Camarada é uma forma de tratamento amistosa com forte conotação política, utilizada entre adeptos de uma
especialmente em certos partidos políticos e sindicatos, significa correligionário ou companheiro.
Originalmente, o termo carregava uma forte conotação militar. Depois da Revolução Russa de 1917, os
comunistas empregaram-no profusamente como alternativa igualitária à forma de tratamento "senhor" e
outras palavras similares. O termo podia acompanhar títulos para dar a eles um teor socialista, como por
exemplo em Camarada General para dirigir-se a um general de exército.
Este uso tem seu antecedente na época da Revolução Francesa, quando a abolição dos títulos de nobreza
e dos tratamentos monsieur e madame ("senhor" e "senhora", respectivamente) foi seguida do emprego da
"cidadão
Luís Capeto".
Ainda assim, devido ao uso extensivo desta palavra na URSS, hoje em dia o termo está fortemente
associado ao comunismo, formando parte do estereótipodos comunistas, como retratados nos filmes
e séries de televisão. Na realidade, porém, o uso da palavra "camarada" não era tão comum, e era se
reservado a ocasiões formais ou oficiais, assim como nas forças armadas.
No caso dos partidos socialistas e outros movimentos de esquerda, e na América Latina principalmente por
influência da Revolução Cubana, é mais habitual o emprego da saudação Compañero ou Companheiro.
Isto é especialmente notável no caso do Partido dos Trabalhadores do Brasil e no movimentosindicalista do
Por outro lado, o uso desta forma de tratamento não se restringe somente a sindicatos e partidos de
esquerda: os próprios nazistas também utilizaram amplamente o termo camarada, com a mesma
conotação. E os falangistas espanhóis utilizam-no para saudar-se, anteposto ao seu nome de guerra.
Durante o franquismo, era muito comum ler na imprensa espanhola fases como "El Gobernador Civil
Camarada Fulano de Tal...".
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