Professores de Imbaú participam de seminário do Sebrae
ENSINO FUNDAMENTALTreinamento dado pelo Sebrae a professores de 1ª a 5ª série busca criar ambientes mais desafiadores para os estudantes da rede pública.
Entrevista
Fernando Dolabela, criador da teoria da Pedagogia Empreendedora.
O que é a Pedagogia Empreendedora?
É uma metodologia de ensino de empreendedorismo para a educação básica, envolvendo alunos de 4 a 17 anos. Ela prepara os professores para que se tornem multiplicadores em sala de aula e trabalhem no desenvolvimento de empreendedores estimulando suas capacidades criativas, de assumir riscos, de serem tolerantes e principalmente de conceberem o futuro.
Como ela faz isso?
O primeiro passo é a mudança cultural, preparando os alunos e estimulando seus potenciais. Ela não dá as respostas, faz com que cada pessoa busque as alternativas.
De que forma esta busca por caminhos é estimulada?
Por meio de duas perguntas. ‘Qual o seu sonho?’, que ajuda a pessoa a imaginar o seu futuro e dar significado à sua vida. E ‘o que você vai fazer para realizar este sonho?’. Com isto se trabalha a autoestima, o conhecimento de si e do ambiente, a criação de uma rede de contatos e a liderança, que nada mais é que o exercício de comunicar seu sonho e seduzir pessoas para que te ajudem a concretizá-lo.
Baseado no livro Pedagogia Empreendedora – o ensino de empreendedorismo na educação básica, voltado para o desenvolvimento social sustentável, do professor Fernando Dolabela, o projeto tem o objetivo de estimular valores que levem o aluno a acreditar na sua capacidade. “A ideia é fazer com que eles percebam que são capazes de se tornar protagonistas da própria vida, onde o mais importante nem sempre é realizar o sonho, mas se mobilizar”, explica o gerente da Unidade de Desenvolvimento de Soluções do Sebrae-PR, Rainer Junges.
Ainda bastante restrita ao ensino superior, a cultura do empreendedorismo está cada vez mais ganhando espaço na formação inicial de estudantes norte-americanos e sul-coreanos. “Nas faculdades o termo empreender está diretamente ligado aos negócios, à administração, diferentemente desta nossa aposta em resultados a longo prazo, voltada à formação para a vida, à mudança de comportamento, à criação de uma cultura que possa fazer parte do modelo educacional brasileiro”, reforça Junges.
Depois de receberem a formação, os professores passarão a aplicar os conceitos em atividades em sala de aula durante uma hora por semana. Os exercícios de fixação incluem dinâmicas de grupo, leitura e interpretação de textos, discussões e debates, estudos de caso, pesquisas e simulações, conforme a série dos estudantes.
Em cada município, cerca de 60 professores são indicados para participar dos seminários. As formações programadas para os meses de julho e agosto envolvem educadores de Imbaú, Nova Esperança, Cruzeiro do Oeste, Munhoz de Mello, Umuarama, Maringá, Ribeirão Claro, Barracão, Carlópolis, Ortigueira, Nova Tebas, Tupãssi, Corbélia e Diamante do Sul. Já passaram pelos cursos representantes de Paranaguá, Foz do Iguaçu, Assaí, Bom Sucesso do Sul, São João e Coronel Vivida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário