Contista é agraciado com o Prêmio Machado de Assis duas semanas após receber a maior honraria da literatura portuguesa.
Depois de ganhar a maior comenda da literatura portuguesa – o Prêmio Camões –, o escritor curitibano Dalton Trevisan foi agraciado ontem com o Prêmio Machado de Assis, conferido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). A premiação, que avalia o conjunto da obra, é considerada a principal da literatura brasileira. O vencedor recebe R$ 100 mil. A cerimônia de entrega acontece em julho deste ano, mês em que a ABL completará 115 anos de fundação.
Prestes a completar 87 anos no próximo dia 14, Trevisan conquistou o prêmio por ser, de acordo com o parecer da comissão, “um dos mais importantes narradores da ficção brasileira contemporânea”. Ainda segundo a ABL, ele é “portador de uma linguagem predominantemente interiorizante, porém sensível às movimentações sociais. Desde cedo, se afirmou, sobretudo na história curta, mais especificamente no conto. Trata-se de um contista personalíssimo navegando contra a corrente institucional do conto. Neste sentido, suas Novelas nada exemplares são exemplos desse esforço de abertura do gênero”. A comissão destacou também outras obras do autor curitibano, como A Faca no Coração, A Polaquinha, Crimes de Paixão e O Vampiro de Curitiba.
A comissão que indicou Trevisan foi formada pelos acadêmicos Eduardo Portella, Lygia Fagundes Telles, Tarcísio Padilha, Sergio Paulo Rouanet e Geraldo Holanda Cavalcanti.
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