Norton Gomes, sócio da CCN Revestone, em obra na Marechal Floriano
ECONOMIAOportunidades de sobra
Especialistas apontam mais de 500 possibilidades de investimento em negócios para Curitiba. Alguns empresários já estão lucrando.
A orientação para aproveitar estas oportunidades é profissionalizar ao máximo a gestão, capacitar os funcionários, se atentar às recomendações do Comitê Organizador Local (COL) e pesquisar exemplos de negócios que deram certo nas competições passadas. “É fundamental aprender com o exemplo da África do Sul, como foi o perfil do turismo, que produtos foram consumidos e que serviços foram demandados. Tanto o que deu certo, como o que deu errado”, alerta Aldo Carvalho, coordenador do projeto Sebrae 2014 no Paraná.
Economia
Expectativa concentrada em 11 dias
Empreendedores locais mantêm otimismo de lucrar com o movimento turístico durante a Copa mesmo com poucos jogos na cidade
60% do faturamento atual da empresa CCN Revestone vem de obras de mobilidade urbana em Curitiba para a Copa do Mundo de 2014.
Ele afirma que os investimentos em gestão e capacitação podem visar os negócios gerados pela Copa do Mundo, mas que são legados eficientes para o futuro das empresas.
A dois anos do evento, muitos dos empreendimentos em turismo e construção civil já estão em andamento, mas ainda há tempo para se planejar nas outras áreas. O estudo aponta que o pico dos investimentos em moda, alimentação e comércio deve ser atingido no final de 2013.
Entre serviços com baixa densidade de empresas atuantes no mercado, mas com aumento de demanda previsto, estão suporte técnico de tecnologia da informação, fabricação de material elétrico – como tomadas –, suporte online de softwares de gerenciamento de dados e fornecimento de segurança privada, por exemplo.
Para o economista Ramiro Gonçalez, professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração da UFPR, boas áreas a serem exploradas são de micro-hospedagem, transporte e alimentação. “Fornecer serviços colaborativos são bons empreendimentos de baixo investimento”, explica.
Já começou
Alguns empreendedores já estão ganhando com as movimentações para viabilizar a Copa do Mundo. É o caso do engenheiro Norton Gomes, sócio-proprietário da CCN Revestone, que fabrica blocos de pavimento intertravado. Ele enxergou a oportunidade de ganhar dinheiro com o evento logo no anúncio de Curitiba como uma das sedes.
A rápida mobilização da empresa rendeu participação nas obras de mobilidade para o evento, como as intervenções na Marechal Floriano e na Linha Verde. “A Copa já representa 60% do faturamento da empresa e a expectativa é de que esta participação aumente nos próximos dois anos”, afirma Gomes.
O turismo também está trabalhando em função do evento há meses. “A nossa Copa começou há dois anos, recebendo delegações de patrocinadores e agentes de turismo de outros países”, explica Bibiana Schappel, proprietária da Special Paraná, empresa promotora de turismo e eventos. Ela afirma que a competição é uma chance das empresas mudarem de patamar e profissionalizarem a gestão dos seus negócios para o período pós-Copa.
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