Sem o investimento na formação desta e das
próximas gerações, as mudanças necessárias nas empresas, governos e
sociedade não acontecerão
A
questão da escala é inerente a todos os debates que envolvem a
construção de um futuro em bases mais sustentáveis. Como fazer com que
mais empresas incluam padrões éticos em suas relações? Como fazer com
que mais pessoas consumam de forma responsável? Como fazer com que mais
governos invistam de forma significativa em políticas de cuidado
ambiental e social?
A Rio+20 busca desenvolver as estratégias para atingir objetivos que todos já conhecem. Sabemos que nossas reservas naturais não suportarão por muito tempo o modelo de produção e consumo existente. Como disse um interessante vídeo que assisti - “There is no planet B (algo como Não há um planeta B, em tradução livre)”.
Por isso, a importância significativa da homologação das diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental e para a educação indígena, anunciada na última quarta-feira (13), em um evento do Ministério da Educação, que antecedeu a agenda oficial da conferência.
A medida garante que nossas crianças e jovens passem a ter contato com questões sociais e ambientais, desde o ensino mais básico. Sem o investimento na educação desta e das próximas gerações, as mudanças necessárias nas empresas, governos e sociedade não acontecerão. Para que exista a construção de uma consciência coletiva, que terá como consequência a mudança de atitude e hábitos, é preciso incluir estes conteúdos cada vez mais cedo na agenda do aprendizado.
É satisfatório ver que um movimento até então represado em poucas universidades e escolas de negócio, deve ganhar força no modelo educacional brasileiro como um todo. Isso sim é um ganho de escala.
Norman Arruda Filho é presidente do ISAE/FGV e está participando da Rio+20.
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