de uma geração passada à nossa! Nos anos 80 tivemos coisas muito ricas e que ajudaram na criação de uma mentalidade que, lógico, tiveram seus lados bons e ruins mas no geral contribuiu muito. Deixamos isso se perder no decorrer dos anos 90 e hoje, de alguns anos pra cá, estamos retomando isso com uma visão mais abrangente. O que se produz aqui independentemente de gosto musical é de altíssimo nível e pode alcançar qualquer lugar do Brasil e do mundo sem fazer feio a ninguém.
Luiz Antonio Ferreira 
1-Bandas boas começam na garagem independentemente da educação de seus integrantes. 
2- acho que o que interfere na produção musical é falta de inspiração, no mais concordo com Neri e Samuel
3- temos boas bandas por aqui sim, nossas bandas têm todas as caras, por isso têm cara de lugar nenhum. Somos a capital das bandas de lugar nenhum.
Fernando Tupan 
‎1 - Nao necessariamente. A maioria das bandas formadas nas universidades não chega ao público. Por diferentes motivos. Banda é que nem casamento. Vc precisa ter tolerância. Na época de faculdade vc tem mais tolerância e isso pode ajudar na longevidade. Como temos problemas estruturais nos meios de comunicação e o nosso atrelamento a São Paulo e Rio de Janeiro é que contribuem para a não consolidação de novos talentos no mercado músical. Por exemplo: no Paraná temos poucos programas para os jovens na rádio e na tv e hoje a internet é a única válvula de escape. O que realmente interfere na formação de novos grupos é a falta de perspectiva profissional. 
2 - Interfere. Por isso músicos paranaenses formaram coletivos no facebook. Para criar uma rede de informações. Hoje temos o Fórum Nacional da Música do Paraná (FPM_PR), o Fórum Aberto da Música do Paraná e a Cooperativa de Música do Paraná que defendem idéias da Economia Criativa. Para tanto organizam apresentações de músicos e grupos paranaenses em diversos pontos da cidade em teatros e espaços alternativos. Também foi criado um local para os músicos se apresentarem três vezes por semana (quartas, sextas e sábados), há shows para grupos de até 50 pessoas. A divulgação ocorre apenas em redes sociais. Essas apresentações mostram a produção contemporânea da capital paranaense. 
Os músicos locais mostram a produção local em praças públicas e ruas da cidade com apoio da rádio web Música Curitibana. Utilizamos geradores para amplificadores e caixas acústicas. Geralmente são para grupos pequenos no final da tarde. Essa é a idéia. Não ficar esperando o público para chegar onde vc toca. A idéia hoje é ir até o público. 
3 - A música paranaense tem qualidade. Muita qualidade e todos os estilos estão contemplados. Temos centenas de bandas na capital e no interior. Curitiba é uma Seattle brasileira e o Paraná, como um todo, uma Califórnia. A partir de agora o que conta são ações. Não adianta querer que a rádio ou a televisão execute a música. Hoje a web é o caminho. Afinal, o importante não é ficar esperando que o sucesso caia do céu. O importante é ir até o sucesso. E basta um grupo de cinco pessoas para tudo acontecer.
Pil Repossíveis 
‎1- Depende muito... o Fato universidade acredito que não é tão relevante assim... da mesma forma que tínhamos bandas formadas no ensino médio... é o vinculo entre os amigos, a dedicação, o prazer e amor pelo que fazem que vai ajudar a banda "dar certo"
2- se você tocar numa banda que escreve sobre protesto... acredito que sim
3- Sim, a música feita no Paraná é de qualidade. Temos muitos artistas no estado, mas não são necessariamente os que estão em foco que são "os bons" do estado...muita coisa boa acaba não ficando tão conhecida e reconhecida.
"Por exemplo: no Paraná temos poucos programas para os jovens na rádio e na tv e hoje a internet é a única válvula de escape. O que realmente interfere na formação de novos grupos é a falta de perspectiva profissional." Certíssimo, Fernando Tupan.
A falta de oportunidade corroe a esperança e o amor que se tem pela coisa ao longo dos anos... e hoje no rádio temos lá uma meia duzia de programas, todos no domingo a noite pra dar "ESPAÇO"
Bernardo Bravo
1) As bandas que começam na universidade dão certo?
Não necessariamente. As que superam a universidade sim.
2) A falta de grandes espaços para shows interfere na produção musical?
Não. A falta de espaços adequados interfere na divulgação dos trabalhos realizados e na aproximação entre artista e público. Grandes espaços (como a pedreira, etc) beneficiarão apenas artistas já consagrados. A produção dos trabalhos não para, mas a distribuição concreta e real (sem levar em conta a internet) esbarra nesse quesito lugar para tocar. A Casinha surgiu por causa dessa lacuna.
3) A música feita no Paraná é de qualidade?
Há no Paraná muita música de qualidade, há trabalhos com escolhas estéticas, fundamentos e cores que a gente só encontra por aqui. Mas também tem muito trabalho cru, que não sai daqui porque ainda é semi-profissional, ainda há muita gente que esquece do pacote completo de um trabalho artístico musical que inclui alem das composições, boas letras, luz, figurino, bons arranjos, boa interpretação, boa argumentação do que defende em entrevistas, assessoria de imprensa antenada, e tudo com uma linha mestra de conceito que deve partir do próprio músico dono do projeto.
É isso. E se você chegou até aqui, merece ver e ouvir um pouco de música paranaense:

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